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Vitamina B2. Um post sobre Bioquímica.

A riboflavina foi isolada pela primeira vez em 1933 e ganhou esse nome por que sua molécula de flavina está ligada à um açúcar semelhante à ribose, o ribitol, e pela sua cor amarela (flavus= amarelo em latim). Ela é vista em forma livre na natureza mas também sob a forma de FAD e FMN, que são coenzimas extra-mega necessárias para o nosso organismo. Pra você ter uma idéia, tem estudo com ratos de 1945, em que eles ficaram sem a vitamina. Alguns morreram logo após 34 dias, outros duraram 202 dias. Mas dos 40 espécimes, 23 morreram sem qualquer sintoma prévio.

Falando em falta, entramos nas necessidares diárias.

Recomendação

(Sexo masculino)

1-3 anos - 0,5 mg/dia

4-8 anos – 0,6 mg/dia

9-13 anos – 0,9 mg/dia

14-70 anos - 1,3 mg/dia

(Sexo feminino)

A partir dos 70 anos – 1,3 mg/dia

9-13 anos – 0,9 mg/dia

14-18 anos- 1,0 mg/dia

19-70 anos - 1,1 mg/dia

A partir de 70 anos – 1,1 mg/dia

Na década de 50 iniciaram os estudos com doses de vitamina B2 em humanos, Horwitt et Al (1950) concluiram que para uma pessoa consumindo 2.200kcal, o requerimento mínimo seria entre 1,1mg e 1,6mg ao dia. Com gravidez e lactação, mulheres precisam de uma dose de 1,4 e 1,6mg/dia respectivamente.

Aonde tem?

Alimento (100g) Quantidade (mg)

Ovo 0.478

Leite (vaca) 0.183

Leite em Pó (vaca) 0,91~1,50mg/100mL

Queijo mozarela 0.283

Queijo ricota 0.195

Agrião 0.12

Rúcula 0.086

Sardinha 0.227

Fígado 2.755

Frango (crua) 0,052

Arroz 0.048

Por uma questão de grana, aprendi a comer fígado todos os dias. (Se eu tiver uma hipervitaminose A eu comento aqui), mas notaram que é o alimento com maior quantidade de riboflavina da tabela?

Mas aí tem um Porém.

Porém, a riboflavina é fotossensível e termossensível, e a degradação do conteúdo dela presente no leite depende da embalagem, tempo de esposição e, certamente, temperatura em que é exposta, mas quantidade de gordura no leite ajuda a reduzir a degradação. Tem estudo de 1987 feito com fatias de queijo, que encontrou perda de riboflavina de 8,8 a 44% após 12 dias de estocagem à 5º e 10º, mas que assim como o leite, quanto maior o teor de gordura, menor a degradação.

A riboflavina é o principal composto do FAD e do FMN, que são coenzimas necessárias para a produção de energia, principalmente a FAD, que é a Flavina, adenina dinucleotídeo. O trabalho dela é entrar no ciclo de Krebs, reduzindo elétrons das moléculas que serão utilizados durante a respiração celular para a produção de ATP.

A riboflavina de alguns alimentos pode estar ligada à proteína, que é então liberada através da ação do ácido clorídrico liberado no estômago e por enzimas hidrolíticas. Quando a riboflavina está sob a forma de FAD, FMN ou ainda ligada ao fósforo, ela também precisa ser liberada antes de ser absorvida. Esse processo que é regulado pelo ACTH e pelos hormôios da tireóide ocorre no lúmen intestinal da seguinte forma:

FAD > enzima FAD pirofosfatase > FMN > FMN fosfatase> riboflavina.

Esse processo é reversível, então dá para transformar riboflavina em FAD novamente, de acordo com a necessidade.

Absorção:

O mecanismo de absorção da vitamina B2 é saturável, isto quer dizer que tem limite, que é de aproximadamente 25mg, e esse mecanismo pode ser dependente de sódio (mas não há certeza disso). Riboflavina tem passagem livre para entrar na célula do intestino e é em seguida convertida em FMN através da enzima Flavoquinase. Após isso é transportada pela circulação portal até o fígado e convertida pela FAD sintetase em FAD.

Aa questão é "quanto de fato entra?".

Há um pico dela na corrente sanguínea após a ingestão de 15mg a 20mg, sendo que o máximo que o corpo absorve dela, proveniente da alimentação é de 95%, ou no máximo 25mg. A absorão das formulas farmacêuticas devitamina B2 dadas oralmente é de 74,6% (comprimido 20mg), 43,3% (comp 40mg) e de 3,6% em doses de 60mg. Na maioría dos suplementos de complexo B que contém riboflavina que eu pesquisei, só há o valor de 100% da IDR. Se você toma algum que possui mais, comente.

O álcool demonstrou reduzir a absorção e, pela primeira vez na televisão, não culparam o cigarro disso também. Portanto, o cigarro não atrapalha o metabolismo da B2. Metais como ferro, cobre, zinco e manganês demonstraram quelar-se à riboflavina e reduzir sua absorção, o que é até paradoxal, já que os alimentos de origem animal são mais biodisponíveis em vitamina B2 e ainda assim os que tem mais desses minerais. E aí, quem é que ganha?

