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Desvendando O Mito Proteina = Pedra Nos Rins


HeartBreaker

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Bom como sempre vemos os mais inexperientes dizendo sobre a causa de calculos renais relacionados à alta ingestao de proteina e isso é dito com frequencia , vim debater e criar este topico para que os mais experientes possam debater e juntos desvendarmos este mito que pode incluir ate a creatina de uma maneira totalmente diferente como heroi em vez de vilã na formacao dos calculos renais.

Primeiramente gostaria de dizer que isso veio a minha cabeca durante o curso na enaf onde o professor Dilmar Guedes e o Atleta fernando maradona citaram este fato e ainda por cima disseram que os carboidratos sim podem causar calculos renais. Foi uma explicacao breve porem um pouco confusa que gostaria de absorver e complementar com a ajuda de voces , o que eles disseram basicamente foi em relacao aos carboidratos causarem os picos insulinicos e consequentemente gerar mecanismos que pudessem alterar e sobrecarregar os rins e alterar mecanismos de oxidacao dos componentes dos calculos como o oxalato de calcio , estruvita , cistina , fosfato de calcio e outros... alterando a producao do acido urico tambem! Sendo assim ainda questiono sobre a creatina ser uma reguladora da glicose e posteriormente ajudando neste quesito dos calculos renais! lembrando é claro que a alimentacao vai ter grande interferencia porem queria debater esses fatores endocrinos! Se alguem puder ser disponibilizar sera de grande ajuda tanto para abordarmos essa nova questao como para mudarmos uma citacao erronea que muitos fazem sem conhecimento!

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Proteína demais faz mal?

A resposta da Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva ( International Society os Sports Nutrition - ISSN) é um grande e sonoro NÃO. O Comitê de pesquisas da entidade, formado por nove especialistas e autoridades mundiais em pesquisas na área, formulou um estudo onde se comprovaram vários fatos que os culturistas já sabiam a anos. Agora a ciência, e ciência com autoridade, pois a entidade em questão é um órgão de reconhecimento mundial, comprova e firma sua posição a favor de um consumo maior de proteínas pelas pessoas que praticam atividades físicas e ainda por cima enterra velhos mitos tais como o que muita proteína prejudica os rins.

O estudo realizado pela ISSN é importantíssimo pelo fato de que este texto formaliza a posição oficial da entidade em relação ao consumo de proteínas por pessoas ativas. Chame sua namorada, sua mãe, seu pai, sua avó, enfim, todos que sempre só assistem aos programas sensacionalistas da TV e que sempre ficam te enchendo por você comer proteína demais ou tomar seus shakes diariamente. Agora eu, você, todos nós podemos mostrar e comprovar por meio de um estudo cientifico realizado por uma entidade de renome mundial, séria e por um corpo de pesquisadores do mais alto escalão que o consumo de proteína mais alto, o consumo de suplementos a base de proteínas e aminoácidos são importantes e totalmente seguros.

Quantidade adequada de proteína

Por décadas, os culturistas são conhecidos por ingerirem quantidades enormes de comida, especialmente proteína. Temos relatos de atletas que chegam a ingerir até 4, 6 grs de proteína por quilo de peso corporal. Não é novidade para nenhum marombeiro bem informado que a necessidade protéica de quem treina com pesos é muito maior do que a de uma pessoa normal. Por isso comemos muita, mas muita proteína. Um dos valores mais aceitos pela comunidade culturista hoje são 2 grs/kg peso/dia para atletas naturais. A OMS recomenda 0,8 grs/kgs peso/dia; você já se perguntou de onde eles tiraram este número?

Segundo o texto, a necessidade diária protéica é calculada medindo o balanço nitrogenado do corpo; calcula-se a quantidade de nitrogênio ingerido (proteína ingerida em um dia) e calcula-se a quantidade de nitrogenio excretada na urina. Acontece que essa técnica pode subestimar a quantidade mínima de proteína pois não leva em conta a atividade atlética realizada e não leva em conta os efeitos anabólicos de uma ingestão maior de proteínas.

