Fcheic 68 Postado Setembro 4, 2017 às 20:50 Postado Setembro 4, 2017 às 20:50 (editado) Talvez não interesse a todos, talvez a ninguém, talvez a alguém, conhecer o que é a Umbanda. Essas palavras serão escritas na sua maioria pelo que eu tenho de conhecimento dessa religião, conforme tudo o que eu estudei, aprendi praticando dentro do terreiro e aprendi com as próprias entidades espirituais que se manifestam através da mediunidade dos frequentadores. Citarei fontes quando essas forem necessárias de serem citadas e postarei o máximo de informação possível caso venha a interessar aquele que adentrar o tópico com a mente aberta para entender o que é essa religião, de onde surgiu, no que acredita, quais são os mitos, mentiras e mau uso através do nome dela pelo mundo afora. Primeiramente é importante ressaltar que a Umbanda é a única religião genuinamente brasileira, ou seja, ela carrega vertentes de outros ritos mas nasceu aqui no Brasil, no Rio de Janeiro conforme conta a história. Atualmente a Umbanda tem pouco mais de 100 anos de existência, sendo que nasceu formal e oficialmente em 1907/1908. Abaixo, está inserido o texto da Wikipédia sobre a definição e história da Umbanda para que se entenda melhor através de datas e passagens históricas desde seu surgimento: Umbanda Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. A Umbanda é uma religião brasileira que sintetiza vários elementos das religiões africanas e cristãs, porém sem ser definida por eles.[1] Formada no início do século XX no sudeste do Brasil a partir da síntese com movimentos religiosos como o Candomblé, o Catolicismo e o Espiritismo. É considerada uma "religião brasileira por excelência" com um sincretismo que combina o Catolicismo, a tradição dos orixás africanos e os espíritos de origem indígena.[2][3] No Brasil, o Rio Grande do Sul tem a maior proporção nacional de adeptos da Umbanda e do Candomblé: 1,47%, quase cinco vezes o percentual do estado da Bahia.[4][5] O dia 15 de novembro, já considerado pelos adeptos como a data do surgimento da Umbanda[6][7], foi oficializado no Brasil em 18 de maio de 2012 pela Lei 12.644.[8] Em 8 de novembro de 2016, após estudos do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), a Umbanda foi incluída na lista de patrimônios imateriais, por meio de decreto.[9] Etimologia "Umbanda" ou "embanda" são oriundos da língua quimbunda de Angola, significando "magia",[3] "arte de curar".[10] Há também a suposição de uma origem em um mantra na Língua adâmica cujo significado seria "conjunto das leis divinas"[11] ou "deus ao nosso lado".[7] Também era conhecida a palavra "mbanda" significando “a arte de curar” ou “o culto pelo qual o sacerdote curava”, sendo que "mbanda" quer dizer “o Além, onde moram os espíritos”.[12] Após o Congresso de 1941,[13] declarou-se que "umbanda" vinha das palavras do sânscrito aum e bhanda, termos que foram traduzidos como "o limite no ilimitado", "Princípio divino, luz radiante, a fonte da vida eterna, evolução constante".[14] História Por volta de 1907[15]/1908 (15 de novembro de 1908)[7] (as fontes divergem quanto a data precisa), um jovem chamado Zélio Fernandino de Morais, prestes a ingressar na Marinha, passou a apresentar comportamento estranho que a família chamou de "ataques". O jovem tinha a postura de um velho dizendo coisas incompreensíveis, em outros momentos se comportava como um felino.[16] Após ter sido examinado por um médico, este aconselhou a família a levá-lo a um padre, mas Zélio foi levado à um centro espírita. Assim, no dia 15 de novembro, Zélio foi convidado a se sentar à mesa da sessão na Federação Espírita de Niterói,[15][7] presidida na época por José de Souza[7] . Incorporou um espírito, se levantou durante a sessão e foi até o jardim para buscar uma flor e colocá-la no centro da mesa, contrariando a regra de não poder abandonar a mesa uma vez iniciada a sessão. Em seguida, Zélio incorporou espíritos que se apresentavam como negros escravos e índios. O diretor dos trabalhos alertou os espíritos sobre seu atraso espiritual, convidando-os a sair da sessão quando uma força tomou conta de Zélio e disse:[17] “ Por que repelem a presença desses espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens? Será por causa de suas origens sociais e da cor? ” Ao ser indagado por um médium ele respondeu:[17] “ Se querem um nome, que seja este: sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque para mim não haverá caminhos fechados. O que você vê em mim são restos de uma existência anterior. Fui padre e o meu nome era Gabriel Malagrida.