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Postado (editado)

Aula dia 18/10 - Imunologia.

Mamão com açúcar. E a hipersensibilidade.

Não sei se alguém que lê isso é alérgico à algo. Alergia é uma coisa chata que dá do nada e que você passa um tempo sem saber o por que. Corta isso e aquilo e ainda não sabe o que diabos te deixa todo embolotado. Aí depois você corta o que nunca pensou que pudesse causar alergia (tipo vitamina C) e pronto, no more tears.

Tem alguns que bem sortudos ainda herdam isso dos pais, através de alergias Atópicas, but dont worry, a chance de tê-las é de 25% proveniente de cada pai. Então mesmo que os dois possuam você pode se safar com 50% de chance restante. Lucky lucky lucky bastard.

Alergia é uma hipersensibilidade, afinal de contas, sensibilidade ao amendoim não é qualquer coisa se não uma HIPERsensibilidade. Você passa a vida inteira comendo sem problemas, mas de um dia para o outro a coisa resolve incomodar. Como isso foi possível? por que senhor? Oh God, Why?

Hipersensibilidades são respostas imunes exageradas para substâncias geralmente inócuas (inofensivas) para qualquer pessoa. Ocorre o primeiro contato (que pode ser o bilionésimo, afinal, nunca se sabe), o sistema imune é ativado, plasmócitos passam a fabricar imunoglobulina E (IgE), criando um alerta contra a tal substância. Essa IgE fica conectada aos mastócitos, basófilos e eosinófilos, gerando respostas assintomáticas ou muito fracas, pois é só o primeiro contato. Se a substância por vista novamente por eles, durante o Segundo contato, aí sim a reação alérgica será desencadeada. Logo, hipersensibilidade é uma resposta imune adaptativa, isso significa dizer que cada vez que teu corpo tiver contato com a substância -que passou a ser um alérgeno- a resposta imunológica será mais rápida.

Tipos de hipersensibilidade são 4: Imediata, citotóxica, do complexo imune e a tardia.

Hoje falarei um pouquinho sobre a do Tipo I.

Hipersensibilidade do Tipo I (Imediata).

antigen.jpg

2 a 20 minutos após ingerir algum alimento, ou ter contato com algum produto químico ou queca nova, você começa a ter uma reação alérgica. Se já não bastasse o fato de ter começado, ela pode ainda durar por algumas boas 72hs. As vezes a resposta imune começa com um certo atraso, iniciado entre 2 e 4 horas após o contato, e mesmo assim é caracterizada como sendo do Tipo I.

As reações mais comuns são as ao pólen, pelos animais, ácaros, asma, renite. O que me interessa é entender o Processo da reação imediata:

Durante o primeiro contato, há uma sensibilização dos linfócitos Th2, que liberam IL-4 e IL-13 que ativam os Linfócitos B a fabricarem IgE específica para aquele antígeno (que não era um antígeno até agora). Com essa IL-4 vem a maturação e ativação mastócitos, basófilos e eosinófilos, que integram a porção Fc da IgE nas suas membranas e a porção Fab à vista, para que o alérgeno se conecte. Já na resposta secundária, a IL-4 liberada pelos basófilos/mastócitos/eosinófilos induz à diferenciação dos linfócitos Th0 em Th2 e a resposta imunológica dá continuidade com os eosinófilos secretando Major Basic Protein, neurotoxinas eusinófilas e peroxinas eosinófilas.

As vezes a alergia atinge outro patamar, levando à reações anafiláticas. Elas acontece por uma junção de fatores -- o meu nível médico para dissertar sobre é nulo-- mas aqui vai o meu esforço.

A reação anafilatica leva à uma resposta inflamatória em que os vasos sanguíneos ficam com um tonus muscular reduzido (flácidos), o que leva à um extravasamento do plasma (e com ele células do sist. Imune). Isso causa redução da pressão arterial e constrição nas vias aéreas. Aí se entra com antí-histamínicos e adrenalina para conter a reação.

