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Um pouco sobre esses aminoácidos em termo de ganho de força, massa muscular e liberação de GH, vale a pena ler.

Por que usar “estimuladores de GH”?

A utilização de suplementos que aumentem a secreção natural de Hormônio do Crescimento foi iniciada há alguns anos e vem ganhando um número crescente de adeptos. No entanto, a única explicação para se utilizar estas substâncias é a desinformação.

Já está cientificamente comprovado que não há relação de causa e efeito entre os níveis de GH e os ganhos de força e massa muscular, além disso, o hormônio do crescimento é extremamente pulsátil e situações simples, como ficar em apnéia, já aumentam consideravelmente seus níveis. Ou seja, a promessa de estimular a liberação de GH, por si só não tem fundamento e não consiste em algo raro ou fisiologicamente significante. Resumindo, há dois motivos básicos para não gastar dinheiro com estimuladores de GH:

1 – os níveis de GH não são fisiologicamente relacionados aos ganhos de força e massa muscular

2 – há maneiras mais baratas e fáceis de se elevar os níveis de GH

Arginina e Ornitina

A teoria do uso de arginina como suplemento provavelmente se originou em um teste clínico comumente utilizado para analisar a resposta de GH, o qual induz um aumento significativo e reprodutível nos níveis deste hormônio através da infusão de arginina. A partir deste procedimento clínico, deu-se um salto gigantesco e se passou a afirmar que o uso oral de arginina promove efeitos anabólicos.

Um dos estudos mais citados pelos vendedores de suplementos foi feito em 1982 por BESSET et al, onde se verificou que a administração de altas doses de aspartato de arginina por 5 dias resultou em um aumento significativo do pico de hormônio do crescimento durante o sono.

Em um estudo anterior, ISIDORI et al (1981) haviam verificado que a ingestão concomitante de 1200 mg de arginina e 1200 mg de lisina promovia um aumento significativo nos níveis de GH em homens jovens, no entanto, para infelicidade dos vendedores de arginina, a ingestão da mesma quantidade de arginina isoladamente não produziu efeitos significativos.

única evidência encontrada a favor dos suplementos a base arginina e ornitina vem de um estudo de 1989, onde ELAM et al analisaram os efeitos da suplementação de arginina + ornitina (1 g/dia de cada) durante 5 semanas em homens participantes de um programa de treinamento de força e encontraram resultados favoráveis em termos de força e massa muscular durante a suplementação.

Apesar de algumas referências positivas, o acúmulo de referências posteriores mostrou que a suplementação de arginina e ornitina era ineficiente e poderia até mesmo ter efeitos deletérios na liberação de GH, além de alguns efeitos colaterais.

FOGELHOLM et al (1993) administraram, por quarto dias, um combinado de L-arginina, L-ornitina, e L-lisina (2 g/dia de cada) e analisaram os níveis de GH e insulina em levantadores de peso. Os resultados mostraram que os picos de GH e insulina eram similares com a ingestão dos suplementos ou placebo, concluindo que os aminoácidos não afetavam a variação fisiológica dos hormônios, questionando seu valor ergogênico. No mesmo ano, LAMBERT et al (1993) compararam a concentração sérica de GH em fisiculturistas durante quatro situações: 1) placebo; 2) 2,4 g arginina/lisina; 3) 1,85 g ornitina/tirosina e 4) 20 g de BovrilR. Os resultados mostram que as concentrações de GH não são alteradas por nenhum dos suplementos.

Em 1994, WALBERG-RANKIN et al analisaram os efeitos de 10 dias de suplementação de arginina (0,1 g/ kg corporal) em pessoas submetidas a uma dieta hipocalórica e um programa de treinamento de força. De acordo com os resultados, o aminoácido não promoveu melhoras na composição corporal, balanço nitrogenado, resposta de GH ou força.

Quanto à ornitina, os resultados não foram muito diferentes. Em um estudo de BUCCI et al (1990) foram testadas doses de 40, 100 e 170 mg/kg de ornitina em fisiculturistas e verificou-se que somente a dose mais alta (cerca de 14 gramas para uma pessoa de 82 quilos) produziu um aumento significativo na concentração de GH, ainda assim, a elevação foi menor que a encontrada durante o sono, levando os autores a questionarem a significância de um aumento tão pequeno e curto. Outro grave problema é que a ingestão de doses tão elevadas causou cólicas estomacais e diarréias em todos os indivíduos testados.

GATER et al (1992) avaliaram e compararam os efeitos da suplementação de arginina/lisina (132 mg/kg de massa magra), Exceed (1 lata e meia) e placebo, na composição corporal, força e níveis de IGF-1 de jovens praticantes treinamento de força. Ao final de um período de 10 semanas, os autores não encontraram diferenças nos ganhos de força, massa muscular e níveis basais de IGF-1 entre o grupo que recebeu arginina/lisina e o grupo que recebeu placebo.

Esses insucessos fizeram com que FREIDEL & MOORE (1992) fossem bem diretos ao afirmar que:

“É questionável se aminoácidos em doses toleráveis podem promover uma resposta de hormônio do crescimento, e se o aumento no hormônio do crescimento será significativo em termos de estímulo de IGF-1 ou trará qualquer benefício na composição corporal ou efeito ergogênico em pessoas normais. A conclusão razoável tirada dos dados disponíveis é os que atletas não devem gastar dinheiro algum nesses suplementos”.

É interessante ver que a ineficiência desses suplementos já foi comprovada há mais de 10 anos, mas ainda há propagandas insistindo no contrário. Mais recentemente, diversos estudos seguiram comprovando a ineficiência dos “secretagogues de GH”.