[18] Acusado de bruxaria, fui sacrificado na fogueira da Inquisição em Lisboa, no ano de 1761. Mas em minha última existência física, Deus concedeu-me o privilégio de nascer como Caboclo brasileiro. ” A respeito de sua missão, assim anunciou:[19][7] “ Se julgam atrasados esses espíritos dos negros e dos índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho para dar início a um culto em que esses negros e esses índios poderão dar a sua mensagem e assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem o meu nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminho fechado para mim. ” No dia seguinte, na residência da família de Zélio, na Rua Floriano Peixoto, nº. 30, em Neves (São Goncalo), reuniram-se os membros da Federação Espírita, visando comprovar a veracidade do que havia sido declarado[20] pelo jovem. Novamente incorporou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, que declarou que os velhos espíritos de negros escravos e índios de nossa terra poderiam trabalhar em auxílio do seus irmãos encarnados, não importando a cor, raça ou posição social.[7] Assim, neste dia fundou o primeiro terreiro de umbanda chamado de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.[15] O espírito estabeleceu normas como a prática de caridade, cuja base se fundamentaria no Evangelho de Cristo e seu nome "Allabanda",[21] substituído por "Aumbanda", e posteriormente se popularizando como "Umbanda".[20] No ano de 1918, fundaram-se sete tendas para a propagação da Umbanda: Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia, Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição, Tenda Espírita Santa Bárbara, Tenda Espírita São Pedro, Tenda Espírita Oxalá, Tenda Espírita São Jorge e Tenda Espírita São Gerônimo. Até a morte de Zélio em 1975, mais de 10.000 templos foram fundados além destes iniciais.[22] Em 1939 com o objetivo de acabar com polêmicas e na tentativa de uma unificação foi criada a União Espírita de Umbanda do Brasil.[23] A partir desse momento, somente as práticas que seguiam os fundamentos propostos pelo Caboclo Sete Encruzilhadas passaram a ser consideradas como umbandistas.[24] Em 1940, o escritor Woodrow Wilson da Matta e Silva apresentou a Umbanda como ciência e filosofia, criando então a Escola Iniciática da Corrente Astral do Aumbhandan, a "Umbanda Esotérica" na Tenda Umbandista Oriental, em Itacuruçá, no Rio de Janeiro.[25] Mesmo após as tentativas de unificação, nas décadas de 40, 50 e 60 ainda existiam inúmeros terreiros no Rio de Janeiro não vinculados à União Espírita de Umbanda do Brasil principalmente por discordarem das normativas propostas pela federação e por serem consideradas "atividades isoladas". Esses terreiros realizavam práticas ritualistas sob a denominação de Umbanda, por exemplo a Tenda Espírita Fé, Esperança e Caridade e Pai Luiz D'Ângelo, praticante do segmento Umbanda de Almas e Angola.[7] Em 1941 a UEUB organizou sua primeira conferência, o I Congresso Brasileiro de Espiritismo de Umbanda[26] como forma de tentar definir e codificar a Umbanda como como uma religião por seu direito e como uma religião que une todas as religiões, raças e nacionalidades. A conferência também promoveu uma dissociação das tradições afro-brasileira.[13]Os participantes concordaram em fazer uso das obras de Allan Kardec como fundação doutrinária da Umbanda, enquanto se dissociando das outras tradições religiosas afro-brasileiras.