Diego Sanchez - Você Nunca Para De Aprender!

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"Eu sei que quando aqueles quinze minutos acabarem, eu vou sair e poder dizer que dei tudo que tinha." – Diego Sanchez.!

O competidor meio-médio Martin Kampmann atende pelo apelido de "The Hitman", mas você poderia muito bem mudar para "O Cirurgião" do jeito que ele abriu um corte em Diego Sanchez no primeiro round de sua luta em março de 2011. Machucado e sangrando, Sanchez voltou para o seu canto ao tocar o sino, e para 95% dos lutadores por aí, aqueles primeiros cinco minutos teriam sido um grave motivo de preocupação.

Sanchez faz parte desses 5% que enxergam através do sangue cobrindo o rosto, zomba de seu adversário do outro lado do Octógono e o desafia a fazer de novo. E como ele descreve, aqueles 60 segundos entre os rounds em Louisville, foi seu momento mais marcante.

"Meu momento favorito na carreira foi nessa luta com Martin Kampmann entrando naquele segundo round porque foi nesse momento que liguei o interruptor", disse Sanchez. "Este é um interruptor estranho, eu não sei se todos os lutadores tem um, mas sei que achei o meu nessa luta. Eu encontrei uma chave que diz, quer saber, eu não tenho nenhuma consideração pelo meu rosto agora. Eu não poderia me importar menos sobre o que está acontecendo agora, mas realmente tenho uma coisa em mente, vencer o meu adversário. Naquele momento, eu sou um guerreiro cruel e vou vencer essa pessoa de qualquer jeito. Eu só tinha que transforma-la em uma briga de rua."

Foi exatamente o que Sanchez fez, e ao longo dos próximos dois rounds, ele caiu para dentro de Kampmann, mostrando nenhuma consideração pela sua estratégia ou o seu bem-estar, e brigou pelo resultado apertado de 29-28 que lhe deu a vitória de todos os três juízes. A luta, uma das melhores de 2011, não só levou o prêmio de "Luta da Noite", mas Sanchez e Kampmann receberam cada um, um cheque bônus de 160.000 mil dólares por seus esforços.

Porém isto quase nunca aconteceu, porque se o plano de jogo de Sanchez fosse bem sucedido, poderia ter sido uma luta completamente diferente. Felizmente para quem estava assistindo, Sanchez não tinha um plano B quando o Plano A não funcionou. Mas ele garante que não vai acontecer novamente.

"Com essa vitória eu tive uma das experiências mais importantes de aprendizagem da minha carreira, que eu nunca poderia entrar em uma luta sem estar afiado na minha trocação", disse ele. "Para essa luta eu não treinei nenhuma vez com o Mike Winkeljohn, e nem sequer cheguei a bater no saco de porradas. Tudo que fiz foi treinar wrestling, wrestling, wrestling, e eu tinha em minha mente que não importa o que esse cara tentasse fazer, eu ia levá-lo para baixo e ia vencer a luta. Mas ele sabia disso, e lhe dei a oportunidade de me atingir com joelhadas enquanto defendia o golpe. E eu aprendi. Eu tenho um queixo de ferro realmente forte, e um grande coração, e preciso usar isso a meu favor e preciso lutar com minhas mãos. Eu preciso ser forte com a minha trocação e entrar lá primeiro como striker e se a chance para uma queda aparecer, apareceu Para o resto da minha carreira, eu sempre vou entrar em uma luta como striker porque primeiro a luta começa em pé."

Isso poderia ser um problema ao entrar na luta principal do UFC desta quarta-feira contra Jake Ellenberger, talvez a mão mais dura na divisão meio-médio do UFC. Se você não está no topo de seu jogo "The Juggernaut" pode fazer esta ser uma noite curta para você. Mesmo que você esteja com o jogo afiado, se ele acertar um soco no lugar certo, é geralmente um nocaute. Isso sem nem mesmo mencionar o fato de que Sanchez teve cortes feios em suas lutas contra Kampmann e BJ Penn, e às vezes, os jurados podem marcar o sangue e não a luta.

"Nada disso me preocupa porque fui abençoado e me recuperei total e completamente desses cortes", disse Sanchez. "Eu não tenho cicatriz, e é incrível. Vocês vão me ver e eu nem sequer tenho cicatrizes. Foi um milagre. Eu fui curado, não fiz cirurgia plástica, apenas usando óleos, massageando, e confiando que Deus ia me curar, eu fiquei totalmente curado desses cortes. Eu sou um guerreiro e tenho meus ferimentos de guerra, e agora eu simplesmente vou para lutar de forma diferente. Eu ainda estou evoluindo e ainda ficando cada vez melhor como striker."

