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Perdendo a fé em Deus e entrando em depressão - Ajuda séria


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Tive uma desilusão muito grande hoje. Passei dois anos rezando pra ser nomeado em um concurso e não fui atendido. Não apenas isso mas tentei melhorar como cristão sendo generoso ao fazer caridade e me afastando do pecado.

Não fiz isso apenas como um comércio espiritual para ganhar algo em troca, mas estava realmente acreditando na necessidade de crer em Jesus Cristo para salvar a alma. O problema é que minha experiência mais profunda com a realidade de Cristo foi através do uso de LSD. Usei e "pirei" em Cristo. Fiquei meio que obcecado por Ele durante o efeito, sentindo de forma quase opressiva a profunda verdade de sua existência e a necessidade de nele crer e seguir para salvar a alma.

Eu realmente acreditei que orando e sendo uma boa pessoa Deus iria prover esse novo cargo pra mim pra me tirar da depressão que minha vida virou desde que minha ex mulher se separou levando minha filha. Na época que isso aconteceu também fiquei com a fé abalada pois havia orado muito para que Deus não permitisse a desunião da minha família.

Através dessas experiências fiquei com a sensação de que tentar ser boa pessoa e orar não adianta nada, pois só acontece o que é da suposta vontade de Deus mesmo.

Ainda amo Cristo por causa da sua história e ensinamentos registrados nos Evangelhos, mas não consigo ter o mesmo sentimento por Deus. Sei que isso pode parecer estranho pois Jesus é teoricamente também Deus e consubstancial a Ele. No entanto, identifico - me com Cristo pois Ele foi não apenas Deus mas plenamente homem e sofreu como nós sofremos. A dor de Cristo foi a maior dor que um homem já sentiu, logo, todo aquele que sofre pode se identificar com Cristo.

Por outro lado, Deus parece distante da experiência humana, além de ter um lado vingativo não presente em Cristo. Estou quase a ponto de dizer que amo Cristo mas não gosto de Deus, embora eu tenha plena consciência do absurdo contraditório dessa afirmação.

Às vezes fico revoltado por Deus não ter atendido minhas preces e tenho vontade de abandonar a religião, mas fico com medo pois se mesmo orando e tentando ser bom, Deus parece não se importar comigo, se eu o abandonasse então daí talvez ele não apenas me ignorasse mas até me punisse de alguma forma. Nessa circunstância, ser temente a Deus vira uma espécie de rito forçado de auto preservação movido pelo medo, como um comerciante que paga a mensalidade da máfia não por que ela o beneficia de qualquer forma mas apenas por medo da retaliação caso não colabore. Assim, Deus deixa de ser um Ser que nos ama e quer nos ajudar e se transforma em uma espécie de ditador respeitado pelo temor que gera e no potencial de destruição (e não de bênçãos) que pode causar.

Já vou antecipar uma possível resposta cliché para poupar tempo: "Como uma criança, muitas vezes pedimos ao nosso pai celestial coisas que Ele sabe melhor que não seriam boas para nós, e por isso ele não nos atende, ou seja, para nosso próprio bem".

Não posso acreditar nisso. Não consigo crer que toda vez que uma mãe ora pela saúde de seu bebê doente e não é atendida, é por que isso era o melhor, embora ela não compreenda. Acreditar nisso seria acreditar que vivemos no melhor dos mundos possíveis e que Deus faz sempre o melhor pra nós. Considero essa uma resposta conveniente e simplista (até ingênua) que não compreende a complexidade do sofrimento humano na Terra. Acreditar nisso seria acreditar que todos vivem a melhor das vidas possíveis e que tudo que acontece é para o nosso bem, incluindo sofrimento, doença, etc.

Eu não ficava triste assim há três anos, desde que minha ex foi embora. Acho que estou realmente entrando em uma crise existencial e depressiva profunda. Não me vejo nem conseguindo voltar ao trabalho. Vou acabar pegando licença saúde.

Fiz esse tópico para desabafar e também quem sabe ouvir alguma palavra que me ajude. Obrigado.

PS: Só não considero suicídio pois não quero deixar minha filha sem pai. E também teria medo de ser punido por Deus por ter tirado minha própria vida. Já não basta todo sofrimento na Terra, ter que continuar sofrendo no inferno não dá.

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Ué, estuda de novo e passa em outro concurso, qual o drama?

Eu já sou concursado e ganho relativamente bem. Mas esse concurso ia dobrar meu salário. Além disso eu ia mudar pra outra capital possibilitando eu dar uma virada de página na minha vida. Minha namorada por exemplo não ia precisar mais trabalhar e passar stress com clientes idiotas pra enriquecer o patrão passando mais de duas horas por dia dentro de um ônibus sem ter tempo ou energia para cuidar de sua saúde ou aparência.

