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Posso comer carne moída todas os dias a risco para saúde ?


Douglas bodybuilder
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Em 19/01/2023 em 15:20, Super Ogro disse:

Mas então, a resposta é que o excesso sim, faz mal, aumentando o risco de câncer colorretal e problemas cardiovasculares, mas não por ser moída e sim por ser carne vermelha. A OMS é ainda mais restritiva que o NHS e recomenda, como estratégia pra prevenir essas doenças, limitar o consumo semanal a 300 g, 3 porções de 100 g na semana.

 

Mas não foi essa a pergunta, ta gastando sua militancia a toa, agora responda a pergunta que foi feita, carne em pedaço é melhor que carne moída para a saude?

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Em 19/01/2023 em 15:24, Dougwar disse:

Mas não foi essa a pergunta, ta gastando sua militancia a toa, agora responda a pergunta que foi feita, carne em pedaço é melhor que carne moída para a saude?

Militância? Tá bom, bicho...

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O que eu acho sobre carne moída é o que os colegas comentaram mesmo: se comprada pronta parece ser complicado até pra contar macros. Melhor moer em casa.

 

Já sobre a carne vermelha eu acho um assunto polêmico. A Annals of Internal Medicine publicou um conjunto de revisões onde demonstrou que não há correlação significativa entre carne vermelha e riscos metabólicos tampouco câncer.

 

"Low- to very-low-certainty evidence suggests thatdiets restricted in red meat may have little or no effect on major cardiometabolic outcomes and cancer mortality and incidence" --> doi:10.7326/M19-0622

 

"The magnitude of association between red and processed meat consumption and all-cause mortality and adverse cardiometabolic outcomes is very small, and the evidence
is of low certainty." --> doi:10.7326/M19-0655

 

"The possible absolute effects of red and processed meat consumption on cancer mortality and incidence are very small, and the certainty of evidence is low to very low." --> doi:10.7326/M19-0699

 

Tem mais, porém estes três já trazem uma mensagem forte.

Eu acho o assunto polêmico porque estas revisões são de 2019 e as guidelines foram publicadas com as mesmas e antigas recomendações. Enfim, isso é um terreno fértil para os conspiracionistas.

 

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Em 19/01/2023 em 15:20, Super Ogro disse:

Eu percebo o asco ao veganismo pela frase, mas a proposta não é que as pessoas se tornem veganas, só que consumam carne (especialmente vermelha, e mais ainda processada) com mais moderação e parcimônia. Substituir carne vermelha por de frango já reduz o impacto ambiental absurdamente, vi um pesquisador afirmando que, pra cada indivíduo, essa troca equivale a deixar de rodar anualmente 6 mil km de carro, em termos de emissões. E, do ponto de vista ético, me parece que o sofrimento que um boi ou porco sentem é muito mais próximo ao nosso do que o de uma galinha, mas entendo que nem todos gostem de animais ou empatizem com essa questão.

 

"vi um pesquisador afirmando que, pra cada indivíduo, essa troca equivale a deixar de rodar anualmente 6 mil km de carro, em termos de emissões."

"E, do ponto de vista ético, me parece que o sofrimento que um boi ou porco sentem é muito mais próximo ao nosso do que o de uma galinha"

"mas entendo que nem todos gostem de animais ou empatizem com essa questão."

 

Engraçado você julgar argumentos ruins e apresentar esses, digo engraçado para não dizer desprezível.

Primeiro que essa afirmação do tal "pesquisador" é completamente nonsense, quantas variáveis estão envolvidas nesse processo para tal afirmação fazer sentido? É no mínimo cômico. kkkkkkkkk

 

Ai entra o SEU ponto de vista "ético" afirmando que você é um empata ao sofrimento animal, entretanto FODA-SE as galinhas pois o sofrimento delas (segundo o seu pre julgamento) não se assemelha ao de um ser humano. Preciso dizer o quanto dá pra levar essa frase a sério? Um boi entra no abatedouro e em menos de 10 segundos está morto por conta de um pistão enfiado no cérebro dele, já os frangos tem suas cabeças degoladas, vivem expostos à luz para acelerar seu crescimento, um ambiente completamente estressante e se não bastasse, à base de hormônios. 

