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Quando Wanderlei Silva luta, por pelo menos 15 minutos não existe pátria no MMA. Uma empolgação universal toma conta da plateia. O americano mais fanático recolhe a bandeira. O oriental de olhos esticados balbucia o nome do ídolo: “vai, Wand, vai”. Até o mais recalcado comentarista, nem que seja por um segundo, deixa de lado a pose sisuda para vibrar como um torcedor. Não à toa, Wanderlei tem uma certa blindagem. Por mais que perca, nunca perde o valor. Custa caro. Mais de 300 mil dólares por apresentação. Por isso, se sofrer a quinta derrota pelo UFC no próximo sábado estará fadado à aposentadoria. Porém, nunca deixará de ser lembrado como o “cachorro louco” de coração dócil mais idolatrado mundo afora.

Alguns dizem que a reputação de Wanderlei está em jogo diante do vietnamita bom de chutes Cung Le, mas não é para tanto. Um dos mais aguardados da edição 139 do UFC, esse confronto pode pôr fim a prestigiada trajetória de Wanderlei nas lutas. Quando estreou em 1996, o esporte ainda era conhecido como Vale Tudo e dava os passos iniciais. De lá pra cá, ele construiu uma carreira brilhante. Levou o caneco do maior torneio nacional, o International Vale Tudo Championship. Foi coroado como o maior campeão do evento que mais revelou campeões, o Pride FC, do Japão. Nunca se deu bem nos Estados Unidos, mas com um histórico louvável e um estilo de combate agressivo como poucos, ganhou a plateia americana assim que pisou lá pela primeira vez. Mais um ou menos um infortúnio será ofuscado pelo passado desse especialista em boxe tailandês. Mesmo que signifique o fim da linha para ele.

Wanderlei está com a faca no pescoço desde a derrota vergonhosa em apenas 27 segundos para o jovem faminto Chris Leben em julho último. O mandachuva do UFC Dana White deixou claro que não o escalará de novo caso não bata Cung Le. Antes encarar Leben, o curitibano ficou na geladeira por um ano e quatro meses por conta de uma lesão. Isso foi levado em consideração pelos críticos e fãs depois da derrota humilhante. Se não se apresentar bem diante de Le, porém, não restará desculpas ao atleta que quebrou o paradigma de que brasileiro só sabe lutar jiu-jitsu.

Dana jura de pés juntos que pensa em aposentar o brasileiro para protegê-lo de mais pancadas e possíveis sequelas das lutas. E para não manchar o legado dele. Por mais altruísta que pareça, o gesto serve para proteger o bolso do UFC. O evento pouco ganha ao bancar um lutador à custos milionários para apresentações muito abaixo do esperado. São investimentos volumosos no marketing e nas bolsas do atleta, para um final decepcionante.

O sonho de Wanderlei é chegar a 50 lutas. Faltam quatro, portanto. Ele confidencia isso a amigos próximos, apesar de reconhecer publicamente a possibilidade pendurar as luvas e os quimonos antes desse prazo. Sabe que é melhor se aposentar sob o manto do UFC do que romper com a organização para alcançar a marca de 50 combates em eventos menos prestigiados. Sem o respaldo e a máquina de fazer propaganda do Ultimate, fica complicado se manter visível no MMA de hoje.

O UFC planeja um evento em breve no Japão. E Wanderlei planeja lutar lá, onde nunca deixou de ser um ídolo. Se bater Le, terá o passaporte carimbado rumo à Tóquio. Isso é uma motivação extra. Mas a motivação maior é seguir no esporte que ajudou a forjar à base de punhos e caneladas.

Aos 35 anos e com um cartel de 33 vitórias, 11 derrotas, um empate e um duelo sem resultado, Wanderlei acredita que só será cortado do UFC em caso de mais uma apresentação vexaminosa. Sinal de que ele deve partir para cima de Le no estilo “cachorro louco”, mais preocupado em protagonizar um belo espetáculo de bordoadas do que com a vitória. Wanderlei tem prometido desferir as poderosas joelhadas que lhe renderam a reputação de destemido nocauteador. Como o vietnamita não costuma fugir à troca de socos e chutes, esse combate tem tudo para ser épico. Seja pelo alto nível técnico, seja pela aposentadoria forçada de uma lenda. O mais contraditório é que se Wanderlei vencer bem ele será alçado do posto de um quase aposentado para o de candidato ao cinturão. A conferir¡

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Ainda aposto muito no wanderlei,comecei a treinar lutas inspirado nele,e até hoje vejo ele como o mais foda,pois imito o estilo agressivo dele em todas as lutas SHAuhSA

Só pra constar,no dia da pesagem,ele fazem o mesmo que os fisiculturistas,desidratam,isso causa a aparencia de estar com menos massa,mais no dia da luta ele ja esta acima do peso da categoria.

WAR WAND!

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