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Já é conhecido que a glicose, na respiração celular, reage com o oxigênio produzindo CO2 + H2O + ENERGIA. Cada 1g de glicose que entra em combustão com o oxigênio libera 4kcal.
Os ácidos graxos dos lipídeos também entram em reação com o oxigênio produzindo CO2 + H2O + ENERGIA, sendo que cada 1g de ácido graxo em combustão libera 9kcal.
Mas os aminoácidos, eles não reagem com o oxigênio, então por que falamos que ingerir 1g de proteina nos dará 4kcal? Por acaso eu estou enganado e os aminoácidos reagem sim com o oxigênio no nosso corpo e entram em combustão? É que eu acho que os aminoácidos, na grande maioria, vão assumir função estrutural, enzimática e tals, em vez de função energética, liberar energia.
Seguindo esse meu pensamento, nós só devemos contar as gramas de carbo e gordura que ingerimos por dia para calcular quantas calorias obtemos no dia. Por que está errado essa minha linha de raciocínio?

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Postado

Existem aminoácidos glicogênicos - são convertidos em precursores da glicose - e aminoácidos cetogênicos - são convertidos em ácidos graxos e corpos cetonicos. Em situações normais, a energia proveniente desta fonte é baixa e é na verdade um processo custoso ao corpo e que vai preferir os carboidratos e gorduras como fonte de energia. Só vai ocorrer um aumento na demanda caso você evite outras fontes de energia.

 

Algumas pessoas vão dizer para não contar proteínas como fonte de energia, porque só uns 10% desta vão ser utilizados - eu não sei te informar se existe diferença na transformação desses aminoácidos em energia em uma dieta 1g/kg vs 2g/kg.

 

Postado
16 minutos atrás, Mr Nobody disse:

Existem aminoácidos glicogênicos - são convertidos em precursores da glicose - e aminoácidos cetogênicos - são convertidos em ácidos graxos e corpos cetonicos. Em situações normais, a energia proveniente desta fonte é baixa e é na verdade um processo custoso ao corpo e que vai preferir os carboidratos e gorduras como fonte de energia. Só vai ocorrer um aumento na demanda caso você evite outras fontes de energia.

 

Algumas pessoas vão dizer para não contar proteínas como fonte de energia, porque só uns 10% desta vão ser utilizados - eu não sei te informar se existe diferença na transformação desses aminoácidos em energia em uma dieta 1g/kg vs 2g/kg.

 

 

O que seria uma situação normal? O corpo só prefere carboidratos quando a dieta é baseada na abundância deles.

Postado (editado)
3 horas atrás, ImpossibleCube disse:

Já é conhecido que a glicose, na respiração celular, reage com o oxigênio produzindo CO2 + H2O + ENERGIA. Cada 1g de glicose que entra em combustão com o oxigênio libera 4kcal.
Os ácidos graxos dos lipídeos também entram em reação com o oxigênio produzindo CO2 + H2O + ENERGIA, sendo que cada 1g de ácido graxo em combustão libera 9kcal.
Mas os aminoácidos, eles não reagem com o oxigênio, então por que falamos que ingerir 1g de proteina nos dará 4kcal? Por acaso eu estou enganado e os aminoácidos reagem sim com o oxigênio no nosso corpo e entram em combustão? É que eu acho que os aminoácidos, na grande maioria, vão assumir função estrutural, enzimática e tals, em vez de função energética, liberar energia.
Seguindo esse meu pensamento, nós só devemos contar as gramas de carbo e gordura que ingerimos por dia para calcular quantas calorias obtemos no dia. Por que está errado essa minha linha de raciocínio?

 

O fato de se contar ou não calorias não mudará nada, é apenas uma estimativa bem falha por sinal a tempos ultrapassada, nosso corpo não é um sistema fechado, não queima calorias como um calorímetro. Os alimentos que ingerimos afetam de formas diferentes nossa composição corporal, implicando na questão hormonal, microbiota, liberação, ou armazenamento de gordura corporal, saciedade, etc.

