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Qual sua religião?  

281 votos

  1. 1. Votem aí, galera. Só por curiosidade das crenças ou descrenças marombas.



Posts Recomendados

Postado (editado)
1 hora atrás, Radon disse:

O problema não é não entender Deus. O problema é entender que Deus, se existe, é indiferente a nós. Usar percepção como entendimento de Deus, ou de qualquer outra coisa, é um método falho para se chegar à verdade. O pensamento dedutivo sempre será superior.

 

Isso parece bem de Spinoza. O pensamento dedutivo não é superior, porque pra você deduzir qualquer coisa, você precisa ter a intuição do elo de necessidade da dedução, elo que não pode ser dado por outra dedução, se não você entraria numa espécie de raciocínio circular infinito. Exemplo:

 

A = B; B = C; logo A = C.

 

Isso é uma dedução, mas como você percebe que A = C? Por intuição.

 

Outro ponto que eu gostaria de te falar é que, uma coisa é perceber que Deus existe, outra coisa é tentar abrangê-lo pelo pensamento, o que é evidentemente impossível, pois o finito (nós) não pode abranger o infinito (Deus).

 

Quanto à questão do Primeiro-Motor, não sei te dizer muito bem. Não me aprofundei nisso ainda. Você chegou a ler Aristóteles diretamente ou só sabe do que ele disse por terceiros? Sugiro que volte nele, e, se possível, que encontre algum comentário do Mário Ferreira dos Santos acerca do tema.

Editado por danilorf

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Postado (editado)
41 minutos atrás, danilorf disse:

Outra ponto que eu gostaria de te falar é que, uma coisa é perceber que Deus existe, outra coisa é tentar abrangê-lo pelo pensamento, o que é evidentemente impossível, pois o finito (nós) não pode abranger o infinito (Deus).

 

 

 

 

Aí o shapudo apagou a conta rsrs

Editado por planeta
Postado
Em 1/25/2017 at 14:11, Shapudo disse:

Em primeiro lugar, a descrição se encaixa bem nas condições da criação do universo. Não existe outra alternativa, pela lei de terceiro ou enésimo excluído, temos que aceitar essa hipótese.

 

Em segundo lugar, existem temos conhecimento de objetos eternos, os objetos matemáticos são eternos. Basta acrescentar a noção de pessoalidade e causalidade que você terá uma noção razoável de Deus.

 

Também devo acrescentar que você desconhece o estudo da metafísica, claro que essa noção de eternidade e atemporalidade é estranha a você. Mas ela já foi muito estudada no passado e hoje em dia ela é abandonada pelo viés confirmatório naturalista.

Acho que planeta está falando disso.

 

Em 1/25/2017 at 16:14, planeta disse:

Shapudo, atenção

 

 

É impossível entender a divindade pelo intelecto, 

 

 

É tudo masturbação mental

 

Postado (editado)

Ó meu filho, você só pode saber algo sobre a divindade pelo intelecto. Se somos alma, corpo e espírito (intelecto), e se Deus é espírito puro (intelecto), alguma coisa dele podemos saber. E falar isso não é o mesmo que falar que podemos conhecê-lo de forma completa. Mesmo a tradição budista diz isso. Afinal, o que eles querem? Dissolver o espírito individual no espírito universal.

 

Edit:

 

Intelecto =/= raciocínio lógico (ou razão).

Editado por danilorf
Postado
7 horas atrás, danilorf disse:

 

Isso parece bem de Spinoza. O pensamento dedutivo não é superior, porque pra você deduzir qualquer coisa, você precisa ter a intuição do elo de necessidade da dedução, elo que não pode ser dado por outra dedução, se não você entraria numa espécie de raciocínio circular infinito. Exemplo:

 

A = B; B = C; logo A = C.

 

Isso é uma dedução, mas como você percebe que A = C? Por intuição.

 

Outro ponto que eu gostaria de te falar é que, uma coisa é perceber que Deus existe, outra coisa é tentar abrangê-lo pelo pensamento, o que é evidentemente impossível, pois o finito (nós) não pode abranger o infinito (Deus).

 

Quanto à questão do Primeiro-Motor, não sei te dizer muito bem. Não me aprofundei nisso ainda. Você chegou a ler Aristóteles diretamente ou só sabe do que ele disse por terceiros? Sugiro que volte nele, e, se possível, que encontre algum comentário do Mário Ferreira dos Santos acerca do tema.

