Ir para conteúdo
  • Cadastre-se

Posts Recomendados

Postado

Dei um "search" no fórum e não achei um tópico específico sobre este assunto.

Muito se fala do alcance da hipertrofia muscular, que é o aumento do número de fibras musculares por célula.

E quanto à hiperplasia?

Pelo que entendi, exercícios físicos e suplementação correta contribuem para o alcance da hipertrofia, mas a hiperplasia é algo que acontece pouquíssimo.

Existe algum estudo que indica que, da massa que alguém ganha com atividades físicas, uma porcentagem, por exemplo, 5% do total, foi conseguida por hiperplasia?

Existem maneiras efetivas de se obter mais hiperplasia?

Pq, penso eu, que com hiperplasia os resultados alcançados seriam muito mais difíceis de se perder do que com a hipertrofia, visto que o primeiro aumenta o número de células, o seguindo o número de fibras por células, que podem ser consumidas por falta de exercícios ou nutrição insuficiente(catabolismo muscular). Já consumir uma célula muscular nova, no meu ver, seria bem mais complicado.

Publicidade

Postado (editado)

isso tem a ver com o tempo de treino, a cada treino ocorre um pouco de hiperplasia

nao lembro quem foi mas teve um usuario aqui no forum que falou que foi no laboratorio examinar celulas musculares e que a de pessoas com até um ano de treino nao tinham muitas fibras, era meio expalhado, enquanto outra celula retirada de um cara que treina a mais de 4 era praticamente toda vermelha

acho que foi o andre que postou sobre isso em um topico avulso

Editado por gustpc
Postado

Cara isso é complicado a hiperlapsia tem muito a ver com a maturidade muscular e o "tipo" de treino que voce faz tambem porque ta relacionada ao fator do igf1 e do gh que aumenta a hiperlapsia muscular... longa historia , da uma lida ai no google q vc acha em ingles uns bons artigos!

Postado (editado)

Procurei pela internet e vou colocar alguns textos interessantes com o link original sobre a hiperplasia.

Site Copacabana Runners

O sonho dos adeptos à musculação seria descobrir um jeito de indefinidamente fazer o músculo crescer, mas consensualmente até agora só se conhece duas formas de aumentar a seção transversal do músculo que são o aumento do calibre das fibras musculares ou aumento dos espaços sarcoplasmáticos. Uma terceira hipótese seria o aumento do número de fibras musculares, conhecida por hiperplasia muscular, uma resposta adaptativa a um treinamento de força intenso. Experiências não muito novas demonstraram a ocorrência da hiperplasia em ratos gatos e galinhas. Claro, por questões éticas, os métodos de estudo utilizados não são possíveis em seres humanos embora haja evidências indiretas da hiperplasia no músculo humano. Essa teoria foi proposta por Fred Hatfield Ph. D. em seu livro "Power": A Scientific Approach (1991). Força: Uma aproximação científica. Foi baseada em estudos de Gnyea Et. Ericson (1976) em gatos.

Com aves, Sola et. al. (1973) usou um modelo colocando um peso na asa de uma galinha relativa a 10% do peso da ave por 30 dias sem interrupção e notou que o músculo dorsal responsável pelos movimentos da asa aumentou o número de fibras na ordem de 16%. Outras experiências similares com o mesmo fundamento chegaram a resultados ainda maiores (172%), na massa muscular das aves.

Partindo ainda dessa teoria, outros pesquisadores usaram cargas de 10, 15, 20, 25 e 30% com descansos de dois dias entre uma carga e outra, totalizando 28 dias de estímulo efetivo conseguindo como resultado o aumento de 334% na massa muscular e 90% de aumento de fibras musculares. Claro, o tipo de músculo das aves é diferente dos humanos, mas as experiências mostram a resposta hiperplásica do músculo sob tensão ou estiramento. Isso tem a ver com o método de treinamento da musculação conhecido como excêntrico e que possa estimular respostas similares.

Existem defesas desse método objetivando aumento de massa muscular e força, mas se as respostas fossem tão rápidas certamente não haveria mais dúvidas.

Tudo isso poderia explicar, por exemplo, a força dos levantadores Olímpicos cujo treinamento é baseado em arranques e muito pesado. O tempo de tensão muscular, sendo tão curto, é capaz de estimular a hipertrofia? De fato. O volume muscular desses atletas não é tão grande como dos fisiculturistas. Provavelmente a eficiência neuromuscular é muito superior, mas esse dado, sozinho pode explicar tanta força? Se a hiperplasia ocorre aumentando o número de fibras por unidades motoras, essa seria uma hipótese aceitável para a produção de força explosiva. É uma teoria que também justifica a força nos músculos deltóides dos nadadores de elite de provas curtas sustentada por Tamaki 1999. Esses atletas não têm músculos tão volumosos, mas estão ficando cada vez mais rápidos. De qualquer forma tudo leva a crer que somente um treinamento exaustivo pode levar os músculos à fadiga severa capaz de estimular a hiperplasia até como resposta de defesa do corpo.