Nas palavras dos autores: "Na verdade, uma abundancia de estudos indica que os indivíduos engajados em atividades físicas requerem níveis maiores de ingestão proteica do que os 0,8grsproteina/kgs peso/ dia, independente do tipo de exercicio ou de sua condição física."

O estudo finaliza essa parte dizendo que atletas que treinam com peso devem consumir 2,0 gramas de proteína pro quilo de peso por dia e que a ingestão abaixo deste nível pode ser prejudicial, pois levaria a uma recuperação inadequada.

Consumir proteína acima da recomendação da OMS é seguro?

O maior mito e o maior erro sobre o consumo de proteínas é dizer que o consumo continuo e elevado de proteína é prejudicial aos rins e que pode causar perda de cálcio nos ossos, aumentando as chances de osteoporose.

Sempre que alguém de fora do meu circulo de amigos ou familiares me conhece e fica sabendo que costumo consumir 800-1000grs de carne ou frango por dia, ela começa a me dar sugestões e conselhos do tipo: "Cuidado, não coma tanta proteína." "Proteina demais faz mal!" "Você vai ter problemas nos rins se continuar fazendo isso."

O consenso geral é esse. Proteína demais vai te matar. Vai te causar problemas irreversíveis nos rins. Inclusive nutricionistas e médicos ainda dizem isso. Segundo Stalin, uma mentira dita mil vezes torna-se uma verdade. Com tanta gente dizendo que comer muita proteína faz mal, todos aqueles que estão de fora do esporte, que não estão ligados tão diretamente ao ramo da musculação acabam tendo a certeza de que isso é verdade.

Mas e se todos estiverem certos? E se o consumo elevado de proteína realmente for prejudicial?

Felizmente as pesquisas mais recentes demonstram o contrario. A maioria das pesquisas que demonstram que consumir quantidades de proteína acima da recomendação da OMS podem causar problemas, utilizam como objeto de estudo pessoas ou animais com problemas renais já existentes. Por isso a única conclusão é que proteína em grande quantidade pode aumentar os problemas já existentes nos rins, e não causar problemas em pessoas saudáveis.

Além da inexistência de evidencias comprovando que o uso de proteína acima da recomendação da OMS trás problemas renais, a ISSN diz que o consumo um pouco mais alto de proteína acaba sendo benéfico á saúde pois acaba ajudando a prevenir problemas como diabetes, colesterol alto, sindrome metabólica e obesidade.

Outra preocupação antiga sobre o consumo mais alto de proteina é a perda de cálcio nos ossos o que poderia levar a osteoporose. As evidencias deste problema são encontradas em artigos com sérios erros e falhas metodológicas pedendo seu valor cientifico e credibilidade.

Todos que treinam com pesos deveriam tomar um suplemento proteíco

Agora que vimos e temos certeza que podemos e devemos consumir mais proteína para maximizar os ganhos, precisamos encontrar uma maneira de conseguir consumir toda essa proteína. Nem sempre é possível consumir a quantidade de 2,0 grs de proteína/Kg de peso corporal/ dia somente comendo carne ou ovos. Muitas vezes motivos de força maior como trabalho ou estudos nos impedem de sentar à mesa e consumir uma refeição sólida.

A conveniência é um fator chave nos suplementos a base de proteína. Pode-se levar o shake a qualquer lugar, é fácil de preparar e simples e rápido de consumir. Se, sujeira, sem demora.

Ainda existem pessoas, até médicos, dizendo que suplementos fazem mal e que se você tomar por um período de tempo elevado, com certeza vai ter problemas. Os suplementos ainda sofrem um preconceito relativamente grande e são extremamente mal-entendidos pelo grande público. Muitos os consideram como "bombas", outros consideram e tratam como remédios, mas na verdade pouca gente entende o seu funcionamento e importância dentro de um plano de treinamento.

A industria de suplementos se especializou fortemente na última década e hoje temos uma variedade imensa de produtos. Mas sem dúvida nenhuma, o suplemento número 1 , o mais primordial são os pós protéicos. Carnes vermelha ou branca têm entre 20 e 25% de proteína em relação ao peso (cru), o leite, que é um alimento tido como protéico, na verdade tem uma concentração muito baixa de proteína- apenas 3%. É bem verdade que os suplementos protéicos de maior valor biológico são derivados do leite (whey e caseina) mas a concentração deles no leite in natura é tão pequena que nem deveriaser considerada. Para se ter uma idéia, são necessários entre 200 e 300 litros de leite para produzir 900grs de whey protein de boa qualidade. Nos suplementos em pós, podemos encontrar concentrações entre 80 e 100% de proteína.

