Ir para conteúdo
  • Cadastre-se

Posts Recomendados

Postado (editado)

  • Treino de Força x Flexibilidade

A proliferação de tecido conjuntivo que acompanha a hipertrofia muscular, mesmo quando obtida com exercícios parciais,aumenta a elasticidade do músculo esquelético. Os exercícios com pesos forçam os limites das amplitudes das articulações, o que em conjunto com o aumento de tecido conjuntivo, explica os efeitos estimulantes desses exercícios sobre a flexibilidade. A musculação aumenta a quantidade de tecido conjuntivo, tecido esse que recobrem as fibras musculares, são viscosos e elásticos.

Se aplicarmos uma determinada força num músculo hipertrofiado e a mesma força for aplicada um músculo não treinado, o primeiro alonga mais.Baseado nesta concepção o treinamento de força pode auxiliar no ganho de flexibilidade, segundo Thrash e Kelly (1987)

um programa de treinamento com pesos para desenvolver força muscular não prejudica a

flexibilidade e pode até aumentar a amplitude de determinados movimentos. Todd (1985) afirma que pouca evidência científica ou empírica existe a favor da crença de que o treinamento de força resulta em diminuição da flexibilidade. Beedle, et. al. (1991) constataram que levantadores

olímpicos de peso tinham flexibilidade mediana ou acima da média na maioria das articulações e que comparados a outros atletas ficavam inferior apenas aos ginastas.Hurley (1995) não constatou que o treinamento com peso desenvolvesse a flexibilidade, porém não afirmou também que ela fosse prejudicada, indicando assim um trabalho simultâneo dessas duas aptidões.

Este trabalho conjunto apresenta-se importante também em relação ao controle do movimento onde apesar do trabalho da flexibilidade aumentar a amplitude funcional do movimento, o

desenvolvimento da força e da potência tem papel preponderante nocontrole deste movimento.

Segundo Verkhoshanski (2000), com o alongamento anterior e posterior as sessões

de treinamento poderá aumentar o delineamento muscular, o alcance do movimento, tamanho e força, podendo diminuir a chance de lesões e remoção de alguns restos metabólicos.

Os alongamentos executados após a sessão de treinamento, ajudam a dissipar o lactado residual ajudando a manter a viscosidade e a elasticidade do tecido conjuntivo, tecido esse que recobre as fibras musculares .

Alguns autores acreditam que o alongamento da célula favorece o crescimento da fibra muscular por aumentar o espaço físico. A inclusão da recomendação para exercícios de flexibilidade defendida por esta posição é baseada no crescimento de evidências de vários benefícios incluindo:melhoras articulares, principalmente na amplitude do movimento e um ganho na performance muscular (Farinati e Monteiro,1992 ). Em relação ao aspecto neuromotor, o treinamento específico da força muscular leva a hipertrofia das fibras musculares, assim como da capilaridade e capacidade oxidativa muscular, melhora na flexibilidade e diminuição de guedas (Barros, 2000). O trabalho de hipertrofia deve ser acompanhado por um trabalho de flexibilidade, a fim de evitar lesões nos praticantes (Ferreira, 1999).

CONCLUSÃO

Se falarmos da musculação é preciso levar em conta que os exercícios, podem pelo menos manter o nível de flexibilidade ou até mesmo aumentá-lo, uma atenção especial deve ser dada a medida que a hipertrofia

muscular se torna extrema, o exercício quando realizado, partindo de um pré-estiramento muscular, parece ser mais viável para quem quer manter ou aumentar a flexibilidade. Porém baseado na maioria da literatura , o trabalho em conjunto do treinamento de força com a flexibilidade apresenta-se como o mais efetivo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAUJO, Cláudio Gil Soares de, Correlação entre métodos lineares e adimensionais de avaliação da mobilidade articular. Revista Brasileira da Ciência e do Movimento n 8, v 2 , p 25-32, 2000. ARAUJO, Cláudio Gil Soares de, Medida e Avaliação da Flexibilidade, Tese de Doutorado Rio de Janeiro Instituto de

Biofísica, UFRJ. 1987. ARAUJO, Cláudio Gil Soares de, Flexiteste Uma nova versão dos mapas de

avaliação. Kinesis, v 2, n 2, p 231-257, 1986 ARAUJO, Cláudio Gil Soares de, Validade da percepção subjetiva na avaliação da flexibilidade de adultos, Revista Brasileira da Ciência e Movimento, v 8, n 3, p 15-20,

2000. BARROS, Turíbio Leite, Efeitos benéficos da atividade física na aptidão física e saúde mental durante o processo de envelhecimento, Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v 5, p 60-76, 2000. BEEDLE, B.; Jesse, C.; and Stone, M.H., Flexibility characteristics among athletes who weight train, Journal of Applied

Sport Science Rsearch 5:150-54, 1991. BOMPA, Tudor O. Treinamento de força consciente, São Paulo, Phorte Editora, 2000

Editado por gabrielqueiroz

Publicidade

Crie uma conta ou entre para comentar

Você precisar ser um membro para fazer um comentário

Criar uma conta

Crie uma nova conta em nossa comunidade. É fácil!

Crie uma nova conta

Entrar

Já tem uma conta? Faça o login.

Entrar Agora
×
×
  • Criar Novo...