Nem sempre tem presença de IgE na reação. A formação de imunocomplexos em pacientes que faltam em IgA, inoculação de anticorpos pré formados (vacinas) e a conexão de Iodo com a superfície dos basófilos pode levar à liberação de substâncias amino vasoativas. Claro é que mais complexo que isso. Mas chegaremos lá.

Na aula anterior, explanei sobre o sistema complemento. Ele também pode causar reações anafiláticas quando os domínios C3a, C4a e C5a promovem ativação exacerbada de mastócitos para a região que está sendo "atacada" pelo alérgeno. No caso, os mastócitos encontram-se em grânulos que são desmontados por essas proteínas, e eles ficam livres para liberar mais histamina -> histamina é vasodilatador, promove a reação alérgica com redução da pressão arterial (se os vasos estão dilatados haverá menos pressão interna né).

Alergia alimentar.

Alergia alimentar ninguém merece. Pegue por exemplo a alergia ao amendoim, causada por um fungo, o aspargilus flavus, que libera a aflotoxina.

Na mucosa do trato gastrintestinal temos as MALTs (mucous associated linfoid tissue), que são aglomerados de leucócitos, as não tão famosas Placas de Peyer. Elas secretam IgA, que é a primeira imunoglobina produzida pelo corpo, justamente por estar nas mucosas, aonde o fluxo de antígenos é constante. Nesse tecido, a IgA serve de barreira para que as moléculas (que poderão causar alergias) não passem para os outros tecidos e venham a causar respostas inflamatórias. Na falta de IgA, reação alérgica pode acontecer.

O mecanismo de Tolerância Alimentar funciona da seguinte forma:

-Células APCs associam o antígeno com MHC-1 (de todas as células nucleadas) e as entregam para os Linfócitos Tc CD8+, que produzem TGF-beta (transforming growth factor), que bloqueia a resposta imune. Uma quebra nesse processo, como um defeito genético que não permite a produção de TGF...

-Células APCs associam o antígeno com MHC-2, que é próprio das APCs, e as entregam aos linfócitos T (como em uma resposta imune humoral básica). Nesse processo há moléculas co-estimuladoras na membrana das APCs que induzem os LTs a tolerar tal alimento. A falta/não produção dessas moléculas co-estimuladoras deixa de avisar os LTs para não darem continuidade à resposta imune e aí é que a bagunça começa.

A IL-4, mencionada antes no desencadeamento da hipersensibilidade, pode estar correndo livre-leve-solta pelo sangue e induzir a produção de LTh2. Os LTh2 estimulam LBs a criarem imunoglobulinas.

ige1cell.gif

Os Alérgenos da alergia alimentar:

Curiosamente, intolerância à lactose não é alergia alimentar. Intolerância à beta-lactoglobulina, alfa-lactoalgumina e caseína sim. Dá pra ver pelo nome que a origem é do leite de vaca.

Da clara do ovo tem a ovomucóide.

Do ponto de vista habitual do bomberman frutos do mar e alguns peixes pouco entram em nossa dieta. Mas queijos, atum e sardinha (peixes de carne escura-justo os que tem mais n-3) possuem histamina livre na sua composição (e não diz no rótulo). Outros podem induzir a liberação de aminas vasoativas por causa

Renite Alérgica.

Forma mais comum de alergia. Pólen, cocô de ácaro, poeira. O primeiro contato acontece quando a permeabilidade da mucosa aumenta, seja lá por genética, febre (eu acho, pq faz sentido), ou uma redução na concentração de IgA, e essas moléculas penetram a mucosa e são carregadas por APCs até LTs->LBs->plasmócitos->produção de IgE, que se liga a superfície dos mastócitos. Durante o segundo contato, a resposta ocorrerá com liberação de histamina.

Sente só que conexão massa feita com a renite alérgica e o sistema nervoso.