Voltando ao exemplo da minha casa, sempre que alguém vem nos visitar e vê os inúmeros potes de suplemento na cozinha, a pessoa fica espantada e novamente vêm os conselhos. Eu deveria parar com esses "remédios de engordar", essas coisas tem bomba dentro etc . Para aqueles que dependem dos pais para comprar suplementos, a coisa pode ficar pior ainda, pois os pais zelosos nem sempre compreendem e tem acesso as fontes confiáveis de informação nesta área. Para nossa satisfação e maior tranqüilidade, a ciência, através dos estudos da Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva, comprova que suplementos são eficazes, seguros e necessários para pessoas que praticam esportes como musculação.

A comissão que montou o texto encontrou e demonstrou diversos fatos importantes. Um deles é que as melhores fontes de proteína na forma de suplementos são whey (proteína do soro do leite) e caseína. Ambas as proteínas tiveram sua eficiência e superioridade comprovada através de inúmeros estudos divulgados no texto.

Segundo o texto, a ingestão de proteína em pó na forma de whey ou caseína aumenta a síntese protéica pós treino e atua positivamente no balanço nitrogenado. Ainda são destacados os efeitos positivos no sistema imunológico e na saúde de um modo geral em indivíduos que utilizam proteína em pó(suplemento a base de whey ou caseína) logo após o treino. Os estudos demonstraram o papel da whey na melhora da dor muscular tardia e no sistema imunológico quando utilizado após o treino e de forma freqüente.

As palavras dos autores: "É posição da Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva que indivíduos que se exercitam deveriam consumir proteína de alta qualidade dentro do período de tempo que compreende sua sessão de treinamento (antes, durante e depois do treino)"

Pelo que podemos ver acima, um importante órgão de pesquisas na área de nutrição esportiva formou uma comissão e coletou os mais confiáveis dados á disposição atualmente para montar um texto e deixar claro a sua posição e opinião. Neste texto a Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva firmou sua posição e aprova os seguintes termos:

•Pessoas que treinam com pesos necessitam de uma quantidade bem maior de proteína do que a recomendação da OMS.

•Uma ingestão de 2 gramas de proteína por quilo de peso corporal por dia é não somente necessário para melhorar a performance, como também totalmente seguro.

•Quando parte de uma alimentação balanceada e saudável, doses mais altas de proteína não prejudicam ou causam qualquer problemas renais ou perda óssea.

•Suplementos alimentares a base de proteína são uma forma segura, eficiente e prática para garantir que se consuma as quantidades mínimas de proteína exigidas.

Bibliografia:

International Society of Sports Nutrition position stand: protein and exercise - Campbell B.

Kreider R.B.

Ziegenfuss T.

La Bounty P.

Roberts M.

Burke D.

Landis J.

Lopez H.

Antonio J. J Int Soc Sports Nutr. 2007 Sep 26;4:8.

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Então Heart, já foi maisss que COMPROVADO que CREATINA não causa Pedra nos rins, nem nenhum outro tipo de cálculo renal ( é claro , sempre deve-se ingerir bastante água, cerca de 2~4 litros dependendo do peso do indíviduo, geralmente fica em 2L e 500)sendo essas doses fracionadas durante o dia. Beber água d+ poderia acarretar na excreção de sódio das células e isso não seria bom. Como todos nós sabemos, o sódio é bastante conhecido por reter líquido(dentro da célula ou não).

No caso da Creatina, é recomendado a alta ingestão de líquido para evitar que se acumule água FORA das células(entre os tecidos)causando aquele 'inchaço' que será temporário, pois ao descontinuar o uso da creatina, o acúmulo de água será naturalmente excretado através da urina, restando só a massa magra.