As maiores concentrações de riboflavina estão no fígado, rins, e coração, mas ainda assim ela não é tóxica em grandes quantidades, pois 400mg já foram usadas para testar o tratamento de dor de cabeça e não houveram efeitos negativos. Além disso, a excreção do excesso pode ser vista facilmente algumas horas após a ingestão através da cor da urina, já que a riboflavina é um composto fluorescente amarelo.

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wooow, shinny!

Na falta....

Ariboflavinose é a deficiencia da riboflavina, e é um esquema meio raro, mas quando acontece geralmente vem junto da deficiência de outros micronutrientes.

Os sintomas cosumam aparecer em torno de 4 meses de contínua ingestão insuficiente. Isso inclui lesões como:

-Queilose, na parte externa dos lábios.

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-Estomatite, que é o famoso "sapinho".

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-Glossite, que é a inflamação da língua.

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-Hiperemia com edema na cavidade bucal, que é um vermelhidão (com ou sem sangue) na boca

-Dermatite Seborréica.

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-Tem estudos mostrando que a deficiencia pode atrapalhar o emparelhamento da cromatina durante a fase G1 da mitose.

O melhor método de medir a deficiência de riboflavina é através da medição de uma enzima chamada Glutationa Reductase, que necessita de FAD como coenzima. Em caso de deficiencia de B2, essa enzima também se torna menos ativa.

Referencial Teórico

MOREIRA, A.V.B. Vitaminas. In: SILVA, S.,M.,C.,S. e MURA, J.,D.,P. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. São Paulo: Ed Roca, 2007. Capítulo 4, p.77-104.

POWERS, H.J. Riboflavin (Vitamin B-2) and health. American Journal of Clinical Nutrition , v.77, p. 1352-60, 2003.

SOUZA, A.C.S, et al. Riboflavina: Uma Vitamina Multifuncional. Química Nova, v. 28, n. 5, p.887-891, 2005.

GROPPER, Sareen S.; SMITH, Jack L.; GROFF, James L. Advanced Nutrition and Human Metabolism. 5. Ed. California: Cengage Learning, 2009.

Volto amanhã para editar.

Tenho que fazer os Slides e ainda tenho trabalho de sociologia para verificar o que os colegas do grupo fizeram durante minha ausência.

Stress mental pegando. Amigdalite e zumbido no ouvido.

Editado por lourensini
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Aula 03/09 - Anatomia

Sistema Nervoso - Sistema Nervoso Periférico (maior parte).

Para uma aula introdutória (ou apenas por revisão) sobre as funções do sistema nervoso periférico, leia o post do saitgraal.

O sistema nervoso é dividido em Central, composto pelo encéfalo e medula, e Periférico, composto pelas ramificações da medula, ou nervos.

A função da medula é de comunicar-se com o SNC e de acionar respostas simples sem que o SNC esteja envolvido.

Há dois tipos de vias no nosso sistema nervoso periférico, a Aferente e a Eferente. Basicamente a Aferente traz informação do Ambiente, e a Eferente, leva informação Externamente (AA, EE, captou?).

O SN Periférico que é dividido em Somático e Visceral, sendo que âmbas possuem subdivisões Afer entes, ligadas às sensações e sentidos; e Eferentes, ligadas a parte motora, ou contração muscular de outros órgãos (que não são do esqueleto) e a função dos mesmos.

O fato é que a gente recebe um estímulo, como um vento frio, através do SNP Somático Aferente, e o SNP Somático Eferente responde isso de algum jeito, que pode ser através de um arrepio, um espirro, ou de colocar um casaco.

A questão é: como essa reação ocorre? como ela é segmentada?

Na teoria, estudamos os sistemas separadamente, e o sistema Nervoso não é diferente. Só que as coisas acontecem ao mesmo tempo, e não como colocamos aqui. Esse vento frio pode resultar em respostas diferentes do nosso corpo, que podem ser tanto voluntárias e involuntárias quanto conscientes e inconscientes.

A Resposta do SNP Somático Eferente funciona de 3 formas:

-Reflexo: É Involuntária e Inconciente, como seu corpo tentar acelerar seus batimentos cardíacos para aumentar seu metabolismo e manter sua temperatura. Afinal de contas, está frio lá fora,

-Somatica: É Voluntária e Conciente "opa, tá frio, melhor colocar um casaco" e você se agasalha.

-Autônoma: E Involuntária e Conciente, como um espirro, um arrepio, e os seus musculos eretores dos pelos contraindo numa tentativa de te proporcionar uma proteção maior contra o tempo frio.

Agora, na medula espinhal, esse trajeto é diferente possui uma ordem para ocorrer. Os estímulos Aferentes, ou seja, DO Ambiente, passam pelos nervos Sensitivos da parte posterior (de tras) da medula espinal, se comunicam com os Nervos Motores através de um Neurônio de Associação (um mediador da conversa) e entao, através do Nervo motor na parte Anterior (da frente) da medula, a informação chega até os musculos que você comanda para colocar um agasalho. Isso é uma resposta Somática.

Agora, vamos pela resposta Reflexo: Essa você conhece desde criança por que assistiu chaves, e é aquela história de bater no tendão patelar, no seu joelho, e chutar o ar. O Reflexo patelar é um "arco-reflexo" e não precisa ter consciencia dele. Aliás, não há nem como NÃO fazer isso. A contração do quadríceps ocorre da mesma forma.

