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  • Supermoderador
Postado (editado)

Eu não tenho fontes científicas para isso, mas, segundo o Lyle, em aeróbicos, independente da intensidade, seu corpo deriva em torno de 5% da energia a partir de aminoácidos. Esse valor aumenta para 10% caso o glicogênio muscular esteja depletado.

Vou ver se encontro as fontes... se achar eu posto aqui.

Em um AEJ o uso total será menor porque o gasto calórico é menor.

Concordo plenamente que em AEJ você usa mais gordura, isso é fato. A questão é: faz diferença?

Compare duas situações. Nas duas você segue uma dieta isocalórica, ou seja, gasta a mesma quantidade de energia que consome (sem contar aeróbicos). Além disto você faz um aeróbico que consome 300 calorias, e dessa forma você tem um déficit diário de 300 kcal.

Na primeira situação você faz o aeróbico totalmente em jejum. Para efeitos de comparação, digamos que você gaste apenas ácidos graxos.

Neste caso você terminaria o dia com um déficit de 300/9 = 33 gramas de ácidos graxos.

Na segunda situação você faz o aeróbico após uma refeição. Também para efeitos de comparação, digamos que você consuma apenas glicose/glicogênio. Da mesma forma você terminaria o dia com um déficit de 300 kcal.

O que ocorre? Nesta segunda situação, você terá um consumo de 300/4 = 75 gramas de glicogênio. Ou seja, haverá um déficit de glicogênio muscular.

O que você consumir de carboidrato após o aeróbico será utilizado para repor este glicogênio - durante este período seu corpo usará preferencialmente gordura como fonte de combustível (ao invés de usar glicose).

E no final das contas você terá o mesmo déficit de gordura (mesmo que você não reponha todos os 75 gramas no mesmo dia, eventualmente irá repor, e quando isso estiver acontecendo você estará usando gordura como fonte de combustível).

Na grande maioria dos casos não há diferença entre fazer aeróbico em jejum ou não - porque o que importa, para perda de gordura, é o gasto calórico. Aliás, fazer após uma refeição pode ser superior - você terá mais energia e poderá gastar mais calorias no aeróbico.

A grande vantagem do AEJ pode ser quando você tem pouca gordura disponível no corpo, quando sobra apenas a gordura teimosa. Essa gordura é muito difícil de mobilizar; fazer um AEJ em conjunto com uma dieta restrita em carboidratos pode ser uma excelente saída para perder essa gordura. Um aeróbico feito fora de jejum teria pouco impacto nestes casos.

Ah, quanto ao que você falou sobre baixo IG/alto IG, até onde eu sei a quantidade de insulina necessária para parar o catabolismo após o treino é baixa - talvez apenas um carbo de baixo IG, dependendo da quantidade, já seja suficiente (ou apenas o whey - que causa uma liberação de insulina até maior do que alguns carboidratos). Vou ver se acho a fonte, creio que o Alan Aragon tenha falado isso em algum research review dele. Se eu achar eu posto aqui.

Abraços

EDIT: achei, está aqui: http://user210805.websitewizard.com/files/unprotected/AARR-Jan-2008.pdf

Não dá para copiar do PDF... mas a parte relevante está na página 4, sob o título "Is it necessary to spike insulin post-workout?"

Editado por mpcosta82

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Postado

Ah sim, entendi. Só pra deixar claro, quando disse de 'não haver glicose no sangue' foi da glicose vindo da alimentação, sem ser da gliconeogênese e tal, que leva a produzir mais glicose pra manter o nível dela no sangue.

O ponto que eu defendo é o seguinte: com défict calórico, haverá a perda de gordura sim, mas a questão é, onde encaixar esse défict. Por exemplo, errar em fazer jejum no pré e pós treino, levaria a uma grande perda de massa muscular, certo? Será que esse défict calórico não levaria, em grande parte, a perda muscular?

Enfim, creio que o que importa no final, é o défict, mas, acho que tem que saber com o que fazer cada refeição. Baixo IG no pós treino não gera o mesmo resultado que alto IG, entende o meu ponto?

Obrigado

eu também vejo algum sentido nisso,qual a melhor hora para se encaixar o déficit... visto que o corpo não "reseta" e não existe esse "final do dia" ele trabalha com um ciclo contínuo.. usamos isso apenas como ponto de referência.

Postado (editado)

Por favor, não ache que minhas perguntas são ironias, por mais ridiculas que sejam, haha, realmente to em dúvida quanto a isso.

Então, no cutting não importa de onde vem as calorias? O importante é o defict calórico? Obvio que não vou ficar me enchendo de gordura saturada, colesterol e tal afins. Porque esse defict vai levar a queima de gordura? É correto dizer isso?

Não to conseguindo entender qual seria a diferença de cada macro na dieta de cutting então.

Editado por Tesla
  • Supermoderador
Postado

Tesla, também não é bem assim hehe

Não é que não importam de onde vêm as calorias.

Há nutrientes que são essenciais para o corpo. Micronutrientes, como vitaminas e minerais; e macronutrientes como aminoácidos e ácidos graxos essenciais.