[27] Ainda assim, os espíritos fundadores da Umbanda, os Caboclos e os Preto Velhos ainda foram mantidos como espíritos altamente evoluídos. Em termos gerais, os participantes do Congresso se esforçaram em legitimar a Umbanda como uma religião altamente evoluída, por exemplo, afirmando que a Umbanda já existia como uma religião organizada há bilhões de anos estando então a frente de todas as outras religiões. Como parte desses esforços em definir a Umbanda como uma religião original e altamente evoluída, os participantes procuraram remover suas raízes africanas e afro-brasileiras, a origem da Umbanda foi rastreada até o Oriente, de onde disse ter se espalhado para Lemúria[28] e subsequentemente para a África. No continente africano, a Umbanda teria se degenerado em fetichismo[27], e nessa forma foi trazida ao Brasil pelos escravos.[29] A influência africana na Umbanda não foi de todo rejeitada mas causada por uma corrupção da tradição religiosa original, como uma fase de retrocesso em sua evolução; a Umbanda foi exposta ao barbarismo na forma de costumes vulgares e praticada por pessoas com "costumes rudes e defeitos psicológicos e étnicos"[30] Outra forma de lidar com o caráter africano da Umbanda foi exposto na compreensão que se originou na África, porém na África Oriental (Egito), sendo então da parte mais "civilizada" do continente.[31] Um dos objetivos da conferência foi então rastrear as raízes "genuínas" da Umbanda até o Oriente; a invenção das raízes orientais juntamente com a rejeição das africanas,foi refletida na definição do termo "umbanda", que é de outro modo geralmente acreditado ser derivada do idioma Banto. Declarou-se que "umbanda" vinha das palavras do sânscritoaum e bhanda, termos que foram traduzidos como "o limite no ilimitado", "Princípio divino, luz radiante, a fonte da vida eterna, evolução constante".[14][13]. A partir da década de 1950, os setores mais humildes da população umbandista composta por negros e mulatos começaram a contestar o distanciamento da Umbanda das práticas africanas. A "umbanda branca" se opunha à tendência de recuperar os valores africanos presentes na religiosidade popular.[32] O segundo congresso ocorreu em 1961 evidenciando o crescimento da religião que teve sua imagem reconstruída pela imprensa, milhares de devotos compareceram ao Maracanãzinho com representantes de vários estados e a presença de políticos municipais e estaduais.[32] O jornal O Estado de S. Paulo noticiou a realização do congresso no Rio de Janeiro afirmando que a "preocupação central do Congresso parece ser a elaboração de um código que orientará a feitura de uma Carta Sinódica da Umbanda". No mesmo ano, o jornal Diário de S. Paulo publicou uma grande reportagem com o título "Saravá meu Pai Xangô, Saravá Mamãe Oxum", onde o jornalista descreve uma "sessão assistida pelos repórteres a convite do deputado gaúcho Moab Caldas".[33] No terceiro congresso realizado em 1973[34] a Umbanda afirmou-se em definitivo como uma religião expressiva no campo das atividades assistenciais, além dos centros onde ocorriam as atividades espirituais, a religião contava com escolas, creches, ambulatórios etc articuladas em torno da missão de promover a caridade e a ajuda.[35] Na década de 80, a Umbanda teve seu auge ao ser declarada como religião de muitas personalidades como os cantores Clara Nunes, Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes, Baden Powell, Bezerra da Silva, Raul Seixas, Martinho da Vila entre outros.[36] Na década de 90 a Umbanda e outras religiões de matrizes africanas foram alvo do crescente neopentecostalismo brasileiro. Nessa época também fundou-se a Faculdade de Teologia Umbandista, mantida pela Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino[37] fundada por Rigas Neto na Água Funda, São Paulo Editado Setembro 5, 2017 às 17:36 por Fcheic Zé Ninguém reagiu a isso 1
Zé Ninguém 547 Postado Setembro 5, 2017 às 00:44 Postado Setembro 5, 2017 às 00:44 Cresci em um lar evangélico. Fui condicionado a sentir ódio e zombar do espiritismo e dos "macumbeiros". Mas depois de adulto percebi que fui tolo. São crenças bem interessantes, na verdade. Hoje as respeito. Frangonator e Fcheic reagiu a isso 2