A resposta involuntária e consciente do eferente autônomo: você, segunda de manhã cedo, se arrumando para o trabalho/faculdade, e ao passar próximo à mesa da cozinha de pés descalços, 4 dedos do seu pé direito passam tranquilamente, e o dedinho não. Ok dói pracaralho. Nesse momento os mecanoreceptores e nocirepetores detectam a pancada. Isso gera um estímulo que viaja até o seu encéfalo para detectar que houve um dano, mas ANTES disso você já tirou o pé da perna da mesa e está segurando ele com as duas mãos enquanto chinga o mundo por causa da dor. O ato de tirar o pé da mesa rapidamente é um arco-reflexo, e você não precisa enviar uma informação para o cérebro para que ele a processe e decida tirar o pé de lá. O mesmo ocorre com queimaduras, é instantâneo. Essa informação apenas vai para a medula atraves do nervo sensitivo (de tras), se comunica com um neurônio de associação com o nervo motor (da frente) e pronto, vc está salvo antes de queimar o corpo inteiro. É muito semelhanta à Resposta Eferente por Reflexo, por que você também faz isso como reflexo, mas essa é consciente e você sente o que está acontecendo.

A medula Espinhal começa a ser formada na terceira semana de vida e por volta da 40ª semana o comprimento dela é o mesmo que o da espinha. Só que o crescimento da medula é menor que o crescimento da espinha, tanto que em um adulto, ela termina na 2ª vértebra Lombar, e daí em diante só há ramificações dela até o nível da 5ª vertebra sacral.

Eu tive duas herniações discais em nível L4-L5, e L5-S1. Isso atingiu um estado critico o suficiente para que eu perdesse totalmente a força da panturrilha direita e dos meus músculos ísquiotibiais. O fato é que eu pensava que o dano houvesse ocorrido na medula, mas nops. Não há "medula" nesse nivel lombossacro, então o dano é com os nervos motores e sensitivos.

Isso só foi possível graças à um dano contínuo ocasionado pelo treino de musculação em uma coluna que já não estava bem. Graças à isso, provavelmente nunca vou recuperar tais músculos.

Os 31 pares de nervos espinhais.

Antes de mover para os nervos, vamos delimitar a área total da medula espinhal: ela começa após o forâme magno, que é um buraco na base do crânio. Aí encontra-se o Axis, a primeira vértebra cervical, de um total de 7 cervicais, seguidas de 12 toraxicas, 5 lombares e 5 sacrais. No adulto, ela termina na segunda vértebra lombar, como já foi dito, e a partir daí ela emite ramos que descem através do forame intravertebral de cada vértebra para inervar seus respectivos órgãos.

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Base do crânio com o forâme magno. A partir desse buraco, a medula se torna medula.

Ao total de 31 pares de nervos, temos 8 cervicais, 12 toraxicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo.

...

Pera aí, 8 cervicais, mas por que se a gente só tem 7 vértebras cervicais?

Yup. O primeiro nervo cervical se ramifica acima da primeira vértebra cervical (C1), o atlas, e o segundo nervo cervical entre a primeira (atlas) e a segunda (axis) vértebra cervical. Desse modo o oitavo nervo cervical ramificar-se-á abaixo da sétima vértebra cervical; o primeiro Toraxico abaixo da primeira vertebra toráxica, sucessivamente.

Imagem7.png

Esses nervos que saem da medula espinal formam plexos, e esses plexos são emaranhados de nervos que se encontram formando uma determinada estrutura e inervando órgãos.

Plexo Cervical - Nervos que se ramificam da C1 até a C4

Plexo Braquial - Nervos que se ramificam da C5 até a T1

Plexo Lombar - Nervos que se ramificam da T2 até a L4

Plexo Solar - Nervos que se ramificam da L5 até à S5, também conhecido como terceiro shakra.

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One By One:

Plexo Cervical:

-Auricular Posterior

-Auricular Magno

-Occipital Menor

-Frênico

Plexo Braquial

-Axilar

-Musculocutâneo

-Radial

-Mediano

-Ulnar

Plexo Lombar:

-Subcostal

-Iliohipogástrico

-Ilioinguinal

-Cutâneolateral da coxa

-Femural

-Obturador

-Genitofemual

Plexo Sacral:

-Ciático Tibial

-Ciático Femural Comum

-Gluteo Superior

-Glúteo Inferior

-Rudendo

Fixação.

Óbviamente a medula não está solta em uma canal, e o próprio canal não é a única coisa à aprisioná-la firmemente. Outras estruturas também cuprem esse papel.

O Tronco cerebral que à conecta ao bulbo, o ligamento denteado que firma a pia-máter à aracnoide-máter, e o filamento terminal, que é um "prolongamento" do cone medular (parte final da medula em nível de L2).

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ODEIO ESPANHOL! Mas aí tá bem explicadinho.

1- Pia-máter

2- Ligamento dentado. Ele consiste em um filamento que se extende da Pia-máter até à Aracnoide-máter.