Se a sua dieta tiver quantidade suficiente de micronutrientes (seja pela dieta ou com suplementos); se ela tiver quantidade adequada de proteína (para compensar o que o corpo eventualmente irá gastar para produzir glicose) e tiver quantidade suficiente de gorduras essenciais e totais (por questões hormonais), o restante das calorias você pode dividir em gorduras ou carboidratos, se o déficit calórico for o mesmo a perda de gordura será a mesma. Aí sim dá pra dizer que o que importa é o déficit calórico.

Isso foi demonstrado em estudos, que compararam dietas com baixo teor de gordura e dietas com baixo teor de carboidratos (mas ambas com quantidades similares de proteína); não houve diferença significativa em perda de peso e perda de gordura. Ou seja, os dois tipos de dietas, mesmo com diferenças tão gritantes (uma com muita gordura, outra com muito carboidrato) tiveram resultados similares.

Por outro lado, uma dieta cetogênica - para quem consegue suportar o período de transição para a cetose, e a falta de carboidratos - tem uma vantagem: a diminuição do apetite, causada pela cetose. Isso pode fazer a diferença. Claro que há problemas também, principalmente com relação ao treino com pesos e aeróbicos de maior intensidade, devem ser previstas recargas de carboidratos para isso.

Essa também é a grande vantagem, no meu entendimento, de dietas de jejum intermitente. Tem vários casos aqui no fórum, eu sou um deles. Eu não conseguia perder peso fazendo 6 refeições ao dia, porque eu simplesmente não conseguia seguir a dieta - cada refeição era muito pequena e eu passava o dia inteiro com fome.

Depois que aderi ao JI, isso mudou. Durante a manhã eu não como nada e não sinto nada de fome; como bastante no almoço e um pouco na janta, sinto pouca fome ao longo do dia, mesmo com um déficit calórico maior do que antigamente.

O Lyle Mcdonald tem dezenas de artigos excelentes sobre nutrição, sugiro que você leia o site dele. Ele foi uma das pessoas que mudou radicalmente o meu entendimento sobre nutrição, para melhor, sem dúvida nenhuma. O cara é fera.

O site dele é www.bodyrecomposition.com.

Neste artigo ele analisou um estudo que comparou dietas cetogênicas com dietas não-cetogênicas: http://www.bodyrecomposition.com/research-review/ketogenic-low-carbohydrate-diets-have-no-metabolic-advantage-over-nonketogenic-low-carbohydrate-diets-research-review.html

E aqui ele faz uma comparação genérica entre dietas:

http://www.bodyrecomposition.com/fat-loss/comparing-the-diets-part-1.html

http://www.bodyrecomposition.com/fat-loss/comparing-the-diets-part-2.html

http://www.bodyrecomposition.com/fat-loss/comparing-the-diets-part-3.html

http://www.bodyrecomposition.com/fat-loss/comparing-the-diets-part-4.html

Abraços

Postado

Hmmm, passei o olho só no primeiro artigo (amanhã tenho uma prova final aqui na facul, haha) e vi que a dieta cetonica teve uma proporção quase de 1:1 (3.4kg : 6.3kg) de perda de massa gorda e massa magra, certo? Então a dieta não cetônica seria melhor (5.5kg : 7.2kg), pelo menos nesses resultados?

Eu vou dar uma lida nos JI ainda com bastante calma, visto que preciso achar alguma coisa que eu encontre um caso parecido com o meu (vou entrar em 3 semanas sem academia, só vou ter um parque lá onde dá pra fazer aeróbico e quero ver se faço GVT junto [pra não ter que fazer musculação todo dia]) mas pra cutting mesmo.

Enfim, acho que o JI sempre é bom pra queimar a gordurinha teimosa né? Ainda mais com aeróbico.

E sobre a quantidade de macros? Carboidrato eu sei que é 100~150g pra não entrar em cetose, certo? E proteínas? 2g/kg? O resto então poderia ser em gorduras? (uma parte insaturada [por questões hormonais] e o resto poderia ser gordura ruim? [pensando na parte da dieta e não na questão de colesterol alto e afins)

Postado

Olha, é meio difícil conseguir o um cutting sem nenhuma perda muscular e um bulk sem nenhuma gordura extra.

Mas, sempre é possível chegar o mais próximo dos bons resultados. O cutting com menos perda de massa é um cutting rico em proteínas e pobre em carboidratos/gordura (quando digo pobre, não é 0, é o necessário para que não prejudique o funcionamento do corpo)

Já o bulk limpo, também é uma dieta rica em proteína, haha, só que agora bem mais que no cutting. Mas ai pode colocar mais carboidratos e gorduras, obvio que não com muito excesso. Carbo em torno de 4g/kg e gordura 1g/kg. Tem vários tópicos explicando como montar os 2 tipos de dieta.

Qual é o melhor? Depende do que você quer. Se acha que já tem massa magra o suficiente, faça um cutting e depois volta pro bulk. Se acha que se fizer o cutting vai ficar com poca massa, mete um bulk antes.

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