lukao1993 1329 Postado Setembro 5, 2017 às 12:16 Postado Setembro 5, 2017 às 12:16 Já tem um tópico sobre isso
Fcheic 68 Postado Setembro 5, 2017 às 13:37 Autor Postado Setembro 5, 2017 às 13:37 (editado) 3 horas atrás, lukao1993 disse: Já tem um tópico sobre isso O tópico referido é "qual sua religião" Esse tópico visa esclarecer mitos, lendas e mentiras que deturpam o verdadeiro sentido dessa religião, quebrando os velhos "ouvi dizer que" e trazendo novos "segundo fontes e pratica direta de quem frequenta e já teve os mesmos preconceitos"... A Umbanda nem foi citada no tópico, e mesmo que muitos não saibam, é a UNICA religião brasileira que existe Editado Setembro 5, 2017 às 15:31 por Fcheic
Fcheic 68 Postado Setembro 5, 2017 às 14:25 Autor Postado Setembro 5, 2017 às 14:25 16 horas atrás, Mandarim disse: Macumba Macumba, o que é? Macumba[1] segundo o parecer da escritora espírita Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho: "designação de instrumento musical de percussão que os negros trouxeram da África; aqueles que tocavam esse instrumento eram chamados de macumbeiros. As expressões se deturparam e, hoje, infelizmente designam a prática do mediunismo sem estudo e até quem faz maldades. Macumba também é o apelido de uma árvore africana à qual era usada para criar o instrumento. Fonte Wikipédia. Portanto, chamar alguém de macumbeiro quando não sendo um ignorante completo, é o mesmo que chama-lo de musico ou de árvore. Como já foi explicado no primeiro post o que é a Umbanda e sua história, segundo fontes, agora irei explicar um pouco dos porquês, no que a Umbanda acredita e o que defende. A Umbanda resumida pode ser vista como a manifestação de espíritos para a pratica da caridade. Primeiro tem-se que entender que caridade não significa assistência social e nem solidariedade, portanto, fazer doações de roupas, alimentos ou mesmo dinheiro, promover campanhas de arrecadamento, ajudar uma velhinha a atravessar a rua, defender o fraco ou o oprimido NÃO é caridade. O que é uma entidade, guia ou espírito de Umbanda? A caridade, segundo as próprias entidades da Umbanda, seria a doação de mais consciência para o ser. E como isso funciona? Pode se comparar uma entidade de Umbanda a um psicólogo espiritual, um ser que já encarnou inúmeras vezes, errou muito e acertou muito, viveu diferentes épocas e diferentes situações e hoje em dia, já não possuindo mais um corpo de carne (desencarnado) possui todas as memórias e experiências de suas vidas e sendo assim, possui mais consciência do que nós encarnados que somos limitados a ter a consciência apenas dessa vida atual, enquanto interagimos nesse plano. Sabemos que desde os povos tribais e indígenas, eram realizados cultos aos espíritos ancestrais para invoca-los na tribo e pedir os seus conselhos. Essa é uma arte milenar que acompanhou diversos povos e tribos além dos indígenas, e sempre serviu ao propósito de ajudar os seres que estão inseridos nesse plano a diminuírem ao menos um pouco o peso do fardo que carregam. Vejam bem, uma entidade espiritual é um espirito como todos nós, com a diferença que não possuem mais um corpo de carne e tem mais consciência que nós e por isso podem nos auxiliar. Não devemos pensar neles como diferentes de nós, a essência em si é a mesma e o que difere é a consciência. Você pode pensar no porque eles possuem as lembranças de outras vidas e a gente não, e nisso cabe uma explicação bem simples: Primeiramente temos que ter noção de que não somos perfeitos. Em outras vidas que já tivemos podemos ter sido pessoas totalmente más, que prejudicaram de várias formas outras pessoas, mataram, estupraram, torturaram. Você acha que não há possibilidade que você tenha praticado essas barbáries? Não se deve ser tão inocente, se fossemos seres tão sábios e iluminados quanto muitas vezes julgamos ser, não estaríamos mais aqui nesse mundo de provações. Agora imagine que você foi um assassino em outra vida, e como resgate cármico você está nessa para redimir e reequilibrar suas faltas. Até ai tudo bem você ter consciência disso né? Mas vamos mais afundo, descobrindo que você