Supermoderador helb4o 1639 Postado Outubro 10, 2023 às 13:13 Autor Supermoderador Postado Outubro 10, 2023 às 13:13 (editado) Meu povo e minha pova, quanto tempo! Que este texto encontre vocês bem! Então, depois desse vácuo gigante, que cargas d'água eu to agindo? Vou começar do final, ou seja do último mês. Se algum dia lembrar de alguma história que ocorreu antes disso (e certamente ocorreu) venho aqui pra gente prosear. Depois de quase dois anos sem férias, finalmente folguei oficialmente - ano passado foram apenas dois dias do calendário laboral. Um adendo: a folga do relato anterior, no início deste ano, se deveu à conjunção de uso de banco de horas nos dias da semana de carnaval, não foram FÉRIAS em si. Só que a vontade de ter grana pra aproveitar na estrada todo o tempo ficou só no plano de 2019. Sim, era um sonho que tinha de emendar duas férias seguidas numa trip mochileira e estava investindo mês a mês um tiquinho desde então. De lá pra cá veio uma pandemia, o preço de tudo subiu consideravelmente e pra finalizar tive contratempos recentes no dente e na vista - o tipo de coisa que não pode esperar e custa um rim. Resultado: em três das últimas quatro semanas estive viajando; era pra ser 70 dias, mas melhor que nada. Ainda assim não lembro de tanto tempo seguido longe de casa. E já estou com saudades. Mas e então, treinei antes disso? E durante a viagem? Sim e sim. No que depender de mim não paro, vocês sabem. Posso, em último caso, adaptar às circunstâncias temporariamente - até porque, como o termo diz, não é permanente. Foi o que fiz e vou relatar aqui. Enfim, depois de definir a viagem como sendo em três semanas e por onde eu passaria, coloquei como um dos critérios principais para escolha da hospedagem um local (hotel ou quarto individual de hostel) que fosse a no máximo 20 minutos a pé de uma academia da rede a qual frequento há um ano e meio. Afinal, se esse foi um dos principais motivos de me matricular nela, por causa de quando visito a cidade da minha família, agora seria a hora de ter essa experiência em outras praças. A saber, o roteiro de exercícios incluiu uma cidade do norte do país, outra do nordeste , outra do sudeste e uma última no sul. Mas eu não fiquei só nestas cidades com academia. Elas eram grandes e eu também visitei cidades menores, que tinham atrações (principalmente naturais, um dos tipos de rolê que curto); portanto o roteiro foi feito contemplando mesclar dias nos locais que permitissem um mínimo de três treinos por semana, numa estrutura básica ABC. Se eu tivesse prolongado a viagem, faria o possível pra preservar essa estratégia. Quanto à dieta... bem, uma das coisas que gostaria de experimentar na viagem é a gastronimia local - não tudo, mas o suficiente do que tivesse ali, que seria mais típico. Ainda assim, não gostaria de arregaçar o shape. Eu havia acabado um período puxado de treinos diários (ABCDEFG: bíceps/antebraços/tríceps, ombros/trapézio/abdominais/panturrilhas, dorsal/bíceps/panturrilhas, peitoral/tríceps/abdominais, posterior de coxa/panturrilhas, peitoral/dorsal/ombros, anterior de coxa/panturrilhas), dietas e danones que terminaram exatamente no primeiro dia de viagem (08/09), dai jogar absolutamente tudo pro alto eu não teria coragem. Propus ao nutri que me sugerisse refeições de aveia com banana e atum enlatado (não tudo misturado no prato, óbvio kkk), que é algo que não preciso cozinhar e tem rápido preparo. Nas outras duas (ou até três) eu comia na rua. Na prática, em cerca de quinze dias eu usei uma ou duas refeições desta, mas sempre buscando bater a proteína diária (levei whey protein a tiracolo). E, pasme, perdi cerca de 4kg nesse rolê. Seria por conta do tanto que caminhei? Não sei; só sei que já no segundo dia estava com bolhas nos pés, o que me obrigou a trocar o tênis por chinelo de dedo, trocando a mochilinha de tactel 10L que levaria pros rolês diários por uma maior (que antes deixaria na hospedagem) porque nesta caberia o pisante, que seria usado apenas no momento do treino. Sim, treinei com dor nos pés, bolhas e o escambau em plenas férias, mesmo depois de caminhar o dia todo. Quem vê o close não vê os corres. Voltando ao assunto principal, entrar