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Em 06/04/2025 em 15:02, vitoriacampeao2 disse:

Muito massa! Deve ser tão "terrível" quanto agachamento búlgaro rs. O ruim de ver essas coisas é que sempre dá vontade de trocar de treino toda hora. Vou guardar pra algum ano.

Eu achei bem interessante o lance da meta mínima e o componente autorregulatório. Então vai ter dia com single de 80-85% e vai ter dia com PR. Acho q o segredo é ter esse feeling. E saber que no dia seguinte tem mais facilita não se afobar e tentar PR toda hora. Eu curti a ideia.

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Em 06/04/2025 em 15:02, vitoriacampeao2 disse:

Muito massa! Deve ser tão "terrível" quanto agachamento búlgaro rs. 

Não é. Já fiz algo parecido, agachando 5x/semana entre 80~95% e é até que bem tranquilo.

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Sem Estímulo Excessivo, Sem Grindar, Sem Quebra de Técnica

É absolutamente crucial que você entenda esta seção. Na maior parte dos seus treinos, você irá trabalhar até atingir uma máxima diária.

O que não é uma máxima diária:

Uma máxima diária não é uma carga máxima real.
Não é uma repetição levada ao limite com ajuda de pré-treinos, death metal e cápsulas de amônia.
Não permite nenhuma quebra técnica. Não há espaço para “foi feio, mas subiu”.
Não deve ser uma grindada, a menos que você já esteja no programa HFHI há pelo menos alguns meses e consiga manter a forma perfeita mesmo em repetições grindadas.

O que é uma máxima diária:

É a carga mais pesada que você consegue levantar sem nenhum estímulo psicológico e sem qualquer alteração técnica.
Você não deve precisar de estimulantes, música ou se empolgar antes da tentativa.
Você deve ter certeza absoluta de que vai conseguir o levantamento antes mesmo de tocar na barra.
Se precisar parar e pensar se consegue, está muito pesado.

Se muitas das suas máximas diárias começarem a se parecer com cargas máximas reais, isso aumenta o risco de desgaste físico (devido à quebra de técnica) e mental (devido ao excesso de estímulo psicológico).

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O Efeito Superman

Foi assim que eu, pessoalmente, utilizei o treino HIHF (alta intensidade e alta frequência) pela primeira vez em uma fase extremamente produtiva. Essa variação também foi usada com ótimos resultados por outros atletas, como Gabe Malone e John Phung (embora eu acredite que John tenha reduzido um pouco a frequência ultimamente). Sabe o que é divertido? Quebrar recordes pessoais (PRs). Sabe o que é ainda mais divertido? Quebrar PRs quase todo dia.

 

Nessa variação do treino HIHF, em vez de apenas buscar uma máxima diária, você tenta bater um PR todos os dias. Claro que não dá pra ser um PR de 1RM no seu lift principal todo dia — senão, assumindo PRs de 2,5 kg, você adicionaria mais de 900 kg ao longo do ano em cada lift.

 

A ideia é ampliar a seleção de exercícios, permitindo variações próximas dos seus levantamentos de competição, e estabelecer PRs em mais do que apenas singles. Por exemplo, você pode acompanhar seus PRs de 1RM, 2RM, 3RM, 5RM e 8RM para:

  • agachamento barra baixa

  • agachamento barra alta

  • agachamento com pausa

  • agachamento sem cinto

  • supino com pausa

  • supino touch-and-go

  • supino pegada fechada

  • supino com os pés suspensos

Isso já te dá 20 possibilidades diferentes de PRs para agachamento e supino.

 

Ao ir treinar, escolha algum PR antigo que você acredita conseguir superar — e provavelmente conseguirá em pelo menos 80% das vezes. Se treinar 5 vezes por semana, com uma taxa de sucesso de 80%, são 32 novos PRs por mês.

 

A maioria das pessoas que tenta esse estilo de treino simplesmente se apaixona por ele. É isso que eu chamo de Efeito Superman: quase toda vez que você entra na academia, você está avançando.

 

Isso também é útil para quem tem dificuldade psicológica com a oscilação nas cargas das máximas diárias, ou que sente que não vale a pena treinar quando não consegue uma boa carga. Mesmo em um dia ruim, é provável que exista algum PR que foi estabelecido há mais de um mês e que está pronto para ser quebrado.

 

Quebrar PRs, mesmo que sejam "PRs fáceis", em dias ruins pode te fazer se sentir invencível. Essa confiança adquirida ajuda, na minha experiência, a minimizar a fadiga psicológica que acompanha treinos com repetições próximas da falha (já que essa fadiga central é tanto perceptiva quanto física). Muitas pessoas conseguem se esforçar mais e usar mais excitação para bater PRs de repetições do que conseguiriam com as máximas diárias.

 

Para que essa abordagem funcione, você precisa encontrar o número ideal de PRs possíveis para acompanhar. Se você tem 20 PRs de variações de agachamento e bate todos eles no mês, é praticamente certo que sua carga máxima aumentou ao menos 2,5 kg. Porém, conforme o progresso desacelera, pode ser que você quebre menos PRs mesmo com essas 20 variações. Nesse caso, adicionar uma nova variação ou passar a contar um 6RM ou 10RM pode ajudar a manter a frequência de PRs e recuperar confiança. Mas, se tiver PRs demais, fica difícil saber se está realmente progredindo. Se você tiver 50 possíveis PRs, pode quebrar PRs por dois meses seguidos sem de fato melhorar seu 1RM ou 3RM nos levantamentos principais.

 

Para quem está começando no HIHF, recomendo iniciar com a versão tradicional de máximas diárias, já que essa variação pode ser muito viciante e acabar levando a forçar mais do que o ideal antes de se adaptar completamente ao método.

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Relação Custo-Benefício de Fazer Mais Trabalho por Sessão

Se você já leu qualquer coisa sobre treino com alta frequência, deve ter ouvido que ele pode ser mais eficiente do ponto de vista do tempo total gasto. Isso geralmente é verdade, mas nem sempre.

 

Se você só pode treinar uma vez por semana, você terá que fazer todo o volume necessário naquela única sessão. E, conforme o treino avança, isso vai ficando cada vez mais desgastante.

 

Abaixo está um gráfico mostrando como o volume pode ser distribuído quando se treina uma vez por semana. Note como a fadiga aumenta com o tempo, enquanto o estímulo diminui:

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  • O volume começa com alto estímulo e baixa fadiga, mas conforme você continua treinando, a fadiga sobe enquanto o estímulo efetivo cai.

  • Eventualmente, o custo (em termos de fadiga, tempo e estresse) começa a ultrapassar o benefício.



Agora compare isso com duas sessões por semana. Com mais frequência, você consegue dividir o volume, resultando em sessões mais leves e melhor distribuição do estímulo ao longo da semana:

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  • Com dois treinos, é possível atingir o mesmo volume total semanal, mas cada sessão tem menos fadiga acumulada.

  • Isso aumenta o custo-benefício de cada série realizada.


 

Agora veja o que acontece quando você treina quase todos os dias, mantendo o volume constante:

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  • Cada sessão é curta e gera pouca fadiga.

  • O estímulo por série é alto, e o custo (em fadiga e desgaste geral) é baixo.

  • Isso faz com que o treinamento diário, com volume bem distribuído, seja extremamente eficiente.


 

Resumo da ideia: quanto mais você distribui seu volume ao longo da semana, mais eficiente ele se torna. Cada série traz mais benefício e menos fadiga. Isso torna possível treinar com mais qualidade e maior frequência, sem se desgastar tanto.

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