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Estudantes Protestam Contra A Presença Da Pm Na Usp


Tanin

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O questão é mais embaixo caros colegas.

A USP sempre foi um retiro dos progressistas do país, e, na ditadura militar, a primeira coisa que fizeram foi colocar a polícia e os agentes infiltrados lá dentro. O que isso gerou eu não preciso citar...

Mas, nós não estamos mais na ditadura, o que isso tem haver com os dias de hoje?

Tem haver que o governo não pode mais adotar medidas autoritárias expressas, então o que eles fazem? Minam a indepência financeira da universidade, cortam verbas, e, esse é um dos motivos da segurança interna estar em uma crise.

Não sejam tolos, a USP, sempre protesta contra alguns abusos do governo, e colocar a PM lá dentro vai permitir um maior controle disso, seja pelos agentes que se infiltram no meio dos estudantes, seja por respostas anti-reacionárias mais rápidas.

Cair nesse discursinho de lei e ordem é muito fácil, ainda mais a maioria da população que é totalmente alienada da realidade em que vivemos hoje.

Estou sendo até meio redundante nesse ponto, mas colocar a PM lá, tem muito mais haver com questões políticas do que com questões de segurança. Quer aumentar a segurança lá dentro? Libera mais verba para a universidade, faça políticas públicas de interação entre a favela e a universidade e coisas do tipo...

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O questão é mais embaixo caros colegas.

A USP sempre foi um retiro dos progressistas do país, e, na ditadura militar, a primeira coisa que fizeram foi colocar a polícia e os agentes infiltrados lá dentro. O que isso gerou eu não preciso citar...

Mas, nós não estamos mais na ditadura, o que isso tem haver com os dias de hoje?

Tem haver que o governo não pode mais adotar medidas autoritárias expressas, então o que eles fazem? Minam a indepência financeira da universidade, cortam verbas, e, esse é um dos motivos da segurança interna estar em uma crise.

Não sejam tolos, a USP, sempre protesta contra alguns abusos do governo, e colocar a PM lá dentro vai permitir um maior controle disso, seja pelos agentes que se infiltram no meio dos estudantes, seja por respostas anti-reacionárias mais rápidas.

Cair nesse discursinho de lei e ordem é muito fácil, ainda mais a maioria da população que é totalmente alienada da realidade em que vivemos hoje.

Estou sendo até meio redundante nesse ponto, mas colocar a PM lá, tem muito mais haver com questões políticas do que com questões de segurança. Quer aumentar a segurança lá dentro? Libera mais verba para a universidade, faça políticas públicas de interação entre a favela e a universidade e coisas do tipo...

:mellow:

:huh:

<_<

:suicide_anim:

respeito sua opinião mas discordo completamente

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Não sejam tolos, a USP, sempre protesta contra alguns abusos do governo, e colocar a PM lá dentro vai permitir um maior controle disso, seja pelos agentes que se infiltram no meio dos estudantes, seja por respostas anti-reacionárias mais rápidas.

Prender tres estudantes com drogas realmente é um abuso tremendo....... :suicide_anim:

A mensagem pra quem apoia isso é essa:

Editado por Tanin
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aiai, agora não vai dar pra eu não colocar o dedo hehehe

não vou dar a minha opinião pessoal por enquanto no assunto, só vou colocar declarações de algumas pessoas e instituições que, como eu, acompanhou esse episódio desde o começo até agora.

Nota do DCE-Livre da USP: Repressão da Polícia Militar na USP

Desde 2007, quando o reitor João Grandino Rodas era diretor da Faculdade de Direito da USP (SanFran), a Polícia Militar vem sendo usada para reprimir manifestações políticas na Universidade de São Paulo. Em junho de 2009, a PM invadiu o campus Butantã para reprimir o movimento, o que não ocorreu nem na ditadura civil-militar. O convênio firmado em 2011 pela Reitoria permitiu a entrada da PM no campus, o quê não resolve o problema de segurança e faz com que as(os) estudantes ainda se sintam inseguras(os) no Butantã. Nos últimos meses, a PM vem sistematicamente abordando estudantes, como na Poli, ECA e CRUSP.

No último 27 de outubro, o movimento reagiu a uma dessas abordagens e foi duramente reprmido por cerca de trinta viaturas, com bombas de gás lacrimogêneo, dentro de um prédio didático da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

Diante disso, o movimento decidiu ocupar o prédio da Administração da FFLCH, para dizer basta à presença da PM no campus. O DCE-Livre da USP, entidade que sempre esteve na luta pelos direitos civis, estará com este movimento até que essa reivindicação seja atendida.

  • Fora PM do campus
  • Contra os processos administrativos às e aos ativistas do movimento

Pronunciamento da Congregação da FFLCH

A Congregação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, reunida em sessão extraordinária, no dia 31 de outubro de 2011, na sala 8, do Conjunto de Filosofia e Ciências Sociais, à vista da gravidade dos acontecimentos que resultaram na ocupação do prédio da Administração, vem declarar sua disposição para o encaminhamento de soluções mediante negociação com as partes envolvidas no conflito.

