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Cáscara Sagrada


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Cáscara-Sagrada (Rhamnus purshiana)

Nome Científico: Rhamnus purshiana D.C.

Sinonímia: Frangula purshiana (D.C.) A. Gray ex J. G. Cooper.

Nome Popular: Cáscara Sagrada, Casca Sagrada, Cáscara, no Brasil; Écorce

Sacreé, na França; Cáscara Sagrada, em língua espanhola; Cascara Sagrada,

Purshiana Brak, Sagrada Bark, Sacred Bark, Bitter Bark, Yellow Bark, Dogwood

Bark, California Buckthorn, Chittem Bark, em inglês.

Família Botânica: Rhamanaceae.

Parte Utilizada: Cascas secas do caule e dos ramos.

Princípios Ativos: Compostos antraquinônicos como, antraquinonas livres

(crisofanol e emodol), o-heterosídeos (emodina-antrona), C-heterosídeos;

cascarosídeos A e B (glicosídeos da aloína) e cascarosídeos C e D

(glicosídeos da crisaloína); Taninos; Sais Minerais; Princípios Amargos;

Ramnotoxina (albuminóide).

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Descrição

A Cáscara-Sagrada é uma árvore arbustiva, nativa da região oeste da América do Norte, pode atingir de 5 a 10m de altura. Tronco de tom acinzentado, possui folhas verdes de formato oval, produz pequenos frutos vermelhos de menos de 1 cm e também flores diminutas amarelo-esverdeadas.

Indicações

Na medicina popular, a parte utilizada da Cáscara-Sagrada são as cascas de seu tronco envelhecidas por pelo menos 1 ano. Relatos indicam que a Cáscara-Sagrada vem sendo utilizada como remédio natual por índios nativos americanos há mais de 1.000 anos. O principal uso da Cáscara-Sagrada é como purgante de efeito brando, principalmente para pessoas idosas ou em casos de constipação crônica. Também ajuda a melhorar a digestão gástrica. A Cáscara-Sagrada é muito utilizada comercialmente, sendo o ingrediente ativo de muitos laxantes no mercado americano até a pouco tempo atrás.

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Um pouco mais

A casca exterior da planta denominada botanicamente por Rhamnus purshiana é popular em vários países como Cáscara Sagrada e é possivelmente uma das plantas medicinais mais conhecidas na América, sendo que o seu uso curativo seja utilizado há muitos anos na Europa e em outras regiões do mundo.

A Cáscara Sagrada tem diversas recomendações terapêuticas, algumas delas são: obstipação crônica, discinésia biliar, colecistite crônica, litíase biliar e meteorismo. A sua ação antiobstipante que esta erva é conhecida há muitos anos por povos de várias civilizações, o que preenche a sua segurança de uso. Entre os benefícios da utilização da Cáscara Sagrada destaca-se a vantagem de não induzir habituação, e ação de reeducação intestinal, e que é obtida sem efeitos acessórios; diarréias, dores abdominais e cólicas. Os fundamentais princípios ativos da planta são antraquinonas glicosiladas, entre os quais a Emodina, Frangulina e os Cascarósidos.

A constipação intestinal (intestino preso) pode estar associada a vários fatores, mas a principal causa é a alimentação errada: pouca fibra, ausência de verduras e frutas, ausência ou quantidade pequena de líquidos. Fatores como sedentarismo e questões emocionais podem agravar o problema. Assim como outras doenças, o intestino preso deve ser tratado. Além dos incômodos decorrentes da dificuldade em evacuar, a constipação pode desencadear muitas outras enfermidades como hemorróidas, problemas emocionais e de pele, já que as fezes contêm grande quantidade de toxinas e quando ficam retidas contaminam o organismo.

Um outro alerta feito pelos médicos é que pessoas constipadas têm maior propensão de desenvolverem o câncer de intestino.Então o negócio é ingerir fibras à vontade, verduras e frutas.

A cáscara sagrada é uma planta com excelentes propriedades medicinais. Sua principal função é corrigir os problemas intestinais, com a grande vantagem de não provocar cólicas nem diarréia. Porém, ela não exerce apenas uma ação laxativa, mas restabelece o tônus natural do cólon. Após a ingestão da cáscara sagrada ocorre a liberação de substâncias que ajudam a eliminar o material fecal.