A vasodilatação ocasionada pela histamina provoca a broncoconstrição (pela redução da PA) e reflexos parassimpáticos (liberação de acetilcolina) do nervo trigêmio (V) para resolver o caso do bloqueio das vias aéreas com espirros.

Espero um dia fazer essas conexões por conta própria.

Dermatite/Eczema Atópico.

Como doença imune, a dermatite pode ser atópica (hereditária), e então classificada em Mista (quando apresenta sintomas respiratórios) e Pura, quando não apresente esse tipo de sintoma). Então, dentro da dermatite Pura, há outra classificação para as que são extrínsecas e as Intrínsecas. Vamos lá:

A mesma coisa que será explicada em casos de asma extrínseca, quando a origem da patologia é por causa de alimentos e substâncias que vem de fora. E em casos de dermatite Intrínseca, os sintomas são diferentes, e a origem da doença é auto-imune.

Na fase aguda da dermatite Atópica -hereditária- haverão taxas mais altas de IgE (portanto, de eosinófilos), que junto aos mastócitos liberam IL-12 e induzem resposta dos LTh1, que provoca resposta imune intracelular pelos macrófagos, que produzem INF-y, que interfere na proliferação de um vírus (que nem existe). Como a INF é liberada antes da célula se suicidar, só aí as Th2 irão continuar a reação alérgica com a forma crônica da doença.

Nas respostas imunes comentadas até agora, havia a proliferação de LTh2 por causa das interleucinas-4. Nesse caso, os Macrófagos e Monócitos secretam IL-10 que reduz a ação da INF-y e também GM-CSF (granulocyte macrofage-colony stimulating factor), que controla a proliferação dos LTh2 na faze crônica da dermatite. Aí a coisa fica "meio controlada".

Asma.

Seja por fatores genéticos ou adquiridos de alergias alimentares, asma não é a mesma para todo mundo, e crianças e adultos possuem formas diferentes. A infantil é dita Extrínseca por que os fatores vem de fora.

A Asma infantil é própria de superprodução de IgE, acúmulo de Th2, mastócitos e eosinófilos nas mucosas das vias aéreas.

A inflamação nas vias respiratórias causa bloqueio das vias aéreas pela produção de muco, broncoconstrição e bronquite crônica.

Asma adulta é muito mais ligada a uma auto-imunidade "espontânea", pois na real não é nem genética e nem vem de fatores externos. É visto um aumento de IgE e de eosinófilos, que ficam levemente mais altos que os níveis normais, mas não o suficiente pra causar uma crise anafilática, por exemplo.

nri725-f1.gif

A personal though:

Acredito que um desbalanço na produção de IL-4 seja a causa, assim como nas alergia alimentar. ao menos faz sentido.

A resposta continua por que há macrófagos que são ativados por GM-CSF (granulocyte macrofage-colony stimulating factor) que ao desfazerem-se da condição de granulócitos, passam a expressar os receptores de Fc para a IgE. Por causa dessa sensibilidade que eles tem para conectar-se aos "rabinhos" das imunoglobulinas E, eles passam também a direcionar a resposta imune (pois são APCs) para os linfócitos Th2, e segue o ciclo.

Entendendo a Hipersensbilidade Imediata.

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hrtype1c.jpg

Fonte: http://www.immunopaedia.org.za/ (muito bom esse site).

Editado por lourensini

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Postado

Lourensini, ando lendo aquele trecho do livro Angelis, sobre as proteínas. É muito interessante.

No capítulo é falado que a composição muscular é de 4:1 água:proteína, o que sugere que quando se ganha 1kg de músculo, na verdade ganhou-se 200g de proteína e mais 800g de água!

No meu entendimento, isso pode afetar muito a percepção de ganhos em um bulk, já que, à medida que se ganha peso, o indivíduo vai mantendo os ganhos "controlados" (tipo 500g por semana), o que geraria na verdade um ganho de 100g de proteína por semana e 400g de água por semana. Isso se considerar que não houve ganho de gordura.