Quando falamos de proteínas, também é recomendado a alta ingestão de água(quando se faz um alto consumo delas), pois são mais difícieis de ser processadas pelo rins, devido a seu alto peso molecular e massa elevada. Uma proteína é um conjunto de no minimo 80 aminoácidos, mas sabemos que uma proteína possui muito mais que essa quantidade. Entretanto, é puro mito dizer que o excesso de proteína tbm causa pedra no rins.

Sobre os carboidratos, nunca ouvi coisa parecida. Sim, picos de insulina podem alterar a produção do ácido úrico, faz sentido..+ isso não seria o suficiente para causar pedra nos rins O_o, se fosse assim toda pessoa obesa (que devem concerteza possuir uma alta ingestão de carbos, principalmente os de alto ig, teriam pedra no rins; pois teriam de tempo em tempo picos de insulina no organismo). Comparar a creatina com isso tbm ñ tem nada a ver.

É claro que, Creatina e excesso de proteína não causam pedra no rins, + SE VC JA POSSUIR PROBLEMAS RENAIS, concerteza poderá ter complicações..principalmente com a creatina.

A única coisa que eu acredito que, em excesso, realmente gere pedra nos rins, é o Sódio...e a ingestão de água abaixo do normal. Fora isso, pra mim é tudo mito :D

Fica aí a minha opnião..

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Muito Interessante leandro , reforcou mais ainda o fato de que proteinas nao causam calculos renais desde que o individuo seja saudavel e com uma alimentacao correta , agora quanto ao fato dos carboidratos e a questao endocrina tem algo a respeito?

Achei um texto bem legal, vou colocar aqui.

ALIMENTAÇÃO E LITÍASE RENAL

Ana Paula Gines Geraldo acadêmica do curso de Nutrição da FSP/USP, estagiária em Marketing Nutricional da Nutrociencia Assessoria em Nutrologia ( www.nutrociencia.com.br)

A litíase renal ocorre com maior freqüência em indivíduos com idade mais avançada e entre homens. Em dez anos, a doença é recorrente em mais de 50 % dos pacientes (HESS 2003). A formação de cálculo renal é multifatorial (CUPPARI 2002). As causas mais comuns são as anormalidades metabólicas primárias, das quais a hipercalciúria idiopática está em 60 % dos casos. Em apenas 5 % dos casos a causa é uma doença sistêmica. Existem diversos tipos de cálculo, como mostra a tabela 1 (RIELLA e MARTINS 2001):

Tabela 1- Tipos e freqüências dos diferentes cálculos renais

Tipo

Freqüência (%)

Cálcio

70-88

Oxalato de cálcio

36-70

Fosfato de cálcio

6-20

Misto

11-31

Estruvita

6-20

Ácido úrico

6-17

Cistina

0,5-3

Miscelânea

1-4

Para que um cálculo renal se forme, é necessária a presença dos fatores promotores da litogênese. Dentre esses fatores, destacam-se: ácido úrico, cálcio, oxalato, proteínas, sódio e volume urinário reduzido. Existem também fatores inibidores da litogênese, são eles: citrato, magnésio, pirofosfato, litostatina, osteopontina, nefrocalcina, entre outros (RIELLA e MARTINS 2001). Além disso, alguns estudos evidenciaram a predisposição genética é um fator crucial na formação dos cálculos renais (TRINCHIERI 1996).

A dieta é um fator extremamente importante na formação dos cálculos renais. O tratamento da litíase renal geralmente preocupa-se com os sintomas da doença e não com as suas causas. Assim, os cuidados com a alimentação tem como objetivo prevenir ou diminuir a recorrência de litíase renal (RIELLA e MARTINS 2001). Modificações na dieta podem ser feitas conforme os diversos fatores metabólicos que contribuem para a formação dos cálculos (ex: hipercalciúria, hiperoxalúria, hipocitratúria, entre outros) (CACHAT 2004).