Tem razão. Não dá pra provar que a dedução é verdadeira sem a intuição. Mas pode-se dizer o mesmo dos juízos analíticos e sintéticos a priori? Acredito que não. Se eu disser: "não existem quadrados redondos" (juízo analítico) ou "eu existo" (juízo sintético a priori), não dependo da intuição para dizer que são afirmações verdadeiras. No primeiro caso, quadrados não podem ser redondos por definição. No segundo caso, só é possível afirmar a própria existência depois que se existe.

 

Cheguei a ler o "Metafísica". E nunca li nada do Mário Ferreira.

 

Metafísica. Livro XII. Capítulo 6.

Spoiler

         Dado que eram três as essências, duas naturais e outra não-suscetível de movimento, a respeito desta última, devemos dizer que, necessariamente, ela é uma essência não-suscetível de movimento e eterna. De fato, as essências são primeiras entre os entes, e, se todas elas fossem suscetíveis de destruição, tudo seria suscetível de destruição. No entanto, é impossível que o movimento venha a ser, ou deixe de ser (pois sempre existiu), assim como o tempo, pois não é possível haver algo anterior e algo posterior, se não há tempo. Ora, o movimento é contínuo do mesmo modo que o tempo, pois este é a mesma coisa, ou é certa afecção do movimento. Não é senão o movimento local que é contínuo, e, entre seus tipos, o movimento em círculo.

          

          Ora, se há algo que produz ou propicia movimento, mas não está em atividade, poderia não haver movimento, pois aquilo que possui capacidade pode não estar em atividade. Portanto, não há nenhum ganho em concebermos essências eternas (como os que concebem as Formas), se não houver nelas um princípio capaz de produzir mudança. No entanto, nem sequer este princípio seria suficiente, nem o seria uma outra essência, além das Formas, pois, se não estiver em atividade, não haverá movimento. Além disso, tampouco seria suficiente se tal princípio estivesse em atividade, mas sua essência fosse potencialidade, pois o movimento poderia não ser eterno, dado que é possível que aquilo que Além disso, tampouco seria possível para o próprio Platão conceber o princípio que, às vezes, ele julga existir, aquilo que se move a si mesmo, pois, como ele diz, a alma é algo posterior, e se dá simultaneamente ao céu.é em potência não seja. Portanto, é preciso haver um princípio tal que sua essência seja atividade. Além disso, é preciso que tais essências sejam sem matéria, pois é preciso que elas sejam eternas, se, justamente, há algo mais eterno. Portanto, elas são atividade.

         

           Há, no entanto, um impasse: de fato, reputa-se que tudo que está em atividade tem capacidade, mas que nem tudo que tem capacidade está em atividade, de modo que a capacidade seria anterior. Ora, se isso for o caso, poderá não haver ente algum, pois é possível ter a capacidade de ser, mas ainda não ser. E se for como dizem os teólogos que geram o todo a partir da noite, ou como os estudiosos da natureza que diziam que “todas as coisas estavam juntas” – isso mesmo é impossível. De fato, como algo poderia mover-se, se não houvesse uma causa em atividade? De fato, não é a matéria que propicia movimento para si mesma, mas é a arte da carpintaria que a move; tampouco os sangues menstruais (ou a terra) propiciam movimento para si mesmos, mas é a semente, isto é, o sêmen, que move.

          

          Por isso, alguns concebem que sempre há atividade, como Leucipo e Platão: afirmam que sempre há movimento. Mas não dizem qual movimento, nem por que, nem dizem a causa (se é de tal modo ou de outro). Ora, não há nada que se mova de qualquer maneira que calhar, mas, sempre, é preciso que algo esteja dado, como ocorre de fato: se for por natureza, de tal e tal modo; por violência, ou pela inteligência (ou outra coisa), de tal e tal modo. Além disso, qual movimento seria o primeiro? Isso faz imensa diferença.

          

          De certo modo, é acertado julgar que a capacidade é anterior à atividade, mas, de certo modo, não (já foi dito como). Mas, que a atividade é anterior, testemunham-no Anaxágoras (pois a inteligência é atividade) e Empédocles (amizade e ódio), bem como os que afirmam que sempre há movimento, como Leucipo.

