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Belcher Contou Com Ajuda Dos Irmãos Moraes Para Se Defender De Toquinho


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A ideia de Alan Belcher era manter a luta em pé, mas com apenas 45 segundos ele foi derrubado por Rousimar Toquinho. Especialista em jiu-jítsu, principalmente nas chaves envolvendo os membros inferiores, o brasileiro conseguiu ir para onde se sente mais confortável. Mas Belcher não se desesperou. Defendeu tentativas de chaves de joelho, de chave de calcanhar e ainda tentou suas finalizações também. Por fim, ficou por cima e nocauteou Toquinho. Tudo isso ouvindo atentamente as dicas do seu córner. Lá estava Daniel Moraes, fera brasileira do jiu-jítsu.

Daniel participou de 13 mundiais da arte suave e conquistou 11 medalhas. Foram cinco títulos, sendo dois na faixa-preta (com quimono) e mais um sem quimono. Ele e seu irmão Diego Moraes, também faixa-preta, reforçados por Dean Lister e Davi Ramos, deixaram Alan Belcher na ponta dos cascos para o combate com Toquinho.

- Eu estava lá (nos Estados Unidos) quando ofereceram a luta para o Belcher. Era para ser o Chris Weidman ou o Toquinho. O Belcher preferiu o Toquinho porque, na teoria dele, a chance de vencer o brasileiro era maior se a luta terminasse na decisão dos jurados. Para ele, o Weidman, por ser wrestler, poderia derrubá-lo e pontuar mais - explicou Diego Moraes.

alanbelcher_danielmoraes_facebook.jpgAlan Belcher (esq.) e Daniel Moraes juntos nos Estados Unidos (Foto: Reprodução / Facebook)

Diego ficou por duas semanas nos Estados Unidos para iniciar os treinos de chão de Belcher. Depois, Daniel é quem foi. Com a experiência de quem nunca foi finalizado em uma luta, ele sabia que tinha uma dura missão. Hoje em dia, Toquinho é um dos mais temidos finalizadores do MMA. Mas o trabalho realizado com Belcher nos Estados Unidos deu certo.

- No meu jogo de jiu-jítsu, sempre fui bom em defender. Já fui campeão mundial sem levar pontos. Além disso, tivemos a ajuda de dois grandes especialistas nas posições em que o Toquinho é bom: o Davi Ramos e o Dean Lister. Juntando essa técnica, não podia como sair melhor - comemorou Daniel, que chega ao Rio de Janeiro, onde mora, nesta segunda.

Daniel Moraes reconheceu que a ideia era manter a luta com Toquinho em pé. Alan Belcher estava preparado para defender também as tentativas de queda do brasileiro. Como essa parte não funcionou, coube a ele trabalhar o jiu-jítsu que foi trabalhado durante as semanas que antecederam o combate. Até um inusitado ataque de twister, golpe que só foi utilizado uma única vez com êxito no UFC - por Chan Sung Jung, no UFC Fight Night 24 -, Belcher tentou. Mas a luta terminou mesmo no forte ground and pound do americano.

- O Alan gosta muito dessa posição (twister). Ele se antecipou ao movimento e meio que caiu no twister por acaso. Ficou uma posição perigosa, o Alan marcou o braço para Toquinho não pegar a sua perna e dali que ele tentou a finalização. Quanto aos ataques do Toquinho, Alan defendeu muito bem. São posições muito complexas, cheias de detalhes. Ele tinha sempre que girar o calcanhar para a costela, também chutou o braço do Toquinho na hora certa. É um grande talento - elogiou Daniel Moraes.

ufc_alanbelcher_toquinho_rousimarpalhares_get.jpgAlan Belcher (por baixo) ataca Toquinho com um twister (Foto: Getty Images)

Com a vitória, Alan Belcher subiu degraus importantes no peso-médio. Na imprensa internacional já especula-se que o próximo desafio deve sair do confronto entre Wanderlei Silva e Vitor Belfort, que se enfrentam no dia 23 de junho, no UFC 147.

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