Cálcio

No passado, a restrição na ingestão de cálcio era recomendada devido a alta porcentagem de pacientes com recorrência de cálculos devido à hipercalciúria (CUPPARI 2002). Atualmente essa prática é aconselhável. A baixa ingestão de cálcio pode até contribuir para a formação dos cálculos. A explicação mais provável para esse mecanismo é que, na ausência de cálcio, ocorre na luz intestinal uma maior disponibilidade para que o oxalato seja absorvido. Essa maior absorção de oxalato levaria a uma maior excreção urinária deste, favorecendo a supersaturação e a formação de cristais de oxalato de cálcio. Na presença de maiores quantidades de cálcio no intestino, o oxalato liga-se a este, sendo ambos, então, excretados pelas fezes. Além disso, a baixa ingestão de cálcio pode levar à osteopenia. Já é conhecido que a excreção renal de cálcio é mantida, mesmo se esse nutriente for ingerido em quantidade insuficiente, pois o balanço negativo de cálcio pode levar à perda de massa óssea. A única situação em que é indicada a restrição de cálcio é para os pacientes com hipercalciúria absortiva tipo II (quando a mesma é comprovadamente relacionada á ingestão de cálcio) (RIELLA e MARTINS 2001).

Para indivíduos adultos, recomenda-se a ingestão de 1000 mg de cálcio por dia (CACHAT et al 2004).

Oxalato

Pequenos aumentos na concentração urinária de oxalato podem levar à saturação urinária e à conseqüente formação de cristais. Devido à sua baixa absorção intestinal, somente 10 a 15 % do oxalato urinário provêm do oxalato da alimentação. É importante correlacionar a ingestão de oxalato com a sua excreção antes de definir a orientação nutricional (RIELLA e MARTINS 2001).

O oxalato dietético está presente em muitos alimentos de origem vegetal, como o espinafre, beterraba, cacau, mandioca, feijão, café, noz, amendoim, entre outros (CUPPARI 2002). A presença de cálcio no alimento diminui a absorção intestinal do oxalato. A cocção dos alimentos reduz significantemente o teor de oxalato dos mesmos (RIELLA e MARTINS 2001). Ainda não existem estudos que comprovem que a restrição na ingestão de oxalato reduza efetivamente a ocorrência de cálculos . Sabe-se que a ingestão de cálcio exerce um efeito importante sobre a oxalúria, assim, aconselha-se que se mantenha o equilíbrio entre as ingestões de oxalato durante as refeições (CUPPARI 2002).

Ácido Ascórbico

A alta ingestão de ácido ascórbico é um outro componente que pode interferir no metabolismo do oxalato, aumentando a sua excreção (RIELLA e MARTINS 2001).

Em um estudo recente, MASSEY et al (2005), verificaram que o ácido ascórbico aumenta a oxalúria e o risco de formação de cálculos renais.

Quarenta por cento do oxalato urinário são originados do ascorbato alimentar (TRINCHIERI et al 2001).

Sódio

O sódio aumenta a chance de formação de cálculo renal devido ao seu potencial efeito de elevar a calciúria, devido a uma competição na absorção entre esses minerais no túbulo renal. Dessa forma, evitar a ingestão excessiva de sal, reduzindo a adição de cloreto de sódio nas preparações e a ingestão de alimentos ricos em sódio, é uma recomendação válida para pacientes com litíase renal (RIELLA e MARTINS 2001; CUPPARI 2002).

Proteínas

A proteína exerce efeito sobre a maioria dos parâmetros urinários envolvidos da formação dos cálculos. A ingestão elevada de proteínas de origem animal leva à hiperuricosúria devido á sobrecarga de purinas, à hiperoxalúria devido ao aumento na síntese de oxalato, e á hipocitratúria em função do aumento na reabsorção tubular de citrato. Além disso, aos proteínas animais podem induzir à a hipercalciúria causada pela maior reabsorção óssea e menor reabsorção tubular renal de cálcio. A ingestão adequada de proteínas reduz o oxalato, fosfato, cálcio e ácido úrico urinários e aumenta a excreção urinária de citrato, dessa forma, recomenda-se que o paciente com litíase renal tenha uma ingestão de 0,8 a 1,2 g/kg/dia de proteínas, sendo que 50 % dessa deve ser de alto valor biológico (CUPPARI 2002).

