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Creatina: Sinal Verda


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Oi galera! Segue uma reportagem a respeito da creatina.

Data: junho de 2010

Revista Corpo a corpo.

Creatina: tá liberada

Após incansáveis discussões entre a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a indústria de suplementos alimentares e o setor acadêmico, o debate chegou ao fim. Finalmente, a creatina teve a sua comercialização liberada no Brasil como suplemento para atletas e deixou de ser considerada um medicamento tarjado e controlado por receita médica. Mas o seu consumo ainda gera polêmica. Seus defensores alegam que a substância dá mais pilha para os músculos e aumenta o muque. Lembram até que vários atletas já recorreram a essa espécie de, digamos, combustível, e não tiveram prejuízos para a saúde.

“O jogador Kaká, por exemplo, usou creatina em 2002 e não sofreu efeito colateral algum. Muito pelo contrário, ganhou massa muscular e melhorou seu desempenho”, lembra Turíbio Leite de Barros Neto, fisiologista do São Paulo e coordenador do Centro de Medicina Esportiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Outros, porém, acreditam que o consumo deve ser bem controlado, porque o excesso pode trazer sérias consequências para o organismo. Para tirar essa história a limpo, pedimos aos maiores especialistas sobre o assunto que esclarecessem todas as dúvidas. Acompanhe!

O que é a creatina?

R. “É um composto produzido naturalmente pelo nosso organismo para fornecer a energia necessária aos nossos músculos. Ela é produzida pelo fígado e, em seguida, levada pelo sangue para as células dos músculos, onde é convertida em fosfato de creatina. Lá, ela fica armazenada para ser ‘queimada’ durante a atividade física”, explica Regina Mestre, nutróloga (RJ).

Ela pode ser encontrada nos alimentos?

R. Sim, principalmente na carne vermelha e no peixe. E agora tem seu consumo liberado como suplemento, na forma de xarope ou pó.

Mas se ela é encontrada nos alimentos, por que consumi-la em suplementos?

R. A nutricionista Silvia Mantovani (SP) esclarece a questão: “dosagem ideal de creatina varia de 3 a 5 gramas por dia e nenhum alimento é rico o suficiente para fornecer essa quantidade. Ppara se ter uma ideia, 1 quilo de carne fornece apenas 4 gramas de creatina. Portanto, para melhorar o desempenho de atletas, é necessária a suplementação”.

Como ela age no organismo?

R. Para entender, é preciso compreender o mecanismo de uma molécula chamada ATP (adenosina trifosfato). “Quando nossos músculos precisam de energia para fazer algum movimento, um desses três fosfatos é utilizado. A função da creatina é recuperar esse fosfato para formar um novo ATP. Ela favorece rapidamente a recuperação desse combustível muscular”, explica Carlos Simeão Júnior, treinador da Body Systems e nutricionista da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Por isso, a creatina é indicada para esportes de explosão, como atletismo.

Então ela não faz efeito para quem pratica atividades de resistência, como a corrida?

R. A suplementação com creatina não é eficiente para as atividades de longa duração. “substância pode causar retenção de água e aumento no peso. E para maratonistas e triatletas, por exemplo, carregar mais peso pode ser um problema”, explica Júlio Tirapegui.

Quem frequenta a academia diariamente pode consumir o suplemento?

R. Não. Maria Cecília Britto, diretora da Anvisa (DF), alerta que o consumo deve ser restrito aos atletas profissionais, que praticam exercícios de alta intensidade. “Os demais devem seguir uma dieta balanceada e diversificada, suficiente para atender às necessidades nutricionais”, explica Maria Cecília Britto.

É verdade que ela aumenta a massa muscular em poucas semanas?

R. “É possível, mas varia de pessoa para pessoa. É preciso considerar o organismo e o treino que está sendo realizado”, explica o fisiologista Turíbio Leite.

A creatina provoca um inchaço do músculo?

R. A creatina consumida sob orientação de um nutricionista, acompanhada de alimentação balanceada e treino, pode aumentar a musculatura. “Ela dá mais resistência muscular, o treino fica mais pesado e há uma hipertrofia. Mas se for consumida em excesso, haverá retenção de líquidos (o que nenhuma mulher gosta) e inchaço dos músculos”, alerta Aalessandra Caviglia, nutricionista da academia Cia. Athletica (SP).

Ela pode causar outros efeitos colaterais?

R. Sim. Seu uso prolongado pode causar problemas no fígado e nos rins, órgãos que metabolizam a creatina e a removem do organismo. “Em uma sobrecarga de creatina, tanto pela dosagem alta quanto pela não necessidade do seu uso, esses órgãos ficam sobrecarregados, o que pode gerar insuficiência hepática e renal”, alerta Jomar Souza, especialista em Medicina do Exercício e do Esporte e Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME).