3- Espaço sub-aracnóideo

4- Dura-mátre

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da DIREITA para a Esquerda: cone medular e, destacado pelo pincel, o filamento terminal.

Bom, sistema nervoso por hoje era isso.

Espero que seja útil pra alguém, por que a nota da prova prática e teórica de anatomia não me animou nem um pouquinho.

Editado por lourensini
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Aula 04/09 - Fisiologia

Série: Como seus músculos REALMENTE funcionam.

Funções Motoras da Medula Espinhal e Reflexos Espinhais.

Durante o período embrionário, por volta da terceira e quarta semana o cérebro humano começa a se formar, passando do estágio de gástrula para neurula, em que o cérebro passa a se formar a partir de um Tubo neural na parte externa superior do disco embrionário. Em torno da quarta semana, as 3 vesículas chamadas Rombencéfalo, Mesencéfalo e Prosencéfalo recém formadas evoluíem para 5 vesículas: Metencéfalo e Mielencéfalo (proveniente do rombencéfalo), logo acima o mesencéfalo que não se divide em outras vesículas e, o prosencéfalo que dará origem ao Diencéfalo e o Telencéfalo.

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As informações que precisam ser processadas pelo Sistema Nervoso Central chegam da medula e passam pelo tronco cerebral até atingir o prosencéfalo, que é a área mais dinâmica - por assim dizer- do cérebro humano, pois é nas suas vesículas que a parte mais jovem da evolução humana está. É nessa parte que a nossa evolução cuidou para que as ações musculares mais complexas fossem processadas.

Já vimos na aula de anatomia anterior, que os Reflexos que nossa musculatura desenvolve para nos livrarmos de qualquer dano contínuo são ocasionadas, em maior parte, sem que tenhamos consciencia disso. Nessa aula teremos então consciencia da incosciencia de que o nosso sistema muscular usa para manter o corpo ativo e porque você consegue terminar a série de supino quando pensa que a barra vai cair no seu pescoço.

Recapitulando uma aula básica de sistema nervoso autônomo: o estímulo chega através da raíz posterior da medula espinal, responsável pelas mensagens Sensitivas, se comunica com um interneurônio que retransmite essa informação para um nervo motor na parte anterior da medula espinal e esse nervo chega até o musculo que precisa ser contraído. Isso é um reflexo simples, como guardar os pesos da barra e chocar os dedos com outra anilha, estupidez total, mas é assim que a coisa acontece. Você rapidamente tira a mão de lá.

Anteriormente descrevi os tipos de fibras nervosas e os grupos as quais pertencem. É complexo, mas talvez devesse reestudá-las no final deste post.

Os nervos motores que ficam na parte anterior da medula e inervam os músculos são aqueles do tipo A-alfa (Fibra Alfa, do grupo I do Tipo A) e A-gamma (Fibra Gamma, do Grupo II, do Tipo A).

As fibras do Tipo A->grupo I->Alfa (chamadas aqui de A-alfa) são as que inervam de 3 à centenas de grandes feixes musculares, pois são as mais rápidas, chegando à permitir sinapses a uns 100m/s pra mais. Para serem rápidas, elas também precisam ser grossas, ricas em mielina, chegando à até 20 micrômetros de diâmetro.

Na parte anterior da medula, existem outros neurônios motores que são mais lentos e com a metade da espessura dos A.alfa, mas que inervam o centro do fuso muscular das fibras intrafusais, ou seja, o centro aonde a mágica da contração acontece nas menores fibras musculares. A esses nervos damos o nome de Neurônios Motores Gamma

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Já falei alguma vez que Odeio espanhol?

Enfim. Dá pra ver que os neurônios motores Gamma inervam diretamente as fibrs Intrafusais, e os Alfa as fibras Extrafusais.

As fibras intrafusais aferentes (que saem do fuso muscular) são do tipo IA, tão rápidas quanto as A-alfa.

Como já mencionado, os Interneurônios é que mediam a conversa entre os nervos sensitivos da parte de tras da medula e os nervos motores da parte da frente da medula, mas é preciso que algumas considerações sejam feitas a respeito da importância deles para o sistema nervoso:

-São muito rápidos, disparando até 1500 impulsos nervosos por segundo.

-Eles estão em toda a substância cinzenta da medula espinal (parte central da medula), tanto cornos anteriores, laterais quanto posteriores. Então, se você acha que não é corno, só na medula você tem 3.

-Conectam também entre si, e não somente os sensitivos aos motores.

-Mediam também informações que chegam através do Trato Corticoespinal, que traz informações do encéfalo, para controlar as funções musculares.

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Perfecto! Em cor azul, o interneurônio, também chamado de associativo. Logo acima os estimulos Aferentes que chegam pelo corno posterior da medula e voltam ao membro pelo corno anterior para que haja o reflexo.

Células de Renshaw

Essas células são células inibitórias, e a função dela é bem o que o nome diz: inibir nervos motores de transmitirem impulsos.

Veja bem, quando um neurônio motor transmite um impulso para determinado musculo, essa informação tende a se "espalhar" para neurônios próximos aquele feixe nervoso que deve ser estimulado para, digamos assim, manter seus pés retos durante o Agachamento. Nesse momento, pouco adiantaria usar as panturrilhas para ficar na ponta dos dedos. E é isso que as Células de Renshaw fazem, bloqueiam neurônios que estejam próximos para direcionar o impulso nervoso até o musculo que realmente deve ser contraído.