 

O Fracasso Calorico – por Jason Fung

 

Spoiler

O Fracasso Calorico – por Jason Fung

Sabe quando a gente não quer encarar a verdade mas ela está ali, estampada na nossa frente?
Este é um daqueles textos que expõe a verdade nua e crua. Que fala sobre o que ninguém quer falar… 
Dr Jason Fung avalia de forma clara o que aconteceu nas últimas décadas, onde milhares de pessoas, obedecendo as orientações nutricionais dos órgãos de saúde tiveram um ganho de peso e perderam saúde e qualidade de vida. 
E agora? De quem é a culpa? Quem deve ter vergonha por não conseguir perder peso? 

Texto publicado no IMD e traduzido por Regiany Floriano
 
Coma menos. Corte as calorias. Cuidado com o tamanho da porção. Estes têm sido a base das recomendações convencionais para a perda de peso nos últimos 50 anos. E têm sido um desastre absoluto, só não superado pela fusão nuclear de Chernobyl. Todos estes conselhos são baseados em uma compreensão equivocada do que causa o ganho de peso.
 
Por que nunca vamos considerar a questão crítica de “O que causa a obesidade?” Acreditamos que já sabemos toda a resposta. Parece tão óbvio, não é? Nós pensamos que a ingestão excessiva de calorias provoca a obesidade. Nós pensamos que trata-se de um desequilíbrio calórico. Muitas ‘calorias que entram ’em comparação com muito ‘poucas calorias que saem’ levam ao ganho de peso. Estamos aprendendo este modelo do Saldo Calórico da Obesidade desde a infância.
 
Ganho de Gordura  = Calorias que entram – Calorias que saem
 
O que está nas entrelinhas, a premissa não dita é que estas são variáveis independentes sob total controle consciente. Isso ignora completamente os vários sistemas hormonais sobrepostos que sinalizam a fome e a saciedade. Isso pressupõe ainda que o metabolismo basal permaneça estável e imutável.
 
Mas já se sabe que estes pressupostos estão incorretos. A taxa metabólica basal pode se ajustar para cima ou para baixo em quarenta por cento. A restrição de calorias, invariavelmente, leva a uma redução no metabolismo, em última análise, derrotando os esforços para a perda de peso.
 
Nos últimos 50 anos,  inquestionavelmente seguimos esse programa de ‘redução calórica como o principal programa’. A gordura dietética, sendo rica em calorias, ficou sob restrição. Fizemos guias alimentares, pirâmides alimentares, e pratos de refeições para doutrinar as crianças com este novo tipo de religião da baixa caloria. ‘Corte suas calorias’ foi hino do dia. “Coma menos, movimente-se mais!” Cantamos.
 
Os rótulos nutricionais foram obrigados a incluir as contagens de calorias. Programas e aplicativos foram criados para contar mais precisamente as calorias. Nós inventamos pequenos aparelhos como Fitbits para medir exatamente quantas calorias que estavam sendo queimadas. Usando toda a ingenuidade que nos torna humanos, focados como um raio laser, e obstinados como uma tartaruga cruzando uma estrada, vamos cortar as calorias. Qual foi o resultado? Será que o problema da obesidade simplesmente desapareceu como a névoa da manhã em um dia quente de verão?
 
Os resultados dificilmente poderiam ter sido piores se tivéssemos tentado. A tempestade de obesidade e diabetes tipo 2 começou no final dos anos 1970 e, hoje, cerca de quarenta anos mais tarde, tornou-se um furacão global Categoria 5, ameaçando engolir o mundo inteiro.
 
O que deu errado?
 
Apenas duas possibilidades podem explicar como a obesidade pôde se espalhar tão rapidamente diante deste novo conselho brilhante para reduzir a gordura e as calorias. Talvez a ‘redução calórica’ como principal recomendação esteja simplesmente errada. A segunda possibilidade é que este conselho esteja certo, mas as pessoas simplesmente não estavam seguindo ele. O espírito tinha boas intenções, mas a carne era fraca.
 