 

Poxa amigo, vamos lá vai, já vi alguns comentários seus mais sensatos e crédulos que esse, se quiser debater seu ponto de vista sobre determinado assunto, se esforce para termos um diálogo decente.

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@VecchioMuito interessante, vou dar uma olhada mais tarde. Existe um enorme lobby econômico a favor da produção e consumo de carne, então temos que interpretar os estudos e evidências com bastante cautela, né. Tem o exemplo do lobby tabagista, que produziu dezenas de artigos científicos (fraudados, claro) apontando os supostos benefícios e ausência de prejuízos do cigarro. Como leigo, geralmente prefiro me ater às recomendações das sociedades médicas e institutos nacionais de saúde, ciente de que essas podem ter suas falhas e estão em constante revisão. De cara, me chama a atenção que as conclusões apontam baixa ou pouca evidência, o que é diferente de apontar a ausência de evidências.
 

Em 19/01/2023 em 15:33, AlemãoVazquez disse:

Engraçado você julgar argumentos ruins e apresentar esses, digo engraçado para não dizer desprezível.

O que tem de ruim ou desprezível?

 

Em 19/01/2023 em 15:33, AlemãoVazquez disse:

Primeiro que essa afirmação do tal "pesquisador" é completamente nonsense

O "pesquisador" que disse foi o PhD Diego Rose, diretor do programa de Nutrição da Tulane University, em entrevista à National Geographic em 2019. Pode conferir aqui: https://www.nationalgeographic.com/environment/article/choosing-chicken-over-beef-cuts-carbon-footprint-surprising-amount

 

Em 19/01/2023 em 15:33, AlemãoVazquez disse:

quantas variáveis estão envolvidas nesse processo para tal afirmação fazer sentido? É no mínimo cômico. kkkkkkkkk

Muitas variáveis estão envolvidas, acredito que o Diego tenha considerado todas as conhecidas. O que tem de cômico? Sem querer ser sarcástico, não sei qual a tua área de formação, mas de repente você pode elaborar melhor as críticas e escrever um e-mail pro Diego, professores geralmente são solícitos na resposta de e-mails.
 

Em 19/01/2023 em 15:33, AlemãoVazquez disse:

Ai entra o SEU ponto de vista "ético" afirmando que você é um empata ao sofrimento animal, entretanto FODA-SE as galinhas pois o sofrimento delas (segundo o seu pre julgamento) não se assemelha ao de um ser humano.

Sim, é um princípio ético bastante fundamental, quanto maior a proximidade a você, maior a empatia e o grau que atribuímos de importância. Você se importa mais com você mesmo do que com seu vizinho; com a sua família mais do que com as outras famílias; com os seus pets mais do que os outros animais; com os animais mais parecidos com você do que com os menos; com os animais de forma geral do que com as plantas. Nessa ordem. Não é "foda-se as galinhas", é "entre escolher um animal mais parecido comigo para criar e abater e um menos parecido, prefiro um menos parecido".

 

Em 19/01/2023 em 15:33, AlemãoVazquez disse:

Um boi entra no abatedouro e em menos de 10 segundos está morto por conta de um pistão enfiado no cérebro dele, já os frangos tem suas cabeças degoladas, vivem expostos à luz para acelerar seu crescimento, um ambiente completamente estressante e se não bastasse, à base de hormônios. 

Existem métodos de criação absurdamente cruéis tanto pra boi quanto pra frango. Tem frango que é criado solto e abatido rápido, tem gado que é criado confinado e tem abate merda. Isso aí tem que olhar estudos pra decidir qual das criações está mais merda no momento. Ah, uso de hormônios é proibido e não é feito no Brasil, inviável prática e economicamente. O frango que criamos já foi selecionado até o limite pra ser uma bomba hormonal natural. Tem um vídeo bem bom do canal Meteoro sobre essa história:

 

Em 19/01/2023 em 15:33, AlemãoVazquez disse:

Poxa amigo, vamos lá vai, já vi alguns comentários seus mais sensatos e crédulos que esse, se quiser debater seu ponto de vista sobre determinado assunto, se esforce para termos um diálogo decente.