Purinas

Considerando-se que o produto final do metabolismo das purinas é o ácido úrico e que a hiperuricosúria em pacientes litiásicos é elevada, pacientes com litíase renal com hiperuricosúria devem evitar a ingestão de alimentos de origem animal ricos em purinas, como o bacon, fígado, rim, miolo, sardinha, bacalhau, peru, pato, ganso, galeto e mexilhão (RIELLA e MARTINS 2001, CUPPARI 2002).

Potássio

Segundo LEMMANN et al (1991), a suplementação de potássio leva a redução na excreção renal de cálcio em adultos saudáveis, reduzindo o risco de formação de cálculos.

Magnésio

Em um estudo realizado por TAYLOR et al (2005), verificou-se que a ingestão de magnésio diminui o risco para a formação de cálculos. HALL et al (2001) encontraram que a baixa ingestão de magnésio é um fator de risco para a formação dos cálculos.

Líquidos

A ingestão de líquidos elevada é uma recomendação importante para o paciente com litíase renal porque aumenta o volume urinário e diminui a concentração dos fatores de risco para a formação dos cálculos. A recomendação é que o paciente ingira 30 ml/kg/dia, de preferência água, suco de frutas (principalmente laranja e limão por terem citrato), chá de frutas, flores ou ervas (CUPPARI 2002). A ingestão de chá perto deve ser desestimulada, já que esse tipo de chá apresenta alto teor de oxalato (RIELLA e MARTINS 2001).

Carboidratos

A ingestão de carboidratos simples está relacionada à formação de cálculos por aumentar a excreção urinária de cálcio. Além disso, alguns estudos demostraram que a glicose reduz a reabsorção renal de fosfato em pacientes litiásicos, contribuindo para a hipercalciúria por meio da depleção de fosfato (RIELLA e MARTINS 2001, CUPPARI 2002).

Obesidade

A obesidade e o ganho de peso aumentam o risco para a formação de cálculos renais. Esse aumento é maior para o sexo feminino (TAYLOR et al 2005).

Referências bibliográficas

Cachat F, Barbey F, Daudon M. Medical treatment of urinary lithiasis. Rev Med Suisse Romande 2004 ;124 (8):461-4.

Cuppari L. Nutrição Clínica no Adulto. São Paulo: Manole, 2002.

Hall WD, Pettinger M, Oberman A, Watts NB, Johnson KC, Paskett ED, Limacher MC, Hays J. Dietary factors and the risk of incident kidney stones in men: new insights after 14 years of follow-up. J Am Soc Nephrol 2005; 15(12):3225-32.

Lemann J Jr, Pleuss JA, Gray RW, Hoffmann RG. Potassium administration reduces and potassium deprivation increases urinary calcium excretion in healthy adults. Kidney Int. 1991; 39(5):973-83.

Massey LK, Liebman M, Kynast-Gales AS. Ascorbate increases human oxaluria and kidney stone risk. J Nutr 2005;135 (7):1673-7.

Riella MC, Martins C. Nutrição e o Rim. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

Taylor EN, Stampfer MJ, Curhan GC. Obesity, weight gain, and the risk of kidney stones. JAMA 2005; 293(4):455-62.

Taylor EN, Stampfer MJ, Curhan GC. Risk factors for kidney stones in older women in the southern United States. Am J Med Sci. 2001 Jul;322(1):12-8.

Trinchieri A. Epidemiology of urolithiasis. Arch Ital Urol Androl 1996; 68 (4):203-49.

Trinchieri A, Mandressi A, Luongo PL, Longo G, Pisani E. The influence of diet on urinary risk factors for stone in healthy subjects and idiopathic renal calcium stone formers. Brit J Urol 1991; 67: 230-236.

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  • 3 meses depois...

Eu tenho cálculo renal (pedras nos rins)!

E vou te falar: se vc nunca teve, AGRADEÇA!!! Pq qdo a maldita da pedra resolve sair do rim.... pqp... que dor dos infernos... parece que tem alguém com a mão enfiada na suas costas e apertando seu rim! (lembra daquela cena do Indiana Jones, que um cara enfia a mao no peito de outro cara e arranca o coração dele??... então, parece que vai acontecer a mesma coisa com seu rim.... rsrsrs...)