A atitude de Sanchez não deve ser surpresa para ninguém que tenha seguido a sua carreira ao longo dos anos. Sempre precoce, "The Dream" é supremamente confiante, mas também disposto a apoiar suas palavras, e suas performances - ganhar ou perder - provaram isso. Lembre-se, este é o mesmo garoto de Albuquerque, que disse com uma risada aos 20 anos de idade, 'a única coisa que eu sabia era pegar a garrafa de Ibuprofeno e treinar. ' E enquanto ele teve seus momentos de excentricidade (quem pode esquecer o "YES" e cambalhotas?), quando chega a hora de lutar, ele está pronto para a guerra.

Mas depois de curar seus cortes, Sanchez ainda não seria capaz de fazer aquilo que ama, uma mão quebrada cancelou a tão aguardada luta no UFC 135, com o membro do Hall da Fama, Matt Hughes, em setembro passado.

"Eu estava animado para a luta com Matt Hughes e estava muito preparado para essa luta", disse ele. "Eu estava pronto em todos os aspectos do meu jogo, eu estava realmente pronto para ir lá e lutar e, em seguida, eu quebrei minha mão e tive que ficar na prateleira. Mas agora aqui estou, 11 meses depois, desde que lutei e eu confio em Deus que tudo acontece por uma razão, e que esta é a minha hora."

A lesão não poderia ter vindo em pior hora, como Sanchez estava saindo de duas vitórias consecutivas com prêmios de "Luta da Noite" (sobre Kampmann e Paulo Thiago) e o encontro com Hughes ia ser a grande co-luta principal no Pay-per-View. Não era para ser, porém, e Sanchez é filosófico sobre todo aquele sofrimento.

"Foi provavelmente a primeira vez em toda a minha carreira onde eu estava fazendo tudo certo", disse ele. "Eu estava vivendo bem e tudo estava em perfeita harmonia, assim quando a lesão aconteceu, eu apenas levei isto como uma bênção disfarçada e aceitei com positividade. Isso foi um grande desafio para mim. Mas na verdade foi melhor para mim porque agora eu estou lutando com Jake Ellenberger, que é reconhecido como um dos melhores caras da divisão. Há muitos caras duros na minha categoria, mas eu olho para ele como top 1 ou dois na divisão."

Ellenberger entra luta de amanhã com cinco vitórias consecutivas, com nocautes em quatro dessas vitórias. É uma tarefa difícil para Sanchez, ou, pelo menos, você diria que é, mas este é um lutador que se recusa a andar pelo mesmo caminho como a maioria.

"Eu sei que em 15 de fevereiro, quando trancar a porta e é só eu e Jake lá, nada que eu já disse importa, e vai ser eu e ele lá. Eu sei que quando aqueles quinze minutos acabarem, eu vou sair e poder dizer que dei tudo que tinha", disse Sanchez, e o que mais se pode pedir de qualquer lutador? Talvez por todos os "Yes" ("Sim"), piruetas e loucuras ao longo dos anos, ele é o cara que "entende" isso mais do que ninguém. Não foi um processo do dia pra noite, mas é um processo que ele começou dois anos antes do que a maioria das pessoas; ter essa conversa de avaliar a vida com eles mesmos aos 30 anos.

"Eu era provavelmente um dos filhos selvagens do MMA", disse ele. "Não é nenhum segredo que eu tive um problema com festas e bebidas, era uma parte da minha carreira de quando era um jovem solteiro, e era selvagem. Isso me afetou dramaticamente. Isso me afetou nas minhas lutas, e eu nunca estava verdadeiramente cem por cento, então quando fiz 28 anos, me lembro que o relógio marcou - e nasci na véspera do Ano Novo, então no final do ano - eu estou tipo, 'tudo bem, eu vou ter 30 em apenas dois anos.' Cara, é melhor eu me recompor agora. Eu quero ser o cara aos 30 anos dizendo 'bem, eu consegui o que queria', ou pelo menos eu estou bem. Eu não quero ser o cara de 30 anos dizendo que eu preciso me recompor de novo. As coisas vão bem, a vida de casado é incrível e estou em um estado mental completamente diferente."

Agora tudo que ele tem que fazer é lutar. E para ele, esta sempre foi a parte em que ele nunca teve problemas.