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Postado

Agora eu consegui ler todo o diário.

 

Bom, vou começar pelo final.

- Artrodese : Não faça isso. A não ser que você fique de cadeira de rodas se não fizer. Brincadeira a parte, uma artrodese a longo prazo pode trazer várias compensações. Grande parte dos pacientes que possuem artrodeses possuem compensações e novas extrusões e hérnias sendo elas lombares ou até mesmo cervicais.

 

Agora vamos para o começo. Algo que não sei se alguém já lhe questionou, ou pelo menos não vi relado nenhum parecido aqui no diário.

 

O que você faz da vida? Trabalho? Estudo? como você fica a maior parte do dia?

 

A sua extrusão é para a parte interna/externa ou mais lateralizada? 

 

- interna -> em direção ao seu umbico
- externa -> em direção a suas costas

- lateral -> direita ou esquerda

 

Postado
54 minutos atrás, Carbonera disse:

Agora eu consegui ler todo o diário.

 

 

Obrigado pela paciência.

 

55 minutos atrás, Carbonera disse:

- Artrodese : Não faça isso. A não ser que você fique de cadeira de rodas se não fizer. Brincadeira a parte, uma artrodese a longo prazo pode trazer várias compensações. Grande parte dos pacientes que possuem artrodeses possuem compensações e novas extrusões e hérnias sendo elas lombares ou até mesmo cervicais.

 

Sem chance. Artrodese eu não faço mesmo. Como disse anteriormente, prefiro continuar com dores do que fazer uma artrodese.

 

55 minutos atrás, Carbonera disse:

O que você faz da vida? Trabalho? Estudo? como você fica a maior parte do dia?

 

 

Faço faculdade de Direito, em período integral.

 

Somando as sessões de estudo que tenho após as aulas, fico entre 08h-21h~22h na faculdade. Quase o tempo todo sentado. É um problema enorme pra coluna, mas infelizmente é um fator que não tenho como controlar. O máximo que faço é levantar em intervalos regulares para não ficar muitas horas sentado em sequência.  

 

55 minutos atrás, Carbonera disse:

A sua extrusão é para a parte interna/externa ou mais lateralizada? 

 

- interna -> em direção ao seu umbico
- externa -> em direção a suas costas

- lateral -> direita ou esquerda

 

A hérnia protusa, segundo o laudo do exame, é difusa.

 

Pelas imagens, dá para notar que é uma hérnia externa (o material é herniado em direção às costas). 

Postado (editado)

Compartilharei agora um relato que, sob minha óptica, talvez seja um dos mais importantes até o momento. Trata-se da minha experiência com o medicamento pregabalina.

 

Bem, segundo a WikiPédia:

 

Citar

Pregabalina é um fármaco análogo de GABA, anticonvulsivo e antiepilético também utilizado no tratamento da dor periféricaansiedade e fibromialgia.

 

Utilizei o medicamento, e o resultado foi: os efeitos colaterais do medicamento foram muito mais evidentes do que seus benefícios, isto é, tive sonolência e um pouco de ganho de peso; por outro lado, não notei qualquer melhora na dor ciática.

 

Agora, o dado mais interessante: The New England Journal of Medicine demonstrou, em um estudo publicado muito recentemente (2017), que o tratamento com pregabalina não reduziu significantemente a intensidade da dor na perna, associada com o ciático, se comparado com um tratamento realizado com um placebo, através de 8 semanas. Inclusive, os efeitos colaterais foram significantemente maiores no grupo que utilizou a pregabalina do que no grupo que fez uso do placebo.

 

Os pacientes com dor ciática receberam uma dose de 150mg/dia de pregabalina, que foi ajustada para uma dose máxima de 600mg/dia, ou uma dose equivalente de placebo pelo período de 8 semanas. Foi avaliada a intensidade da dor na perna em uma escala de 0 a 10 (com 0 indicando nenhuma dor e 10 indicando a pior dor possível) na semana 8; a dor na perna também foi avaliada na semana 52.

 

Foram selecionados 209 pacientes, entre os quais 108 receberam pregabalina e 101 receberam placebo; no entanto, 2 pacientes do grupo da pregabalina não foram considerados elegíveis para a pesquisa e foram excluídos dela (passando a ser 106).