As evidências empíricas levam a concluir que essas reações só podem ocorrer em treinamentos em longo prazo porque nossa musculatura, para resistir tanto estímulo de alta intensidade precisa ser preparada para isso. E qual seria então a suposição teórica da hiperplasia muscular humana? Como ela se processa? Seria algo similar ao que acontece com a gordura hiperplásica onde as células gordurosas sob estímulo alimentar aumentam de volume, hipertrofiam, e depois se dividem com o mesmo tamanho? Kadi 2000 demonstrou que a hiperplasia no músculo humano é possível a partir do aparecimento de novas fibras musculares tendo como origem as chamadas células satélites podendo aumentar em 46% a massa muscular.

De qualquer forma a discussão está longe do fim e não dá para recomendar treinamentos exaustivos só para tentar promover hiperplasia muscular. Além do mais é um treinamento com risco muito alto de lesões. Kraemer e colaboradores 1996 afirma que, mesmo em condições excepcionais a contribuição para o aumento do músculo pode não ultrapassar a 5% e não ocorre da mesma maneira em todo mundo por diversos fatores entre eles, e talvez mais decisivo, o genético.

Enfim, se é ou não possível o músculo duplicar as suas fibras e continuarem crescendo sob estímulo de treinamento de força pode ser ou não utopia. Pelo sim, pelo não, continua valendo o bom senso e boa orientação profissional. Todo mundo tem um limite.

Cartas para: [email protected] - Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ 003529

Site Efartigos

(...)

Uma das questões fundamentais da fisiologia do exercício têm sido os mecanismos de adaptação muscular ao treinamento de força. A resposta habitual à estas questões é o aumento do tamanho, tanto em diâmetro quanto em comprimento, das fibras musculares existentes. À este mecanismo dá-se o nome de hipertrofia. Entretanto, sob condições extremas, tanto de treinamento quanto de tamanho muscular, o músculo esquelético pode lançar mão de outro mecanismo de adaptação, além da usual hipertrofia. Estamos falando da hiperplasia muscular, que nada mais é do que um aumento do número de fibras musculares. A despeito da controvérsia existente no meio científico, um número significativo de estudos nos fornecem dados a este respeito. Todavia, a hiperplasia parece ocorrer apenas sob circunstâncias especiais, uma vez que existem vários estudos demonstrando o aumento da massa muscular sem um concomitante aumento no número de fibras musculares. O treinamento de força desenvolvido por atletas de elite de fisicul turismo parece ser uma das condições para a ocorrência da hiperplasia. Sabe-se que os protocolos de treinamento destes indivíduos se constituem de volumes e intensidades muito alto, e que estes atingem um nível de hipertrofia muscular surpreendente. Ao que parece, há um limite para hipertrofia da fibra muscular esquelética e que, a partir deste limite, estas se dividiriam em duas fibras de menor tamanho para continuar crescendo. Outro importante fator a se considerar é o uso de esteróides anabólicos androgênicos por estes atletas, uma vez que estas drogas podem aumentar a proliferação de células satélites, como observado por Joubert et al. e Kadi et al., exercendo um papel fundamental no processo hiperplásico da fibra muscular. Enfim, ocorrendo ou não a hiperplasia, o individuo que deseja maximizar seus ganhos em massa muscular deve participar de um programa de treinamento inteligentemente elaborado, respeitando todas as variáveis intervenientes deste programa.

Quem quiser colocar outros links ficaria grato, acho interessante este assunto. :)

edit:

mais um interessante.

Blog Powercorefit

Hiperplasia muscular e exercicio

Olá , novo post sobre fisiologia , evidenciando alguns aspectos da controversa Hiperplasia muscular ligado ao exercicio fisico.

A hiperplasia muscular é um mecanismo adaptativo que provavelmente contribui na hipertrofia do músculo esquelético sendo induzido pelo treinamento de força. Sendo a hiperplasia traduzida por um aumento no número de células, ou fibras musculares em relação ao número original (MELONI, 2005).

Apesar dos inúmeros trabalhos que enfocam as respostas adaptativas em decorrência do treinamento de força muscular, há pouca informação sobre os mecanismos indutores de síntese de proteínas miofibrilares. A complexidade desses mecanismos pode ser melhor compreendida através de estudos dos vários eventos de regulação da célula muscular quando submetida ao estresse gerado pelo exercício físico (ANTUNES NETO et al., 2007).

Muito embora esses mecanismos de crescimento muscular não estejam bem esclarecidos, sabe-se que esses mecanismos estão ligados ao aumento na área transversal do músculo, assim como o aumento da área transversal da fibra muscular, resultantes do aumento da síntese protéica, do aumento do tamanho e número das miofibrilas e da adição de novos sarcômeros a fibra muscular (DENNY-BROWN, 1961 E GOLDSPINK,1964).