Concursos como esse são raros e concorridos, não vai aparecer outro amanhã. Mas o mais importante é que ele simbolizava pra mim uma transição de fase na minha vida me tirando do sofrimento que vivo desde que minha mulher foi embora com nossa filha. Ia ser o começo de uma nova era em que meu passado de profunda dor ia ser deixado pra trás definitivamente.

Buldogue, não se trata de nenhuma trivialidade ou tempestade em copo de agua. Se você não tem nada a dizer pra ajudar peço respeitosamente a gentileza de se omitir neste tópico. Obrigado.

Postado

Vc era feliz com seu emprego mas se sentia miserável por não ter namorada

 

Agora tem namorada, mas é miserável com seu emprego

 

 

Volta no daime tirar esses bloqueios...

 

O sofrimento do passado fica na alma, e forma bloqueios no fluxo energético, impedindo que vc se mantenha puro

 

Essa energia bloqueada tem um aspecto autônomo, tem "desejo" de ficar viva igual tudo no universo

 

Esses bloqueios tem capacidade de sequestrar sua mente, os pensamentos obsessivos vem disso, para fazer você ter maus sentimentos e alimentar esse monstro que vive em você... É assim, literalmente

 

Vc era feliz com seu emprego agora ele te faz miserável, se não fosse isso era seu pulso, ou sua falta de namorada

 

Sempre será qualquer coisa, se vc não limpar seus bloqueios e traumas sempre se sentirá miserável

Postado

Vc era feliz com seu emprego mas se sentia miserável por não ter namorada

 

Agora tem namorada, mas é miserável com seu emprego

 

 

Volta no daime tirar esses bloqueios...

 

O sofrimento do passado fica na alma, e forma bloqueios no fluxo energético, impedindo que vc se mantenha puro

 

Essa energia bloqueada tem um aspecto autônomo, tem "desejo" de ficar viva igual tudo no universo

 

Esses bloqueios tem capacidade de sequestrar sua mente, os pensamentos obsessivos vem disso, para fazer você ter maus sentimentos e alimentar esse monstro que vive em você... É assim, literalmente

 

Vc era feliz com seu emprego agora ele te faz miserável, se não fosse isso era seu pulso, ou sua falta de namorada

 

Sempre será qualquer coisa, se vc não limpar seus bloqueios e traumas sempre se sentirá miserável

Obrigado. De qualquer forma, "easier said than done" né mestre

Postado (editado)
6 horas atrás, A_Almeida disse:

 

Tive uma desilusão muito grande hoje. Passei dois anos rezando pra ser nomeado em um concurso e não fui atendido. Não apenas isso mas tentei melhorar como cristão sendo generoso ao fazer caridade e me afastando do pecado.

Passa em concurso quem estuda mais, e não quem tem mais fé.

 

Recomendo ler:
 

Investigando o poder da oração

Spoiler

Enquanto houver religião, haverá preces e orações. Afinal, o que seria do conceito de religar o indivíduo ao divino sem uma via de contato espiritual? Na mão de oportunistas, fé é negócio lucrativo. No entanto, quando sincera, ela tem o poder de impelir o Criador do Universo a tomar parte de assuntos mundanos, que incluem desde queixas banais até cultos de louvor e gratidão aos céus. Alguns teólogos defendem o sentimento ecumênico de que orar o Pai Nosso ou a surat al-fatiha é capaz de unir o espírito humano ao mesmo ser superior. Ou seja, tanto faz se prosternar aos deuses gregos ou a Jeová, o mais importante é ter um soberano a quem servir. Isso pressupõe que todas as culturas religiosas, até as mais conflituosas e díspares, são produtos de uma única e inescrutável verdade universal.

Mas a estrada para o sobrenatural é íngreme e repleta de contradições. Nenhum cristão ou hindu se preocupa em visitar Jerusalém para orar a Deus no Muro das Lamentações, como freneticamente fazem os judeus. Os católicos, por exemplo, colecionam santos esculturais que intercedem por seus fieis, algo que os evangélicos vilipendiam e consideram demoníaco. Preocupam-se com o deus do vizinho só para insultá-lo, jamais para prestar-lhe honra e glória. Experimente soltar ladainhas numa mesquita cheia de jihadistas: talvez eu esteja enganado, mas nem todos os anjos do paraíso salvarão seu lindo pescoço.