A Congregação reconhece que os termos do convênio firmado entre a USP e a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo são vagos, imprecisos e não preenchem as expectativas da comunidade uspiana por segurança adequada. Reconhece igualmente que a intervenção da Polícia Militar extrapolou os propósitos originalmente concebidos com o convênio.

Como é tradicional em suas manifestações, a Congregação repudia com veemência o recurso a todas as formas de violência. É oportuno lembrar que a intervenção da PM ocorreu em um espaço social sensível à presença de forças coercitivas, face ao histórico, ainda recente na memória coletiva da comunidade acadêmica, de intervenções policiais violentas durante a ditadura militar.

As reações de alunos, embora previsíveis, não teriam tido o desdobramento que tiveram caso houvesse prevalecido o bom entendimento entre as partes envolvidas, sem apelo à violência. A Congregação envidará todos seus esforços para desarmar o conflito e conduzir seu desfecho à mesa de negociações.

Para tanto, se propõe a realizar gestões junto à superior administração visando reavaliação do protocolo entre a USP e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de S. Paulo. É preciso que haja clareza quanto aos exatos fins e alcance da política de segurança nos campi. Uma moderna política de segurança pública prescinde da criminalização de comportamentos.

Nessa medida, a Congregação acolhe as sugestões dos alunos relativas a medidas que podem contribuir para o aperfeiçoamento da segurança na USP, entre as quais: melhoria da iluminação, aumento da frequência de ônibus de linha e circulares, guarda universitária, constituída por funcionários de carreira, desempenhando preferencialmente funções preventivas e com formação compatível com direitos humanos, criação de um corpo de guardas femininas, capacitadas para o atendimento de vítimas de assédio sexual e estupro.

A Congregação da FFLCH também se compromete a desencadear discussão ampla e aberta a toda a comunidade acadêmica para a formulação e execução de política interna de prevenção de drogas. Com o propósito de reduzir oportunidades de conflitos com desfechos violentos, igualmente se compromete a promover estudos que fundamentem proposta ao Conselho Universitário de revisão e modernização dos regulamentos que disciplinam processos administrativos movidos contra estudantes.

A Congregação reconhece que as discussões e debates a respeito da estrutura de poder na USP tem caráter de urgência e não podem mais ser postergadas sob quaisquer razões ou pretextos. Por fim, convém destacar que a Diretora da FFLCH da USP esteve presente no momento dos acontecimentos e fez a negociação visando a proteção dos direitos dos três alunos envolvidos, acompanhando‐os à Delegacia de Polícia. Além disso, garantiu que não teriam nenhum tipo de punição. Portanto, não é verdadeira a afirmação veiculada na comunidade de que a Diretora apoiou a ação da PM. Nesse sentido, a Congregação manifesta‐se pelo desagravo à injusta acusação que lhe foi imputada em documentos de circulação pública.

Vladimir Safatle: Abaixo da lei

por Vladimir Safatle, prof. de Filosofia da FFLCH-USP

“Ninguém está acima da lei.” Com esta frase, o governador Geraldo Alckmin procurou justificar o fato de, mais uma vez, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP ser alvo de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral lançadas pela Polícia Militar.

No entanto talvez fosse o caso de dizer que ninguém deveria ser tratado dessa forma pela lei. Um delito menor, como o porte de um cigarro de maconha, não justifica a presença de um batalhão da PM em ambiente escolar.

Trata-se de um delito que nem sequer é considerado como tal em vários países europeus e que vem sendo objeto de discussões sobre sua descriminalização por parte de pessoas insuspeitas de agirem em favor do tráfico internacional, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Não se trata aqui de fazer apologia às drogas. O ambiente universitário não é um território livre e não deve ser espaço para alunos fazerem uso de maconha, mas a abordagem para problemas dessa natureza vista na quinta está longe de ser a adequada. Mais uma vez, a PM demonstra sua total inaptidão para mediar conflitos sociais e manifestações estudantis. Estudantes saíram, mais uma vez, feridos.

Mas abaixo desse uso da PM há outro problema. A atual reitoria tem dificuldades de dialogar com todos os setores da comunidade acadêmica. Ela deveria lembrar que foi escolhida à revelia da maioria, já que a nomeação do atual reitor foi obra do ex-governador José Serra que, pela primeira vez desde Paulo Maluf, resolveu escolher o segundo colocado em uma lista tríplice.

Esperava-se que, devido a esse deficit de legitimidade, a atual reitoria demonstrasse mais habilidade na criação de consenso. Não foi isso o que aconteceu. Vários setores da universidade alertaram para o caráter delicado da presença da PM no campus. Mas nenhum desses setores foi convidado a discutir com a reitoria seus pontos de vista.

A PM se justifica se for o caso de coibir crimes como o assassinato de um estudante, há alguns meses.

Mas ela não está lá para correr atrás de aluno com cigarro de maconha ou para mostrar aos estudantes que a corporação não aceita provocações. Há maneiras mais inteligentes de resolver problemas banais como esse.

A tal episódio somam-se problemas como a querela da reitoria com a Faculdade de Direito, a construção de um monumento aos perseguidos pela “revolução” de 1964, entre outros.