 

Resultados na semana 8:

  • O grupo da pregabalina evidenciou uma pontuação de 3.7 na intensidade da dor na perna;
  • O grupo do placebo mostrou um número de 3.1 na intensidade da dor na perna.

Resultados na semana 52:

  • O grupo da pregabalina evidenciou uma pontuação de 3.4 na intensidade da dor na perna;
  • O grupo do placebo mostrou um número de 3.0 na intensidade da dor na perna.

 

Surpreendente, não?

Editado por Minato Namikaze
Postado
15 horas atrás, Minato Namikaze disse:

Compartilharei agora um relato que, sob minha óptica, talvez seja um dos mais importantes até o momento. Trata-se da minha experiência com o medicamento pregabalina.

 

Bem, segundo a WikiPédia:

 

 

Utilizei o medicamento, e o resultado foi: os efeitos colaterais do medicamento foram muito mais evidentes do que seus benefícios, isto é, tive sonolência e um pouco de ganho de peso; por outro lado, não notei qualquer melhora na dor ciática.

 

Agora, o dado mais interessante: The New England Journal of Medicine demonstrou, em um estudo publicado muito recentemente (2017), que o tratamento com pregabalina não reduziu significantemente a intensidade da dor na perna, associada com o ciático, se comparado com um tratamento realizado com um placebo, através de 8 semanas. Inclusive, os efeitos colaterais foram significantemente maiores no grupo que utilizou a pregabalina do que no grupo que fez uso do placebo.

 

Os pacientes com dor ciática receberam uma dose de 150mg/dia de pregabalina, que foi ajustada para uma dose máxima de 600mg/dia, ou uma dose equivalente de placebo pelo período de 8 semanas. Foi avaliada a intensidade da dor na perna em uma escala de 0 a 10 (com 0 indicando nenhuma dor e 10 indicando a pior dor possível) na semana 8; a dor na perna também foi avaliada na semana 52.

 

Foram selecionados 209 pacientes, entre os quais 108 receberam pregabalina e 101 receberam placebo; no entanto, 2 pacientes do grupo da pregabalina não foram considerados elegíveis para a pesquisa e foram excluídos dela (passando a ser 106).

 

Resultados na semana 8:

  • O grupo da pregabalina evidenciou uma pontuação de 3.7 na intensidade da dor na perna;
  • O grupo do placebo mostrou um número de 3.1 na intensidade da dor na perna.

Resultados na semana 52:

  • O grupo da pregabalina evidenciou uma pontuação de 3.4 na intensidade da dor na perna;
  • O grupo do placebo mostrou um número de 3.0 na intensidade da dor na perna.

 

Surpreendente, não?

 

Vou falar bem a real. Eu sou daqueles que utilizo medicamentos apenas em ultimo caso.

 

Começou a fazer os exercícios de liberação e de mobilidade?

Postado
15 minutos atrás, Carbonera disse:

Começou a fazer os exercícios de liberação e de mobilidade?

 

Ainda não. Como tive um trauma muito grande com a hemorragia pós-cirúrgica no siso, no momento não estou liberado para realizar qualquer atividade.

 

Se você puder me indicar alguns exercícios, ficaria grato e já montaria uma rotina de treinos de mobilidade.

 

O problema é que eu fiz fisioterapia por 4 meses com um ótimo profissional, o qual também tem hérnia de disco lombar, então ele sabe bem como lidar com o problema. Infelizmente, mesmo assim, eu não tive melhora. Chegou um momento em que ele me disse "os exercícios que você faz hoje, são os mesmo que eu faço, mas não consigo notar uma melhora no quadro; não sei mais como posso te ajudar".

  • 2 semanas depois...
Postado (editado)

Novo relato.

 

Ontem consegui uma consulta de última hora com o médico e trago novidades.

 

Ele me questionou como havia sido o bloqueio e relatei a ele. Melhora total no primeiro dia e, até o terceiro ou quarto dia, as dores já eram praticamente as mesmas de antes. A única dor que teve uma melhora considerável foi a lombar. A dor ciática permaneceu como era antes do bloqueio, ou seja, intensa. 