De acordo com seu entendimento, é isso mesmo?

Outra coisa que li ali, é que o organismo de um recém-nascido é capaz de sintetizar cerca de 17,4g/kg/dia de proteína! Bem mais que um adulto, que pode sintetizar cerca de 3g/kg/dia. Aí me surgiu uma dúvida: Teria essa capacidade alguma relação com os ganhos num bulk? Quer dizer, isso daí significa então que podemos ganhar 3g/kg/dia de proteína? Isso aí implicaria em uma capacidade de "bulkar" até 210g/dia só de proteína! O que por sua vez, utilizando-se da informação da composição muscular supracitada, implicaria em uma taxa de ganhos de massa magra de 210*4= 840g de água (considerando 100% desse ganho de proteína sendo proteína que virou músculo, o que obviamente não acontece) e totalizando então em uma capacidade teórica estimada de ganhos em cerca de 1050g/dia só de massa magra!

O que acham disso?

Postado

UAAUUUU!, ADOREI a pergunta e o raciocínio.

Em embriologia nunca vimos nada relacionado à síntese protéica. Tudo foi sempre voltado ao desenvolvimento utilizando-se de termos como "migram" (as células que se dividem e migram para tal estrutura, formando ela).

A quantidade de água em um recém nascido é bem maior que os 70% de um adulto, só que o recém nascido quase nem tem musculo. Logo, a síntese vai para outro lugar.

No homem a síntese protéica não vem só da proteína ingerida. O corpo é sábio.

Eu venho pensando nisso já faz um tempo, e Acredito que agora entendo porque as células se renovam tanto mesmo em pessoas que comem pouca proteína:

Já há proteína no corpo (nossa, que descoberta).

O pâncreas se renova a cada 7 dias, o epitélio intestinal a cada 3. O fígado é um Wolverine.

A Personal Though

Se proteínas viram aminoácidos e aminoácidos formam proteínas, 1g/kg de ingestão é só para repor um pouco do que é perdido. E além do mais, o sistema imunológico lida com micro-organismos (formados de proteína) O TEMPO INTEIRO, as células basicamente Digerem eles. Será que os aminos dessa bactéria digeridas não acabam indo parar em outros tecidos?

Não considerem broscience, considerem uma hipótese científica

Logo, é possível sim que a síntese seja muito maior que aquela que vimos de 30g de músculo/dia. Nem faria sentido sintetizar proteína muscular e esquecer do resto. Mas você está se esquecendo de um peso importante ali: glicogênio. Aumentar a hipertrofia sarcoplasmática aumenta as reservas de glicogênio, e açúcar pesa.

Eu ainda não li o artigo inteiro do Ney sobre síntese proteica, mas fui pesquisar nele e encontrei isso: 20% da prot consumida que vai para o fígado vão então para a circulação e então os respectivos tecidos. 50% vira ureia, e 6% são para a sintese de proteínas plasmáticas (e são muitas, albumina, sistema complemento do sistema imunológico, mta coisa). O resto é metabolizado pelo fígado para o próprio fígado.

Veja bem, 20% vai para circulação e então para os tecidos (e são MUITOS tecidos).

E contando o volume desses órgãos: fígado, pâncreas, epitélio intestinal e seu poder de renovação... 70~80g/dia de proteína parece realmente o suficiente para renová-los?

Nunca vi sobre síntese proteica além do básico, então fico te devendo uma resposta mais precisa.

Aguardo por outras manifestações dos usuários.

(off para fisiologia... prova amanhã).

  • Supermoderador
Postado

Hmm acho que foi em outro tópico que estava sendo discutida a síntese de proteínas.

Mas eu acho que vocês estão confundindo (ou talvez eu esteja confundindo) as coisas; uma coisa é síntese de proteínas, a outra é o balanço, o saldo. O corpo pode sintetizar, sei lá, 200 gramas de proteína em um dia; mas se ele quebrar 195 gramas o saldo vai ser de apenas 5 gramas.