Respondi as tuas colocações tentando ignorar as tiradas provocações (o "pesquisador" entre aspas, o "argumento desprezível", o "kkkkkk" e até esse final de "você já deu bons argumentos, melhore"), acho que isso não agrega nada. Percebi que você levou a mal os argumentos anteriores e ficou incomodado, não é minha intenção e espero que isso não se repita.

Editado por Super Ogro
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  • Supermoderador
Em 19/01/2023 em 15:53, Super Ogro disse:

@VecchioMuito interessante, vou dar uma olhada mais tarde. Existe um enorme lobby econômico a favor da produção e consumo de carne, então temos que interpretar os estudos e evidências com bastante cautela, né. Tem o exemplo do lobby tabagista, que produziu dezenas de artigos científicos (fraudados, claro) apontando os supostos benefícios e ausência de prejuízos do cigarro.

Acontecia e acontece muito, a gente tem que ficar com um pé atrás de quem financia a pesquisa mas não automaticamente ignorar/desaprovar a pesquisa também.

 

Em tese, se a metodologia for boa/bem controlada, o resultado "mais certeiro vai vim" independente de quem botou dinheiro em cima. ---> Isso me lembra muito quando Gary Taubes (reporter "científico" vendedor de livro anti-acucar/carbo) financiou uma pesquisa para provar que a tese dele (obesidade é induzida apenas pelo liberacao de insulina vinda de carbo...) e a pesquisa mostrou o contrário....e ai ele demitiu os pesquisadores e hoje em dia trabalha com o pesquisador Ludwig que sempre "faz pesquisa" pra provar que essa tese esta certa....

 

Em 19/01/2023 em 15:53, Super Ogro disse:

 

Como leigo, geralmente prefiro me ater às recomendações das sociedades médicas e institutos nacionais de saúde, ciente de que essas podem ter suas falhas e estão em constante revisão.

É importante sem dúvidas seguir algum "guia" como esses citados, infinitamente melhor do que a maioria do pessoal do insta, tiktok e whats fazem hoje em dia  de seguir qlq um com curso do udemy que se diz terapeuta holistico/integrado/naturalista, coach, etc.

 

Tendo isso dito, as sociedades, etc tendem (e precisam) jogar mais no lado seguro do "na dúvida, faça/coma/consuma menos de xyz" já que eles são um "norte" pra todo tipo de gente com todo tipo de problema de saúde.

 

Em 19/01/2023 em 15:53, Super Ogro disse:

De cara, me chama a atenção que as conclusões apontam baixa ou pouca evidência, o que é diferente de apontar a ausência de evidências.

entao, não pode ter realmente 100% ou 0% em pesquisa médica, nutricional, etc pois sempre existe alguma pesquisa de baixa qualidade no meio, % de erro em estatística, amostra ruim, etc. Se a maioria das pesquisas do mesmo tipo e mesma qualidade apontam em uma direção, ai os cientistas com mais noção costumam concluir haver "muita/pouca evidência" mas nunca em palavras absolutas.

Editado por krebz
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As evidências contrárias ao consumo de carne são muito fracas e tem uma relação muito grande com estilo de vida. Muitos comedores de carne tem estilo de vida sedentário, fumam, etc. Então tem essa cofator aí que prejudica as conclusões dos estudos, tanto que tem diversos estudos mais atuais mostrando isso.

 

Tem alguns estudos recentes que mostram bem como o consumo de carne, quando associado ao consumo concomitante de vegetais, não tem risco à saúde. Ou seja, coma sua carne com brócolis, batata, pimentão, cenoura, etc. Mas basicamente o que isso mostra é que se o estilo de vida for mais ativo e a alimentação mais rica em vegetais, frutas, etc., tá tudo ok.

 

Enfim, "um pouco de droga, um pouco de salada" e tá tudo certo ;) 

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Em 19/01/2023 em 16:17, krebz disse:

Acontecia e acontece muito, a gente tem que ficar com um pé atrás de quem financia a pesquisa mas não automaticamente ignorar/desaprovar a pesquisa também.