Eu tinha uma crise, geralmente, a cada 2 anos. Mas, nos ultimos 3 meses, tive 2 crises. Uma em Outubro, no rim direito (uma pedra de 3 a 4 mm) E outra agora no fim de Novembro, do lado esquerdo (mesmo tamanhao, aprox.)

mandei a primeira para análise, e peguei o resultado essa semana: deu cálcio, oxalato, carbonato e mais um outro item que nao lembro.

A segunda tá lá em casa ainda.... tenho q voltar no médico e mandar pra análise tb.

mas, enfim, nao sei o que o médico vai falar. Todos os urologistas até hj dizem a mesma coisa: Cortar proteína, carne vermelha, etc.... Um nefrologista que passei uma vez, disse pra cortar a ingestão de qq tipo de carne! Se eu fizer isso, fudeu!... morro de fome, já que não como verduras... (to tentando começar a comer alguma coisa, aos poucos)

O interessante é que, eu comecei a tomar creatina em Julho e Whey em setembro. E em Outubro já tive uma crise e novembro outra....

Perguntei pro Uro se ele achava que isso tinha alguma coisa a ver e ele disse que não. Disse que whey nao tinha problema, e qto a creatina pediu exame de sangue para ver a tx de creatinina. O exame mostrou que deu normal: 0,9 (normal de 0,7 a 1,1). Só falou, de novo, de carne vermelha.

mas, agora com o cálculo apresentando calcio, oxalato e etc..... vamo ver o que ele vai dizer.

a incognita vai se manter.

E, é o seguinte, se eu tiver mais outras crises nos proximos meses, vou acreditar que a creatina dá uma estimulada sim!... rsrs.... Voltei a tomar semana passada, depois de umas 3 semanas de intervalo.

A discussão é boa! Vamo continuar.

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Eu tenho cálculo renal (pedras nos rins)!

E vou te falar: se vc nunca teve, AGRADEÇA!!! Pq qdo a maldita da pedra resolve sair do rim.... pqp... que dor dos infernos... parece que tem alguém com a mão enfiada na suas costas e apertando seu rim! (lembra daquela cena do Indiana Jones, que um cara enfia a mao no peito de outro cara e arranca o coração dele??... então, parece que vai acontecer a mesma coisa com seu rim.... rsrsrs...)

Eu tinha uma crise, geralmente, a cada 2 anos. Mas, nos ultimos 3 meses, tive 2 crises. Uma em Outubro, no rim direito (uma pedra de 3 a 4 mm) E outra agora no fim de Novembro, do lado esquerdo (mesmo tamanhao, aprox.)

mandei a primeira para análise, e peguei o resultado essa semana: deu cálcio, oxalato, carbonato e mais um outro item que nao lembro.

A segunda tá lá em casa ainda.... tenho q voltar no médico e mandar pra análise tb.

mas, enfim, nao sei o que o médico vai falar. Todos os urologistas até hj dizem a mesma coisa: Cortar proteína, carne vermelha, etc.... Um nefrologista que passei uma vez, disse pra cortar a ingestão de qq tipo de carne! Se eu fizer isso, fudeu!... morro de fome, já que não como verduras... (to tentando começar a comer alguma coisa, aos poucos)

O interessante é que, eu comecei a tomar creatina em Julho e Whey em setembro. E em Outubro já tive uma crise e novembro outra....

Perguntei pro Uro se ele achava que isso tinha alguma coisa a ver e ele disse que não. Disse que whey nao tinha problema, e qto a creatina pediu exame de sangue para ver a tx de creatinina. O exame mostrou que deu normal: 0,9 (normal de 0,7 a 1,1). Só falou, de novo, de carne vermelha.

mas, agora com o cálculo apresentando calcio, oxalato e etc..... vamo ver o que ele vai dizer.

a incognita vai se manter.

E, é o seguinte, se eu tiver mais outras crises nos proximos meses, vou acreditar que a creatina dá uma estimulada sim!... rsrs.... Voltei a tomar semana passada, depois de umas 3 semanas de intervalo.

A discussão é boa! Vamo continuar.

E a agua, bebe quanto por dia?

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