As principais ações medicinais da Cáscara Sagrada são: estimulação e ação peristáltica do cólon que estimulam a produção de secreções digestivas em vários órgãos do aparelho digestivo, e ajuda a dissolver os cálculos biliares. Como prevenção no uso de laxantes, a utilização da Cáscara Sagrada não está recomendada em situações de dores abdominais, vômitos, obstrução intestinal, apendicite e doenças inflamatórias do cólon, crianças com menos de 10 anos, e em casos de desidratação grave.

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Precauções

Seu uso prolongado, doses maiores ou maior sensibilidade à droga, pode determinar espasmos e cólicas. A ingestão a longo prazo de derivados antraquinônicos pode conduzir a uma destruição dos plexos nervosos intramurais, causando o chamado cólon catártico: um

intestino grosso atônico e de aspecto tubular semelhante ao da colite ulcerosa crônica.

Freqüentemente é acompanhada de melanose retocólica. O uso abusivo de laxantes pode determinar uma hipocalemia, a qual é muito perigosa para cardiopatas.

Reações adversas e contra-indicação

O uso da cáscara sagrada pode resultar em espasmos do trato gastrintestinal, requerendo uma diminuição da dose.

Na gravidez, pois os derivados antracênicos podem provocar aborto; na lactância, pois os princípios ativos passam da mãe para o bebê durante a amamentação, originando diarréias; para crianças menores que 6 anos; na menstruação; em estados inflamatórios intestinais e uterinos; na cistite; nas hemorróidas; na insuficiência hepática, renal ou cardíaca e na associação com cardiotônicos.

Interações Medicamentosas

A perda de potássio, resultante do uso prolongado da cáscara sagrada, pode potencializar a toxicidade dos digitálicos e as arritmias quando administrada concomitantemente com drogas antiarrítmicas. A interação da cáscara sagrada com diuréticos tiazídicos, esteróides corticoadrenal e raiz de anis podem aumentar esta deficiência de potássio.

A indometacina administrada concomitantemente com derivados antracênicos, constituintes da cáscara, apresenta um decréscimo no efeito terapêutico devido a inibição da prostaglandina E2. Pode causar ainda alterações bioquímicas nos exames laboratoriais, como albuminúria, hematúria e acidose metabólica.

Posologia

Em pequenas doses, o fármaco atua como estimulante de apetite e em doses maiores atua como laxante e purgativo suave. Sua atividade laxativa é resultante da ação de um conjunto de constituintes. Procure mais informações antes de fazer uso da planta.

100 a 500mg de extrato seco ao dia, em doses divididas às

refeições ou em dose única ao deitar. 500mg a 2g do pó, ao dia.

Sugestões de Fórmulas:

Colerético e Laxante

Ácido Desidrocólico ....................................... 100mg

Metionina ....................................................... 150mg

Cáscara Sagrada ........................................... 100mg

Excipiente qsp ............................................... 1cap

Posologia: 2 cápsulas às refeições.

Laxante suave

Badiana pó .................................................... 100mg

Cáscara Sagrada ES .................................... 300mg

Excipiente qsp ............................................... 1cap

Posologia: 1 cápsula ao deitar.

Laxante Moderado I

Ruibarbo pó ................................................... 150mg

Frângula pó ................................................... 150mg

Cáscara Sagrada ........................................... 150mg

Agar Agar qsp ................................................ 1cap

Posologia: 2 cápsulas 2 vezes ao dia, às refeições.

Laxante Moderado II

Ruibarbo pó ................................................... 100mg

Sene pó ......................................................... 150mg

Cáscara Sagrada ........................................... 400mg

Simeticone ..................................................... 80mg

Posologia: 1 a 2 cápsulas ao deitar.

Emagrecedor

Garcínia Camboja ...................................... 300mg

Abacateiro .................................................. 150mg

Passiflora ................................................... 200mg

Cáscara Sagrada ....................................... 250mg

Posologia: 1 a 2 cápsulas ao deitar.

Fontes:

http://www.fitoterapicos.info

http://www.bemdesaude.com

Revista Mídia e Saúde

http://www.portaleducacao.com.br

Fontes educacionais:

BATISTUZZO J. A O, ITAYA M, ETO Y. Formulário Médico

Farmacêutico. São Paulo: ed. Tecnopress, 2002, 2º edição.

FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4ª edição. 1996.

PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª

edição. 1998.

TESKE, M.; TRENTINI, A. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia.

Herbarium. Curitiba. 1994.

SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição.

Santos Livraria Editora. 2000.

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