 

Em tese, se a metodologia for boa/bem controlada, o resultado "mais certeiro vai vim" independente de quem botou dinheiro em cima. ---> Isso me lembra muito quando Gary Taubes (reporter "científico" vendedor de livro anti-acucar/carbo) financiou uma pesquisa para provar que a tese dele (obesidade é induzida apenas pelo liberacao de insulina vinda de carbo...) e a pesquisa mostrou o contrário....e ai ele demitiu os pesquisadores e hoje em dia trabalha com o pesquisador Ludwig que sempre "faz pesquisa" pra provar que essa tese esta certa....

 

É importante sem dúvidas seguir algum "guia" como esses citados, infinitamente melhor do que a maioria do pessoal do insta, tiktok e whats fazem hoje em dia  de seguir qlq um com curso do udemy que se diz terapeuta holistico/integrado/naturalista, coach, etc.

 

entao, não pode ter realmente 100% ou 0% em pesquisa médica, nutricional, etc pois sempre existe alguma pesquisa de baixa qualidade no meio, % de erro em estatística, amostra ruim, etc. Se a maioria das pesquisas do mesmo tipo e mesma qualidade apontam em uma direção, ai os cientistas com mais noção costumam concluir haver "muita/pouca evidência" mas nunca em palavras absolutas.

Concordo com todas as colocações. Em termos de sabor eu sou fã pra caralho de carne, preferiria que ela fosse a opção mais saudável e que o impacto necessário à produção fosse o menor possível. Em termos nutricionais eu sou leigo e portanto não estou em posição de defender qualquer das afirmações (que são, basicamente, "faz mal acima de certa quantidade, que é baixa" - OMS, NHS, sociedades de cardiologia, etc. -, e algo como "combinado a uma alimentação e estilo de vida saudáveis, não faz mal ou faz muito pouco mal"). Do ponto de vista ambiental, infelizmente, entendo o tamanho do estrago e sei que não é pouco.
 

Em 19/01/2023 em 16:18, Schrödinger disse:

As evidências contrárias ao consumo de carne são muito fracas

Sem limite de quantidade, no caso? Poderia bater toda a proteína ou perto disso só a base de carne vermelha e sem prejuízos à saúde?
 

Em 19/01/2023 em 16:18, Schrödinger disse:

e tem uma relação muito grande com estilo de vida. Muitos comedores de carne tem estilo de vida sedentário, fumam, etc. Então tem essa cofator aí que prejudica as conclusões dos estudos

Essas são as "variáveis de confusão" e todos os artigos científicos decentes se atentam a isso e adotam abordagens estatísticas pra contornar, ou não? Por exemplo, vão comparar o cara que fuma e come carne com outro que fuma e não come, o cara que é sedentário e come carne com o que não come, o atlético que come ou não e assim sucessivamente. Quem cai em extremos (obeso mórbido, alcoólatra, cara que fuma 3 maços por dia, etc.) pode ser excluído pra não atrapalhar. Ou não? No caso do tabagismo e alcoolismo também tem inúmeras dessas variáveis de confusão, mas independentemente disso já determinamos com clareza que são substâncias bastante nocivas.

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Em 19/01/2023 em 16:30, Super Ogro disse:

Essas são as "variáveis de confusão" e todos os artigos científicos decentes se atentam a isso e adotam abordagens estatísticas pra contornar, ou não?

E os melhores mais atuais estudos estão justamente apontando que as evidências são fracas por isso.

 

Em 19/01/2023 em 16:30, Super Ogro disse:

Sem limite de quantidade, no caso? Poderia bater toda a proteína ou perto disso só a base de carne vermelha e sem prejuízos à saúde?

Aqui provavelmente seja necessário algum nível de atenção quanto às gorduras saturadas por conta do colesterol, mas mesmo isso tem que levar em consideração uma pletora de características do indivíduo.

 

Em 19/01/2023 em 16:30, Super Ogro disse:

alcoolismo também tem inúmeras dessas variáveis de confusão, mas independentemente disso já determinamos com clareza que são substâncias bastante nocivas.

Em que dose? Pq tem boas evidências no sentido de que o consumo moderado de álcool (até 3 doses) tem pouquíssimos impactos.

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