 

Cirurgia? Ele foi bem sincero. Ele não quer me operar agora em razão da minha idade e do procedimento em si. Disse que meu caso, se for operar, é para retirar o disco degenerado todo e colocar uma prótese discal, fixando a área com parafusos a fim de imobilizar a região (artrodese). Interessante que ele mesmo se demonstrou contra o procedimento e nem sequer indicou, pelo contrário. Mas é uma hipótese e é bom estar ciente disso. 

 

Como o bloqueio surtiu resultado (ainda que por um intervalo de tempo bastante curto), a alternativa que sobrou foi um tratamento que eu nunca havia ouvido falar. Trata-se da radiofrequência

 

"A partir de janeiro de 2014 a utilização da Radiofreqüencia para dor lombar foi incluída no rol de procedimentos da ANS, ou seja, os convênios são obrigados a autorizar o procedimento se houver indicação para tal.

 

A Radiofreqüência é um procedimento minimamente invasivo, realizado com sedação e anestesia local, que se tornou uma grande esperança para o tratamento da dor crônica da coluna (dor cervical, dor lombar, hérnia de disco).O procedimento está indicado para pacientes que não melhoram com o tratamento clínico, pacientes que não podem ou não querem ser submetidos a cirurgias abertas (como a artrodese) e também para pacientes que já foram operados da coluna e não melhoraram.

 

Quando o paciente apresenta boa resposta às infiltrações da coluna, ou seja, a estrutura responsável por gerar dor no paciente foi bem identificada a partir dos bloqueios diagnósticos e terapêuticos, a radiofreqüência pode ser utilizada. Este aparelho leva a lesão de ramos nervosos responsáveis pela dor, preservando a parte do nervo que é responsável pela sensibilidade e pela força. A Radiofreqüencia Convencional funciona através do calor, causando lesão térmica nas estruturas alvo. A Radiofreqüencia Pulsada gera ondas seguidas de pausa, ou seja, a temperatura não eleva tanto quanto na convencional, e a corrente elétrica gerada modula as sinapses nervosas, acabando com a transmissão dos estímulos dolorosos.

 

A Rizotomia facetária por radiofrequência é a lesão dos ramos mediais dorsais do nervo espinhal. Este ramo nervoso é responsável pela inervação das articulações facetárias. Estas estruturas são freqüentemente responsáveis por quadros dolorosos na coluna, lombar, torácica e cervical. Se houve boa resposta ao bloqueio lombar, o procedimento tem altas chances de ser bem sucedido, deixando o paciente livre de dor por muito tempo e até mesmo resolvendo o problema, evitando cirurgias mais agressivas da coluna.

 

Como é feito o procedimento?

 

Para procedimentos na coluna lombar, o paciente fica de bruços. Na coluna cervical, a posição pode variar de acordo com a estrutura alvo. Os parâmetros vitais ficam monitorizados por aparelhos. É realizada uma sedação com medicamentos endovenosos e anestesia no local de introdução da agulha. As agulhas são inseridas e posicionadas com precisão com auxílio do intensificador de imagens (Figura). Não existe corte. Durante o procedimento, o paciente conversa com o médico e pode relatar qualquer desconforto. O procedimento dura cerca de 45 minutos e, logo após, o paciente está liberado para ir pra casa."

 

Fonte: neurocirurgia.com

 

Este vídeo também é bastante explicativo sobre a radiofrequência!

 

De qualquer formar, o médico disse que a radiofrequência é muito indicada para meu caso e costuma surtir efeito por até 6 meses.

 

Vou realizar este tratamento e, como meu caso não tem uma outra solução (e não desejo realizar artrodese), simplesmente vou lutar contra as dores, elaborar um baita treinamento e tirar força de vontade de onde não existe para vencer a batalha. Assim que retirar os outros 2 dentes do siso, vou focar nisso. Desistir não é uma opção e, enquanto houver 1% de possibilidade, haverá 99% de esperança!

Editado por Minato Namikaze
  • 3 semanas depois...
Postado

Pessoal, olá a todos!

