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Na Sua Opinião, O Que Mais Influencia Na Intensidade Do Treinamento?


RV415

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Amigo, falaram, de carga, reps, tempo de intervalo, então quando alguns users falaram sobre baixar a intensidade em cutting e tudo mais, no caso seria para abaixar carga, reps e aumentar o intervalo entre as séries ?

maass tbm falaram pra manter o peso e diminuir a intensidade, então peso não faz parte da intensidade ?

não to tentando atacar nem criar polemica só queria entender melhor mesmo, se minha duvida te ofendeu, desculpa.

abraço

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Acho que voce nao entendeu exatamente o que foi discutido aqui Jonas. A ideia de treinar 5x5 nunca foi fadigar um musculo, e sim exatamente consertar essa falha que a maioria tem de nao saber ser explosivo ou treinar com cargas altas. Voce só vai fadigar o musculo treinando 5x5 quando sua força estiver acompanhando tais repeticoes. Como aquela frase diz "a corrente sempre quebra em seu elo mais fraco"; em outras palavras, os fatores limitantes da sua hipertrofia sempre vao ser sua falta de forca em baixas repecitoes assim como provavelmente a sua falta de resistencia com altas repeticoes. O seu musculo sabe trabalhar tanto com 1 repeticao quanto com 20 ou 30, por que limita-lo a 8-12?

craw.

acho que você não entendeu meu objetivo.

estou pensando em usar um exercício composto com " 5 séries com cargas máximas, que deixem o número de repetições entorno de 5 ".

o resto do treino serião as básicas 3 séries de 8 a 10 ou 12 com cargas máximas em piramidal crescente.

o objetivo é ganho de força, aliado a hipertrofia.

você acha que mesmo neste caso não vale a pena.?!?!

abraço, e agradeço muito se poder responder ésta..

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Visitante deletado____

Olá,

por que?

80% de RM, em geral, vai te levar a 6~8 reps pra falhar a concêntrica. De 3~5 é um limiar onde se consegue manter a velocidade da barra relativamente alta (velocidade do movimento), onde a forma tá, teoricamente, perfeita. Então das duas uma, ou é um dia leve, ou é um dia dinâmico. E a maioria dos treinos que fazem isso não distinguem nem um nem outro, o que me leva a entender que há uma falha. Seja em contextualização, em planejamento ou mesmo embasamento teórico (o que tornaria a execução do treino falha também).

É um treino bastante interessante, tal como o Bear (whatever Bear, que seja, não sei o nome) também do Pavel. Toda a ideia de usar um exercício só, seja por treino ou, maluco é quem usa, por mesociclo de treino, é totalmente não ortodoxa e "com potencial absurdo de erro", mas o que se vê em resultados geralmente é diferente. Nunca vi relato ruim de quem treinou desse jeito (a mesma coisa quase todo dia e com o máximo de peso possível), por incrível que pareça. Me incluo na estatística.

CRAW , gostaria que vc explicasse melhor essa expressão

" essa falha que a maioria tem de nao saber ser explosivo ou treinar com cargas altas " .

Voce só vai fadigar o musculo treinando 5x5 quando sua força estiver acompanhando tais repeticoes

Veja o que eu entendi sobre isso , e me diga sobre :

Vc quiz dizer que fadigar o músculo ( que a maioria busca como ocorrencia primária ) na realidade é uma ocorrencia secundária

( bonus ) derivada da situação em que um indíviduo consegue atingir o máximo de força , certamente trabalhando com uma carga que acompanhe a tal numa determinada faixa de repetição ?

O que quero dizer é o seguinte , que na maioria das vezes procuramos atingir a falha/ fadigar o músculo quando este na verdade é um efeito secundário , e que o que devemos buscar na verdade é a progressão de força , numa determinada faixa de repetição , aí as cargas irão aumentando até chegar ao ponto máximo de vc fadigar o músculo .