assassinou seu próprio pai em outra vida e por isso vocês nunca se deram bem nessa. Superar suas diferenças nessa vida ajudará a reequilibrar a questão cármica pelo menos em partes, mas se você soubesse, não buscaria concertar as coisas por vontade própria mas sim por medo ou por querer se livrar desse carma, ou talvez se fosse o contrário e seu pai tivesse lhe matado em outra vida, por uma situação totalmente grande e emocional, provavelmente você o mataria nessa existência. Os seres espirituais que já se livraram de suas cargas emocionais, carmas maiores e não se prendem mais nas existências que já tiveram, tem a chance de trabalhar auxiliando aqueles que ainda estão na caminhada. Eles já não possuem conceitos ou prisões materiais, não possuem prendimento emocional com família ou relacionamentos, eles tem consciência de serem seres espirituais e do valor que eles devem dar a todos os outros serem e não só aos seus familiares. Nós enquanto na terra costumamos ter a mente condicionada ao “proteger aos meus” e por isso não nos importamos com o irmão dormindo na rua e passando fome, mas buscamos dar o bom e o melhor aos nossos filhos; esse é um dos desprendimentos que seres com mais consciência possuem, família significa todos os seres e não os seus de sangue.
Fcheic 68 Postado Setembro 5, 2017 às 20:50 Autor Postado Setembro 5, 2017 às 20:50 (editado) Porque seres espirituais ditos “evoluídos” na Umbanda fumam e bebem? O médium de Umbanda enquanto encorporado a uma entidade espiritual (veja que o espirito não entra dentro do corpo do médium, pois isso é caracterizado como possessão, ele fica ao lado do médium, acoplado em seus chacras ou centros de energia vital e através dessa ligação se manifestam mental e fisicamente no corpo do médium) enquanto está em uma gira de Umbanda, seu corpo físico recebe toda a carga de energias negativas que buscam invadir a gira e encontrar uma brecha, além de que quando alguém consulta com a entidade do médium (é chamado consulta quando alguém de fora busca auxilio com a entidade encorporada) essa pessoa descarrega toda sua carga emocional e energias negativas de todas as mazelas que está passando no momento enquanto está em contato e se comunicando com a entidade no corpo físico do médium, existe também o fato de pessoas que estão acompanhados de “encostos” que são espíritos desencarnados que estão acompanhando a pessoa seja como um familiar morto que não se deu conta de sua nova realidade e fica seguindo a pessoa e tentando se comunicar, acabando por sugar a energia dela (vide lendas de vampiros) ou mesmo seres sem luz que trabalham em troca de elementos de baixa vibração como sangue e outros elementos considerados sagrados e proibidos como alimento energético, esses seres são muitas vezes pagos para atrapalhar a vida das pessoas. Elucidarei isso em outro post com as ideias de “amarração amorosa” e semelhantes. Quando essa pessoa consulente despeja toda sua carga energética através de contato direto, o corpo do médium (físico e enegético) acaba sofrendo esses choques de energia e muitas vezes algumas delas se grudam ao corpo do médium incorporado, nesse sentido entra o fundamento da bebida e do tabaco dentro do terreiro de Umbanda usado por algumas entidades. Primeiramente, só é permitido a uma entidade fazer uso desses elementos, quando ela se confirma dentro do terreiro. Confirmar significa que a entidade passou junto ao médium todo o processo de desenvolvimento, ligação e afinidade de energias e já consegue se acoplar ao corpo energético do médium de maneira a se manifestar mental e fisicamente. Quando isso acontece, a entidade deve “riscar seu ponto” ou seja, é lhe dado um tablado e uma pemba, que são um pedaço de madeira quadrado como se fosse um quadro e uma espécie de giz escolar branco ou de outras cores, essa entidade risca esse tablado com símbolos cabalísticos próprios, que depois de analisados pela entidade chefe da casa, funcionam como a “identidade astral” daquele ser, para que se saiba se ele realmente é quem diz ser ou é apenas um espírito zombeteiro