Ir para conteúdo
  • Cadastre-se

Posts Recomendados

Postado

Estou suplementado com essa espécie de hipercalórico antes de dormir, objetivo de bulking

 

Waxy Maize 40g

Albumina 30g

Aveia 20g

 

Sei que a albumina é absorvida em 3-4 horas ,não sei ao certo o Waxy Maize e a aveia quanto demoram... 

Meu objetivo com a aveia é atrasar mais ainda a absorção da albumina, acontece de fato? 

Tomar esse blend antes de dormir vai gerar um pico de insulina? Isso pode me fazer mal ao longo prazo? Diabetes? Atrapalhar liberação de GH?

Publicidade

Postado

Näo entendo por que comer Maizena antes de dormir. Eu procuraria uma fonte mais rica em fibras, vitaminas e minerais, como por exemplo, aumentando a quantidade de aveia.

Spoiler

Estava lendo sobre novos suplementos e acabei encontrando este artigo escrito pelo David Barr. A hora me interessei por ele, pois se tratava de um suplemento pouco comum ainda, mas que vem chegando com força e substituindo gradualmente o uso de maltodextrina e dextrose. Trata-se do WAXY MAIZE.

Para quem não conhece, Waxy Maize (WMS) é um tipo de amido de milho rico em amilopectina, uma macromolécula ramificada de aproximadamente 1400 resíduos de α-glicose conectados.

As empresas de suplementos tem comercializado o WMS com a alegação de que ele repõe os níveis de glicogênio mais rápido do que outras fontes de carboidratos em uma taxa de 70%, insinuado que o mesmo seria a melhor opção de reposição de glicogênio muscular. Cheguei a receber vários representantes de empresas aqui no consultório que me trouxeram amostras e fizeram as mesmas alegações. Testei comigo e aprovei todos os quesitos, incluindo diluição e sabor. Mas ainda não havia tido a oportunidade de avaliar com mais cuidado, até que li o artigo do David Barr e me vi convencido a ponto de não sentir nem necessidade de eu mesmo analisar, bastando apenas transcrever as palavras dele.

A experiência de David Barr em pesquisa inclui trabalhos para a NASA no Centro Espacial Johnson, assim como estudos relativos ao efeito do consumo de proteína sobre o crescimento muscular. Ele é autor de 2 livros e mais de 50 publicações sobre treinamento aplicado e suplementação.
Daqui pra baixo não são mais palavras minhas, mas os argumentos de uma pessoa bem mais entendida no assunto, com muito mais recursos e acessos. Vamos lá.

O Mito de amido de milho ceroso - Por: David Barr 29 de janeiro de 2009

O que é amido de milho ceroso? amidos cerosos são hidratos de carbono derivados de várias fontes tais como arroz, cevada e milho. O nome "ceroso" se refere ao fato de que, sob um microscópio existe uma grande semelhança com a cera real, embora seja apenas na aparência.

A principal característica do amido ceroso é que ele contêm, geralmente, uma grande quantidade de amido altamente ramificado chamado amilopectina. Um polímero altamente ramificado de glicose encontrado nas plantas. É um dos dois componentes do amido, o outro é a amilose. É solúvel em água.

Agora que sabemos do que estamos falando, é hora de vermos o mito. Começa pelo mito de que WMS é um tipo de carboidrato muito rápido por causa de sua alta concentração de amilopectina (> 99%), e enorme peso molecular e, devido a este peso molecular, WMS é absorvido pelo intestino mais rapidamente do que a dextrose ou a maltodextrina "carboidratos de rápida absorção", que por sua vez resulta em armazenamento de glicogénio muito maior.

Infelizmente, essas afirmações não podem ser fundamentadas. Na verdade, existem poucos estudos ainda realizados em WMS, e eles não são o que você poderia esperar. Felizmente, a primeira pesquisa sobre WMS não foi realizada apenas no exercício, mas a fez em atletas treinados, tornando seus resultados mais relevantes. Vamos dar uma olhada.

Top Secret: A Estudos WMS – O primeiro estudo comparou milho na forma de dextrose, WMS, e um placebo (4). Em contraste com reivindicações comuns, após a ingestão, tanto os níveis de glicose no sangue e resultantes de insulina foram semelhantes entre WMS e placebo, e 3 vezes mais baixa que a dextrose. O rendimento do esforço, medido durante o exercício de ciclismo, não foi diferente, quer após o uso dextrose ou ingestão WMS, foram semelhantes. Resumindo: O açúcar no sangue e insulina foram semelhantes no WMS, mas muito inferior à dextrose. 
O estudo seguinte examina a ressíntese de glicogénio em 24 horas utilizando WMS, maltodextrina, dextrose, ou amido lento (6). Com WMS o armazenamento de glicogénio induzido e o desempenho de esforço posterior não foi diferente do encontrado com o consumo dextrose ou de maltodextrina.

Um estudo mais recente observou WMS "amilopectina" em comparação com maltodextrina, sacarose (açúcar de mesa), e amido lento, utilizando 1 hora de testes de índice glicêmico (conduzidos por um dos pesquisadores que o inventaram em 1980) (1). Mais uma vez, o desempenho do WMS contradiz as afirmações frequentes sobre sua rápida absorção. Desta vez, os níveis de glicose no sangue não eram apenas menores do que os da maltodextrina, mas menor ainda do que o da sacarose. Na verdade, a resposta glicêmica do WMS foi baixa o suficiente para que os pesquisadores o chamassem de "tratamento de baixo índice glicêmico", como o amido lento.

Em um outro estudo procurou-se, especificamente, investigar a resposta glicemica da ingestão de WMS comparada com uma mistura de maltodextrina e uma pequena quantidade de sacarose, e o pão branco (10). Curiosamente, a resposta de glicose sanguínea resultante de WMS foi semelhante ao de pão! Como seria de esperar, esta também foi um pouco menor do que a mistura de maltodextrina + sacarose. Além disso, a resposta da insulina foi significativamente menor para WMS, mesmo em comparação com o pão (e, claro, muito menor do que maltodextrina). Ou seja, um pedaço de pão era capaz de obter melhores resultados.

 

Crie uma conta ou entre para comentar

Você precisar ser um membro para fazer um comentário

Criar uma conta

Crie uma nova conta em nossa comunidade. É fácil!

Crie uma nova conta

Entrar

Já tem uma conta? Faça o login.

Entrar Agora
×
×
  • Criar Novo...