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1200ml sempre ficam. Caso contrário o pulmão/alvéolos colabariam à ponto de esmagar as estruturas que os formam.

EDIT: concluí a aula de bioquímica e entendi o conteudo. Quem estiver interessado pode relê-la que agora tá mais completinha.

Abraços (off para estudar imunologia e microbiologia).

Editado por lourensini
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Aula 02/11 - Imunologia.

Imunização vs Vacinação.

Round One. FIGHT!

Os métodos profiláticos mais blackpower da biologia não é lavar as mãos e nem tratar a água. É vacinar. E nem toda vacina faz a mesma coisa, por que doenças não são todas iguais. Esse é post é o mais simples da imunologia até agora.

Tipos de Imunizações existem 2:

Ativa e passiva, que significa que um patógeno foi aplicado em uma pessoa/animal para gerar uma resposta imune que fabricasse anticorpos contra aquele antígeno ou contraido sem-querer-querendo.

Dentro da imunização Ativa tem-se a natural (quando isso é feito do modo oldschool de simplesmente contrair a doença), e artificial, quando o microorganismo atenuado ou morto é exposto ao sistema imunológico para que ele trate de criar anticorpos contra. Por Atenuado entenda-se "vivo, só que fraco", sem ter capacidade de gerar a doença em si, somente de gerar a resposta. Já o microorganismo morto, bem, está morto, não causa doença, só gera a fabricação de células de memória. Tanto o bichinho atenuado quanto morto esse processo é feito por vacina.

AUTO_novaesjb89.jpg

aeuhuahueah.

A imunização Passiva é quando o anticorpo é passado da mãe ao feto através da placenta (imunoglobulina G) ou do colostro do leite materno (Imnoglobulina A), na imunização natural, e por isolamento da imunoglobulina produzida em animais, que são então retiradas do soro do bicho e aplicadas em outros(gente, por exemplo) para gerar imunização rápida, pois poupa o organismo do tempo necessário de criar as células de memória.

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Aqui como são feitos os anticorpos monoclonais. Quando várias imunoglobulinas diferentes são produzidas a resposta imunológica fica meio "perdida". Se um único plasmócito for criado para dar origem à inúmeras cópias forever idênticas suscessivamente que gerarão anticorpos também idênticos, a resposta imune será extremamente eficiente. Por ser uma imunização por anticorpos então essa é uma imunização passiva.

Imunização passiva ocorre por deficiencia primária de linfócitos B. A Imunoglobulina Humana Normal (IHN) é extraída do soro de 1 a 2 mil pessoas e aplicada em casos de hepatite A e B, varíola zoster e tétano. Imunoglobulinas Específicas para determinadas doenças podem ser retiradas de pessoas que foram recentemente vacinadas contra tais patologias

Vacinas Recombinantes:

Esse esquema envolve biologia molecular e engenharia genética, em que o DNA de vírus e/ou bactérias são mofidicados para induzirem mecanismos de resposta imune específicos após serem fagocitados pelas APCs. Se o vírus/bactéria infectar uma célula, APCs fagocitarão essa célula e entregarão o antígeno criado geneticamente para os Linfócitos T citotóxicos. Vantagem total, pois a resposta é controlada. O mesmo se a infecção não for intracelular, com fagocitação e entrega de MHC-II para Linfócitos T auxiliares. Outro método que também envolve engenharia genética é introduzir genes específicos em Plasmídios de bactérias, o chamado DNA complementar, que ao serem fagocitados também irão induzir a produção de anticorpos específicos para tal doença.

Vacinas com Peptídeos Sintéticos.

Semelhante à recombinante. Os genes clonados e introduzidos na bactéria são feitos para que as bactérias produzam os antígenos (peptídios sintéticos)

Vacinas com Adjuvantes.

Só um reminder sobre adjuvantes, eles são moléculas de alto peso que se ligam à haptenos (de baixo peso e com pouca antigenicidade) para permitir ou aumentar uma resposta imunológica. Algumas moléculas simplesmente são antígenas, mas não o suficiente para serem reconhecidas como tal, então os adjuvantes fazem com que elas sejam vistas pelo SI. Alguns desses antígenos, se não se ligaram a nenhum adjuvante, desaparecem do sistema sem gerar reposta, para isso tem a Lectina (da via lectina, do sistema complemento), a saponina (um ácido graxo) e a hidroxi de alumínio, unico aprovado em vacinas humanas.