ou o próprio médium tentando se passar pelo real dono do nome. Quando essa entidade se confirma, ela diz o nome da falange ao qual atua (não se usa nomes próprios pois eles já não encarnam e como usaram vários nomes em várias vidas, é dado o nome da hierarquia espiritual ao qual pertence) diz quais elementos usa para trabalhar (tipos de ervas, velas e cores) seus campos principais de atuação (encaminhamento de espíritos, guarda e sentinela do terreiro, abertura de caminhos etc) quais são os tipos de roupas e cores que usam (capas e cartolas por exemplo protegem uma boa quantia de choques energéticos que o médium venha a tomar, principalmente na coroa ou chacra coronário) e qual sua bebida e fumo preferido para descarrego, além de guias (colares de contas usados no pescoço do médium) dentre outras particularidades. Quando essa entidade, já firmada e confirmada pede sua bebida e fumo característicos, cabe ao médium usar do bom senso para não acabar interferindo no uso enquanto existe a comunicação. Médiuns que tem problemas com vícios alcoólicos por exemplo podem até ser proibidos de deixarem suas entidades beberem, pois de uma forma ou outra o corpo físico do médium também absorverá o álcool como uma lei material natural, podendo trazer desejo do médium beber mais. Assim, conforme explicado pelas próprias entidades, o médium recebe muita influência energética negativa durante os trabalhos, então citarei cada um dos fundamentos do álcool e do tabaco: O tabaco é uma planta usada milenarmente por diversas tribos em seus rituais, é uma planta que recebe primeiramente a influência do elemento TERRA, e para crescer e desenvolver necessita do elemento AGUA, depois de secado suas folhas e transformado em um charuto por exemplo, é acendido e permanece queimando no elemento FOGO e exalando sua fumaça (que não precisa e nem deve ser tragada) através do elemento AR, por isso é comum nas giras a entidade soprar a fumaça as vezes no descarrego energético dos consulentes, pois é a transformação dos 4 elementos sendo usada para desagregar energias mais densas, assim como no próprio médium enquanto a entidade faz uso. O álcool é um dos elementos naturais de mais fácil combustão e transformação de seu estado para outro plano. É muito utilizado para limpeza e para gerar energia devido as suas propriedades. Ele é extraído da cana, uma planta que cresce na influência do elemento TERRA e AGUA, depois de feito o processo e transformado em bebida ele “desce queimando” e evapora no ar, utilizando dos dois outros elementos FOGO e AR para isso. Quando ingerido em pequenas quantidades, serve principalmente para limpar o corpo físico do médium ao mesmo tempo que sua evaporação e combustão permitem a limpeza energética. O uso de bebidas em rituais tribais é tão antigo quanto o do tabaco. Existem outros fundamentos que explicam ainda mais a fundo questões dos porquês de uso desses elementos pelas entidades, creio que não convém me alongar mais no assunto, pois o mais prático já está sendo aberto nessa explicação. É totalmente um mito e irracional achar que seres que julgamos mais evoluídos, fariam uso de bebida e álcool como costumes ainda que tinham enquanto encarnados. Já ouvi de entidades, que se eles precisassem desse tipo de coisa como o povo acreditam, se encostariam em bares e botecos para sugar a energia desses elementos antes de vir para a gira, essa necessidade é nula e não existe aos espíritos da Umbanda, tanto que em muitos casos as entidades não fazem uso deles, ou mesmo se o médium está em algum tratamento de saúde usando medicamentos, eles respeitam não usam. E mesmo médiuns que precisam levar um litro inteiro de bebida ou mesmo uma carteira inteira de cigarros ou uma caixa de charutos por trabalho, estão muito mais fazendo uso eles mesmos dessa quantia e fazendo seus guias (que não necessitam disso) se afastarem. O principal problema é que ainda nem mesmo a maioria dos médiuns está ciente do porque as entidades fazem uso desses elementos durante um trabalho de Umbanda, quem dirá o povo de fora, que não conhece e critica totalmente a religião. No próximo tópico: Vela preta, galinha morta e pinga, isso é usado na Umbanda? Os fundamentos da magia ritualística Editado Setembro 5, 2017 às 20:52 por Fcheic