Este é o jogo chamado “culpar a vítima”. Isso transfere a culpa de quem dá o conselho (o conselho ruim) para quem recebe o conselho (o conselho é bom, mas você não o está seguindo). Toda a epidemia de obesidade simplesmente foi uma súbita, simultânea e coordenada falta da força de vontade de todo o mundo? O mundo nem consegue decidir de que lado da estrada que deve dirigir, mas mesmo assim, sem discussão todos nós decidimos comer mais e nos movermos menos?
 
Afirmando que as suas recomendações para a redução calórica sem comprovação científica eram perfeitas, médicos e nutricionistas poderiam convenientemente transferir a culpa de si mesmos para você. Não foi culpa deles. Era sua. Não é de se admirar que eles amavam tanto este jogo! Admitir que todas as suas teorias preciosas sobre a obesidade estariam simplesmente incorretas seria psicologicamente muito difícil. Entretanto, as evidências continuam a se acumular mostrando que esta nova estratégia de restrição calórica foi tão útil quanto um pente para um homem careca.
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O estudo da Iniciativa de Saúde da Mulher foi o mais ambicioso e importante estudo sobre a perda de peso já feito. Este enorme ensaio randomizado envolvendo quase 50.000 mulheres avaliando essa abordagem do baixo teor de gordura, redução das calorias para a perda de peso. Através de  intensivo acompanhamento, as mulheres foram persuadidas a reduzir a ingestão calórica diária em 342 calorias e aumentar o exercício em 10%. Contadores de calorias esperavam uma perda de peso de 14 kg (32 libras) ao longo de um único ano. Este ensaio esperava validar as recomendações nutricionais convencionais.
 
Mas quando os resultados finais foram computados em 1997, só tiveram uma esmagadora decepção. Apesar da boa adesão, mais de 7 anos de contagem de calorias, não levou a praticamente nenhuma perda de peso. Nem mesmo uma única libra. Este estudo foi uma repreensão impressionante e severa à teoria calórica da obesidade. A redução de calorias não leva à perda de peso.
 
Então, havia duas escolhas. Em primeiro lugar, poderíamos respeitar as caras evidências científicas, arduamente conquistadas para elaborar uma teoria mais robusta, mais correta a respeito da obesidade. Ou, poderíamos simplesmente manter todas as nossas práticas, noções preconcebidas e ignorar a ciência. A segunda opção envolvia muito menos trabalho e muito menos imaginação. Assim, este estudo inovador tem sido largamente ignorado e relegado para as latas de lixo da história nutricional. Estamos arcando com as consequências cada vez que as epidemias gêmeas de obesidade e diabetes tipo 2 explodem.
 
Os estudos do mundo real serviram apenas para confirmar este fiasco impressionante. O tratamento dietético convencional da obesidade acarreta uma taxa de falha estimada em 99,4%. Para a obesidade mórbida, a taxa de insucesso é de 99,9%. Estas estatísticas não surpreenderiam ninguém na indústria das dietas, ou mesmo, sobre este assunto, qualquer um que já tenha tentado perder peso.
 
A teoria das calorias que entram, calorias que saem, ganhou aceitação generalizada com base na sua verdade aparentemente intuitiva. No entanto, como um melão podre, que tirando a casca revela o seu interior pútrido, esta fórmula simplista é cheia de suposições erradas.
 
O maior erro é que a redução das ‘calorias que entram’ leva a uma redução na taxa metabólica, ou ‘calorias que saem’. Uma redução de 30% na ingestão de calorias manifesta-se rapidamente com uma diminuição na taxa metabólica basal em 30%. O resultado final é que o peso não é perdido.
 
A outra grande hipótese falsa é que o peso seja conscientemente regulado. Mas nenhum sistema em nosso corpo pode ser totalmente regulado assim. A tireoide, paratireoide, o sistema simpático, parassimpático, respiratório, circulatório, hepático, renal, gastrintestinal e supra-renais são diretamente controlados por hormônios. O peso corporal e a gordura corporal também são estritamente regulados. Na verdade, nossos corpos contêm vários sistemas sobrepostos que controlam o peso corporal. A gordura corporal, um dos mais importantes determinantes da sobrevivência na selva, não é simplesmente deixada aos nossos caprichos do que decidimos colocar em nossas bocas.
 