Esses 30 gramas/dia seriam o saldo, não??

Lourensini, esses 30 gramas por dia você tirou daquele valor "mágico" de 1 kg de massa muscular por mês? Ainda tem que levar em conta o percentual de água e glicogênio no músculo que o Bruno falou; ou seja, dos 30 gramas, apenas uns 7-8 são realmente proteína. Um valor realmente baixo.

Quanto à proteína usada em outros tecidos, aquele valor de 0.8 g/kg é a recomendação (RDI) de proteína justamente para manter o saldo em zero, considerando um indivíduo sem atividades físicas, não é algo assim?

Abraços

Postado

Martin, o valor de 3g/kg/dia que eu citei era o saldo já, do "turnover" do metabolismo de proteínas.

Dentre as principais variáveis que afetam esse turnover no corpo destacam-se:

a. alimentação e alterações da biodisponibilidade de AA na circulação

b. concentração de hormônios anabólicos e catabólicos

c. exercício físico

TABELA 6.6 Síntese Protéica Corporal em Humanos em

Diferentes Estágios de Vida. (Adaptado de NRC22)

Estágio de vida Síntese protéica (g/kg/dia)

Recém-nascido (pré-termo) 17,4

Criança 6,9

Adulto 3,0

Idoso 1,9

"Aproximadamente 300 g de proteína são sintetizados

e degradados diariamente em um indivíduos adulto, contudo,

esta quantidade representa apenas um valor médio,

porquanto a meia-vida das proteínas endógenas apresenta

uma enorme variação. Esse valor é aproximadamente 210

g maior do que o saldo de ingestão, 90 g, e esta diferença

enfatiza a grande contribuição realizada pelo turnover protéico

corporal para o pool de aminoácidos livres. Os conceitos

de um pool de aminoácidos e de um estado dinâmico de

proteínas corporais reforçam o papel relevante que a síntese

e a degradação protéicas exercem, em diferentes tecidos,

na regulação da natureza e da concentração de vários aminoácidos

no sangue. Os aminoácidos ingeridos contribuem

para esse pool e para o turnover protéico, mas adicionam

apenas uma proporção do total de aminoácidos envolvidos

no turnover protéico corporal diário".

  • Supermoderador
Postado

Martin, o valor de 3g/kg/dia que eu citei era o saldo já, do "turnover" do metabolismo de proteínas.

TABELA 6.6 Síntese Protéica Corporal em Humanos em

Diferentes Estágios de Vida. (Adaptado de NRC22)

Estágio de vida Síntese protéica (g/kg/dia)

Recém-nascido (pré-termo) 17,4

Criança 6,9

Adulto 3,0

Idoso 1,9

Bruno, essa tabela aí diz "Síntese" e não "saldo" hehehehe

não consigo imaginar um turnover de 3 g/kg, é o cálculo que você fez antes, ganhar 30 kg de massa magra em um mês? Impossibru, só com enxerto, haha

Abraços

ótimo trabalho que vens fazendo aqui para o fórum.

apesar de não entender muito, quando consigo dou uma lida nos assuntos

parabéns!

Realmente orquídea, o Lourensini tá de parabéns.

Excelentes materiais, se já não estiver tem que fixar esse tópico (se bem que infeliznmente a quantidade de tópicos aqui é muito pequena... )

Postado (editado)

30kg de massa magra em 1 mês só o godzilla. Mas é uma boa pergunta a se fazer.

Se a produção hormonal é menor, porque a síntese é tão grande em recém nascidos?

O hormônio tireoideano e o hormônio de crescimento(GH) não têm efeito no crescimento do feto e recém-nascido, mas assumem papel relevante mais tarde. As induções de enzimas específicas, tão necessárias à adaptação do recém-nascido à “parada de infusão contínua de glicose” promovida pelo cordão umbilical são dependentes das ações integradas de cortisol, glucagon, hormônio tireoideano e insulina. No feto, a insulina é um hormônio crítico para o crescimento e ganho de peso, enquanto no neonato passa a ter um profundo efeito no metabolismo de hidratos de carbono. Tanto no feto quanto no recém-nascido, a insulina tem efeitos sobre o metabolismo de fosfolípides e sobre as vias neoglicogênicas.