Fibras Proprioespinhais:

Na medula existem neuronios que se segmentam para transportar a informação para vários musculos diferentes através de fibras que entram pela raíz posterior sensitiva da medula e formam tratos Ascendentes e Descendentes (descem ou sobem a espinha), assim elas podem levar a informação de um nervo sensitivo para outro que esteja algumas vértebras acima ou abaixo. Para elas dá-se o nome de Fibras Proprioespinhais.

Próxima vez que for fazer agachamento, lembre-se que através da raiz posterior da medula, informações são retransmitidas pelas Fibras Proprioespinais até os músculos do seu abdome para que você mantenha ele firme e não deixar sua dorsal arcar com todo os peso da barra.

Receptores Sensoriais Musculares e suas Funções No Controle Muscular: Fusos Musculares e Órgãos Tendinosos de Golgi.

Como o corpo sabe o nível máximo de contração do bíceps durante a rosca direta?

Quando a informação chega pelos nervos sensoriais, passa pelos internerônios ou Fibras Próprioespinhais e direciona aos nervos Motores que se responsabilizam por algum músculo (ou vááááários deles), o músculo contrai, o tendão se estica, e e seguida isso volta ao normal. Mas para evitar uma lesão ocasionada por esse estiramento, o músculo precisa informar o quanto está contraído e velocidade em que foi contraído; e o tendão o quanto esticado está e a velocidade de alteração da tensão desse músculo.

Aí entram os Fusos Musculares, que ficam no ventre muscular marcam o quanto o músculo foi contraído e a velocidade em que isso ocorreu; e o Órgão Tendinoso de Golgi, que se localiza no tendão e envia para a medula a informação contendo o quanto esse tendão foi esticado e a tensão que isso ocasiona para ele e para o músculo.

Isso acontece em nível subcosciente, tanto que a informação é enviada para o SNC e, principalmente, o cerebelo, que é o órgão que analiza e controla o teu equilíbrio. Nesse processo, seu corpo sabe em que posição está, o quanto voce está roubando no rosca direta e o quanto seu bíceps realmente está se contraíndo.

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Fibras Intrafusais e Extrafusais.

Isso vai mais fundo sobre a fibra muscular. Bem mais fundo.

Uma Fibra Intrafusal é, na real, uma fibra pequena e fina, enquanto as extrafusais são as fibras grandes e grossa que circucam as intrafusais.

Um Fuso muscular, como dito anteriormente, é um feixe nervoso que se infiltra pelo ventre muscular e capta informações sobre estado de contração e velocidade de contração do musculo. Esse Fuso se conecta então à parte central das Fibras Intrafusais que é dividida em duas partes, central e periférica, sendo a central apenas direcionada à conectar-se ao fuso muscular, deixando para a parte periférica o trabalho de contração, já que só a parte periférica é inervada por fibras motoras do tipo A.gamma que saem do corpo motor da medula, enquanto as fibras motoras do tipo A.alfa inervam as Fibras Extrafusais, bem maiores.

Com isso dá para dizer que fibras menores são mais lentas que fibras maiores, ja que a inervação pelos neurônios do Tipo A, gamma tem em média a metade da rapidez dos neurônios do Tipo A, alfa.

Essa informação que o Fuso Muscular recebe só acontece porque durante a contração das partes periféricas da fibra intrafusal, a região central aonde está o fuso se estica, e isso altera o "formato" do fuso. Da mesma forma, quando o músculo é esticado, a região central da fibra intrafusal também se estica de comprimento, esticando o fuso, mesmo que de leve, mas é o suficiente para informar qual a posição de contração e relaxamento do músculo.

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Inervação das fibras Intrafusais.

Receptores Primários: Na parte Central da fibra, aonde não há contração muscular, há terminações sensoriais que levam informação até a medula. São fibras do Tipo IA de até 17 micrômetros, portanto, grossas e rápidas, transmitindo impulsos nervosos com 70 até 120m/s. O receptor primário é o único que ao se esticar, mesmo que por uma fração de micrômetro durante uma fração de segundo, provoca estímulos elétricos que informam o estiramento ou contração do musculo.

O número de impulsos nervosos enviados pelo receptor primário é proporcional ao estiramento da fibra muscular durante contrações lentas, mas durante contrações rápidas o número de impulsos será maior e até excessivo. Já os Receptores Secundários não participam esse estímulo...

Receptores Secundários: Na parte central da fibra Intrafusal, paralelo aos receptores primários, as fibras são mais finas e lerdas (Tipo A, Grupo II-gamma).

Inervação das fibras Extrafusais.

Não há subdivisão com receptores primários e secundários, apenas fibras do Tipo A-alfa do Grupo 1 que inervam essas fibras maiores.

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-A parte vermelha são as fibras Intrafusais. No centro dela está o fuso muscular, inervado pela Fibra sensorial IA, formando o Receptor Primário, altamente sensível à estiramentos e contrações musculares. O Receptor Secundário é a inervação por fibras do Tipo sensorial II. Como existem poucos ou nenhum filamento de actina e miosina na região central do fuso, eles são inervados por neurônios motores gamma, lerdos e finos.