Como o suplemento é consumido?

R. Ele é encontrado na forma de pó ou xarope. Segundo o bioquímico Júlio Tirapegui, a dosagem inicial é de 20 ou 30 gramas por dia, nos nove primeiros dias. O que representa um aumento de 25% nos níveis de creatina muscular — muito superiores à quantidade que seria normalmente ingerida. Aa partir daí o consumo passa para 2 a 3 gramas por dia, durante dois meses e meio. Mas deve ser sempre consumida com orientação de um profissional da área de saúde.

Quem pode consumi-la?

R. “Apenas atletas profissionais, já que ela favorece o desempenho em atividades de força e também em esportes que necessitam de explosão muscular”, explica Júlio Tirapegui, bioquímico e professor da Universidade de São Paulo (USP) e um dos pesquisadores que participaram da consulta pública da Aanvisa. “Aproximadamente 95% da quantidade total de creatina que temos em nosso corpo é armazenada nos músculos com fibras de contração rápida. Por isso, sua ação é eficiente somente em exercícios de curta duração e de grande intensidade, como corridas de 100 metros e natação de 50 metros, onde existe a necessidade do praticante fazer uma reposição rápida de energia”, alerta o bioquímico.

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Eu achei ridícula, principalmente da parte da diretora da Anvisa na insistência de dizer que creatina é apenas para atletas profissionais. As perguntas certas incluiriam:

"O que desqualifica um atleta que não atua como profissional em seu esporte ao uso da creatina?"

"Um atleta deve esperar ser profissional para somente após este reconhecimento fazer uso dela?"

Ou até mesmo perguntar: "Você acha possível uma dieta balanceada consumindo 1,25kg de carne vermelha por dia?"

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  • Supermoderador

Ela pode causar outros efeitos colaterais?

R. Sim. Seu uso prolongado pode causar problemas no fígado e nos rins, órgãos que metabolizam a creatina e a removem do organismo. “Em uma sobrecarga de creatina, tanto pela dosagem alta quanto pela não necessidade do seu uso, esses órgãos ficam sobrecarregados, o que pode gerar insuficiência hepática e renal”, alerta Jomar Souza, especialista em Medicina do Exercício e do Esporte e Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME).

Adoro quando falam isso, pois nunca falam o detalhe mais importante: se a pessoa já tiver algum histórico de problemas renais ou no figado, é possível que cause problemas. Se não tiver e tomar certo, não acontece nada.

Vide uma das pesquisas de consumo de longo termo de creatina aonde mostra que não afeta significativamente a saude da pessoa: http://esnl.tamu.edu/Publications/MCB244-95-104-03.pdf

Bom, mas tem profissionais que sempre ignoram pesquisas, nao sei porque...

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O pessoal tem que entender que existe a palavra chamada RESPONSABILIDADE!!

Eles são PROFISSIONAIS..não podem sair apregoando uso indiscriminado de quaisquer substantancia...

Engraçado, quando eu ia ao médico com alguma coisa que ele "diagnosticava" virose, lembro se sempre receitarem paracetamol... substância que mais que comprovada em pesquisas ser extremamente nociva ao fígado, e apesar de ser verdade científica nenhum alerta órgãos como a Anvisa faz, e eu aposto que o número de pessoas que adquirem "virose" é muito maior que as pessoas que cogitam fazer uso da creatina. Quanto a creativa o que se tem é apenas a crença de que pode o mau uso ser nocivo, mas nocivo qualquer coisa é sob mau uso, inclusive água. Depois de séculos, Paracelso mantém uma verdade: "A diferença entre o veneno e o remédio é apesas a sua dosagem".

Não acho nada profissional alguém que se baseia na ideologia ao invés das evidências.

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  • Supermoderador

Engraçado, quando eu ia ao médico com alguma coisa que ele "diagnosticava" virose, lembro se sempre receitarem paracetamol... substância que mais que comprovada em pesquisas ser extremamente nociva ao fígado, e apesar de ser verdade científica nenhum alerta órgãos como a Anvisa faz, e eu aposto que o número de pessoas que adquirem "virose" é muito maior que as pessoas que cogitam fazer uso da creatina. Quanto a creativa o que se tem é apenas a crença de que pode o mau uso ser nocivo, mas nocivo qualquer coisa é sob mau uso, inclusive água. Depois de séculos, Paracelso mantém uma verdade: "A diferença entre o veneno e o remédio é apesas a sua dosagem".