Não sabemos se o trono celestial está vazio ou ocupado por Alá, Marduk ou Brahma, – eu, por exemplo, posso apostar que não existe trono nenhum –, mas é fato curioso que a prece sirva também como fonte de panaceia para bilhões de pessoas ao redor do mundo. Afirmar que a oração tem poderes de cura mágica é algo que chama a atenção da medicina. Quantas vidas poderiam ser salvas se clamássemos socorro à divindade certa? Isso encorajou centenas de cientistas a investigarem se existe alguma relação de causa e efeito entre uma prece e o estado de saúde do paciente que a recebe. A maior e mais rigorosa pesquisa já realizada – que custou cerca de 2,4 milhões de dólares – foi coordenada por Herbert Benson, cardiologista e diretor do Mind/Body Medical Institute, no Massachusetts. Em um teste duplo-cego, Benson analisou o quadro clínico de quase 1800 pessoas que estavam sob tratamento cardiológico de ponte de safena, dividindo-as em três grupos: no grupo A, os participantes foram informados de que receberiam orações intercessoras vindas de diversas instituições religiosas. Os membros do grupo B, sem saberem de nada vezes nada, também foram contemplados. Somente o grupo o C não recebeu o amparo espiritual relacionado à pesquisa. Orações voluntárias de familiares e amigos, que certamente aconteceram, estiveram foram de controle.

O resultado da pesquisa, publicado em 2006 no American Heart Journal, revelou que o grupo C, aquele que não foi alvo da fé alheia, sofreu 1% a menos de complicações clínicas do que a marca de 52% dos integrantes do grupo B. A verdadeira surpresa foi que 59% dos pacientes do grupo A, que sabiam estar sendo alvo de milhares de orações, tiveram um número maior de problemas pós-cirúrgicos. Os pesquisadores concluíram o seguinte: “a oração de intercessão não teve efeito sobre a recuperação livre de complicações da revascularização do miocárdio, mas a certeza de receber a oração de intercessão foi associada a uma maior incidência de complicações”. Ora, se existe um ser onisciente, onipresente e onipotente ouvindo os clamores que ecoam na Terra, esperaríamos que as curas milagrosas tivessem um efeito mais grandioso do que geralmente costumamos ver. Poderiam dizer que, caso o quadro clínico dos pacientes fosse gripe, tudo teria dado certo.

Demonstrada a ineficácia da oração, muitos cristãos se puseram na defensiva, insinuando que o poder da fé está além do alcance da ciência e da estatística, ou que, por razões misteriosas, Deus atende ao chamado de uns e se indispõe a ajudar outros. A relação pacífica entre fé e ciência começa a desabar quando as descobertas científicas não coincidem com os interesses das crenças religiosas. Se por um lado Deus nos impede de mensurar a influência das preces na vida prática, por outro ele sugere que devemos acreditar nas coisas sem ter bons motivos, ou pelos motivos errados. Eis uma péssima ideia para um cético e um livre-pensador.

Em sua obra O dicionário do diabo, Ambrose Bierce definiu a oração como “o pedido de que as leis da natureza sejam suspensas em benefício do solicitante; ele mesmo sendo confessadamente não merecedor”. Christopher Hitchens teve a mesma acidez e perspicácia quando disse que “o homem que reza acredita que deus dispôs as coisas todas erradas, mas também acha que pode instruir deus sobre como corrigir tudo”, e que as rezas parecem “cópias de um servo suplicante diante do monarca mal-humorado”. Há quem reconheça que suplicar a Deus não substitui a medicina, mas oferece esperança e conforto aos moribundos a definhar nos leitos de hospitais. Entretanto, isso não garante nenhum resultado positivo e tampouco torna a fé o único recurso capaz de consolar a dor humana. Chega de alimentar o medo da morte com superstições.

http://www.universoracionalista.org/investigando-o-poder-da-oracao/

 

Editado por Faabs
Postado
6 horas atrás, A_Almeida disse:

 

 

Eu já sou concursado e ganho relativamente bem. Mas esse concurso ia dobrar meu salário. Além disso eu ia mudar pra outra capital possibilitando eu dar uma virada de página na minha vida. Minha namorada por exemplo não ia precisar mais trabalhar e passar stress com clientes idiotas pra enriquecer o patrão passando mais de duas horas por dia dentro de um ônibus sem ter tempo ou energia para cuidar de sua saúde ou aparência.

 

Concursos como esse são raros e concorridos, não vai aparecer outro amanhã. Mas o mais importante é que ele simbolizava pra mim uma transição de fase na minha vida me tirando do sofrimento que vivo desde que minha mulher foi embora com nossa filha. Ia ser o começo de uma nova era em que meu passado de profunda dor ia ser deixado pra trás definitivamente.

 

Buldogue, não se trata de nenhuma trivialidade ou tempestade em copo de agua. Se você não tem nada a dizer pra ajudar peço respeitosamente a gentileza de se omitir neste tópico. Obrigado.

Se tu tivesse usado o tempo no forum para estudar, o resultado poderia ter sido diferente, mas ao invés de pensar sobre issso, tu resolve culpar um cara barbudo que vive no céu.

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