Ou seja fadigar é a ultima coisa que devemos nos preocupar .

Se bem entendo o craw, ele se refere necessariamente a tensão e até certo ponto a famigerada "conexão mente-músculo" nesse ponto. Força é de origem neural, não muscular, então é bem possível e provável que se trabalhe com cargas altíssimas gerando menos tensão que se geraria num método proposto pra isso e talvez até com exercícios que tendem a ter essa característica.

E aí vem a parte em que as nossas opiniões (minha e do craw) provavelmente divergem. Eu vejo a falha concêntrica como uma forma de gerar tensão. Uma forma arcaica e pouco otimizada, mas ainda assim uma forma. Tem naturais que têm resultado com isso. Tem BBs que ainda fazem isso.

Da forma como eu vejo, as myo-reps são um método que usa o mesmo potencial de gerar tensão (grande, pequena, longa ou curta, whatever) que falhar na concêntrica, mas aumentando muito o TUT e o potencial de progressão na intensidade (relação carga/RM), e diminuindo a taxação do SNC e acúmulo de metabólitos (que por fim leva a diminuição no nível de inflamação local, etc). Isso só pra citar um exemplo usando o que você citou sobre a falha. No fim, tudo se confunde num ponto: tensão (e o craw discorda em parte disso).

Concordo que o ponto alvo seria progredir a tensao em si, mas defendo claramente a progressao de carga pelo motivo que voce já citou: é uma forma extremamente simples, prática e eficaz de também se progredir tensão. Eu acho mais facil explicar - e aplicar - a ideia de progressao de carga do que a ideia de progressao de tensao. Nao concordo com quando voce diz nao considerar carga como um fator decisivo na construcao muscular pelos motivos os quais eu tambem já trabalhei ao longo do tópico (levando em consideração que a carga nao é decisiva, entao um natural poderia agachar pra sempre com 10kgs/lado, progredir tensao de outras formas no mesmo agachamento e ter um lower body excelente, o que eu nao acredito que vá acontecer [é um exemplo extremado, eu sei, mas só pra ilustrar meu ponto]). A ativação de fibras certamente é dificil de se observar na pratica e em cada caso concreto, mas existem excelentes evidencias tanto no potencial de hipertrofia delas quanto no recrutamento diferenciado que elas recebem ao realizar um treino explosivo e intenso; por isso eu vejo tal trabalho como essencial em uma hipertrofia "completa". Enfim, nao discordo da ideia de progressao de tensao de maneira alguma (eu mesmo citei fazer isso), apenas acho que é um conceito melhor aproveitado por quem já tem uma base mais formada e tambem nao acho que a progressão de tensão exclua outras formas de progressão, como a progressão de carga.

Do meu ponto de vista o exemplo citado com o agacho de 10kg/lado não hipertrofiaria não porque a carga é baixa, mas sim porque não tem como gerar tensão. Nem com o maior pump do mundo não geraria nem tensão mecânica interna pra conseguir algum aumento de síntese proteica local. Mas indo pro lado mais cinza do espectro, o potencial pra hipertrofiar com certeza não estaria ligado a carga.

Eu conheço alguns (poucos, admito) relatos de naturais com pouco ou nenhum treino, com orientador focando o trabalho em tensão e não em carga, com bons resultados. Um deles tem até canal no YouTube, o Ian McCarthy. Apesar que nesse caso ele tá virando uma bola por ser pretensioso demais com o teórico de nutrição que tem.

A parte das fibras foi mais erro meu. A importância delas na geração de movimento é mais que observável, o que eu tava confundindo era o "risco" de envolver elas no movimento explosivo (que acredito que seja ao que você se refere quando aborda dessa forma).

