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Postado
18 minutos atrás, Thorun disse:

Pelo que entendi, iniciantes podem começar com uma frequencia de treino maior, tipo AB por exemplo. A medida que há evolução pode então mandar uma frequencia menor e estímulos mais intensos, tipo ABC e posteriormente ABCDE, etc... Blz, isso já é meio senso comum no meio bodybuilding acho... Mas, e a respeito daquela recomendação de que para NATURAIS um nível de frequencia maior é mais adequado? 

Em outras palavras, pra um NATURAL é difícil/impossível que se chegue num nível de treinamento que torne ideal um treino ABCDE com forte estímulo por treino?naturais conseguem obter esse forte estímulo?

Enfim, imagino que isso seja de dificil resposta, não há verdade absoluta, mas fica aí o questionamento

 

Eu também defendo a alta frequência de treino para naturais.

 

Spoiler

IMG_0296.jpg

 

Qualquer natural pode copiar o treino de um hormonizado e dar um estímulo da mesma intensidade. Entretanto, as capacidades regenerativas dele não vão conseguir recuperar adequadamente, e a curva de super-compensação não vai existir. Essa também é a razão de muitas vezes treinos ABCDE não darem certo. Ou eles subestimam a capacidade recuperativa, e isso remete à aquela figura C do post original, ou o estímulo é muito forte e o corpo não dá conta de recuperar.Por isso acredito em estratégias que envolvem manipular o volume/intensidade e acumular fadiga durante a semana.

 

Em contrapartida, o pessoal tem sucesso com treinos no estilo Texas Method, Powerlifting to Win, 5/3/1 porque tem essa ondulação de volume e intensidade. Há dias de treino pesado e treino leve, mas todos de mesma natureza de estímulo. Eu acho que pra um natural intermediário essa é a melhor opção.

 

Spoiler

cycle.jpg

 

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Postado
31 minutos atrás, Norton disse:

E quanto ao método búlgaro baseado em alta frequência e alta intensidade gerando adaptabilidade e progressão de performance. Os naturais de verdade seguiam algo parecido antes dos ae's.

Eu falo que treino 7 dias na semana e muita gente me chama de doido...

Postado (editado)

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Fonte: livro Ciência e Prática do Treinamento de Força (2ª ed.) - Zatsiorsky & Kraemer 2006 

 

Os atletas da bulgária tinham várias seções de treino durante o dia, em uma duração total de até 6 horas. Para nosso conhecimento, os atletas da Grécia e da Turquia que se destacaram em 2000 e 2004 tinham um treino similar. As sessões de exercício eram limitadas em 60' ou 45'.  Duas sessões na manhã e duas na tarde são separadas por intervalos de 30'. A finalidade disso é que eles pressupõem que níveis elevados de testosterona livre no sangue podem ser mantidos por 45' até 60', e 30' de intervalo é o tempo necessário para restaurar os níveis do hormônio. (Essa presunção não é confirmada; a natureza precisa dos elevados níveis de testosterona durante exercícios de força ainda não foi esclarecida. No geral, a elevação pode ser induzida tanto por uma produção elevada de testosterona ou pela diminuição da quantidade dos receptores de testosterona nos músculos e em outros tecidos). Durante os intervalos de 30', os atletas poderiam deitar-se e ouvir música. Para evitar perder o aquecimento, eles eram mantidos com roupas bem quentes; suas pernas relaxadas eram mantidas elevadas sob um pequeno banco.

 

 

Pelo que eu entendi nesse exemplo de treino, os caras começam com os levantamentos principais e de acordo com o desempenho deles montam o restante da sessão. E esse restante nada mais seria do que o movimento principal quebrado em pedaços menores, como agachamentos, desenvolvimentos, levantamento terra, etc. 

 

Pelo que eu ouvi falar, os búlgaros sempre escolhiam a dedo o pessoal que conseguia treinar nessa rotina. E mesmo assim a taxa de burnout era altíssima. E, pra mim, essa coisa de "níveis elevados de testosterona livre" só remete a uma coisa ]-|==|-- .

 

@Norton Se possível eu gostaria que você contribuísse mostrando como era a rotina de treino pré era roids e alguns exemplos desses naturais aí.

Editado por hylian
Postado
34 minutos atrás, Norton disse:

E quanto ao método búlgaro baseado em alta frequência e alta intensidade gerando adaptabilidade e progressão de performance. Os naturais de verdade seguiam algo parecido antes dos ae's.

O método búlgaro tem uma taxa de fracasso enorme - poucos chegavam no objetivo final. A grande maioria dos atletas quebravam (coisa de 60-70 pra 1). Foi um método de seleção natural somado a altas doses de drogas que só se sustentou por conta da falta de pespectivas, fruto do comunismo do país, naquela década, mas que conseguiu selecionar alguns atletas completos (genetica, vontade, habilidade, etc).

 

Alta frequência associada à alta intensidade é receita pra lesão na maioria das vezes. 

 

Pelo post pode ter ficado parecendo que sou contra alta frequência, o que nao é verdade. É só o metodo búlgaro que tem uma mística falsa em torno dele.

 

abraço

Postado
1 hora atrás, hylian disse:

@Norton Se possível eu gostaria que você contribuísse mostrando como era a rotina de treino pré era roids e alguns exemplos desses naturais aí.

 

Em questão de treinamento era muito variado, não havia estrutura rígida em nenhum deles. Mas em todos os esportes ligados a força a mentalidade era a mesma, de visar progressão de carga sempre que possível(baixa repetição/alta carga), exercícios com o peso corporal(altíssima repetição), aeróbico (corrida, natação, saltos..), apetrechos como: kettlebells, bastões, barris, pedras, além claro de treinar para a especificidade do esporte praticado. No caso os atletas de destaque utilizavam alto volume, com alta frequência muitos treinavam 6x por semana alguns todos os dias numa média de 6 a 9hrs por dia. Com baixo número de lesões, pois muitos continuavam em atividade por décadas. No caso o método búlgaro ficou tão famoso pelo destaque da Bulgária, um país bem pequeno com excelente resultado no levantamento de peso, se é seleção que o método traz eu desconfio muito, até porque o país não conta com muitos habitantes nem grande investimento. Então faltaria material humano em todo caso.

Postado
Em 04/09/2016 at 13:49, Shrödinger disse:

O método búlgaro tem uma taxa de fracasso enorme - poucos chegavam no objetivo final. A grande maioria dos atletas quebravam (coisa de 60-70 pra 1). Foi um método de seleção natural somado a altas doses de drogas que só se sustentou por conta da falta de pespectivas, fruto do comunismo do país, naquela década, mas que conseguiu selecionar alguns atletas completos (genetica, vontade, habilidade, etc).

 

Alta frequência associada à alta intensidade é receita pra lesão na maioria das vezes. 

 

Pelo post pode ter ficado parecendo que sou contra alta frequência, o que nao é verdade. É só o metodo búlgaro que tem uma mística falsa em torno dele.

 

abraço

Ia comentar isto mas já fez o trabalho por mim.

 

Até tentativas de fazer o método búlgaro mais "light" geram o mesmo efeito. 

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