SUMINSKI et al (1997) compararam 4 situações: 1) placebo + treinamento de força; 2) arginina e lisina (1.500 mg de cada) + treinamento de força; 3) placebo e; 4) arginina e lisina (1.500 mg de cada). Os resultados não mostraram diferenças nos níveis de GH após o treinamento de força realizado com ou sem a ingestão dos aminoácidos (situações 1 e 2), mas houve aumento nos níveis basais do hormônio após a ingestão de arginina e lisina em repouso (situações 3 e 4).

Posteriormente, MARCELL et al (1999) mostraram resultados menos animadores ao usar a arginina isoladamente. Neste estudo, os autores investigaram o efeito da suplementação oral de arginina (5 gramas) em jovens e idosos, em repouso e durante treino de força. De acordo com os resultados, a suplementação de arginina não resultou em aumentos da concentração de GH em repouso e poderia, inclusive, prejudicar sua liberação durante o exercício resistido.

Novamente, em 1999, houve uma posição oficial sobre o tema. Desta vez, WILLIAMS (1999) publicou um artigo intitulado “Fatos e falácias de supostos suplementos ergogênicos de aminoácidos” onde relata que os dados indicam que a suplementação de arginina, ornitina ou lisina, separadamente ou combinadas, não aumentam o efeito do exercício sobre o GH, força ou potência.

No ano seguinte, WIDEMAN et al (2000) verificaram que a infusão de arginina não produziu melhoras na performance de um teste de 30 minutos. Apesar deste estudo mostrar que a infusão de arginina gera uma ligeira elevação de GH durante o exercício, não há nenhum estudo comprovando que isto ocorra com o uso oral dos aminoácidos.

É comum se consumir arginina, lisina e ornitina antes dos treinos de força por acreditar que isso acentuaria a liberação de GH e, supostamente, aumentar os ganhos de força e massa muscular. No entanto, a quantidade de aminoácidos a ser ingerido para que se tenha tal efeito produzem dores de estômago e diarréia. De acordo com CHROMIAK & ANTONIO (2002) não há nenhum estudo cientifico adequadamente conduzido que mostre que a suplementação oral de aminoácidos antes de treino de força seja capaz de induzir a liberação de GH, assim como não há provas que tais suplementos promovam melhores resultados em termos de força e massa muscular. A dupla de autores concluíram sua revisão de forma clara, afirmando que “o uso de aminoácidos específicos para estimular a liberação de GH por atletas não é recomendado”.

Considerações finais

É interessante ver como as empresas manipulam as informações e distorcem a ciência pra promover suplementos ineficientes e levar consumidores desavisados a gastar seu dinheiro inutilmente.

No caso dos secretagogues de GH há diversos erros. Os erros já começam na proposta, pois é muito fácil elevar transitoriamente os níveis de GH em dezenas de vezes de forma natural (apesar dos suplementos não o conseguirem), além disso, as evidências atuais são bem claras ao afirmar que, mesmo o uso de GH exógeno, é ineficiente em promover ganhos de força e massa muscular. No entanto, ainda há quem venda (e quem compre) suplementos que prometem elevar as quantidades de hormônio do crescimento.

Para completar a seqüência de erros, os suplementos nem ao menos mostram cumprir a promessa de elevar os níveis de hormônio do crescimento sem causar efeitos colaterais. Ou seja, falham ao não promover um aumento no GH e, mesmo que o conseguissem, isto não se reverteria em benefícios de força e massa muscular. Isto que dizer que: mesmo que estes suplementos “funcionassem”, eles “não funcionariam”.

FONTE: www.gease.com.br

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Postado

pra que serve então...

Pelo que li há algum tempo atrás, apenas entre 10~20g de BCAA é capaz de estimular a sintese proteica e assim garantir o aumento da massa magra. Mas se você for usar essa dose por dia você vai ter no maximo 5 dias de treino por pote rs.

Logo a relação Custo X Benefico é terrivel de ruim.

Postado

CxB é terrivel sim, pelo o que vejo também e falam sobre a arginina é doses entre 4~9g pré-workout, esses estudos são até 2002 né, de lá pra cá ja mudou coisas ou não.

  • Supermoderador
Postado

Essas coisas de suplementos para aumentar GH não tem muito mistério, da para aumentar com algumas substâncas mas esse aumento nunca é suficiente para fazer alguma diferença na massa corporal (nunca vi UMA pesquisa que mostrasse que substancia X aumento gh E isso deu diferença na massa magra), pra conseguir aumentar massa com GH é injetando mesmo =/

Postado (editado)

"Nos humanos, o hormoni do crescimento é produzido na parte anterior da glândula hipófise localizada no centro do cérebro e sua função não se limita apenas a crescimento. É responsável pela restauração dos tecidos musculares, ósseos, produção de enzimas, integridade dos cabelos, unhas e da pele.

"

não sei se a arginina estimula ou nao o hormonio GH, mas ele, em si, é realmente util para o músculo, já em relaçao CustoXBenefício, acho que nao vale a pena. Apesar de ser bom, é caro.

Ah, e a arginina é precursora do NO no nosso corpo, fazendo a açao de vasodilatador, por isso é encontrado em suplementos de vasodilataçao, como o NO Shotgun, por exemplo.

Editado por franguinhokk
Postado

opa galera

bom ja tomei varios per cursores de gh manipulado porque pago preço de custo.nunca senti nada que valese apena.mas uma coiza eu digo em questão de hormônios a tribulus me surpreendeu deu uma boa massa e força sem falar da secada brutal eu recomendo.

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