Hormônios controlam a fome, dizendo ao nosso corpo quando comer e quando parar. A grelina é um poderoso hormônio que provoca a fome, e a colecistoquinina e o peptídeo YY dão os sinais hormonais de saciedade, que nos dizem que estamos cheios e devemos parar de comer. Pense na última vez que esteve num buffet livre. Imagine que você já comeu belas porções de comida, e você está cheio, ou melhor, 110% cheio. Então, você pode comer mais algumas costeletas de porco? Só de pensar pode te fazer ficar enjoado. Os hormônios da saciedade estão exercendo um poderoso efeito para você parar de comer. Ao contrário de muitas crenças populares, não continuamos a comer simplesmente porque a comida está disponível. O consumo de calorias está sob um justo controle hormonal.
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Estudos mostram que a perda de peso leva a elevações persistentes da grelina, a qual leva a um aumento da fome até um ano após a perda de peso. Não foi simplesmente a perda de força de vontade, esses pacientes estavam, na verdade, com mais fome fisicamente mensurável.
 
Os hormônios também regulam a nossa taxa metabólica basal, o nível basal de energia necessária para manter nosso corpo funcionando normalmente. Esta é a energia usada para gerar calor corporal, para dar poder aos nossos músculos do coração, os pulmões, o nosso fígado, nossos rins, etc. A baixa ingestão calórica reduz a taxa metabólica basal, em até 40%, em um esforço para conservar energia. A sobre alimentação deliberada aumenta a taxa metabólica basal à medida que o organismo tenta “queimar” o excesso de energia.
 
O acúmulo de gordura na verdade não é um problema do excesso de energia. É um problema de distribuição de energia. Muita energia é desviada para a produção de gordura em oposição a, digamos, ao aumento da produção de calor pelo corpo. Este gasto de energia é controlado por hormônios. Por exemplo, não podemos decidir quanta energia será gasta para armazenar gordura contra a nova formação óssea. Portanto, o importante é como controlar os sinais hormonais que recebemos de alimentos, não o número total de calorias que comemos.
 
Enquanto nós acreditamos, erradamente, que a ingestão calórica excessiva levou à obesidade, estávamos condenados ao fracasso. Sob esse paradigma, 500 calorias de brownies engordam tanto quanto 500 calorias de salada de couve, uma ideia claramente ridícula. Culpar a vítima transformou a obesidade, um distúrbio hormonal, em um fracasso moral e eximiu a culpa dos profissionais de saúde pelas suas tentativas fracassadas para tratar a epidemia de obesidade.
 
Nós não podemos “decidir” ficar com menos fome. Nós não podemos “decidir” aumentar a nossa taxa metabólica basal. Se comermos menos calorias, o nosso corpo simplesmente compensa diminuindo a taxa metabólica. Alimentos diferentes provocam diferentes respostas hormonais. Alguns alimentos engordam mais do que outros. Calorias não são a causa subjacente de ganho de peso. Portanto, a redução de calorias não poderia reduzir de forma confiável o peso.
 

 

A obesidade é hormonal, não é um desequilíbrio calórico. O problema hormonal principalmente da insulina.
 

 

Como ganhamos peso? 

 

http://www.resistencia-insulina.com.br/2016/07/como-ganhamos-peso-calorias-parte-i.html

Editado por Norton
Postado
38 minutos atrás, Norton disse:

 

O fato de se contar ou não calorias não mudará nada, é apenas uma estimativa bem falha por sinal a tempos ultrapassada, nosso corpo não é um sistema fechado, não queima calorias como um calorímetro. Os alimentos que ingerimos afetam de formas diferentes nossa composição corporal, implicando na questão hormonal, microbiota, liberação, ou armazenamento de gordura corporal, saciedade, etc.