-A parte de fora são as fibras extraespinhais, inervadas por neurônios motores alfa. De 17 micrômetros. São fibras musculares mais grossas e muito rápidas.

Reflexos do estiramento muscular.

Músculo foi feito para contraír, o problema pode ser ao esticá-lo. Isso ocorre através de uma monosinapse, pois o fuso envia direto para a medula, através da fibra de Tipo IA do receptor primário, um impulso nervoso que se comunica com uma fibra motora do Tipo A-alfa,, sem passar por interneurônios, e o músculo estirado volta a se contraír, evitando assim o rompimento da fibra.

Esses reflexos podem ser de duas formas: dinâmicos, quando o impulso provoca uma contração que acaba rapidamente, e estáticos, quando o impulso provoca uma contração e logo em seguida reduz o número de impulsos que mantém essa contração por algum tempo. O órgão tendinoso de Golgi tem a capacidade de perceber esses reflexos dinâmicos e estáticos na tensão ocasionada nos tendões, enviando essa informação rapidamente para o SNC.

Função do fuso Muscular na Atividade Motora Voluntária:

Embora as fibras gamma do Tipo A sejam mais finas e lerdas, ainda são elas que compõem 31% das fibras nervosas musculares. Durante a contração muscular, as Fibras Intrafusais contraem ao mesmo tempo que as extrafusais, pois se isso não acontecesse a cooisa ficaria bagunçada demais, com informação de estiramento saindo pelas fibras Tipo IA do Fuso dizendo que o músculo estava estirado quando na real não estava e vice-versa.

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Imagem da Direita: uma contração muscular. Em um reflexo Dinâmico, após o torque da contração, os impulsos nervosos cessam para que o músculo volte ao relaxamento. Em um reflexo Estático, os impulsos nervosos que geram o torque da contração apenas reduzem de frequência, o suficiente para manter o músculo contraído por algum tempo.

Imagem da esquerda: um estiramento muscular, que promove o esticamento do receptor primário, que envia através das fibras do Tipo IA, informações contendo o nível de estiramento. Ao mesmo tempo, as fibras de tipo IB do órgão tendinoso de Golgi indicam quanta tensão o tendão está sofrendo.

Áreas cerebrais que controlam os movimentos.

Como sofremos ação da gravidade, precisamos manter o corpo estável quando estamos de pé, ou sentado. Mas vamos tomar por base uma guerrilla cardio.

O sistema eferente gamma, isto é, aquelas fibras de Tipo A-gamma que saem dos nervos motores da medula espinhal podem ser controladas voluntariamente: a informação que sai da região facilitadora do bulborreticular, do tronco cerebral , do córtex motor e do cerebelo, que controla nossa "posição no universo", é enviado pela medula espinal através dos nervos motores para os determinados músculos contraírem e evitar que a gente vire ameba, e durante corrida ou caminhada, mantenha os músculos firmes para gerar equilíbrio.

Posso lhes jogar um desafio: caminhem acompanhando o braço e perna na mesma direção pra ver que fácil que é. Vão gastar 12% mais energia, mas não vão aguentar muito tempo.

A Falha Muscular.

Quando um músculo e tendão é estirado, ou quando a tensão é muito grande, como no treinamento com pesos, o órgão tendinoso de Golgi em conjunto com o Fuso Muscular, enviam informações para a medula espinal que retribui inibindo os músculos de continuarem contraindo, evitando assim uma lesão, como o rompimento do tendão ou musculo. Em contrapartida, um mecanismo de compensação aciona fibras do músculo que estão sofrendo menos ação para distribuir a força de tensão por todo o segmento muscular e manter a contração.

Reflexos Involuntários e seus mecanismos.

Reflexo Flexor: típico reflexo ocasionado por nocireceptores, também chamado de reflexor à dor e reflexo nociceptivo. Ex.: Botar o dedo na chapa do fogão à lenha e retirar logo em seguida.

Reflexo de Retirada: quando qualquer parte do corpo (mas não os membros) sofre um dano e muitos músculos trabalham para retirar o corpo inteiro da situação rapidamente.

Reflexo Extensor Cruzado: esse tipo de reflexo acompanha o reflexo de retirada, ou melhor, ocorre após ele. É quando o corpo tenta afastar-se do objeto esticando os membros contra o objeto. É uma espécie de "contra-ataque".

Reflexos Posturais e Locomoção: Curiosamente, durante o caminhar, a medula é o "controlador inteligente" da ação, e isso evita tropeços caso algum obstáculo esteja no meio do caminho. As vezes você nem percebe que havia uma anilha no chão próximo ao multi-força e passa por ela sem tropeçar.

Ok, falar de reflexo de locomoção é sem dúvida a parte mais chata desse capítulo do Guyton.

Reflexos Espinhais que provocam espasmo muscular.

Espasmo Muscular resultante de um osso quebrado: já quebrei uma perna quando era criança, atropelado por um Gol, na hora os musculos da coxa esquerda que circundam a área de osso quebrado se contrairam na tentativa de minimizar a dor e só voltaram a relaxar após anestesia.