 

Independentemente da realização, ou não, do procedimento de radiofrequência citado no post anterior, estabeleci a meta de que tentarei minha própria reabilitação com o que há de melhor na literatura especializada (e que muitos profissionais do nosso país não tem acesso, principalmente pelo entrave da língua).

 

Obra que vou iniciar a leitura:

Low Back Disorders: Evidence-Based Prevention and Rehabilitation, 2nd edition - Stuart McGill

Starting Strength: Basic Barbell Training, 2nd edition - Mark Rippetoe

Becoming a Supple Leopard: The Ultimate Guide to Resolving Pain, Preventing Injury, and Optimizing Athletic Performance - Dr. Kelly Starrett

 

São obras extensas, principalmente a última, então creio que vão uns meses nisso. Mas é claro, não vou ler os livros por inteiro, senão eu só iniciaria meu treinamento daqui uns 6 meses ?. Vou focar no que é estritamente necessário e compartilhar os conhecimentos mais relevantes.

 

Pretendo iniciar os treinamentos em meados de setembro.

 

 

Postado

Trechos interessantes do livro Low Back Disorders, do Stuart McGill (parte 1):

 

1. Sobre tornar o ato de carregar mochila nas costas deixar de ser maléfico e passar a ser benéfico, constituindo até um exercício na rotina

 

O autor recomendou, para quem tem problema discal na parte posterior (meu caso), colocar "no fundo" da mochila, aproximadamente 10kg, na altura da lombar, e caminhar sobre solo desnivelado. A mochila gera um momento de extensão do torso, deixando-o em uma posição vertical. Isto alivia os extensores da espinha, que anteriormente estavam contraídos enquanto o corpo se encontrava de pé, mas com uma postura flexionada (o que é péssimo).

 

Com o maior braço de momento, há redução da carga compressiva sobre as costas. A redução da compressão dos músculos é maior do que a exercida pela carga adicional da mochila. Caminhar sobre o solo desnivelado promove um movimento suave para a lombar, o qual é terapêutico para o tipo de discopatia descrita aqui. Portanto, enquanto alguns têm culpado as mochilas como fonte de problemas nas costas, elas podem ser utilizadas de forma terapêutica.

 

2. Estratégias para reduzir problemas nas costas durante prolongado tempo sentado

 

Stuart McGill desenvolveu uma abordagem de três estratégias para reduzir os problemas decorrentes do ato de ficar sentado por muito tempo.

  1. Utilize uma cadeira ergonômica, mas da maneira correta (poucos fazem isso). Muitas pessoas pensam que devem ajustar a cadeira para uma postura ideal. Geralmente, ajustam-na de modo que os quadris e os joelhos ficam dobrados 90º e o torso fica em posição ereta. Isto, inclusive, é a postura ideal veiculada em vários textos ergonômicos. Essa talvez seja a postura ideal, mas não por mais do que 10 minutos! As cargas sobre os tecidos devem migrar de tecido para tecido a fim de minimizar o risco de um único tecido acumular microtraumas. Esta migração é observada quando há alteração na postura. Assim, a cadeira ergonômica é aquela que possibilita uma fácil alteração postural através de grande variedade de ângulos das articulações. A recomendação, portanto, é continuamente alterar os padrões ao se sentar na cadeira. Muitos trabalhadores continuam a acreditar que há "a melhor postura para se sentar" e se demonstram relutantes em tentar novas posições. Eles precisam aprender como regular as cadeiras e a variedade de posturas que são possíveis.
  2. Saia da cadeira. A extensão alivia o estresse posterior no ânulo, enquanto sentado com maior flexão aumenta-o. A pausa recomendada é que devemos manter uma posição relaxada em pé por 10-20 segundos. O objetivo principal é ganhar tempo para permitir a redistribuição do núcleo pulposo e reduzir o estresse sobre o ânulo. Em seguida, elevam-se os braços sobre a cabeça e empurram-se as mãos em direção ao teto. Logo após, inala-se profundamente o ar, de modo que a lombar ficará completamente estendida. Este procedimento deve ser realizado com calma e de modo progressivo, sem "pensar" ou "refletir" sobre o conceito de extensão em si.
  3. Manter uma rotina de exercícios no mesmo horário em dias de trabalho. Meio-dia seria o ideal.  