Debater produção hormonal nunca parece o bastante.

Orquidea: Muito obrigado, é um desafio BEM grande manter os posts e ir estudando, mas embora minhas notas não condizem com as horas estudadas, mantenho-me sempre atarefado com os livros. Gosto de fazer isso pois tenho um log que posso acessar sempre para revisar, e me livro daquele monte de cadernos.

Qualquer dúvida, até as que parecem estúpidas, peço que perguntem, independente da matéria. Volta atras me faz fixar o conteúdo entendido.

Outra coisa: embora eu faça isso me baseando em livros e no material do professor, sempre poderão haver erros (se há erros nos livros, quem sou eu pra acertar sempre?).

Mpcosta: véio é só a galera pegar umas coisas curiosas, postar e deixar as dúvidas aparecerem. Aí a gente vai debatendo. Eu nunca aprendi tanta coisa interessante como nesse semestre, só com essa área do fórum.

Editado por lourensini
Postado

Pois é, eu concordo. por isso eu posto minhas dúvidas, que não são poucas por aqui. Afinal acredito que aqui não é só pra ter um banco de dados, não é uma biblioteca, ou acervo de estudos particular.

De qualquer modo, obviamente eu considero absurdo esses ganhos. Mas por isso perguntei o que acham, posi não consegui vislumbrar uma resposta prática para desbancar tal suposição.

Quanto ao conteúdo dos seus posts das aulas, cara, eu como engenheiro considero que para o primeiro semenstre de uma gradução, os conhecimentos que você posta aqui são bem elevados e creio que 80% dos alunos ingressantes devem ter muita dificuldade em acompanhar tudo isso.

Mas considerando que você faz pesquisa extra curricular pra montar seus posts, acho que tá acima do que é explicado na aula (pura suposição).

Tu tá cursando onde mesmo?

Postado (editado)

30kg de massa magra em 1 mês só o godzilla. Mas é uma boa pergunta a se fazer.

Se a produção hormonal é menor, porque a síntese é tão grande em recém nascidos?

Debater produção hormonal nunca parece o bastante.

Orquidea: Muito obrigado, é um desafio BEM grande manter os posts e ir estudando, mas embora minhas notas não condizem com as horas estudadas, mantenho-me sempre atarefado com os livros. Gosto de fazer isso pois tenho um log que posso acessar sempre para revisar, e me livro daquele monte de cadernos.

Qualquer dúvida, até as que parecem estúpidas, peço que perguntem, independente da matéria. Volta atras me faz fixar o conteúdo entendido.

Outra coisa: embora eu faça isso me baseando em livros e no material do professor, sempre poderão haver erros (se há erros nos livros, quem sou eu pra acertar sempre?).

Mpcosta: véio é só a galera pegar umas coisas curiosas, postar e deixar as dúvidas aparecerem. Aí a gente vai debatendo. Eu nunca aprendi tanta coisa interessante como nesse semestre, só com essa área do fórum.

Hormônios não são tudo. O tipo de síntese proteica que ocorre em recém nascidos é muito diferente do que ocorre em quem pratica musculação. Hormônios como testosterona ativam genes que estimulam síntese protéica, mas também não é qualquer síntese protéica, é um tipo específico. Em recém nascidos, diversos genes estão ativados com o objetivo de promover síntese não apenas de diversos tipos de proteínas, mas de DNA, polissacarídeos, etc. Os estímulos são completamente diferentes, fora que o crescimento em recém nascidos não é uma adaptação, como é o crescimento muscular. O crescimento é algo programado, que pouco depende de estímulos específicos como concentrações de GH ou testosterona.

Editado por Taels

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