 

O Fracasso Calorico – por Jason Fung

 

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O Fracasso Calorico – por Jason Fung

Sabe quando a gente não quer encarar a verdade mas ela está ali, estampada na nossa frente?
Este é um daqueles textos que expõe a verdade nua e crua. Que fala sobre o que ninguém quer falar… 
Dr Jason Fung avalia de forma clara o que aconteceu nas últimas décadas, onde milhares de pessoas, obedecendo as orientações nutricionais dos órgãos de saúde tiveram um ganho de peso e perderam saúde e qualidade de vida. 
E agora? De quem é a culpa? Quem deve ter vergonha por não conseguir perder peso? 

Texto publicado no IMD e traduzido por Regiany Floriano
 
Coma menos. Corte as calorias. Cuidado com o tamanho da porção. Estes têm sido a base das recomendações convencionais para a perda de peso nos últimos 50 anos. E têm sido um desastre absoluto, só não superado pela fusão nuclear de Chernobyl. Todos estes conselhos são baseados em uma compreensão equivocada do que causa o ganho de peso.
 
Por que nunca vamos considerar a questão crítica de “O que causa a obesidade?” Acreditamos que já sabemos toda a resposta. Parece tão óbvio, não é? Nós pensamos que a ingestão excessiva de calorias provoca a obesidade. Nós pensamos que trata-se de um desequilíbrio calórico. Muitas ‘calorias que entram ’em comparação com muito ‘poucas calorias que saem’ levam ao ganho de peso. Estamos aprendendo este modelo do Saldo Calórico da Obesidade desde a infância.
 
Ganho de Gordura  = Calorias que entram – Calorias que saem
 
O que está nas entrelinhas, a premissa não dita é que estas são variáveis independentes sob total controle consciente. Isso ignora completamente os vários sistemas hormonais sobrepostos que sinalizam a fome e a saciedade. Isso pressupõe ainda que o metabolismo basal permaneça estável e imutável.
 
Mas já se sabe que estes pressupostos estão incorretos. A taxa metabólica basal pode se ajustar para cima ou para baixo em quarenta por cento. A restrição de calorias, invariavelmente, leva a uma redução no metabolismo, em última análise, derrotando os esforços para a perda de peso.
 
Nos últimos 50 anos,  inquestionavelmente seguimos esse programa de ‘redução calórica como o principal programa’. A gordura dietética, sendo rica em calorias, ficou sob restrição. Fizemos guias alimentares, pirâmides alimentares, e pratos de refeições para doutrinar as crianças com este novo tipo de religião da baixa caloria. ‘Corte suas calorias’ foi hino do dia. “Coma menos, movimente-se mais!” Cantamos.
 
Os rótulos nutricionais foram obrigados a incluir as contagens de calorias. Programas e aplicativos foram criados para contar mais precisamente as calorias. Nós inventamos pequenos aparelhos como Fitbits para medir exatamente quantas calorias que estavam sendo queimadas. Usando toda a ingenuidade que nos torna humanos, focados como um raio laser, e obstinados como uma tartaruga cruzando uma estrada, vamos cortar as calorias. Qual foi o resultado? Será que o problema da obesidade simplesmente desapareceu como a névoa da manhã em um dia quente de verão?
 
Os resultados dificilmente poderiam ter sido piores se tivéssemos tentado. A tempestade de obesidade e diabetes tipo 2 começou no final dos anos 1970 e, hoje, cerca de quarenta anos mais tarde, tornou-se um furacão global Categoria 5, ameaçando engolir o mundo inteiro.
 
O que deu errado?
 
Apenas duas possibilidades podem explicar como a obesidade pôde se espalhar tão rapidamente diante deste novo conselho brilhante para reduzir a gordura e as calorias. Talvez a ‘redução calórica’ como principal recomendação esteja simplesmente errada. A segunda possibilidade é que este conselho esteja certo, mas as pessoas simplesmente não estavam seguindo ele. O espírito tinha boas intenções, mas a carne era fraca.
 
Este é o jogo chamado “culpar a vítima”. Isso transfere a culpa de quem dá o conselho (o conselho ruim) para quem recebe o conselho (o conselho é bom, mas você não o está seguindo). Toda a epidemia de obesidade simplesmente foi uma súbita, simultânea e coordenada falta da força de vontade de todo o mundo? O mundo nem consegue decidir de que lado da estrada que deve dirigir, mas mesmo assim, sem discussão todos nós decidimos comer mais e nos movermos menos?
 