Não acho nada profissional alguém que se baseia na ideologia ao invés das evidências.

É por ai mesmo que eu acho.

Sem contar que pegar a pior situação possivel (no caso "problemas no figado e rim") e falar como se fosse algo comum, sendo que para acontecer é meio raro (só se a pessoa já tiver problemas ou exagerar nas doses por bastante tempo). Acho que a Anvisa da curso para alguns medicos de "como ignorar todas as pesquisas já feitas internacionais e só comecar a botar fé uns 30 anos depois" :lol:

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Ele não afirmou nada.

ou você acha que o cara ia perder o tempo dele defendendo uma tese que seria publicada na revista corpo a corpo?

Ela pode causar outros efeitos colaterais?

R. Sim. Seu uso prolongado pode causar problemas no fígado e nos rins.

e sobre o amigo ai que exemplificou o paracetamol. Ninguem toma paracetamol o ano inteiro para ser algo nocivo ao rim.

ja a creatina...

Editado por felipemush
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  • Supermoderador

ja a creatina...

é raro afetar o rim em uso prolongado (desconsiderando pessoas que já tem problemas ou não usaram na dosagem certa).

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12500988

The purpose of this study was to determine the effect of long-term Cr supplementation on blood parameters reflecting liver and kidney function. Twenty-three members of an NCAA Division II American football team (ages = 19-24 years) with at least 2 years of strength training experience were divided into a Cr monohydrate group (CrM, n = 10) in which they voluntarily and spontaneously ingested creatine, and a control group (n = 13) in which they took no supplements. Individuals in the CrM group averaged regular daily consumption of 5 to 20 g (mean SD = 13.9 5.8 g) for 0.25 to 5.6 years (2.9 1.8 years). Venous blood analysis for serum albumin, alkaline phosphatase, alanine aminotransferase, aspartate aminotransferase, bilirubin, urea, and creatinine produced no significant differences between groups. Creatinine clearance was estimated from serum creatinine and was not significantly different between groups. Within the CrM group, correlations between all blood parameters and either daily dosage or duration of supplementation were nonsignificant. Therefore, it appears that oral supplementation with CrM has no long-term detrimental effects on kidney or liver functions in highly trained college athletes in the absence of other nutritional supplements.

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12701816

Creatine has been reported to be an effective ergogenic aid for athletes. However, concerns have been raised regarding the long-term safety of creatine supplementation. This study examined the effects of long-term creatine supplementation on a 69-item panel of serum, whole blood, and urinary markers of clinical health status in athletes. Over a 21-month period, 98 Division IA college football players were administered in an open label manner creatine or non-creatine containing supplements following training sessions. Subjects who ingested creatine were administered 15.75 g/day of creatine monohydrate for 5 days and an average of 5 g/day thereafter in 5-10 g/day doses. Fasting blood and 24-h urine samples were collected at 0, 1, 1.5, 4, 6, 10, 12, 17, and 21 months of training. A comprehensive quantitative clinical chemistry panel was determined on serum and whole blood samples (metabolic markers, muscle and liver enzymes, electrolytes, lipid profiles, hematological markers, and lymphocytes). In addition, urine samples were quantitatively and qualitative analyzed to assess clinical status and renal function. At the end of the study, subjects were categorized into groups that did not take creatine (n = 44) and subjects who took creatine for 0-6 months (mean 4.4 +/- 1.8 months, n = 12), 7-12 months (mean 9.3 +/- 2.0 months, n = 25), and 12-21 months (mean 19.3 +/- 2.4 months, n = 17). Baseline and the subjects' final blood and urine samples were analyzed by MANOVA and 2 x 2 repeated measures ANOVA univariate tests. MANOVA revealed no significant differences (p = 0.51) among groups in the 54-item panel of quantitative blood and urine markers assessed. Univariate analysis revealed no clinically significant interactions among groups in markers of clinical status. In addition, no apparent differences were observed among groups in the 15-item panel of qualitative urine markers. Results indicate that long-term creatine supplementation (up to 21-months) does not appear to adversely effect markers of health status in athletes undergoing intense training in comparison to athletes who do not take creatine.

http://www.racquetballcentral.com/pdf/creat150.pdf

Eu ainda acho errado o jeito que o cara afirmou sobre a creatina poder causar efeitos colaterais, só por não ter dito se é algo frequente ou não estes efeitos acontecerem.

Por mais que fosse para uma revista tipo a corpo a corpo, eu acho que a omissão de informações (sendo elas relevantes) faz com que o cara passe por desinformado no assunto

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