Crespo1978 2923 Postado Setembro 5, 2017 às 22:49 Postado Setembro 5, 2017 às 22:49 É coisa do tinhoso. Enviado do meu iPhone usando Tapatalk
HEAVY DUCCI 990 Postado Setembro 6, 2017 às 01:19 Postado Setembro 6, 2017 às 01:19 Tem uma família aqui na cidade que ganha uma grana com macumba, tem "trabalho" que custa mais de 100k (muito mais as vezes)... Chegam a fazer viagem para praia para fazer os trabalhos no mar. Eu acho que tem muita enganação no mundo espírita, não só pela questão de dinheiro, mas mto pelo ego, pessoas que qrem se passar por melhores que as outras, inventando dons apenas para se passar como escolhidos, seres superiores. Ou até mesmo para tirar o seu da reta, ou dar desculpa para merdas que fazem, do tipo "Ah, naquela época que fiz aquelas coisas, tinham espíritos ruins me levando para o mau caminho"... Já vieram com esse tipo de papo quando inventaram coisas de mim, por inveja da minha aproximação com outra pessoa, e era gente da família. A fdp teve a cara de pau de falar que um espírito ligou para as pessoas e mentiu a meu respeito.. Desmascarei a pessoa para a família inteira, acho que ela nunca passou tanta vergonha, mandei tomar no cu e nunca mais levei a pessoa a serio, na vdd ngm nunca mais levou. Cresci em família espírita kardecista, frequentei algumas vezes centros umbanda, tive algumas experiências, acredito em muita coisa da doutrina (espiritismo é doutrina e não religião), o problema é acreditar em pessoas, pior, acreditar em pessoas que se sentem superiores a você. Quanto a macumba, não acredito. Acredito que Deus não ia deixar ngm usar esses "cheats" pra se dar bem na vida. Zé Ninguém e perverso reagiu a isso 2
Fcheic 68 Postado Setembro 6, 2017 às 10:51 Autor Postado Setembro 6, 2017 às 10:51 9 horas atrás, HEAVY DUCCI disse: o problema é acreditar em pessoas Isso é uma grande verdade. É muito fácil uma pessoa mentir e se passar por um ser espiritual, fraudes nesse meio são tão comuns quanto em qualquer outro. Conheço médiuns no terreiro que eu frequento que já tem 20 anos de Umbanda e a unica coisa que a gente vê quando "encorpora" é o próprio ego e vaidade se manifestando por trás de uma máscara. As entidades dele sempre são as chefes de todas as outras e blá blá blá, como se seres evoluídos de verdade espiritualmente viessem se manifestar na terra para se gabar que são os maiorais. Mas um médium desse jamais voltará atrás pois toda a estrutura da vida espiritual dele é baseada em mentiras. Mas ele tem o crédito que merece, ninguém confia. É como eu citei nos textos, gente usando o nome da Umbanda, da espiritualidade, de entidades e até de Deus para se aproveitar da boa fé das pessoas é o que mais tem por ai, e qualquer um que tenha um pouco de bom senso ou não esteja tão desesperado por ajuda consegue identificar charlatanismo. O problema é que isso muitas vezes tira o crédito de todos os outros que querem fazer algo de bom. É como a política, ou uma igreja evangélica. Eu não duvido que exista gente realmente comprometida em ajudar, mas por tanto roubo e extorsão que vemos por ai acabamos generalizando que TODOS são assim. Assim é com quem meche com espiritualidade também. Já vi no terreiro que frequento o tipo de pessoa que citei mas já vi também pessoas serem curadas de doenças desenganadas por médicos. Vi famílias se reestruturarem, pessoas largarem vícios e mais uma infinidade de coisas. Isso, junto ao fato de que a Umbanda não tenta arrebanhar fiéis dizendo: "Você foi ajudado, agora precisa começar a frequentar o terreiro" são os motivos principais que me fazem querer continuar aparecendo lá. Se a pessoa nunca mais voltar nem para agradecer por alguma graça recebida, não se ouve nenhuma reclamação ou comentário a respeito, essa é a obrigação e o motivo das entidades virem pra trabalhar. HEAVY DUCCI e perverso reagiu a isso 2
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