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Lutadores Vendem Carros E Gado Para Participar De Seletiva Cancelada Do Tuf Brasil 2


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PVT

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Lutadores aguardam sua vez de se apresentar à banca do UFC.

Foto: Valmir Silva / MMA Sul

A 1ª edição do The Ultimate Fighter Brasil realizou sonhos de muitos lutadores. Alguns ex-participantes ainda estão sob contrato do UFC, e ganharam visibilidade que nunca tiveram. Mesmo aqueles que não conseguiram contratos, passaram a ter status de celebridade conseguindo patrocínios e reconhecimento nas ruas.

O sucesso da primeira edição do evento levou muitos lutadores a sonhar com a chance de participar da 2º edição do show. Quando o UFC anunciou que as seletivas para a segunda edição (agora nas categorias leve e meio-médio) ocorreriam no hotel Windsor no Rio no dia seguinte ao UFC Rio 3, centenas de atletas de norte a sul do Brasil trataram de conseguir dinheiro para comprar suas passagens e reservar hotéis no Rio durante os dois dias da seletiva.

Realizada entre sete da manhã e 22hs de domingo a seletiva corria a todo vapor com atletas das duas categorias mostrando suas habilidades para a banca do UFC. Até que, repentinamente, a organização do evento decidiu que não haveria mais a categoria dos leves no programa, causando um verdadeiro rebuliço no evento. Prantos e tristeza tomaram conta do hotel Windsor, na Barra, onde eram feitos os testes.

“Soube de lutadores que vieram do norte do país, e fizeram rifa, venderam até gado para participar das seletivas. O UFC alegou que não tinha gostado dos lutadores da categoria leve. Mas como pode se é esta a categoria onde temos mais atletas duros? Na seletiva estavam caras como Flávio Álvaro, Bruno Carvalho, Raoni Barcellos, Gilbert Durinho... Um absurdo!”, disse ao PVT um conhecido treinador que preferiu não se identificar.

Um lutador de Belém, que também pediu anonimato, nos revelou que gastou mais de RS 3 mil para vir ao Rio: “Peguei a maior parte emprestada com conhecidos, com amigos. Agora tenho que pagar a todo mundo, e minha categoria nem teve disputa”, lamentou o peso leve que nos revelou que um conterrâneo vendeu o carro para comprar a passagem e participar da seletiva.

Entramos em contato com a assessoria do UFC no Brasil, mas o evento optou por não se manifestar oficialmente sobre o assunto, afinal havia uma cláusula no contrato que dizia que o UFC poderia escolher entre uma das categorias.

Um empresário que levou quatro atletas para a seletiva afirmou que tinha ciência desta possibilidade, mas não acreditava que o UFC fosse tomar esta atitude, principalmente eliminando a categoria onde os brasileiros tem alguns de seus nomes mais fortes.

“O contrato do TUF tem nove páginas em que o UFC se exime de qualquer responsabilidade. Colocam que a participação é de iniciativa do atleta e que eles podem mudar qualquer coisa em cima da hora. O mínimo que a gente pode pedir é que fique claro em que categorias haverá disputa, para não alimentar o sonho do atleta”, finalizou o manager.

http://portaldovalet...do-tuf-brasil-2

Editado por Wallking

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