          

           Por conseguinte, não havia, durante um tempo ilimitado, caos, ou noite, mas as coisas são as mesmas sempre, ou por ciclos, ou de outro modo, dado que a atividade é anterior à capacidade. Assim, se é sempre a mesma coisa por ciclos, é preciso que algo sempre permaneça do mesmo modo em atividade. Por outro lado, para haver geração e corrupção, é preciso haver outra coisa que sempre esteja em atividade de modos diversos. Necessariamente, portanto, tal coisa, de certo modo, está em atividade por si mesma, mas, de outro, devido a outra coisa: ou devido a algo ainda distinto, ou devido àquele primeiro. Ora, é necessário que seja devido a este: caso contrário, o primeiro seria causa para ele e também para a terceira coisa. Portanto, é melhor que seja devido ao primeiro: de fato, ele também é causa pela qual se dá sempre do mesmo modo. Por sua vez, é o outro item que é causa pela qual se dá a cada vez de modo diverso. Mas, evidentemente, ambos são a causa pela qual se dá de modos diversos, sempre. De fato, é assim que se dão os movimentos. Por que seria preciso procurar outros princípios?

          

Aqui aparece muito mais a ideia de um primeiro motor móvel do que imóvel, apesar de ele afirmar que o primeiro motor é imóvel. Além disso, fica clara a ideia de eternidade do universo.

Postado
1 hora atrás, danilorf disse:

Ó meu filho, você só pode saber algo sobre a divindade pelo intelecto. Se somos alma, corpo e espírito (intelecto), e se Deus é espírito puro (intelecto), alguma coisa dele podemos saber. E falar isso não é o mesmo que falar que podemos conhecê-lo de forma completa. Mesmo a tradição budista diz isso. Afinal, o que eles querem? Dissolver o espírito individual no espírito universal.

 

Edit:

 

Intelecto =/= raciocínio lógico (ou razão).

Deus é a consciência, o eu, essa parte tem a capacidade de se fundir no todo eterno

 

A mente que analisa e entende, a que vcs tentam usar pra com essas mil palavras e ideias difíceis do cof, entender deus, não tem nenhuma capacidade pra isso, absolutamente nenhuma chance

 

Apenas egocentrismo e masturbação mental

 

 

Sério, vcs não vão desvendar deus com análise lógica ou qualquer outra denominação que vcs usem, o nível dessa soberba é basicamente infinita

Postado
2 horas atrás, danilorf disse:

Ó meu filho, você só pode saber algo sobre a divindade pelo intelecto. Se somos alma, corpo e espírito (intelecto), e se Deus é espírito puro (intelecto), alguma coisa dele podemos saber. E falar isso não é o mesmo que falar que podemos conhecê-lo de forma completa. Mesmo a tradição budista diz isso. Afinal, o que eles querem? Dissolver o espírito individual no espírito universal.

 

Edit:

 

Intelecto =/= raciocínio lógico (ou razão).

  Só uma (talvez) correção. Deus, por ser transcendente, não é também material?

 

2 minutos atrás, planeta disse:

Deus é a consciência, o eu, essa parte tem a capacidade de se fundir no todo eterno

 

A mente que analisa e entende, a que vcs tentam usar pra com essas mil palavras e ideias difíceis do cof, entender deus, não tem nenhuma capacidade pra isso, absolutamente nenhuma chance

 

Apenas egocentrismo e masturbação mental

  Como você sabe o que é Deus se, segundo o que diz, não podemos saber nada sobre Ele?

Postado

 

Se ajoelha e pede sabedoria talvez deus te de um pouco... somos apenas servos, só podemos entender de deus oq ele nos dá de presente, e são apenas gotas, migalhas

 

Qto mais soberba de achar que vai entender deus, menos Deus vai se mostrar, vai é se esconder

Postado
4 horas atrás, planeta disse:

 

Se ajoelha e pede sabedoria talvez deus te de um pouco... somos apenas servos, só podemos entender de deus oq ele nos dá de presente, e são apenas gotas, migalhas

 

Qto mais soberba de achar que vai entender deus, menos Deus vai se mostrar, vai é se esconder

Você acha que os sentidos e os sentimentos são um meio melhor para se chegar a verdade do que a razão?

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