Afirmando que as suas recomendações para a redução calórica sem comprovação científica eram perfeitas, médicos e nutricionistas poderiam convenientemente transferir a culpa de si mesmos para você. Não foi culpa deles. Era sua. Não é de se admirar que eles amavam tanto este jogo! Admitir que todas as suas teorias preciosas sobre a obesidade estariam simplesmente incorretas seria psicologicamente muito difícil. Entretanto, as evidências continuam a se acumular mostrando que esta nova estratégia de restrição calórica foi tão útil quanto um pente para um homem careca.
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O estudo da Iniciativa de Saúde da Mulher foi o mais ambicioso e importante estudo sobre a perda de peso já feito. Este enorme ensaio randomizado envolvendo quase 50.000 mulheres avaliando essa abordagem do baixo teor de gordura, redução das calorias para a perda de peso. Através de  intensivo acompanhamento, as mulheres foram persuadidas a reduzir a ingestão calórica diária em 342 calorias e aumentar o exercício em 10%. Contadores de calorias esperavam uma perda de peso de 14 kg (32 libras) ao longo de um único ano. Este ensaio esperava validar as recomendações nutricionais convencionais.
 
Mas quando os resultados finais foram computados em 1997, só tiveram uma esmagadora decepção. Apesar da boa adesão, mais de 7 anos de contagem de calorias, não levou a praticamente nenhuma perda de peso. Nem mesmo uma única libra. Este estudo foi uma repreensão impressionante e severa à teoria calórica da obesidade. A redução de calorias não leva à perda de peso.
 
Então, havia duas escolhas. Em primeiro lugar, poderíamos respeitar as caras evidências científicas, arduamente conquistadas para elaborar uma teoria mais robusta, mais correta a respeito da obesidade. Ou, poderíamos simplesmente manter todas as nossas práticas, noções preconcebidas e ignorar a ciência. A segunda opção envolvia muito menos trabalho e muito menos imaginação. Assim, este estudo inovador tem sido largamente ignorado e relegado para as latas de lixo da história nutricional. Estamos arcando com as consequências cada vez que as epidemias gêmeas de obesidade e diabetes tipo 2 explodem.
 
Os estudos do mundo real serviram apenas para confirmar este fiasco impressionante. O tratamento dietético convencional da obesidade acarreta uma taxa de falha estimada em 99,4%. Para a obesidade mórbida, a taxa de insucesso é de 99,9%. Estas estatísticas não surpreenderiam ninguém na indústria das dietas, ou mesmo, sobre este assunto, qualquer um que já tenha tentado perder peso.
 
A teoria das calorias que entram, calorias que saem, ganhou aceitação generalizada com base na sua verdade aparentemente intuitiva. No entanto, como um melão podre, que tirando a casca revela o seu interior pútrido, esta fórmula simplista é cheia de suposições erradas.
 
O maior erro é que a redução das ‘calorias que entram’ leva a uma redução na taxa metabólica, ou ‘calorias que saem’. Uma redução de 30% na ingestão de calorias manifesta-se rapidamente com uma diminuição na taxa metabólica basal em 30%. O resultado final é que o peso não é perdido.
 
A outra grande hipótese falsa é que o peso seja conscientemente regulado. Mas nenhum sistema em nosso corpo pode ser totalmente regulado assim. A tireoide, paratireoide, o sistema simpático, parassimpático, respiratório, circulatório, hepático, renal, gastrintestinal e supra-renais são diretamente controlados por hormônios. O peso corporal e a gordura corporal também são estritamente regulados. Na verdade, nossos corpos contêm vários sistemas sobrepostos que controlam o peso corporal. A gordura corporal, um dos mais importantes determinantes da sobrevivência na selva, não é simplesmente deixada aos nossos caprichos do que decidimos colocar em nossas bocas.
 