nas unidades desta rede foi como entrar em hotéis Ibis: você sabe mais ou menos o que vai encontrar quando entra em uma, não tem grandes surpresas porque elas têm uma certa padronização, ainda que com uma variação ou outra. Ao todo foram sete academias diferentes. Os horários de entrada, de 7h00 a 19h00, em dia últil ou final de semana. Na primeira fase foram quatro dias (sex terminando o ciclo da semana ABCDE, depois ABC na sequência sábado, segunda e terça pela manhã); aí foram seis dias livres, retornando no final de tarde da terça da semana seguinte e indo até sexta, mais domingo (ABCDE), novamente iniciando a sequencia ABCDE na segunda. Aproteitando, alterei a ordem de grupos musculares em relação a antes das férias(num relato futuro coloco como ficou). Aliás, vou confessar uma coisa: teve hostel que propositalmente não liguei que tivesse banheiro compartilhado porque sabia que não usaria, visto que tomaria banho no vestiário da academia. Eu só tomei banho em um dos hostel e uma vez, por conta dessa onda de calor que assolou grande parte do país bem no período. Retornando à cidade onde moro, retomei a dieta e treinos onde frequento. No terceiro dia reencontrei um novato na academia, que coincidentemente tinha retornado de suas férias pouco tempo antes de eu viajar. Por que o estou citando aqui? Descobri que ele era de uma cidade no norte perto da primeira que conheci por lá e tinha ido visitar sua família. Aquele papo rápido no trânsito de um exercício pro outro, o cabra se convida pra treinar comigo um dia rs. Provavelmente já tinha me observado nos treinos nestes primeiros meses que está por ali, ainda antes dessas férias todas. Me perguntou qual horário que estou indo, inclusive. Como era mais cedo que costumeiramente vou, expliquei que estava nesta rotina até retornar das férias do serviço. Já que seria um treino, troquei contato e pedi pra que, assim que eu lhe enviasse a primeira mensagem, me retornasse informando como estava sua estrutura de treinos, a título de ver qual dia os grupos musculares coincidiriam com os meus e assim facilitaria pra todo mundo. De cara, o primeiro dia pra ambos eram dorsais e bíceps (eu tinha o adicional de panturrilhas) e seria na segunda da semana passada. Será que temos um novo Mustela (vide relatos de 2013 aqui)? Como se decorreu desde então, discorro numa próxima oportunidade, visto que o texto já está grande. A seguir, cenas dos próximos capítulos. Bons treinos e se cuidem. Editado Outubro 11, 2023 às 22:09 por helb4o Guimers reagiu a isso 1
Supermoderador helb4o 1639 Postado Março 19, 2024 às 15:02 Autor Supermoderador Postado Março 19, 2024 às 15:02 Meu povo e minha pova, vortemo!! Que ao encontrares este texto vocês estejam bem! Vou iniciar o relato do ponto que deixei em suspenso no anterior: o novo Mustela. Assim que cheguei das férias ainda tinha mais quase dois meses de folga pela frente. Imaginei que pudesse aproveitar pela região onde moro, que tem vários lugares que não visitei ou que já conheço e mereciam um retorno. Mas quem disse que consegui? Foram dois meses de chuva praticamente todo dia, independente de ser dia útil, feriado ou final de semana. Mesmo em dias que a meteorologia não previa, choveu. Assim não tinha como fazer os rolês, eu tinha incluído treinar em algumas das cidades que visitaria e possuem unidades da rede de academias que frequento mas não deu. Paciência. Pois bem, em resumo: ele começou seguindo à risca. Foi bacana ter parceiro como resguardo até pra mim. Pude arriscar aumento de carga em exercícios que tinha receio. Contar com professor nessa hora não é uma boa ideia nesses tipos de academia, infelizmente. Além de não terem professores suficiente, já está estabelecida essa cultura – a não ser que, depois de um tempo cultivando laços de relacionamento com algum(a) deles(as), tenha a cara de pau de pedir (ainda assim, pontualmente). O novato foi firme, fez meu treino só diferindo nas cargas e até surpreendeu no progresso de algumas em vários exercícios. Piazão forte do carai, pra 19 anos. Só que com o tempo ele fez o esperado: deixava pra avisar em cima da hora que não iria aquele dia; isso quando avisava, porque teve vez que nem isso. No