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Arthur Jones - A FUNÇÃO DAS ESTRUTURAS MUSCULARES

NAUTILUS BULLETIN #1

By Arthur Jones

CHAPTER 3

THE FUNCTIONS OF MUSCULAR STRUCTURES

Enquanto a maioria dos fisiculturistas experiente está convencida de que eles tem pouco, se alguma coisa a aprender em relação às funções de seus grupos musculares mais importantes, eu ainda preciso encontrar um fisiculturista que seja consciente da principal função, até mesmo da dos músculos mais comumente por eles mencionados, os bíceps braquiais. Porém com toda justiça, eu também devo assinalar o fato de que apenas UM médico entre os que eu questionei sobre o assunto -- dentro de um total de mais de cem médicos -- sabia a resposta correta, e este indivíduo bem informado era um especialista em cirurgia reconstrutiva.

A principal função dos bíceps é a supinação da mão, torcendo a mão -- no caso da mão direita, no sentido horário; e a função de flexão é estritamente secundária. Um simples teste provará isto rapidamente de uma maneira inegável; flexione seu antebraço contra a porção superior do braço até onde for possível, enquanto mantém a mão em uma posição pronada ("pescoço de ganso") -- então coloque sua outra mão sobre os bíceps do braço flexionado. Você notará que os bíceps não estão contraídos, apesar da função de flexão dos bíceps ter sido completada; quer dizer, apesar do braço estar flexionado até onde é possível, os bíceps apenas executaram parte de sua função -- e a parte menos importante. Agora gire a mão do braço flexionado até uma posição supinada -- e conforme você realiza esta ação, você sentirá os bíceps se contraírem. A contração total dos bíceps resulta do giro da mão e do antebraço -- e os bíceps não podem contrair-se completamente a menos que este giro aconteça.

Por isso, você consegue mais força em uma rosca direta, com pegada supinada do que você consegue em uma rosca inversa, com pegada pronada; simplesmente porque, numa rosca inversa, os bíceps são impedidos de contraírem-se até uma posição de contração total -- deste modo é impossível envolver todas as fibras musculares disponíveis no trabalho que estiver sendo executado, e o músculo é incapaz de executar o máximo em trabalho.

A aparente diferença na força, que é tão óbvia, quando uma rosca direta for comparada para com uma rosca inversa demonstra o fato que girar o antebraço aumenta a força da flexão do braço -- ou, pelo menos, a força momentaneamente utilizável. Isto pode ser demonstrado comparando a força utilizável disponível para girar a alavanca de um sino em várias posição; será imediatamente obvio que você consegue demonstrar uma maior força no giro com um braço flexionado ao invés do que você pode com um braço estendido.

No último capítulo nós observamos que os músculos aumentam sua força utilizável conforme eles mudam sua posição desde uma extensão total até uma de contração total; e agora deveria estar claro que esta variação aparente na força -- ou esta verdadeira variação na força utilizável -- não é de importância simples o bastante como isto poderia parecer à primeira vista. No caso do músculo bíceps braquial, por exemplo, flexionar o braço, aumenta a força de flexão -- mas ele também aumenta a força de supinação -- e girar o braço aumenta a força de supinação -- e também aumenta a força de flexão.

O parágrafo acima tinha a intenção de ser apenas um exemplo das verdadeiras funções das estruturas musculares; meu ponto é que, as verdadeiras funções e as " supostas funções " -- ou as funções popularmente aceitas -- são realidades distintas.

Simplesmente, de que modo você proporia exercitar um músculo da melhor maneira possível se você não estiver nem mesmo consciente da função do músculo?

Outro exemplo? Considere então a função dos músculos peitorais -- um paradoxo notável. Se você executar barras paralelas com um único braço -- ou tentar -- será óbvio que os músculos peitorais estarão envolvidos em deixar o braço se levar para trás, simplesmente passando pelo torso desde a frente; mas se você então executar um mergulho em paralelas será igualmente óbvio que os músculos peitorais estarão estão tracionando os braços para adiante. Mas já que um músculo não pode "empurrar" uma parte de corpo, e só pode executar o trabalho de tracionar, como seria possível para um músculo -- o peitoral neste caso -- executar trabalho em duas direções aparentemente opostas -- primeiro movendo a porção superior dos braços para trás, e então tracionando-as para frente?

A resposta é claro, é que ele não pode trabalhar em direções opostas; mas pode parecer fazer isso em algumas circunstâncias. A posição contraída dos peitorais acontece quando as porções superiores dos braços estiverem ligeiramente próximas à frente do corpo - em adução -- e quando o braço for movido para qualquer outra posição, então os peitorais os ajudarão a retornar até aquela posição, completamente contraída, a partir de qualquer direção.

Ainda outro exemplo. O músculo grande dorsal. A maioria dos fisiculturistas executa exercícios para os músculos dorsais com uma pegada aberta -- sob uma clara, mas mal entendida impressão de que um espaçamento largo da pegada oferece mais "extensão" do que seria possível com uma pegada mais estreita.

Em segundo lugar, todas as formas convencionais de exercícios em barra fixa e "puxadas" para os músculos dorsais envolvem o trabalho dos músculos da parte superior dos braços; e como notado previamente, a força menor destes músculos dos braços previne o praticante de trabalhar os músculos do torso tão duro quanto eles deveriam para os melhores resultados. Sendo isto uma verdade, então por que a maioria dos fisiculturistas trabalha seus músculos dorsais com os braços em sua posição mais fraca?