 

1.jpg

 

244.jpg

 

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Imagens exemplificativas dos tópicos 1 e 2. A primeira representa a posição "correta".

A segunda, as variações em uma cadeira ergonômica. A terceira, os procedimentos

para serem realizados ao se levantar de uma cadeira a fim de aliviar as estruturas

do disco intervertebral.

 

3. Como se levantar da cama (ou de qualquer lugar sobre onde estiver deitado) da maneira correta

 

Conforme o autor, algumas pessoas têm dificuldades para rolar sobre a cama quando suas costas doem. Praticamente todas podem aprender a lidar com suas dores e, ainda assim, levantar corretamente através da combinação da transferência do momentum com o mínimo de torção.

 

Enquanto se estiver deitado sobre um lado, (a) o paciente contrai o torso de modo que a espinha não seja torcida nos passos seguintes. (b) Então, o braço e a perna de cima são levantadas simultaneamente, enquanto o braço e a perna debaixo vão se deslocando da superfície. (c) Isto deve ser realizado rápido o suficiente para gerar o momentum que permita o rolamento do paciente. (d) O paciente deve, após o final do movimento, estar confortavelmente deitado do outro lado.

 

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Imagem exemplificativa das quatro etapas para trocar de posição sobre

onde se está deitado e para levantar-se da maneira correta. 

 

 

Conteúdo extremamente enriquecedor e que, não só pode, como deve ser executado até mesmo por quem não tem problemas lombares.

 

Conforme eu prossiga com a leitura e, quando tiver tempo, vou trazer o que seja de maior aplicabilidade prática no livro. Já tenho coisas interessantes para compartilhar, mas não houve tempo de colocá-las nesta oportunidade.

 

Abraço!

Postado

Trechos interessantes do livro Low Back Disorders, do Stuart McGill (parte 2):

 

Stuart McGill desenvolveu um programa de reabilitação da lombar baseado em 5 etapas. Todavia, apenas os três primeiros são estritamente focados na reabilitação de uma pessoa normal. Desenvolvimento de força, velocidade e potência são atributos buscados nas 2 últimas etapas e são destinados apenas àqueles que desejarem uma performance atlética.

 

Etapa 1: Encaixar padrões de movimento e exercícios corretivos

Etapa 2: Construir estabilidade no corpo como um todo e nas articulações (foco na estabilidade da espinha)

Etapa 3: Aumentar a resistência

Etapa 4: Desenvolver força

Etapa 5: Desenvolver velocidade, potência e agilidade

 

 

Etapa 1

Distinguindo a flexão do quadril da flexão lombar

 

É essencial saber a diferença entra as flexões do quadril e da lombar.

 

 

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a) Colocar uma das mãos na barriga e a outra na superfície lombar.

Assim, é possível identificar se a espinha está travada e se o movimento está ocorrendo através dos quadris.

b) Observar fotos de outras pessoas realizando tarefas diárias da maneira correta.

Trata-se de uma ótima opção para o aprendizado da postura ideal.

 

 

22222.jpg

a) Exemplo de um bombeiro salvando uma vítima com notável flexão lombar.

b) Exemplo de uma correta postura neutra da lombar  para realização de exercícios.

 

 

 

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Uma ótima alternativa é demonstrar posições incorretas (a, c) e,

em seguida, posições corretas (b, d) da coluna lombar.

 

Abdominal Bracing vs. Abdominal Hollowing

 

A manutenção de uma contração da parede abdominal pode auxiliar na estabilidade da espinha. Esta manobra é denominada abdominal hollowing em muitos círculos, mas prefere-se evitar esta terminologia, uma vez que ela sugere à pessoa que ela estufe para fora ou puxe para dentro a parede abdominal. Quando a contração é realizada corretamente, não há qualquer alteração geométrica na parede abdominal. Em outras palavras, o paciente simplesmente ativa os músculos para torná-los rígidos. Isto é chamado de abdominal bracing ou stiffening.

