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300g, ou 1~2% do peso dos músculos, e 100g no fígado, ou 10% do peso do órgão para um homem normal de 70~80kg bem alimentado.

Só que isso varia de autor para autor. No livro de fisiologia que usei para fazer o post tinha 2 a 3 % do peso do músculo.

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300g, ou 1~2% do peso dos músculos, e 100g no fígado, ou 10% do peso do órgão para um homem normal de 70~80kg bem alimentado.

Só que isso varia de autor para autor. No livro de fisiologia que usei para fazer o post tinha 2 a 3 % do peso do músculo.

Mas esses 300g são só de carboidrato? Ou é carboidrato + água?

Porque aí seriam umas 1200 kcal?

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Visitante usuario_excluido22

Ótimo post esse, vou fazer algumas considerações a seguir, só um adendo sobre o estoque de glicogênio. Isto varia de autor para autor e nos leva a crer que varia de pessoa para pessoa. Em musculadores e em atletas a capacidade de reter glicogênio é maior sim, e como existem necessidades energéticas diferentes entre cada um deles, a capacidade de reter glicogênio deve variar sim, pois o corpo tem uma tendência a se adaptar conforme o estímulo.

Uma das coisas que não entendo, é por que os Ribossomos, responsáveis pela síntese proteica param de trabalhar na ausência de insulina.

Ótima pergunta, vejamos o seguinte: para que os ribossomos funcionem é necessário o RNAm, este, por sua vez, tem origem do DNA. O DNA tem duas estruturas, uma codifica o RNAm e a outra (sua maior porção) é responsável pela ativação e desativação da outra estrutura que faz a codificação. Agora temos aqui três hipóteses, a primeira seria, não há quantidades suficientes de RNAm no citoplasma. Segunda, a estrutura codificante do DNA está desativada. Terceira, não há quantidades suficientes de RNAt no citoplasma.

A insulina aumenta a permeabilidade da membrana da célula à valina, lisina, isoleucina, fenilalanina e tirosina. Uma coisa mais interessante é que ela divide com o Hormônio do Crescimento esse trampo de trazer novos aminoácidos (o GH traz aminos diferentes), por isso que a administração separada dos dois hormônios quase não promove crescimento algum.

Bacana isso. O GH aumenta a utilização proteica devido o aumento na síntese de DNA e RNA, os aminos que ele retem são a leucina e glicina, eletrólitos ele tbm retem. Essa frase que eu grifei, vc se refere ao crescimento muscular? Se for eu discordo, tem algumas pessoas que utilizam insulina isolada e desenvolvem bem.

Durante o jejum você está liberando muito ácidos graxo e a beta-oxidação tá lá em cima. Isso satura a célula muscular com acetil-CoA, que inibe a Piruvato Desidrogenase (PDH) de produzir mais acetil-CoA, que vai parar na corrente sanguínea, e então no fígado aonde será transformado em glicose novamente, até voltar para o sangue e o músculo (esse é o Ciclo de Cori).

Só houve um engano aqui, o ciclo de cori é a síntese de nova glicose a partir do lactato.

obs: dava para ter se aprofundado mais sobre as enzimas, por exemplo, nas proteases, e comentar a ação de quais ligações entres aminoácidos que elas atuam.

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Nossa, e esse erro do ciclo de Cori foi grotesco. Já corrigi lá. Na real, falta uma virgula seguindo de "piruvato convertido à lactato". Agora tá Ok.

QUanto ao crescimento, eu acredito que o livro se refere à crescimento e desenvolvimento do indivíduo no geral.

Ótima pergunta, vejamos o seguinte: para que os ribossomos funcionem é necessário o RNAm, este, por sua vez, tem origem do DNA. O DNA tem duas estruturas, uma codifica o RNAm e a outra (sua maior porção) é responsável pela ativação e desativação da outra estrutura que faz a codificação. Agora temos aqui três hipóteses, a primeira seria, não há quantidades suficientes de RNAm no citoplasma. Segunda, a estrutura codificante do DNA está desativada. Terceira, não há quantidades suficientes de RNAt no citoplasma.

Algo tem que inibir a expressão gênica que produzirá RNAm. Ou a falta de insulina faz isso sem que haja um inibidor específico.

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Aula 23/11 - Parasitologia

Eu deveria ter estudado mais parasitologia esse semestre.