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@Antonny

O Quisso já respondeu basicamente, e se eu entendi corretamente, nao discordo dele. A fadiga muscular e a falha concentrica sao dois pontos os quais nao precisam ser evitados, pelo contrario. Acho que por causa da minha opiniao no tópico "Treinando até a falha", eu fiquei muito estereotipizado (nem sei essa palavra existe lol) como o cara "nao-apoiador-da-falha", o que nao é verdade (seja por culpa minha quando vou me expressar ou por culpa da interpretacao das pessoas). Eu nao vejo a fadiga muscular ou a falha como pontos ruins do treino, eu vejo como pontos que precisam apenas ser utilizados de uma maneira... inteligente.

A falha concentrica é sim útil (eu diria necessaria, inclusive), ela apenas precisa ser otimizada. O que eu NAO apoio é essa ideia que a galera tem de "aniquilar" o musculo com diversas falhas concentricas seguidas, em um treino volumoso, para justificar o descanso de sete dias (geralmente é isso que acontece). A falha concentrica pode muito bem ser utilizada junto de uma "auto-regulacao" do treino, por exemplo (realizo X séries sub-máximas e ai tento atingir uma nova marca de força em um exercicio, quebrar um recorde pessoal ou levar uma série além; ou seja, falharia em 1-3 séries do exercicio); ou entao em treinos os quais foquem na falha mas diminuam o volume para compensar (como é o caso do DoggCrapp). Nestas ocasioes a falha tem um propósito tanto teórico quanto prático, diferentemente da idéia de "aniquilar" o musculo o qual caracteriza falha como algo quase que exclusivamente ideologico (se eu nao falhar, entao nao dei meu maximo e ai o treino na rendeu).

Fadiga muscular, na minha opiniao, tem que seguir a mesma linha de racicionio. A forma ótima de se treinar um musculo nao é fadigando este a toda e qualquer oportunidade, é fadigando no momento correto e sabendo equilibrar com as outras variaveis. A pessoa pode muito bem, por exemplo, fazer um 10x3 no supino reto da seguinte forma: inicia a primeira série com 70% 1RM e trabalha apenas a explosao do movimento, e vai progredindo a %RM. A partir da 6a/7a série, supondo que a pessoa soube progredir a intensidade, vai comecar a existir uma fadiga notável (já que geralmente os treinos 10x3 utilizam baixo descanso) pois a %RM já vai comecar a estar passando 85% e entrando na casa dos 90%RM. Na 9a série a pessoa arrisca um novo 3RM e consegue, porém atingindo a falha concentrica. Na 10a ela pode repetir a 9a série e ver o que acontece, ou entao reduzir 5-10% a carga e tentar atingir novas tres repeticoes. Nesse exemplo (que provavelmente tem muita coisa errada porque construi a ideia rapidamente na cabeca, nao analisei pra ver se está coerente) a pessoa fadigou o musculo no momento correto, treinou até a falha de uma maneira ótima e nao taxou desnecessariamente o SNC (possibilitando que ela supine novamente em questao de 24-72h, dependendo da pessoa/experiencia etc).

Supondo que a pessoa treine no estilo padrão brasileiro, provavelmente ela já comecaria com 3 series apenas (ao invés de 10x3, faria 3x10), falhando em todas (impossibilitando uma progressão de cargas ótima), aumentando a taxação do SNC (precisando de maior descanso pra recuperar), nao conseguindo realizar o movimento com técnica decente nas três séries e por ai vai. Esse tipo de treino eu nao apoio justamente porque ele nao faz nada direito a nao ser destruir o musculo; e como eu já cansei de repetir por aqui, destruir o musculo e estimular o crescimento do musculo sao coisas bem diferentes para o natural.

Somando ambas respostas (minha + quisso) deu pra responder Antonny?

@marc01

Se essa é a posicao mais atual dele, eu nao discordo de nada exceto pela aparente preferencia por treinar o mesmo musculo apenas uma vez por semana. Pelo conhecimento meu atual, eu vejo mais motivos pra treinar o musculo em cutting duas vezes (justamente porque acho mais dificil perder massa dando estimulos frequentes do que o contrario) do que apenas uma vez por semana com volume reduzido.