A USP precisa de pessoas capazes de desativar problemas e conflitos, e não de acirrá-los. A FFLCH, que deu ao país intelectuais do porte de Sérgio Buarque de Holanda, Milton Santos, Bento Prado Jr., Florestan Fernandes e Antonio Candido, merece mais cuidado.

Ninguém está acima da lei. Mas, quem é ninguém? O que é a lei? Qual é a verdade?

por Jorge Luiz Souto Maior, prof. livre docente da Faculdade de Direito da USP

http://www.dceusp.or...-o-que-e-a-lei/

A Autonomia da USP!

por Lincoln Secco, Livre Docente em História Contemporânea na USP

http://www.dceusp.or...tonomia-da-usp/

Esclarecimentos do DCE-Livre da USP sobre a atuação da PM em 27/10 e a ocupação do prédio da administração da FFLCH

O DCE-Livre da USP, frente aos acontecimentos recentes no campus Butantã e à ocupação do prédio da administração da FFLCH, considera necessário vir a público manifestar alguns esclarecimentos e nossa posição:

1) Na última quinta-feira, 27 de outubro, a Polícia Militar protagonizou um lamentável episódio no prédio de História e Geografia da FFLCH-USP. Três estudantes, dentro de uma unidade da USP, foram abordados por policiais militares, revistados e ameaçados de serem conduzidos à delegacia. Este não foi um fato isolado dentro da universidade. Nas últimas semanas, desde a assinatura do convênio entre USP e Polícia Militar, têm sido frequentes abordagens nas entradas e saídas de prédios, a entrada de policiais em blocos didáticos sem justificativas e até mesmo a entrada de militares em entidades estudantis.

2) A Reitoria é responsável pela melhoria das condições de segurança nos campi. As intervenções por ela prometidas, no entanto, ainda não saíram do papel. O DCE é contra a concepção que iguala segurança à simples presença de PMs. Os lamentáveis episódios de violência da quinta-feira são consequência de tal concepção.

3) Logo após o ocorrido, cerca de 500 estudantes se reuniram em assembleia. Nela, a ocupação do prédio da administração da FFLCH foi apresentada como um instrumento de pressão para exigir a saída da polícia do campus. A posição da gestão do DCE, naquele espaço, foi a de que era preciso trazer mais estudantes para este debate e para a luta. Por isso, propusemos um calendário de atividades, a construção de um grande ato e uma nova assembleia onde mais estudantes poderiam tomar sua decisão, inclusive com relação a uma possível ocupação. Nossa posição, contrária à ocupação imediata, no entanto, foi derrotada por uma margem de 09 votos.

4) O DCE tem compromisso com os fóruns do movimento estudantil. Por isso, estivemos com o movimento em sua decisão. Entretanto, já nas primeiras horas, o DCE foi hostilizado por alguns estudantes, que, numa posição restrita e antidemocrática, impediu a participação da entidade representativa dos estudantes da USP nas comissões que organizam a ocupação.

5) Com relação aos estudantes submetidos à revista dos policiais, nossa posição foi a de acompanhá-los e apoiá-los, respeitando suas decisões. Após terem se reunido com advogados e a direção da FFLCH, obtiveram da diretora da Faculdade o compromisso de que não sofreriam nenhum processo administrativo. Por fim, por sua livre decisão e orientados por seus advogados, encaminharam-se à delegacia para assinar um termo de compromisso que consiste na doação de 1(uma) cesta básica para alguma entidade de caridade. Não há nenhuma outra consequência jurídica.

6) Para o DCE-Livre da USP, só será possível avançar caso a discussão sobre segurança no campus e a presença da PM seja feita com mais estudantes das diversas unidades. É necessário dar consequência política a este movimento. Do contrário, o isolamento não permitirá nenhuma conquista real para os estudantes da USP, mas sim desgastes, conflitos e enfraquecimento. Por isso, chamamos todas e todos para que se envolvam no processo, discutam com os estudantes de seus cursos e participem ativamente da construção de uma saída coletiva para o impasse que a reitoria tem criado em nossa universidade. Ser uma ferramenta na organização dessa luta sempre foi e sempre será nossa posição.

São Paulo, 29 de outubro de 2011

DCE-Livre da USP

Gestão “Todas as Vozes”

A questão central não é a maconha, nem o crime: a questão central é que não concordamos com a presença ostensiva e opressora da PM no campus. Disciplina militar num ambiente estudantil nunca vai funcionar. A nossa proposta é uma alternativa para a segurança no campus, com melhor iluminação, ônibus circulares mais frequentes, e guarda universitária melhor treinada e equipada. Não caiam em tudo que a mídia fala para vocês!

Editado por MatheusJ
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Pelo que eu soube o que aconteceu la de um aluno da faculdade : Duas pessoas tavam fumando maconha e a policia viu e foi e agiu com violencia,e na mesma hora os alunos não deixaram barato,mas parece que isso la é normal,varias rodas de gente fumando maconha na cara do segurança e o segurança nem ai..diz que é normal fumarem maconha la a céu aberto e quem é de fora se assusta mesmo

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