 

Algumas confusões entre abdominal hollowing e abdominal bracing existem na literatura. O grupo de Richardson observou que o hollowing (figura 10.7a) do abdômen recruta todo o músculo transverso abdominal. Por outro lado, o abdominal bracing (figura 10.7b) coativa o transverso do abdômen com os oblíquos internos e externos, a fim de garantir toda estabilidade sobre qualquer eventual instabilidade.

 

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Observe que, no bracing, a parede abdominal não está puxada para dentro, nem estufada para fora. O bracing também promove a estabilização durante performances de flexão e rotação, enquanto o hollowing não. Neste sentido, o abdominal bracing é melhor do que o abdominal hollowing para estabilidade.abdominal bracing, o qual ativa as três camadas da parede abdominal (oblíquo externo, oblíquo interno e transverso) sem qualquer mudança geométrica, é muito mais efetivo do que o abdominal hollowing para a estabilidade espinhal.

 

Uma comparação quantitativa do hollowing e do bracing é claramente vista quando um indivíduo está em pé segurando pesos em ambas as mãos. O hollowing pode reduzir os níveis de estabilidade para níveis baixos ou, até mesmo, negativos, causando instabilidade. O bracing aumenta positivamente os níveis de índice de estabilidade.

 

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Aprendendo a ativar os glúteos

 

Aprendendo a ativar o glúteo médio

 

A primeira etapa envolve o isolamento do glúteo médio. O paciente precisa "sentir" o músculo e perceber sua ativação. Para isso, primeiramente, deita-se de lado. Em seguida, coloca-se o polegar sobre a espinha ilíaca ântero-superior e, simultaneamente, posicionam-se os outros dedos, de modo que as pontas estarão sobre o glúteo médio. Isto é observado na imagem a

 

Com os quadris e os joelhos flexionados, o paciente abre os joelhos como se fossem uma concha, com os pés permanecendo juntos e agindo como uma dobradiça. Com os dedos, a pessoa será capaz de sentir a ativação do glúteo médio. 

 

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Aprendendo a ativar o glúteo máximo

 

O paciente deve deitar, flexionar os joelhos e colocar os pés sobre o solo, além de colocar os dedos no glúteo máximo para sentir sua ativação. Ela ocorre através da contração do bumbum, como se estivesse "esmagando", não através da extensão do quadril. A coluna lombar permanece em uma postura neutra. 

 

Assim, uma vez que a ativação foi dominada, o paciente começa a elevar o torso para fora do chão. Conforme observa-se na imagem, o médico apalpa os isquiotibiais. Isto ocorre porque, aqueles que são isquiotibiais dominantes e glúteo-deficientes imediatamente ativarão os isquiotibiais para realizar o movimento. O paciente deve repetidamente tentar realizar a ponte sem qualquer atividade dos isquiotibiais (ou com a menor ativação possível).

 

Uma vez que o exercício é dominado, a performance no agachamento será aumentada. 

 

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Aprendendo os padrões básicos do agachamento 

 

Potty Squat

 

O paciente deve ficar em pé com a lombar neutra e com a ativação da musculatura através da técnica do abdominal bracing. "Senta-se" sobre a ponta de uma cadeira, por exemplo.

 

Ao subir, os braços são sustentados lateralmente e movidos para frente conforme o paciente realiza o exercício. A ênfase é dada à manutenção de uma posição neutra da lombar e ao abdominal bracing.

 

Agachar "para trás" é uma recomendação melhor do que agachar "para baixo". O movimento é predominantemente nos quadris.

 

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Levantando de uma cadeira

 

Levantar de uma cadeira segue a mecânica do potty squat. A falha geralmente é iniciar o movimento com a flexão da coluna.

 

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A primeira falha é iniciar o movimento com a flexão da coluna (a, b).

A segunda, através da extensão dos quadris com os isquiotibiais (c).

A terceira, ocorre pelos extensores das costas (d).

 

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Padrões corretos envolvem conscientemente tentar "abrir o chão", o que facilita os músculos dos glúteos (a, b).

O melhor movimento se dá com a iniciação de extensão da espinha e flexão dos quadris, simultaneamente, e, então, com a extensão dos quadris (c).

 

 

Basicamente, esta é a primeira etapa. Grande quantidade de informações valiosas!

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