Fui dar uma wikipediazada e achei isso:

Adjuvantes imunológicos são compostos, entre os quais se incluem o hidróxido de alumínio, mais utilizado na composição de vacinas para humanos, devido a sua segurança como adjuvante, óleos minerais, com os quais se compõe vacinas para uso em animais domésticos de criação. As vacinas oleosas podem ser de três tipos, água-em-óleo, óleo-em-água e água-óleo-em-água (normalmente identificadas por siglas em inglês W/O, O/W e W/O/W). A saponina que é um extrato vegetal, também utilizado como adjuvante, muitas vezes associado com o hidróxido de alumínio. Os adjuvantes são essenciais na composição de vacinas inativadas pois esses irão dificultar o processamento do antígeno pelas células apresentadoras de antígeno, dessa forma também aumentam o período em que o antígeno estará em contato com o sistema imune aumentando assim a resposta imunológica. Os adjuvantes também dirigem a resposta imune frente aos antígenos pois favorecem mais a secreção de interleucinas que promovem resposta imune humoral como IL-4, IL-10 ou celular como IFN-gama e IL-13. Os adjuvantes também permitem uma optimização do antígeno produzido, permitindo que sejam produzidas mais doses de vacinas com a mesma massa antigenica purificada ou não.

A IL-4 é uma citocina que induz a diferenciação de Linfócitos Th0 em Th2; a IL-10 faz o controle da atividade dos macrófagos por dar um coffe break para eles; e a IL-13 induz a maturação de basofilos (da resposta inflamatória, por isso algumas vacinas deixam o local da picada dolorido).

Fiquei me perguntando se o Óleo Mineral dito no texto se refere ao ADE.

Vacina Liofilizada e Líquida

Vascina Liofilizada é uma vacina em pó. Antes de ser aplicada é necessário diluí-la em um líquido próprio (não vale água de torneira e nem cerveja).

-O prazo de validade costuma ser maior, por ser mais estável e e não precisa de adjuvante. A vascina Líquida é o inverso em tudo (no shit!)

Vias de Administração das vacinas.

Via Oral; Via Subcutânea; Via Intra Muscular; e Via Endovenosa.

AS vacinas intramusculares geram imunocomplexos (granulomas da hipersensibilidade de Tipo III) se aplicadas endovenosamente, mas as Endovenosas são mas eficases.

Os Soros.

Soro é vacina, mas não é exatamente o mesmo que vacina, pois soros são geralmente heterólogos (roduzidos em cavalos e aplicados em outros bichos/gentes).

O soro anti-bárico e a anti-tetânica pode ser feita a partir do cavalo imunizado ou de pessoas que já foram imunizadas pelo soro. A diftérica também é feita a partir do plasma do cavalo dura em torno de 1 a 2 semanas. A repetição da dose pode gerar granulomas (hipersensibilidade de Tipo III).

BREAKING IMMUNOLOGY NEWS!

Vacina brasileira contra malária.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI6174362-EI306,00-Vacina+contra+malaria+comeca+a+ser+testada+em+humanos+em.html

Primeira vacina do mundo contra squitossomose é brasileira.

http://noticias.r7.com/saude/noticias/brasil-anuncia-primeira-vacina-contra-barriga-d-agua-do-mundo-20120612.html

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Aula 01/11 - Microbiologia.

Aula bacana de imunologia seguida de outra aula bacana de Microbiologia. E com algumas revelações sobre o mundo dos vírus.

Vírus é O Que Há... tanto que a ideia de que vírus possuem somente um DNA Dupla fita é uma falácia. Vírus podem possuir tanto DNA dupla fita como RNA em dupla fita (o que vai contra o resto do reino animalia, vegetalha, canalha cornucópia... Vírus nem tem reino, tanto que a biologia o reconhece como "uma entidade". Já viu algo mais específico que isso?

Minha professora contou do mestrado dela. Escolheu sem querer de trabalhar com virus... a maior bronca para pegar em uma tese era vírus. 2 anos e meio depois e não havia ainda conseguido uma imagem que mostrasse o vírus inteirinho para que a morfologia dele fosse reconhecida. Se a morfologia e o tamanho forem reconhecidos, aí sim o vírus pode ser reconhecido, mas pra isso a informação (foto, na real) deve mostrar a estrutura completa dele.

Vamos às partes:

O DNA:

Vírus podem possuir tanto DNA quanto RNA em fita-dupla e fita-simples. O RNA tem a vantagem de facilitar mutações, pois as enzimas que o reparariam não corrigem erros durante sua replicação. Já para os vírus com DNA isso ocorre assim como ocorre na replicação do nosso DNA, afinal, a célula que ele usa para isso pode ser a nossa.

DNA pode aparecer em fita-simples (ex.: parvovirus), e fita-dupla (adenovírus, herpes). O DNA pode aparecer em forma circular tal qual um plasmídio de bactéria.

RNA pode aparecer em fita-simples (ex.: Ebóla), e fita-fupla (rotavirus). O que muda é que o RNA-simples pode ser segmentado (com intervalos entre determinados alelos).