Hormônios controlam a fome, dizendo ao nosso corpo quando comer e quando parar. A grelina é um poderoso hormônio que provoca a fome, e a colecistoquinina e o peptídeo YY dão os sinais hormonais de saciedade, que nos dizem que estamos cheios e devemos parar de comer. Pense na última vez que esteve num buffet livre. Imagine que você já comeu belas porções de comida, e você está cheio, ou melhor, 110% cheio. Então, você pode comer mais algumas costeletas de porco? Só de pensar pode te fazer ficar enjoado. Os hormônios da saciedade estão exercendo um poderoso efeito para você parar de comer. Ao contrário de muitas crenças populares, não continuamos a comer simplesmente porque a comida está disponível. O consumo de calorias está sob um justo controle hormonal.
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Estudos mostram que a perda de peso leva a elevações persistentes da grelina, a qual leva a um aumento da fome até um ano após a perda de peso. Não foi simplesmente a perda de força de vontade, esses pacientes estavam, na verdade, com mais fome fisicamente mensurável.
 
Os hormônios também regulam a nossa taxa metabólica basal, o nível basal de energia necessária para manter nosso corpo funcionando normalmente. Esta é a energia usada para gerar calor corporal, para dar poder aos nossos músculos do coração, os pulmões, o nosso fígado, nossos rins, etc. A baixa ingestão calórica reduz a taxa metabólica basal, em até 40%, em um esforço para conservar energia. A sobre alimentação deliberada aumenta a taxa metabólica basal à medida que o organismo tenta “queimar” o excesso de energia.
 
O acúmulo de gordura na verdade não é um problema do excesso de energia. É um problema de distribuição de energia. Muita energia é desviada para a produção de gordura em oposição a, digamos, ao aumento da produção de calor pelo corpo. Este gasto de energia é controlado por hormônios. Por exemplo, não podemos decidir quanta energia será gasta para armazenar gordura contra a nova formação óssea. Portanto, o importante é como controlar os sinais hormonais que recebemos de alimentos, não o número total de calorias que comemos.
 
Enquanto nós acreditamos, erradamente, que a ingestão calórica excessiva levou à obesidade, estávamos condenados ao fracasso. Sob esse paradigma, 500 calorias de brownies engordam tanto quanto 500 calorias de salada de couve, uma ideia claramente ridícula. Culpar a vítima transformou a obesidade, um distúrbio hormonal, em um fracasso moral e eximiu a culpa dos profissionais de saúde pelas suas tentativas fracassadas para tratar a epidemia de obesidade.
 
Nós não podemos “decidir” ficar com menos fome. Nós não podemos “decidir” aumentar a nossa taxa metabólica basal. Se comermos menos calorias, o nosso corpo simplesmente compensa diminuindo a taxa metabólica. Alimentos diferentes provocam diferentes respostas hormonais. Alguns alimentos engordam mais do que outros. Calorias não são a causa subjacente de ganho de peso. Portanto, a redução de calorias não poderia reduzir de forma confiável o peso.
 

 

A obesidade é hormonal, não é um desequilíbrio calórico. O problema hormonal principalmente da insulina.
 

 

Vou citar MEU exemplo. Malhava em academia, fazia isolador, pesava comida usava suplementos protéicos. Passei a malhar em casa, compostos, cargas altas e volume idem, me foquei em comer comida de verdade, parei de pesar comida e etc. Passei a seguir uma rotina mais old scholl. Resu

O: nunca me senti tão bem, disposto. Não passava dos 69/70 kg. Hoje peso 80kg(estou em bulking), e estou melhor do que nunca. Pesar alimentos, ingestão precisas de macros funcionam? Sim. Mas comigo ao ajustar no feeling e respeitar minha rotina e metabolismo foi muito melhor.

Sobre as proteínas caso não me engano elas possuem o equivalente a 3.2cal, devido ao tef das mesmas.

Postado
1 hora atrás, Norton disse:

 

O que seria uma situação normal? O corpo só prefere carboidratos quando a dieta é baseada na abundância deles.