Espasmo Muscular Abdominal na Peritonite. Peritonite é a inflamação do Peritônio, uma membrana que envolve alguns órgãos abdominais e deixa a coisa organizada. Durante uma inflamação do peritônio a dor é grande o suficiente para que a medula trate de provocar a contração da musculatura abdominal, também na tentativa de reduzir a dor.

Cãibra Muscular. Para a minha srte, não sofro disso, as a causa mais comum é extress físico, mental, nutrição inadequada, desidratação.

Editado por lourensini
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Aula 06/09 - Imunologia.

Things are getting hot in there.

Hoje eu estava treinando os oblíquos na cadeira romana quando, estupidamente, bati a mão que segurava a anilha num metal próximo ao regulador de altura e fiz um corte.

Nesse momento, bactérias que circulavam pela região penetraram pelo machucado com o únco objetivo de se adesar às células internas, se adaptar aquele meio, reproduzir-se e, de brinde, causar algum dano para mim. (penetrar->adesar->adaptar->reproduzir->causar dano são os 5 passos da Infeccção parasitária.

Para a minha sorte, meu sistema Imune responder MUITO bem à isso com uma leva de macrófagos até o tecido lesionado e os microorganismos foram rapidamente eliminados.

Mas vamos supor que isso não foi o suficiente, que os microorganismos eram fortes demais. Vamos levar essa resposta adiante.

Inflamação - Fase Aguda:

Durante a entrada de patógenos por algum ferimento externo em nosso corpo, é necessário que as células que circulam pelos vasos sanguíneos saiam do ambiente intravascular para o extracelular. Mas não é bem assim para passar pelas paredes dos vasos sanguíneos, caso assim fosse, glóbulos vermelhos vazariam o tempo inteiro, pois são menores que os leucócitos. Então, para auxiliar nesse processo, proximo à pele, ou no meio extra celular próximo aos vasos sanguíneos, existem Células chamadas Mastócitos, que liberam uma substância chamada Histamina, que atua como vaso-dilatador, junto com Prostaglandinas, Leucotrienos e Bradicinina, que auxiliam no processo de inflamação aumentando a permeabilidade vascular, causando dor e e aquela vermelhidão (rubor) clássica da inflamação. Quando esses químicos são liberados por Mastócitos (e Basófilos, mas esse em pequenas quantidades), as junções entre uma célula e outra da parede dos vasos sanguíneos é "afloxada" e os neutrófilos passam (por diapedese) para o meio extracelular iniciam a fago citação daqueles invasores.

Só que esses neutrófilos morrem, aliás, eles vão lá para morrer e sabem disso, e é daí que sai o Pus, ou melhor, exsudato, aquele líquido amarelado, comum em unhas encravadas, é só um acúmulo de neutrófilos mortos, fibrinogênio e albumina.

Os macrófagos combatentes da região liberam IL-1, TNF (fator de necrose tumoral) e quimiocinas, que servem de "sirene" para alertar outras células a se dirigirem à região.

Durante a fase aguda da inflamação, que pode levar de 12 à 24 horas, há um aumento da Proteína C-Reativa, liberada pelo fígado após liberação de IL-1 pelos monócitos, alertando que algo está errado com seu corpo; a febre, também muuuuuito comum, ocasionada pelo aumento dos vasos sanguíneos pela histamina. Essa febre é extremamente útil, pois com metabolismo elevado, células imunitárias se dirigem muito mais rapido até a região de infecção.

Inflamação - Fase Crônica:

Quando a primeira etapa da resposta imune não é o suficiente para conter a infecção, é porque é hora de chamar os Linfócitos B e T, que se aglomeram ao redor dos parasitas formando granulomas. Esse processo ocorre pelas quimioxinas liberadas pelos mastócitos. Essas quimioxinas são uma subpopulação de citocinas e, como o nome diz, mensageiros químicos. Os macrófagos chamam os Linfócitos T, que através das quimioxinas conseguem se aderir ao endotélio vascular e esses utilizam-se de outras interleucinas para induzir a autoreplicação e a diferenciação em Linfócitos Th1 e Th2 (IL-2, IL-4 e IL-5). Assim sendo, as principais células de defesa a atuar na resposta inflamatória crônica são as mononucleares: Monócitos, Macrófagos, Linfócitos.

Durante a fase crônica da inflamação ocorre hiperemia (aumento da pressão arterial) e edema (acumulo líquido e linfócitos localizados).

O Sistema Complemento.

A função basica do Sistema Complemento, e eu não vou ser tão óbvio em dizer "complementar", é de servir como "cola" entre as próprias proteínas desse sistema e auxiliar na ligação entre leucócitos com as imunoglobulinas e essas com os microorganismos. Em um modo grosseiro de falar, mas que dá para ter uma idéia, o sistema complemento faz uma "recapagem" nos pneus (imagine um leucócito como carro branco), tornando muito mais fácil a tracção dele à estrada.

A migração dos Leucócitos durante a resposta inflamatória crônica ocorre por moléculas de adesão, que também são quimiocinas: as proteínas C3a, C4a e C5a que ficam circulando livremente pelo sistema sanguíneo --principalmente a C5a que terá ação quimiotaxica para a adesão dos leucócitos à parede do endotélio e estravasamento para a região extra-vascular-- interagirão com os neutrófilos e leucócitos durante a resposta crônica. Outras quimiocinas importantes, pois servem como moléculas de adesão entre os leucócitos são os "receptores de quimiocinas", CCR1, CCR3 e CCR4, que ficam na membrana dos leucócitos e permitem após a adesão a diferenciação dos Linfócitos T em Th1 e Th2, como uma espécie de "ok, pode morfar agora".