A Morfologia:

O Capsídeo é uma estrutura protéica que envolve o material genético, (o material genético+capsídeo se chama nucleoasídeo). Essas bolinhas glicoproteicas no envoltório se chamam Capsômeros, e são PAMPs (padrões moleculares associados à patógenos), que alertam o sistema imunológico de que algo ali é meio estranho.

Vários capsômeros formam uma Cápside. E a parte mais externa do vírus é o Pêplômero, uma substância mucilaginosa antigênica como a cápside.

particulas.jpg

Wikipedia, Muito obrigado. Se eu tivesse visto isso antes...

Fica pra quando eu for estudar.

Editado por lourensini
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Admiro demais sua dedicação... vc vai longe Lourensini, de verdade haha

É impressionante o quanto vc estuda e ta sempre tentando aprender mais coisas sobre Nutrição e tals :D

Curto isso de vírus, eu ficava super pensando sobre isso nas aulas do ano passado... tipo, é vivo ou não? ;p

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Visitante deletado____

Lourensini, NADH e NADPH devem ser entendidos como coisas distintas (e não "simplesmente um NADH com um fosfato"), tem um pouco mais por trás da estrutura ressonante dele ;)

Não sei se você preferiu entender assim, mas ACP e KS trabalham em conjunto nessa junção de malonil-CoAs (com a remoção de CO2). KS é "ativado" por acetil-CoA uma vez, e ACP por malonil-CoA, que é adicionado sequencialmente "à base" da acetil-CoA em KS. Então sempre vai ter "um acetil" (na verdade é uma carboxila) no final da cadeia, sendo adicionados os pares de carbono ao "lado contrário" da cadeia (o que tá ligado em KS). Use a imagem do Lehninger pra entender.

Acho importante destacar isso porque é pergunta de prova garantida. Tem professor que, de sacanagem, te pede em prova "circule o sexto par de carbonos adicionado mediante a via da síntese lipídica na cadeia ao lado". E também entendendo isso se entende os pontos de controle da via, que fundamentalmente é focado na concentração de malonil-CoA (já que toda a síntese só prossegue com ele, e Acetil-CoA só é usada uma vez), que forma um mecanismo de feedback negativo. Também tem a ação hormonal (de glucagon e de catecolaminas, pelo que eu lembro), que inibem essa via antes da formação de malonil-CoA.

Confesso que esperava um pouco mais desse tema de controle da pressão e principalmente do sistema renal...

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Admiro demais sua dedicação... vc vai longe Lourensini, de verdade haha

É impressionante o quanto vc estuda e ta sempre tentando aprender mais coisas sobre Nutrição e tals :D

Curto isso de vírus, eu ficava super pensando sobre isso nas aulas do ano passado... tipo, é vivo ou não? ;p

AAAAA valeu querida!! nâo é fácil mesmo. Ultimamente estou lendo demais e chega um momento que não lembro da ultima linha pq a cabeça vai longe. Mas tem que bater o pé que um dia a gente aprimora isso.

Essa aula de virus foi bem tranquila. Eles não possuem "vida", é um material genético executando funções. Como eles não fazem parte de um reino, estuda-se criar um "virae" para que entre na classificação taxonomica. Mas como alguns são extremamente mutaveis, as subclassificações seriam praticamente impossíveis.

Confesso que esperava um pouco mais desse tema de controle da pressão e principalmente do sistema renal...

Em breve, farei um update. Espero ainda hoje pois tirei cópica do capítulo do Guyton que fala sobre isso.

Só arrumar o post de bioquímica.

Tava estudando glicólise, krebs, cadeia fosforilativa até agora com meu parceiro de AP e INVEJEI a bioquímica da Oceanografia.

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AAAAA valeu querida!! nâo é fácil mesmo. Ultimamente estou lendo demais e chega um momento que não lembro da ultima linha pq a cabeça vai longe. Mas tem que bater o pé que um dia a gente aprimora isso.

Essa aula de virus foi bem tranquila. Eles não possuem "vida", é um material genético executando funções. Como eles não fazem parte de um reino, estuda-se criar um "virae" para que entre na classificação taxonomica. Mas como alguns são extremamente mutaveis, as subclassificações seriam praticamente impossíveis.

Em breve, farei um update. Espero ainda hoje pois tirei cópica do capítulo do Guyton que fala sobre isso.

Só arrumar o post de bioquímica.

Tava estudando glicólise, krebs, cadeia fosforilativa até agora com meu parceiro de AP e INVEJEI a bioquímica da Oceanografia.

mas assim, a regrinha lá é que tudo que é vivo tem célula, né? (exemplificando legal)

vírus não tem célula, mas precisa de célula pra sobreviver?

isso que me deixa mais intrigada ;p

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