total foram quatro vezes. O treino foi combinado para 14h30. Admito que algumas vezes foi complicado até pra mim, porque em férias é comum desregular a rotina, ou seja, teve vez que fui sem almoçar porque tinha acordado tarde e, se eu comesse no mesmo intervalo de horas da rotina normal, eu teria que às 14h engolir algo e 14h20 pedalar gorfando pra chegar na academia em dez minutos e puxar peso com a comida ameaçando voltar. A última mancada dele foi uma semana antes dele passar uma temporada na cidade da família e coincidiu com minha última semana de férias. Dali pra frente foi só pra trás. Avisei-o que estava mudando pro horário anterior meu, pra ir me acostumando e não sentir tanto o baque ao voltar das férias. Coincidência, na última semana de fevereiro eu consegui sair mais cedo do serviço pra treinar e o encontrei na recepção acertando seu plano; estava voltando naquele dia, ou seja, ficou longe mais de três meses. Disse que treinou na cidade dos pais. Voltando à linha do tempo, por conta do último período de cutting encerrado às vésperas das férias em setembro, acertei com o coach nutricional que aumentaríamos as calorias durante três meses e em dezembro voltaria a diminuí-las gradualmente até o Carnaval. Só que no último dia de novembro fui acometido que uma amigdalite, coisa que não tinha há no mínimo quinze anos. Bem no dia que acordei coma garganta diferente teria que ir ao postinho de saúde do bairro solicitar exames de sangue de rotina (ao que pedi pra incluírem alguns dos que o nutri gostaria de saber). O médico olhou mas ainda era muito cedo. Avisou que se aquilo se mantivesse ou piorasse, pra procurá-lo novamente. Isso era numa quinta-feira. Não dormi tão bem. Chegou sexta e o inchaço na garganta se tornou constante. Cheguei do serviço com mal estar no corpo e pensei em deitar cedo pra descansar mais. 18h e eu já estava na cama. Rolei pra um lado, pro outro e nada do sono. E a garganta foi trancando cada vez mais. Madrugou e até me senti levemente febril. 4h da manhã e eu rolando na cama, pensei “não vou conseguir dormir mesmo, vou levantar e ir ao médico”. Só que o postinho do bairro além de não ser 24h só funciona em dia útil até 17h. Arrisquei pagar coparticipação do meu plano de saúde e fui no hospital que atende por ele. Tomei antibiótico intravenoso e saí com uma receita de antibiótico em comprimidos. Deveria tomar por 7 dias. Passeia semana sem melhoras. Chegando na próxima sexta, tive medo de piorar e ter que visitar novamente de madrugada o hospital do plano de saúde. Avisei no serviço e fui no postinho logo cedo. Recebi um encaminhamento pro hospital público no centro, já que os procedimentos teriam que ser especializados (otorrino). Não treinei neste dia. Passei o resto do dia em filas de espera. Fui sair do hospital mais de 22h. Recebi outra intravenosa e uma prescrição onde teria que tomar outros dois antibióticos (a continuação do intravenoso, indo no hospital por mais seis dias pra tomar, outro tomar via oral). Até ali, devem ter deduzido que meu trato intestinal disse adeus por causa dos antibióticos. Ou seja, foram quase VINTE dias de diarreia. Perdi cerca de 8kg de líquidos em poucos dias. Quem disse que consegui treinar da mesma forma desde então? Quem disse que comecei o cutting, conforme o planejado pro mês de dezembro? Em outras palavras, o projeto verão já era. Pra minha sorte, eu já estava na pegada de beber no mínimo 5L de líquidos nos dias úteis, o que me ajudava na reidratação. Fui treinar com diarreia mesmo, baixei as cargas mas não parei. Não que estivesse tão ruim assim no visual; quem já teve diarreia sabe como esteticamente diminui a retenção de líquidos hahaha. Obviamente não foi o mesmo shape do verão anterior, quando eu atingi meu melhor aspecto; ainda assim eu não fiquei tão triste com o resultado. Me contentei e segui; se não tem tu, vai tu mesmo. É o que tem. Acabou, que remanejei o cutting pra iniciar na semana do carnaval, visando as férias de 2024, que desfrutarei parte delas daqui uns meses. E em alguns exercícios já estou pegando mais cargas que antes disso tudo. Vou procurar contar sobre esse período no próximo relato. Até a próxima. Bons treinos e se cuidem.