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Imagine o Sistema Complemento como porcas e parafusos que conectam o anticorpo aos linfócitos.

Uma outra analogia seria usar um Megazord, que juntava todos os zords dos power ranger em um só robô, maior e mais forte.

Citocinas:

Deixo claro que Interleucinas, quimiocinas, linfocinas, citocinas, blahblahblahcinas são tudo a mesma coisa: moéculas de comunicação. O que determina o prefixo é o tipo de comunicação, só isso.

Interleucinas são para comunicação entre linfócitos, e é sinônimo de Linfocina.

Quimiocinas são citocinas que não induzem a profileração de outras células. Simplesmente proteínas plasmáticas fabricadas para adesão de células à outras células (as do sistema complemento, por exemplo), o que facilita a fagocitose por Opsonização.

Interleucina-1: Fabricada por Monócitos, Macrófagos, atua junto ao fator de necrose tumoral alfa (TNF-a) durante a ativação do sistema Imune Inato, como no início da resposta inflamatória aguda

Interleucina-2: Liberadas para utilização das mesmas celulas que a produzem, servem como "GH" para os linfócitos T CD4+ (Th0) e proliferação de Células Natural Killers.

Interleucina-3: Promove a proliferação de células tronco da medula óssea.

Interleucina-4: É liberada quando eusinófilos precisam expressar IgE durante a reação alérgica; Durante a resposta imune, faz uma conexão entre a Imunidade Inata e a Adaptativa, promovendo a proliferação de linfócitos T Cd4+ (Th2)

Interleucina-5: Durante a reação alérgica, Linfócitos CD4+ (Th2) liberam essa citocina para que eusinófilos atuam contra helmintos; Na resposta imune Adaptatva, induzem a diferenciação de Linfócitos B em Plasmócitos.

Interleucina-6: Durante a inflamação Aguda, atuam junto da IL-1 e TNF-a para aumentar quantidade de Linfócitos T e fazem o fígado produzir PCR, um mediador de resposta inflamatória.

Interleucina-7: Assim como a IL-3, promove a proliferação de células tronco.

Interleucina-8: Durante uma infecção, é liberada por quase qualquer célula do sistema imune para atrair neutrófilos e basófilos para a região.

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IL-8: Vai lá que eu dou cobertura...

Interleucina-10: Inibe a resposta inflamatória bloqueando as células APCs de transferir antigenos para linfócitos T.

Interleucina-12: Assim como a IL-10, é uma reguladora da resposta imune. Bloqueia a proliferação de Linfócitos Th2 da resposta Humoral e aumenta proliferação de Th1 da resposta Celular.

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Macrófago infectado por bactérias liberando IL-12 para Linfócitos CD4+(Th0) diferenciarem-se em Th1 e destruirem o Macrófago.

Interleucina-13: secretada por linfócitos Th2. Função de recrutar eusinófilos durante a resposta inflamatória.

Interferon.

Durante uma infecção viral, o RNA do vírus usa a própria maquinaria metabólica da Célula hospedeira para se multiplicar. Como a célula sabe que vai morrer, ela produz moléculas de Interferons, que tem a capacidade de interferir na replicação do RNA viral em outras células, assim a célula atacada consegue ao menos morrer salvando as outras.

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Liberação de INF por uma célula infectada. Isso ensina às outras células como se defender do virus.

Fator de Necrose Tumoral; Tumor Necrose Factor (TNF).

Essa citocina é liberada por macrófagos ativados durante as respostas inflamatórias ocasionada por bactérias Gram- (Aquelas que possuem camada de Lipopolissacarídeos). Na real a única célula fagocitária que não expressa TNF é a Célula Dendrítica, pois Linfócitos T, Monócitos e Natural Killer Cells também liberam durante respostas inflamatórias.

O trabalho do TNF é deixar o sangue mais viscoso na região aonde está acontecendo a quimiotaxia e aumentar a expressão das células que prendem os leucócitos à parede do endotélio vascular.

Durante a fase aguda da inflamação, TNF-alfa, IL-1, IL-6 e IL-8 e IL-12 atuam em conjunto, induzidos pelo aparecimento de bactérias Gram-.

A TNF-a aumenta a viscosidade sanguinea e com a IL-1 ela facilita a adesão de outras células à parede do endotélio, e a TNF-a e IL-1 em conjunto com a IL-6 induz o fígado a produzir PCR, que é um marcador de inflamação.

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Resposta Inflamatória ocasionando edema cerebral. CSF= cerebral spinal fluid= líquido cefalorraquidiano.

Aplicação Clínica

-Durante a leucemia há muito mais IL-2 sendo produzida, provocando aumento incontrolável de Linfócitos T. Geralmente em quantidades maiores que 100.000/mm3.

-Durante artrite reumatóide, choque séptico e choque anafilático há uma grande quantidade de IL-1 induzindo inflamação local.

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