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Postado
Em 10/07/2022 em 19:16, debew disse:

Pois é mas nem a grosso modo pois isso pode fazer a pessoa pensar "ok, faço sets de até 10seg, não gasto glicogênio, então não preciso manter ou aumentar ingestão de carbo, meu estoque ta sempre alto", sendo que tem nada a ver uma coisa com a outra.

 

Sim cara, todas as vias trabalham juntas. Mas achei desnecessário dar uma super explicação, só não quis que passasse a ideia errada de "menos repetições usam mais glicogênio".

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Postado
Em 10/07/2022 em 17:49, Alex_83 disse:

 

Na verdade é o contrário. A grosso modo:

 

Poucas reps e mais carga (até 10s ou algo em torno disso) - via atp cp, anaeróbica alática.

Mais repetições usam mais o glicogênio - via anaeróbica lática.

 

 

 

Complementei o comentário 😅

 

Postado (editado)

Acerca das vias ATP/CP, glicolítica e aeróbia...

 

Tentei a todo custo seguir algumas prescrições de treino de low reps pra quem esteja em cetogênica por haver menos glicogênio. Nunca deu certo.

 

Coisa de trocentos sets de três reps no máximo. Coisa chata dos inferno.

 

Infelizmente os prescritores de tais programas são pessoas-incógnitas (Danny Vega, ketogains, etc), ou seja, eles vendem tais programas prometendo progresso em treinos de força em cetogênica. Porém, eles *** vendem *** tais programas. Logo,  se precisarem recorrer a recursos extras como ergogênicos, nunca saberemos. O que sabemos? Não há atleta de força que compita consumindo uma baixa quantidade de carboidratos. Há gente no Instagram que pratique low carb e faça força? Sim. Quanto? Os valores que nós, foristas anônimos praticamos ou, menos do que nós.

 

Por que menciono a cetogênica? Por ser o pináculo de gente com pouco consumo de carboidratos e terem deficit nessa via glicolítica.

 

--//--

 

Isto posto...

 

Se o assunto for atividade física de endurance (via aeróbia), a coisa é invertida. Por vias ainda não explicadas, atletas cetoadaptados são capazes de ressintetizar glicogênio muscular e desempenharem resultados superiores a atletas carbados [*] que não realizem reposição (daquelas em gel de carbo).

 

[*] https://doi.org/10.1016/j.metabol.2015.10.028

Editado por Vecchio
pequenos detalhes não mencionados....
Postado
Em 10/07/2022 em 18:44, debew disse:

 

Esse estudo tem um bom review do stronger by science.

 

Interessante é que o protocolo de treino desse estudo serviria pra Ultimate Diet 2.0. Mas teria que fazer esse treino dois dias seguidos pra atingir o nível de depleção da UD2.

Postado
Em 10/07/2022 em 20:07, Vecchio disse:

Se o assunto for atividade física de endurance (via aeróbia), a coisa é invertida. Por vias ainda não explicadas, atletas cetoadaptados são capazes de ressintetizar glicogênio muscular e desempenharem resultados superiores a atletas carbados [*] que não realizem reposição (daquelas em gel de carbo).

Mas aqui é ultra endurance, né... se for pegar endurance "normal" os atletas carbados ainda levam vantagem.

 

Quem pratica ultra endurance é mto sadomasoquista, então a cetogênica é só um plus nessa rotina miserável kkkkkkkkkkkkkk

Postado
Em 11/07/2022 em 09:26, Schrödinger disse:

Mas aqui é ultra endurance, né... se for pegar endurance "normal" os atletas carbados ainda levam vantagem.

 

Quem pratica ultra endurance é mto sadomasoquista, então a cetogênica é só um plus nessa rotina miserável kkkkkkkkkkkkkk

Kkkkkk

Postado (editado)
Em 11/07/2022 em 09:26, Schrödinger disse:

Mas aqui é ultra endurance, né... se for pegar endurance "normal" os atletas carbados ainda levam vantagem.

 

Quem pratica ultra endurance é mto sadomasoquista, então a cetogênica é só um plus nessa rotina miserável kkkkkkkkkkkkkk

 

Repare: não se trata exatamente do resultado obtido neste experimento extremista. É a porta que foi aberta para se investigar tal fenômeno.

 

Senão, vejamos este contraexemplo que foi feito, faz tempo, com ciclistas (e, obviamente, com uma duração menor).

 

--//--


Steve’s Keto-Adaptation Experiments in Endurance Athletes

 

Steve first wandered outside the box three decades ago, performing a pair of studies that established the human capacity to adapt to very low carbohydrate ketogenic diets [1,2].

