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Ginecomastia é o nome dado ao desenvolvimento das glândulas mamárias no peito do homem. Pode ocorrer fisiologicamente nas fases de alterações hormonais sem nenhuma patologia de base, na maior parte dos casos. O nascimento constitui a primeira fase de uma possível ocorrência, em meninos e meninas, devido aos altos neveis de estradiol e progesterona (hormônios predominantemente femininos) herdados do corpo da mãe durante a gravidez. Pode persistir por algumas semanas, com produção, inclusive, de secreção leitosa.

A puberdade marca o segundo momento no qual pode surgir uma ginecomastia fisiológica, normalmente na faixa dos 14 anos de idade, podendo durar por até 3 anos. Nesta idade a relação estrógeno/andrógeno é alterada, até porque a produção estrogênica se dá durante todo o período diurno, em contraponto a testosterona que é estimulada principalmente à noite.

A terceira etapa é a velhice (>60 anos). Embora ainda não esclarecida, este tipo de ginecomastia ocorre provavelmente pela excessiva produção de aromatase, bem como pelo hipogonadismo (funcionamento insuficiente dos testículos) relativo à idade.

Há outros fatores que podem levar a um aumento das concentrações de estrógenos, ou agindo por outros mecanismos, podendo causar ginecomastia: tumores, aumento de atividade aromática, doenças, e algumas drogas, entre elas: hCG (gonadotrofina coriônica), maconha, agentes citotóxicos, drogas antiandrogências (espironolactona, ciproterona, flutamida, cetoconazol), além de alguns anabolizantes.

É preciso diferenciar também uma ginecomastia verdadeira de uma pseudoginecomastia (lipomastia), A diferença está no tipo de conteúdo mamário predominante em seu aumento de volume. A pseudoginecomastia trata-se apenas de aumento mamário predominantemente causado por tecido gorduroso e a ginecomastia (verdadeira) ao aumento com predomínio de tecido glandular e estroma mamário.

Como ocorre a ginecomastia?

O desenvolvimento ocorre analogamente ao que ocorre nos seios da mulher. O progesterona e estrogênio são os principais hormônios produzidos pelo aparelho reprodutor feminino. O homem também dispõe destes hormônios, porém em quantidades bastante inferiores. Nos machos, eles são derivados da conversão de outros hormônios, como a testosterona e a androstenediona e exerce funções ainda não totalmente esclarecidas.

Estes hormônios, principalmente os estrógenos, quando em excesso no corpo masculino, podem levar a efeitos feminilizantes, sendo o principal a ginecomastia. Mas não é só isso, a iniciação e progressão envolve também hormônios da pituitária, bem como mediadores locais. Fazem parte do processo, além dos estrógenos: o GH e o IGF-1, a progesterona e a prolactina.

Os estrógenos promovem o principal papel, que é o crescimento dos ductos das glândulas, enquanto a progesterona dá suporte ao desenvolvimento dos alvéolos. A prolactina é um outro hormônio produzido na pituitária anterior, e nas próprias células epiteliais da mama, que estimula a proliferação celular e a diferenciação dos alvéolos, mas somente na presença de estrogênio ou de progesterona, respectivamente.

Embora os estrógenos e a progesterona sejam vitais no processo, eles são inefetivos na ausência dos mediadores GH e IGF-1.

Porque usuários de anabolizantes, algumas vezes, desenvolvem ginecomastia?

Porque, neste caso, o estrógeno que atinge a mama é aquele derivado da conversão dos anabolizantes para aquele hormônio, isto porque há, presente no corpo masculino, uma enzima capaz de converter a testosterona e alguns anabolizantes para o estrogênio. Esta enzima se chama aromatase. Esta é a razão pela qual se diz que determinados anabolizantes “aromatizam” e outros não. Presumi-se que a maioria, se não todos os esteróides de carbono 19, possam se convertidos em estrógenos. Assim, com o uso de esteróides há uma abundância de substrato para conversão, o que aumenta a atividade da enzima, levando ao aumento nas concentrações de estrogênio.

Alguns anabolizantes, derivados da 19-nortestosterona, são conhecidos como progestinas ou progestogênios. São anabolizantes que possuem a capacidade de se ligarem ao receptor da progesterona, simulando seus efeitos. Uma vez que o estrogênio é fundamental no desenvolvimento da ginecomastia, o uso desses anabolizantes não causarão ginecomastia sozinhos, já que a progesterona, por si só, é incapaz disso.

Qual o tratamento para um ginecomastia e como sei que tenho?

A ginecomastia causada pelo uso de esteróides tem início com uma leve sensibilidade e prurido (coceira) local.

O tratamento medicamentoso só é eficiente quando o processo é incipiente e recente. Para a ginecomastia causada pelo uso de esteróides, depois de já instalada, o tratamento efetivo é a cirurgia. É bom ressaltar que o crescimento é benigno, então a cirurgia só será recomendada se o paciente apresentar desconforto psicológico.

A técnica cirúrgica indicada depende do tipo de ginecomastia e de sua severidade.

Existem três técnicas, que podem ser utilizadas separadamente ou em combinação: lipoaspiração, lipoaspiração ultras sônica e mamoplastia redutora.

O edema pós-operatório duro cerca de 7 a 10 dias e o déficit de sensibilidade local em geral é transitório, durando no máximo um ano em grande parte dos casos.

A cirurgia consiste em um corte pequeno em forma de semicírculo na parte inferior da aréola (mamilo). A cicatriz não é aparente e fica praticamente invisível com o tempo.

O cirurgião retira a glândula de consistência dura e aumentada, que deverá ser examinada por um patologista.

No pós-operatório o paciente deverá manter repouso relativo e, muitas vezes, é obrigado a usar uma faixa de compressão por aproximadamente sete dias.

Como posso diferenciar uma gine "verdadeira" de uma pseudoginecomastia?

O diagnóstico diferencial deve ser feito por um médico, que pode buscar auxílio em exames sanguíneos, mamo grafia e ultra-sonografia.

A lipomastia é mais comum em pacientes que estão acima do peso. Com a obesidade ocorre acúmulo de gordura na região torácica levando ao aumento das mamas. Este aumento é acompanhado pelo crescimento da pele à sua volta. Com o emagrecimento vem a flacidez levando à queda das mamas.

Já fiz a cirurgia, posso ter ginecomastia de novo?

É possível, pois, por razões estéticas, a glândula não é inteiramente retirada, podendo no futuro desenvolver-se novamente.

Fonte:

www.treinohardcore.com

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