@Hardcorebb

Como já dito ao longo do tópico, intensidade no sentido técnico = porcentagem da carga em relação a sua repeticao máxima (por ex, um treino com 90% da sua 1RM é mais intenso do que um treino com 80% 1RM); no sentido popular da palavra, intensidade = dificuldade de se realizar o treino.

@jonas

Cara, nao sou contra essa sua técnica, eu só acho que ela é meia-boca se comparada com fazer um 5x5 bem feito. Dessa forma voce vai levar pelo menos o triplo pra conseguir pegar cargas decentes com um exercicio apenas 5x5, enquanto que seguindo o treino focado nisso voce atinge a mesma marca em muito menos tempo e depois volta para esse mix (depois que voce aprende a treinar com 5x5, ai tranquilo fazer 5x5 e o resto do treino com 8-12 reps). Mas faca qual voce se sentir melhor.

@Quisso

Com o seu exemplo da Myo-Reps eu concordo plenamente, e é nisso que nao divergimos: concordamos que a progressão de tensão, no final das contas, é o principal. Vou tentar expor minha opinião de outra forma: progredir tensão é apenas o alvo, o objetivo; para atingir tal alvo, existem alguns vários instrumentos, como: progressão de cargas, progressão de repetições, progressão de TUT e por ai vai. Na minha opinião, para iniciantes/intermediários o melhor instrumento a ser utilizado é a progressão de cargas por todos motivos já citados. Para quem é avançado, a progressao de tensão ainda é o foco, mas a progressão de cargas vai perdendo seu valor simplesmente porque é um instrumento já muito desgastado (especialmente se a pessoa nao seguir treinos especificos para isso); ai sim eu vejo que ela pode/deve começar a brincar mais seriamente com outras ferramentas de progressão de tensão. Mas enquanto a pessoa nao atinge um nivel de cargas/força mínima, eu nao vejo porque NAO colocar a progressão de cargas como prioridade.

Certamente existem outros caminhos os quais desviam das cargas, como é o caso dos treinos BodyWeight (pelos quais eu sou apaixonado, diga-se de passagem), mas pra quem busca 100% hipertrofia eu nao acho que seja a melhor maneira de se progredir tensão e gerar resultados. Certamente a pessoa pode fazer um treino bem feito 100% bodyweight (sem uso de cargas extras) e ter ganhos expressivos em todas formas, mas uma outra pessoa utilizando de treinamento resistido (progressão de cargas), na minha opinião, vai ter ganhos melhores no mesmo periodo de tempo, investindo menos carga horária nos workouts em si. Nao significa que eu veja a progressão de cargas como uma obrigação para se ter ganhos, apenas acredito ser a forma mais eficaz (a que produz melhores resultados dentro de um mesmo período de tempo) para naturais nao-avancados/elite.

Nao conhecia este Ian, vou dar uma olhada com calma no YouTube dele; mas explicando minha opinião desta forma, voce discordaria com o que Quisso? Os mesmos pontos (basicamente uma valorizacao excessiva das cargas)?

Abracos

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@marc01

Se essa é a posicao mais atual dele, eu nao discordo de nada exceto pela aparente preferencia por treinar o mesmo musculo apenas uma vez por semana. Pelo conhecimento meu atual, eu vejo mais motivos pra treinar o musculo em cutting duas vezes (justamente porque acho mais dificil perder massa dando estimulos frequentes do que o contrario) do que apenas uma vez por semana com volume reduzido.

Nao, ele defende mais o treino upper/low 2x (ou até 3x) na semana - ou seja cada grupo muscular 2 ou 3x (até monta para vc), mas ele diz que, em cutting, treinar cada grupo 1x por semana não é TÃO ruim/não é um problema (nao que seja ideal). Acho que me expressei errado no 1 post e/ou vc entendeu errado.

Mas ele defende abaixar bastante o volume.

Abraço

Editado por marc01
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