 

Se você ler ali eu disse carboidratos E GORDURAS - o E no português é uma conjunção que liga duas orações e sinaliza soma - nenhuma delas é uma fonte preferida do corpo, cada uma vai ser usada dependendo do tipo de atividade que você pratica e seu corpo vai estar usando todos os sistemas de energia, alguns de forma primaria e outros de forma secundaria. E se você ler até o final do paragrafo estará escrito: CASO VOCÊ EVITE OUTRAS FONTES DE ENERGIA - e se você quer saber o porque disso volte uma casa e leia a frase anterior a resposta está nela.

 

Outra situação anormal é quando você para de comer, porque sei lá, você naufragou e só tem areia na ilha.

 

Eu não sou contra low-carb, já li bastante o blog do Souto - esse inclusive fala que para hipertrofia é melhor high carb -, Barriga de Trigo, Porque Engordamos e uma outra caralhada de coisas. Mas não vou ficar advogando, como se low-carb fosse a oitava maravilha do mundo. Agora, se pessoa tiver algum distúrbio ou se sinta melhor usando low-carb, legal, é bom pra ela usar a dieta.

Postado
8 horas atrás, Mr Nobody disse:

Eu não sou contra low-carb, já li bastante o blog do Souto - esse inclusive fala que para hipertrofia é melhor high carb -, Barriga de Trigo, Porque Engordamos e uma outra caralhada de coisas. Mas não vou ficar advogando, como se low-carb fosse a oitava maravilha do mundo. Agora, se pessoa tiver algum distúrbio ou se sinta melhor usando low-carb, legal, é bom pra ela usar a dieta.

 

Não, ele fala o mesmo que todos, para ganhar massa magra basta consumir mais proteína, carboidratos são irrelevantes no contexto de hipertrofia, carboidrato não faz síntese proteíca. A pessoa decide qual estratégia seguir tem atletas inclusive melhorando o rendimento em cetose, ou lowcarb. Dá uma lida nos comentários: http://www.lowcarb-paleo.com.br/2014/11/desempenho-atletico-de-elite-e-dieta.html

  • Supermoderador
Postado
12 horas atrás, Norton disse:

 

O fato de se contar ou não calorias não mudará nada

 

Novamente falando esse tipo de bosta cara?

 

Já levou botinada dezenas de vezes com os links bostas sobre o CICO e ainda continua bostejando aqui no forum? hahahaha

Postado
1 hora atrás, Norton disse:

 

Não, ele fala o mesmo que todos, para ganhar massa magra basta consumir mais proteína, carboidratos são irrelevantes no contexto de hipertrofia, carboidrato não faz síntese proteíca. A pessoa decide qual estratégia seguir tem atletas inclusive melhorando o rendimento em cetose, ou lowcarb. Dá uma lida nos comentários: http://www.lowcarb-paleo.com.br/2014/11/desempenho-atletico-de-elite-e-dieta.html

 

http://www.lowcarb-paleo.com.br/2013/06/prezado-dr-souto-exercicio-sem.html

 

Caso 3, Caso 4 e Caso 5 - resumo "Porque diabos deveriam estar em low-carb?".

 

Agora se você só quiser aceitar as suas verdades, legal cara, seja feliz. Eu já vi várias vezes o Souto falando, que com low-carb ele tem energia suficiente para fazer as atividades físicas e que ele não tem pretensão nenhuma de ganhar musculo e se ele quisesse seria melhor ele estar em uma dieta rica em carboidratos. Eu gosto do Souto, porque ele não é um imbecil que acha que Low-Carb é a oitava maravilha do mundo, a única coisa que ele quer é mostrar que dieta rica em gordura é uma opção saudável.

 

Enfim, eu não vou discutir com você porque provavelmente é o mesmo que falar com uma porta.

 

  • Supermoderador
Postado
1 hora atrás, Norton disse:

A pessoa decide qual estratégia seguir tem atletas inclusive melhorando o rendimento em cetose, ou lowcarb. Dá uma lida nos comentários: http://www.lowcarb-paleo.com.br/2014/11/desempenho-atletico-de-elite-e-dieta.html

FALSO 

como sempre o Souto só fala bosta, é apenas mais um marketeiro parcial para vender lowcarb.

 

Ao pessoal com cérebro, da uma lida sobre o desempenho sobre keto/lowcarb/etc:

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