Supermoderador helb4o 1639 Postado Agosto 21, 2024 às 16:45 Autor Supermoderador Postado Agosto 21, 2024 às 16:45 Toc! Toc! Toc! Não é a polícia federal, mas tem alguém aí? Que ao encontrares este texto vocês estejam bem! O cutting veio, o cutting foi! E rolou assim: Disparado, o mais relaxado (em termos de dieta) que fiz desde que iniciei o acompanhamento com este orientador. Nas primeiras oito semanas até levei bem, o corpo enxugou bastante e os ergogênicos seguraram a massa muscular e a densidade estava visível. Acredito que justamente por isso considerei o que estava até ali como suficiente, mesmo sem querer exteriorizar isso, então se refletiu em escapadas à medida que o total ingerido ia diminuindo, principalmente se eu ia dormir depois de meia-noite. Algumas vezes incluí mais tempo no aeróbico pra compensar a dor na consciência. Este ano o inverno está sendo mais rigoroso e foi a primeira vez que lembro ter feito o processo nessa estação. E muito provavelmente evitarei a todo custo repetir; primavera/verão é vida pra cutting, definitivamente. O período completo do protocolo era de 20 semanas em declínio mensal de calorias, mas o progresso mais consistente certamente foi no início, depois foi manutenção. Poderia ter progredido mais? Poderia. Nem sempre é feito o que imagina, mas sim que consegui. A única coisa que realmente progredi foram as cargas, destacando dorsais e peitorais. Eu comecei com cinco dias treinando até a primeira quinzena de abril: segunda (dorsais/ bíceps/ panturrilhas), terça (peitoral/ tríceps/ abdominais), quarta (inferiores completo), quinta (ombros/ trapézio/ panturrilhas/ abdominais), sexta (bíceps/ tríceps/ antebraços). Senti uma dor no tríceps e da segunda quinzena de abril em diante diminuí pra um treino semanal, às terças, a fim de evitar problemas maiores, ajustando o treino das sextas (dorsais/ bíceps/ antebraços). E junto ao aumento de gasto calórico do tempo das caminhadas, acrescentei um dia de treino aos finais de semana (peitoral e ombro/ trapézio) até a primeira quinzena de maio. Na quinzena subsequente o tempo de caminhada aumentou novamente, assim como os dias de treino: o treino de pernas foi dividido em anterior(quartas) e posterior(domingos). Algumas das vezes a musculação aconteceu pela manhã em jejum, exceto pernas. Às vezes foi o aeróbico em jejum, deixando perna pro final da tarde. Mas sempre na mesma unidade da rede de academias: é, de longe, a menos cheia e sorte que fica a meio caminho entre meu serviço e minha residência(respectivamente 37 e 23 min a pé, caso eu queira fazer o trajeto assim, contando como aeróbico). Algumas vezes voltei do serviço pra casa a pé, fazendo uma parada estratégica no vestiário de lá pra esvaziar a bexiga. Ela já estava acostumada a funcionar bem na horinha de passar por ente ponto de trajeto – coisas de quem estava bebendo entre 5L e 6 L de líquidos nos dias úteis. Chegaram as férias e continuei treinando, cinco ou até seis vezes na semana. Como as atrações geralmente abrem em torno de 10h e sou mais diurno, acordava cedo e já ia (a pé) pro treino. Teve dia que entre na academia 5h40 da manhã e não tinha amanhecido completamente, pensa num breu no salão dos aparelhos! Mas era da iluminação dentro do local, mesmo! Dava uma sensação de insegurança e exigia um foco ainda maior. O último treino que fiz na unidade foi no horário antes dela fechar. Foi a mais escura que já treinei nas cidades que visitei com essa rede. Foram três cidades visitadas. Pra uma segunda fiz um bate a volta com um pernoite, então não treinei ali. Já na terceira cidade não tinha a rede, então eu paguei diária duas vezes em academias diferentes(dorsais/bíceps e peitoral/tríceps). Na primeira, um calor desgraçado e sem ar-condicionado, eu deixava um rastro de pingos no chão. Eu soube que a outra era maior e com ar-condicionado, então transpirei menos. Faltavam cerca de dez dias pra maior festa municipal e a cidade já respirava isso: nesta última academia tinha adesivos coloridos em alusão e eu ouvi músicas em alusão à data tocando em lojas no percurso a pé pro treino. Fora que passavam pedaços de carros alegóricos cruzando as ruas (e arrancando os fios de internet hahaha os moradores ficavam loucos; mas faz parte, as operadoras já se acostumaram a consertar só depois das festas). Retornei de viagem e até o final do mês passado voltei aos seis treinos por semana, na mesma estrutura de antes da viagem. Agora estou indo cinco vezes, seguindo assim até outubro, talvez. Ultimamente tenho treinado algumas vezes na unidade mais abarrotada, por ser perto do trabalho. Enquanto a unidade a caminha de casa tem três crossover, esta tem cinco – e sempre tem fila. É um desespero, treinar com tempo contado e ver gente ao celular. Comumente tenho a cara-de-pau de propor revezamento, ainda bem que o pessoal topa. Me sinto equilibrando pratos, inclusive pra não arranjar confusão. As cargas estabilizaram. As fugas da dieta desapareceram (inclusive compulsão por doces antes de dormir), já que agora como muito mais. E semana que vem (27, terça) completo 27 anos de academia. Seguimos. É isso. Bons treinos e se cuidem. Guimers, MBD e Amanda25 reagiu a isso 3
Guimers 8878 Postado Agosto 22, 2024 às 12:27 Postado Agosto 22, 2024 às 12:27 Em 21/08/2024 em 13:45, helb4o disse: E semana que vem (27, terça) completo 27 anos de academia. Seguimos. Brutal Me lembro meses atras que postou uma foto sinistra do shape, deve estar insano ainda. Podia relatar qualquer dia um pouco das suas cargas, dieta e rotina, com um pouco mais de detalhe.
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