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Nos próximos UFCs exibidos pela Rede Globo uma presença já é certa, a do narrador Galvão Bueno. Ele garante em entrevista publicada hoje em O Globo que a vida dele como locutor de lutas é longa. Fala como surgiu o convite para narrar o evento de novembro que teve vitória de Junior Cigano em duelo pelo cinturão. E esbanja empolgação ao falar sobre o esporte mais arrebatador do momento, o MMA.

Com que antecedência a Globo lhe propôs que narrasse o UFC?

GALVÃO: Oito dias antes da luta, Luiz Fernando Lima (diretor da Central Globo de Esportes) me ligou, perguntando o que eu achava da ideia. Eu disse: "Vamos agora!". Tenho uma história de narração de boxe. Eu fiz Muhammad Ali, Evander Holyfield, Mike Tyson, Acelino Freitas. Sempre gostei. A casa queria um início à altura do UFC e eu estava à disposição. E é muito bacana porque você chega numa fase em que imagina que já enfrentou todos os desafios. Eu não esperava que pudesse aparecer algo novo e com uma repercussão tão grande. A nossa conversa foi numa sexta. Na terça, eu fui avisado oficialmente e a Globo.com me ligou pedindo umas aspas sobre o assunto. Naquela mesma noite, eu já era esse tal de trendig topics (lista dos assuntos mais comentados do Twitter). Eu, então, fui me preparar.

Leu muito sobre os lutadores? Foi rever vídeos de outras edições do UFC?

GALVÃO: Acompanhei muito o início do esporte, quando começou em 1993, mas fui estudar o assunto. Tive a sorte de estar reprisando o UFC de Birmingham na TV italiana e vi as lutas (Galvão vive com a família na Europa, em Mônaco). Como graças a Deus eu não tenho só inimigos, tenho amigos, eles começaram a me mandar pesquisas, como, por exemplo, o glossário dos termos que são usados atualmente para que eu já imaginasse a tradução das expressões. Fiz o meu dever de casa, juntei o que eu sabia às novidades. Vim de Paris para São Paulo dando uma lida em tudo. Estava pilhado!

O fato de a narração ser tão comentada antes mesmo de acontecer aumentou a pressão?

GALVÃO: Exatamente! Desde as grandes corridas do (Ayrton) Senna que eu não via uma transmissão que eu fosse fazer com tanta expectativa e repercussão. Continua sendo desafiador. Vai ter outra em janeiro, no Rio (a próxima luta a ser narrada por Galvão acontece dia 14 do mês que vem). Imagina a arena lotada!

Sua empolgação durante a transmissão era evidente... Sentiu-se como um iniciante?

GALVÃO: Eu me senti entrando na arena! E tive a sensação exata quando falei que eram os gladiadores do terceiro milênio (a expressão virou sucesso nas redes sociais). É isso mesmo! É claro que os gladiadores eram, na maioria, escravos que lutavam pela sobrevivência. Não é o caso do UFC, um esporte com 32 regras. Recentemente, eu fiz uma viagem com Desirée, minha mulher, e o nosso filho, Luca, de 10 anos. Ele me pediu que o levasse ao Coliseu, em Roma, e agendamos uma visita que percorria desde o lugar em que os gladiadores treinavam até o caminho que faziam para chegar à arena. E, logo depois, estava eu aqui, me sentindo no centro do Coliseu novamente. Foi espetacular!

A expressão dos gladiadores surgiu na hora?

GALVÃO: Na hora! Eu nunca criei um bordão de caso pensado. O "Bem, amigos da Rede Globo" surgiu por eu narrar fora do Brasil e ter sempre a $ão do fuso horário. Eu me embaralhava ao dizer "Bom dia" ou "Boa noite". Um dia, travei e falei "Bem, amigos". O mesmo com "Vai que é sua, Taffarel". Ele é o goleiro mais importante, com respeito a todos os outros, na História da Seleção Brasileira. Mas eu ficava enlouquecido porque ele não saía do gol. Então, "Vai que é sua" é "Vai na bola, infeliz!". Eu não podia falar isso, né?

Como é saber que a sua narração muda a maneira de o público ver um esporte?

GALVÃO: Eu me sinto honrado. É evidente que não é todo mundo que gosta, até porque sou polêmico. Mas fiquei encantado como a comunidade das artes marciais recebeu a notícia de que eu seria o narrador. Vítor Belfort (lutador e comentarista) disse que fazer a transmissão comigo era como se ele estivesse ganhando o cinturão. Isso só aumenta a responsabilidade.

Vai conseguir abandonar a locução?

GALVÃO: As pessoas entenderam errado. A próxima Copa, no Brasil, será a minha décima e, certamente, a última que vou narrar. Mas não quer dizer que eu vá parar de trabalhar. Quero mergulhar no ciclo olímpico para 2016. Depois, se eu vivo estiver e com saúde, vou continuar na TV. Pode ser num programa ligado a esporte, posso virar um âncora de eventos... Tem coisa mais fantástica ser a décima Copa, em exatos 40 anos de profissão e no Brasil? Pronto, chega. Fecho o microfone. Boa noite, um beijo e abraço a todos. Mas não vão se livrar de mim! Sabe-se lá por quantos anos eu vou fazer o UFC!

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Não acredito.... e eu pensando que ia ser provisório, já escuto a voz desse cara no futebol, formula 1, vôlei, futebol de botão... agora vou escutar também no UFC... =/

Abraços :oneeyed01:

Postado

^^

Somos dois meu amigo, prefiro ver na ESPN internacional ou no combate mesmo, mas vamos lá o Galvão não era de todo ruim, ele começou a ficar ruim.

Eu lembro quando ele narrava boxe, na copa de 98,2002 ele narrou bem até.

Não acham?

Postado

Não sou de desejar o mal aos outros, mas esse cara tem que infartar logo!! para que não narre a copa, não duvido que ele narre tudo nas olimpiadas também , não aguento mais escutar a voz dele em todo esporte que eu vou assistir. :mad:

Abraços :oneeyed01:

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