Nós já vimos que os braços são mais fortes -- na flexão -- quando as mãos estiverem em uma posição supinada; assim, por que então deixar os braços mais fracos que o necessário.-- quando eles já começam muito fracos para a produção dos melhores resultados até mesmo em sua posição mais forte? Ainda assim a maioria dos fisiculturistas faz exatamente isto; eles trabalham seus músculos dorsais enquanto mantêm seus braços em sua posição mais fraca.

Ao simplesmente dar às mãos uma torção máxima possível na direção da supinação completa, a força de flexão dos braços estará notavelmente aumentada; e então será possível trabalhar os músculos dorsais de forma muito mais árdua do que teria sido possível em uma posição pronada. Quando os cotovelos forem forçados para trás, alinhados com os ombros -- como é feito na barra fixa por trás do pescoço e exercícios de puxada -- então a posição completamente supinada das mãos exige uma pegada paralela (com as palmas das mãos voltadas uma para a outra). Você pode conseguir tal barra em uma casa de solda por alguns dólares -- e seu uso aumentará notavelmente o grau dos resultados que você pode produzir em um tipo de barra por trás do pescoço ou exercícios de puxada; as pegadas de mão deveriam ser perfeitamente paralelas, e deviam estar espaçadas não mais que 63 centímetros.

Quer outro exemplo? Os grandes músculos das pernas e do quadril; estes músculos são comumente exercitados na tentativa de aplicar resistência que é quase exatamente 90 graus fora de linha com o sentido do movimento das partes corporais movimentadas por estes músculos. No agachamento, a carga é pressionada em linha com a coluna; nem os quadríceps nem os glúteos serão capazes de exercer força em uma direção exatamente oposta -- ao invés, os músculos da parte anterior da coxa movem as pernas para baixo e adiante, e os glúteos estendem o torso em linha com as coxas -- ou vice-versa, as coxas em linha com o torso.

Na realidade, os músculos anteriores das coxas exigem uma extensão de joelho para serem exercitados diretamente -- e os glúteos exigem o que eu chamarei uma "extensão do torso" para receberem exercício direto.

Uma revisão cuidadosa dos exemplos acima indica claramente que a maioria dos grandes grupos e estruturas musculares não executam as funções que a maioria dos fisiculturistas pensam que eles executam -- e existem literalmente dúzias de outros exemplos que podiam ser dados para provar o mesmo ponto. Então, para ser lógico sobre o que interessa, você precisa determinar a verdadeira função de um músculo antes de tentar selecionar um exercício que esteja planejado para desenvolver determinado músculo.

Os músculos bíceps e flexionam e giram os braços, assim, devem ser fornecidos exercícios para ambas as funções, ou, se possível, um exercício que forneça simultaneamente uma resistência apropriada para ambas as funções.

Os músculos peitorais e os dorsais movimentam a porção superior dos braços, e o que acontece para com as mãos e os antebraços não é de importância para os músculos do torso, ou não deveria ser de nenhuma importância em um exercício corretamente projetado; mas se você precisar envolver os músculos dos braços nos exercícios para o torso -- tal como você precisa nos exercícios convencionais -- então ao menos faça-os usando seus braços nas posições possivelmente mais fortes.

O que interessa a mim neste capítulo é o seguinte; movimente o segmento corporal envolvido, que seja de preocupação imediata, até uma posição onde os músculos que movem tal segmento estejam em uma posição de estiramento total -- então observe a posição do segmento corporal. Em seguida, movimente o segmento corporal até uma posição que resulta na completa contração do músculo envolvido -- novamente observe a posição do segmento corporal exigido.

Então tente desenvolver um exercício, ou uma posição de exercício, que ofereça resistência -- tanto quanto possível -- além da amplitude completa do movimento. Mas caso seja impossível oferecer resistência em amplitude completa, tal como ocorre na maioria dos exercícios usando equipamento convencional, então concentre-se em oferecer a resistência na posição contraída.

Uma consideração momentânea do parágrafo acima demonstra ser óbvio que a denominada rosca no banco Scott é um passo para na direção errada; em vez de ser uma evolução da rosca direta regular, na verdade isto produzirá uma redução geral nos resultados.

Mas se a inclinação de tal banco estivesse na direção oposta, de forma que a porção superior dos braços estivessem fixas em uma posição quase paralela com o chão, mas com o apoio do braço acima dos bíceps em vez de abaixo, então teríamos um exercício onde a maior quantia de resistência estaria disponível na posição mais forte dos braços, ao invés de estar limitada à posição mais fraca dos braços.

Uma posição praticamente impossível de se executar? Certamente que sim, mas ela pode ser executada, e ela pode melhor de ser feita enquanto usando um haltere, trabalhando primeiro um braço e então o outro. E depois de ter trabalhado ambos os braços deste modo, então execute imediatamente uma série de cerca de dez repetições de rosca direta do modo regular -- prosseguindo até o ponto de fadiga absoluta.

Talvez os pontos acima comecem a direcionar seu pensamento no sentido da lógica. Mas não caia na armadilha tão comum de fazer um exercício em particular apenas porque você gosta dele -- ou de evitar exercícios que sejam difíceis. Em geral, os exercícios mais difíceis são os melhores bem como seus resultados; não procure os caminhos mais fáceis para fazer os exercícios, procure modos para torná-los mais difíceis.

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  • 2 semanas depois...

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