 

One of these experiments was conducted in lean highly trained cyclists (VO 2 max >65 mL/kg/min) who normally consumed a high carbohydrate diet. The athletes performed an endurance test to exhaustion on their usual diet and then again after being fed a very low carbohydrate diet for 4 weeks. The diet consisted of 1.75 g/kg protein, <10 g carbohydrate, >80% of energy as fat, and was supplemented with minerals including sodium.

 

Riding a stationary cycle at over 900 kcal per hour, the average performance time was almost identical before (147 min) and after (151 min) adapting to the very low carbohydrate diet. This study demonstrated complete preservation of endurance performance after 4 weeks on a diet that contained virtually no carbohydrate. There was however a dramatic shift in metabolic fuel from a heavy dependence on carbohydrate to nearly complete reliance on fat in the keto-adapted cyclists. The rate of fat use during the exercise test at 64% VO 2 max was approximately 90 grams per hour (1.5 grams per minute).

 

This is over 3 times the average peak fat oxidation recorded by Venables et al[3] in 300 people that included highly trained individuals with maximal oxygen uptakes exceeding 80 mL/kg/min. Even if you cherry pick and take the participant with the highest peak fat oxidation (60 g fat/hour) observed by Venables et al[3], that value is still less than the keto-adapted participant from Steve’s study with the lowest peak fat oxidation (74 g fat/hour). On average keto-adaptation resulted in peak fat oxidation rates of 90 g fat/hour – 50% greater than the highest recorded value for any participant in Venables’ study.

 

image.png

 

A couple of Steve’s keto-adapted cyclists had fat oxidation rates approaching 2 grams per minute compared to 1 gram per minute when they previously did the same exercise on their high carbohydrate diet. Thus these highly trained athletes, who already had very high fat oxidation rates, were able to dramatically increase them further – not by changing their training, but by changing their diet.

 

Despite these intriguing results showing the metabolic plasticity of high level athletes on a very low carbohydrate diet, for a variety of reasons this dietary strategy has languished for three decades. And for the record, it is noteworthy that Steve’s findings have not been refuted by additional research over that time period. In fact, subsequent studies in rodents[4] and humans[5] have found similar results.

 

[1] Phinney SD, Bistrian BR, Evans WJ, Gervino E, Blackburn GL: The human metabolic response to chronic ketosis without caloric restriction: preservation of submaximal exercise capability with reduced carbohydrate oxidation. Metabolism 1983, 32(8):769-776.

 

[2] Phinney SD, Bistrian BR, Wolfe RR, Blackburn GL: The human metabolic response to chronic ketosis without caloric restriction: physical and biochemical adaptation. Metabolism 1983, 32(8):757-768.

 

[3] Venables MC, Achten J, Jeukendrup AE: Determinants of fat oxidation during exercise in healthy men and women: a cross-sectional study. J Appl Physiol 2005, 98(1):160-167.

 

[4] Simi B, Sempore B, Mayet MH, Favier RJ: Additive effects of training and high-fat diet on energy metabolism during exercise. J Appl Physiol 1991, 71(1):197-203.

 

[5] Lambert EV, Speechly DP, Dennis SC, Noakes TD: Enhanced endurance in trained cyclists during moderate intensity exercise following 2 weeks adaptation to a high fat diet. Eur J Appl Physiol Occup Physiol 1994, 69(4):287-293.

 

Fonte: Volek, J.S; Phinney, S.D. The Art and Science of Low Carbohydrate Performance. Charleston, SC: Beyound Obesity, 2012

 

--//--

 

A "porta de oportunidade" à qual me refiro é esta, Lucas. Quanto mais tempo a endurace tiver, mais aumenta a vantagem do praticante cetoadaptado (obviamente sob paridade de condições, sem refeed de carbo gel). Os Navy SEALs vêm pesquisando a cetogênica[*] para condições adversas (sem alimentação, sem gel...), com base neste assunto que sequer é atual (1983).

 

[*] https://www.hsph.harvard.edu/news/hsph-in-the-news/keto-diet-navy-seals/

Editado por Vecchio
Postado
Em 11/07/2022 em 11:19, Vecchio disse:

A "porta de oportunidade" à qual me refiro é esta, Lucas. Quanto mais tempo a endurace tiver, mais aumenta a vantagem do praticante cetoadaptado (obviamente sob paridade de condições, sem refeed de carbo gel). Os Navy SEALs vêm pesquisando a cetogênica[*] para condições adversas (sem alimentação, sem gel...), com base neste assunto que sequer é atual (1983).

 

Entendo.

 

Ultra endurance + ausência de alimentação intra atividade = vantagem pra cetoadaptados. Em qualquer outro cenário a vantagem é de quem ingere carbos.

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