Hyminolepis nana.

A hemenolepíase é uma doença cuja diferença de diagnóstico de qualquer parasitose ou infeção gastrointestinal é a epilepsia. Quando um médico (não parasitologista) se depara com diarréia, vômito, dor abdominal e a epilepsia... heminolepíase? doubt it, vai manda pro neuro.

Thaels, tá com contigo.

Esse parasita é cosmopolita, embora muito mais comum no sul do Brasil (tipo aonde eu moro) e seu hospedeiro intermediário é, por acidente, pulgas e ácaros de cereais, mas claro, em seu estado de ovos. Esses ovos são bem semelhantes aos ovos da tênia, embora não sejam "raiados" como você pode ver na imagem abaixo.

H%25255B4%25255D.jpghnana2.jpg

Ovos de Tenia solium à esquerda e de H. nana à direita.

O tamanho de um hyminolepis nana é de 30mm quando em sua forma adulta. É o menor Cestoda que parasita o homem, que é hospedeiro acidental assim como as pulgas, por que o alvo mesmo são roedores silvestres e de laboratório.

220px-H_nana_adultF.JPG

Sendo o macho menor que a tênia, é mais fácil para copular. Não sei qual a lógica do sistema, mas aparentemente é.

Ele pode executar dois ciclos diferentes. O Ciclo Monoxeno ocorre quando ovos são inferidos das fezes por, vamos dar o exemplo mais básico, uma criança. No estômago, o suco gástrico digere parte do ovo e libera um cisticerco, que se infiltra nas vilosidades intestinais e matura-se à forma adulta, que copula e libera ovos nas fezes. E o Ciclo Heteroxeno envolve uma pulga que ingere os ovos e cria um cisticerco. Como carunchos estão em cereais e são, na real, mto fáceis da gente consumir nos alimentos, podemos ingerir os cisticercos indiretamente e desenvolver as largas no organismo.

Há também a Hymenolepis diminuta, que apesar do nome é 10x maior, chegando à uns 50cm.

O tratamento é com anti-helmínticos.

Trichinella spiralis

Assim como o H. nana, o macho do T. spirallis também morre após a cópula. Não consigo entender o pq disso.

O T. spirallis é o parasita do porco, primariamente. Pode infectar outros, mas o principal é o porco. Esse, na real, tem um mecanismo MUITO curioso de infecção, que pode ser em "2 níveis".

Em uma infecção leve, com uma carga parasitária baixa ocorre a "Fase Entérica", em que os parasita mantem-se apenas no tubo digestório e não causa problemas maiores que dores abdominais, febre baixa, diarréia ou constipação. Esses são sintomas típicos de qualquer inflamação intestinal. A "Fase Parenteral" é muito interessante. Nela, o parasita adentra a corrente sanguínea do hospedeiro, e lomove-se por ela até a musculatura, aonde causam cistos (por que ele se calcifica). Com isso vem a fibromialgia, miocardite (se for no coração), deficiencia respiratória (se for no diafragma). Outros dois sintomas são edema peripalpebral e eosinofilia.

Trichinella_LifeCycle_2011.gif

A fase Parenteral só é possível por que o parasita tem entre 3 e 4mm (fêmea) e 1,5mm o macho, que permite que eles se locomovam por vasos sanguíneos que os suportem.

Da para ver que os hospedeiros são muitos. O esquema é que se assemelha muito com o mecanismo de infeção do porco pela Taenia solium, na qual a carne do porco também pode possuir cisticertos e a gente pode adquirir os cisticerco.

21.1.jpg

Aqui é o T. spirallis em um corte transeccional do músculo, mostrando a calcificação.

Da aula de hoje dá para tirar umas conexões legais. Tipo, o mecanismo de infeção do Trichinela spirallis é semelhante ao da Taenia Solium, e o ovo do H. nana é parecido com o da tenia também.

Editado por lourensini
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por que eu tirei 6 na primeira prova de fisiologia e na hora de corrigir a prova ao lado dela eu mencionei que estava postando o conteúdo nas internets.

o Dones deu uma força legal sobre o ocorrido. E eu conversei com ela depois e disse que aquilo havia sido muito difícil de escutar.

É verdade que posso entender errado algumas coisas, e por postar errado alguém pode se prejudicar depois. Mas o processo de encontrar o conhecimento, sempre nos propicia alguns erros.

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