CELULAS SATÉLITES:

A maioria dos músculos esqueléticos se origina de células mesodermais chamadas mioblastos, estas células são capazes de expressar os chamados MRFs (Fatores de regulação miogênicas) que se ligam a regiões especificas da seqüência de DNA chamadas Ebox, localizadas nas regiões promotoras dos genes músculo-específicos. Esta ligação é responsável pelas alterações transcricionais que permitem a diferenciação das células musculares (MURRE et al., 1989). Durante o processo de miogênese, alguns mioblastos não se fundem e permanecem entre a membrana e a lamina basal das células muscular, esses mioblastos quiescentes são denominados células satélites. (MAURO, 1961; MUIR et al., 1965)

A musculatura esquelética possui grande capacidade de adaptação fisiológica, esse potencial adaptativo ocorre devido a chamadas células satélites (CS) que são células indiferenciadas e mononucleadas, cuja membrana basal está em continuidade com a membrana basal da fibra muscular (FOSCHINI, 2004).

As células satélites quiescentes não expressam MRFs, porem quando são estimuladas por citocinas e fatores de crescimento ocorre a ativação deste tipo de célula e elas passam a expressar os MRFs de maneira similar ao que ocorre com os mioblastos durante o processo de miogênese. (HOLTERMAN & RUDNICKI,2005).

As células satélites são células com grande atividade miogênica que contribuem para o crescimento muscular pósnatal, o reparo de fibras musculares danificadas e a manutenção do músculo esquelético adulto. Quando elas são ativadas para tais funções, proliferam-se e agem como mioblastos. Essas células se fundem a fibras musculares já existentes ou a CS vizinhas para gerar novas fibras musculares. Há evidências de que algumas CS podem sofrer diferenciação imediata, sem divisão prévia, enquanto outras primeiramente proliferam, gerando uma célula filha para diferenciação e outra para futura proliferação (FOSCHINI, 2004).

No decorrer do processo da miogênese, as células precursoras das fibras musculares que não se fundem, ficam quiescentes na periferia das fibras musculares (SILVA E CARVALHO, 2007), ou seja, quando as células musculares não estão lesadas, elas permanecem em repouso, sem atividade, mas em caso de lesão, que pode ser causado por esforço físico, elas são ativadas, proliferam-se e expressam marcadores da linhagem miogênica. Esses marcadores podem reestruturar, renovar a celular danificada, produzindo novos núcleos. Estes sintetizam proteínas musculares específicas que atuam aumentando várias organelas (SILVA E CARVALHO, 2007). Além do processo de regeneração, já foi provado que em animais existe outro processo, o de produção de novas células. No entanto essa replicação ainda é muita controvérsia quando se trata da ocorrência em seres humanos (MELONI, 2005).

Postado por David Mascena CREF4875-G/CE às 02:05

Editado por Carrasco_Santo
Postado

Interessante Heart...

Pena que não existem estudos muito aprofundados sobre hiperplasia... apesar de não ser formado em educação física, me atiça a curiosidade tentar descobrir formas de se obter mais hiperplasia que o normal.

Postado (editado)

Amigo a hiperplasia, ocorre por mitose de uma célula, logo no tecido muscular será baixíssima essa taxa, já que o aumento de células numa fibra muscular, devido ao seu reparo, vem de células satélites que se fundem a estrutura danificada e não a divisão de uma célula muscular.

Por isso na sua pesquisa vc deve achar bastante hiperplasia de outros orgãos do corpo, mas não da hiperplasia muscular.

Editado por Gustave
Postado

Amigo a hiperplasia, ocorre por mitose de uma célula, logo no tecido muscular será baixíssima essa taxa, já que o aumento de células numa fibra muscular, devido ao seu reparo, vem de células satélites que se fundem a estrutura danificada e não a divisão de uma célula muscular.

Por isso na sua pesquisa vc deve achar bastante hiperplasia de outros orgãos do corpo, mas não da hiperplasia muscular.

Amigo a hiperplasia, ocorre por mitose de uma célula, logo no tecido muscular será baixíssima essa taxa, já que o aumento de células numa fibra muscular, devido ao seu reparo, vem de células satélites que se fundem a estrutura danificada e não a divisão de uma célula muscular.

Por isso na sua pesquisa vc deve achar bastante hiperplasia de outros orgãos do corpo, mas não da hiperplasia muscular.

Ok, eu entendi pelo que eu já li que o aparecimento de novas células musculares se dá pela especialização das chamadas células satélites próximas do tecido muscular ou pela mitose da celular muscular.

Mas não entendi o comentário, já que eu falei que seria interessante estudar e descobrir formas de aumentar, mais que o normal, a taxa de hiperplasia muscular. Que a hiperplasia acontece da especialização das células satélites e da mitose eu já havia entendido.

Crie uma conta ou entre para comentar

Você precisar ser um membro para fazer um comentário

Criar uma conta

Crie uma nova conta em nossa comunidade. É fácil!

Crie uma nova conta

Entrar

Já tem uma conta? Faça o login.

Entrar Agora
×
×
  • Criar Novo...