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Postado (editado)
Em 13/05/2016 at 14:13, danilorf disse:

 

O cunha praticamente barrou o avanço dos projetos do Foro de São Paulo na Câmara. 

 

E esse papo que é o Congresso que trabalha pelo impedimento? Desde 2015 o congresso vem trabalhando CONTRA o impedimento, atrasando ele o máximo possível. A coisa só começou a andar mesmo quando perceberam que o cu de todo mundo estava na reta, e alguma coisa, por mínima que fosse, deveria ser feita.

 

A presidente com maior rejeição popular na história do país conseguiu levar a maior quantidade de pessoas para as ruas para protestar contra ela, e, ainda assim, demorou quase 2 ano pra filha da puta cair. Você sabe que em 2015 e em março de 2016 nós tínhamos, de fato, uma situação revolucionária, não sabe? Você sabe como funcionam as revoluções? Deixa eu te explicar com as palavras do próprio Lênin:

 

"Não se pode esperar! Não se pode perder!... A história não perdoa as demoras de revolucionários que poderão vencer hoje (e que vencerão certamente hoje), mas que se arriscam a perder muito amanhã, a perder tudo. Tomando o poder hoje, nós não o tomamos contra os sovietes, mas para eles... Seria um desastre mostrar-se formal e esperar o escrutínio aleatório de 7 de novembro; o povo tem o direito e o dever de resolver tal questão, não pelas eleições, mas pela força; nos momentos críticos da revolução, o povo tem o direito e o dever de dirigir seus representantes..., não de esperá-los." (Lênin, Obras, volume XXVI)

 

Qualquer idiota consegue perceber como funcionou a manobra feita em 2015 pelos "líderes" dos movimentos de rua: com a tal marcha até brasília e com a entrega simbólica do pedido de impítima, foi entregue o protagonismo da revolução nas mãos da classe política, classe essa que a totalidade da população brasileira rejeitava e rejeita. Isso tudo foi feito segundo as formalidades dos que batem punheta pras instituições brasileiras tanto defendem.

 

A Dilma é só um sacrifício simbólico pros antigos esquemas de poder continuarem - vide a falsa oposição ideológica entre PT x PSDB, e o PMDB funcionando como se fosse o poder moderador do império. Essa manobra foi feita justamente pra salvar TODA a classe política e TODAS as instituições que foram criadas a partir de 88, e que se mostraram ineficientes, desde então, a sustentar uma democracia de fato. O povo brasileiro já perdeu representatividade política faz muito tempo. Desde o FHC não existe debate ideológico no congresso, apenas discussões de questões administrativas menores. 

 

O brasileiro queria derrubar, literalmente, todo o sistema. Conseguiu um prêmio de consolação bem meia boca, e ainda vem nêgo que quer tirar isso dele falando que o processo de impítima não é legítimo? Só pode ser brincadeira de uma mente doentia e que tem um raciocínio bem tosco.

 

Mesmo pensando no plano puramente jurídico, não há falha nenhuma no processo. O crime de responsabilidade foi assim declarado pelo TCU, que é o órgão constitucionalmente responsável pra apurar isso. Depois o rito foi definido no STF, com a maioria dos ministros indicados por gestões do PT. Após isso, houve a votação na câmara em que 367 deputados - e não só o Cunha - votaram a favor do impítima. Por fim, a maioria do senado decidiu pelo afastamento da presidente. 

 

É impossível alguém em sã consciência achar que o impítima aconteceu por vingancinha. O Cunha podia querer se vingar o quanto fosse, mas se a situação política no país não fosse o que é, se a população não rejeitasse a presidente como rejeita e não tivesse saído às ruas como saiu, isso nunca teria acontecido.

 

Talvez se os líderes que organizaram esse marcha até Brasília fossem mais espertos, eles teriam criado algo semelhante aos Sovietes russos de 1905 e 1917, daí essa corja toda já tinha sido tirada do poder faz tempo.

 

O que eu disse? E o que o Olavo vem dizendo desde que começaram com a idéia da marcha pra Brasília?

 

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Se liguem na diferença entre os tais "líderes" dos movimentos de 2015 e de 2016 com um verdadeiro líder revolucionário:

 

"[...] Em nome da ala esquerda do Partido Socialista Revolucionário, Koltchinski expôs, resumidamente, a história da questão agrária, através das várias fases da revolução:

 

- O Primeiro Congresso dos Sovietes Camponeses - disse ele - aprovou a imediata divisão das terras entre os camponeses, mediante a sua entrega aos comitês agrários. Mas os dirigentes da revolução e os burgueses no governo impediram que a questão fosse definitivamente resolvida antes da convocação da Assembléia Constituinte. No segundo período da revolução, no "período dos compromissos", o fato mais importante foi a entrada de Tchernov para o governo. Os camponeses, nesse momento, julgaram que a questão agrária ia ser, afinal, resolvida praticamente. Mas, não obstante o Primeiro Congresso declarar, categoricamente, que a terra deveria ser entregue aos comitês agrários, os elementos reacionários e "conciliadores" do Comitê Executivo impediram a realização prática dessa decisão. Em consequência da demora, os camponeses, cansados de esperar, vendo que suas aspirações não eram satisfeitas, começaram a manifestar impaciência por meio de uma série de atos violentos. Compreendendo o verdadeiro significado da revolução, resolveram transformar as promessas, as palavras, em realidade. Os acontecimento destes últimos tempo - continuou o orador - não são uma simples aventura bolchevique, um pequeno motim, mas um verdadeiro levante popular, que conta com o apoio e a simpatia de toda a Rússia... A posição dos bolcheviques em relação ao problema da terra é, em suas linhas gerais, justa. É mesmo a única posição possível. Mas os bolcheviques erraram profundamente quando disseram que os camponeses deviam tomar a terra por iniciativa própria. Os bolcheviques há muito tempo vêm dizendo que os camponeses devem tomar as terras por meio de uma ação revolucionária das massas. Ora, isto é preconizar a anarquia. A entrega da terra aos comitês agrários pode ser realizada pacífica e ordenadamente. Os bolcheviques preocupam-se, unicamente, em resolver as coisas o mais depressa possível. Não procuram averiguar qual a melhor maneira de resolver os problemas. O decreto sobre a terra, promulgado pelo Congresso dos Sovietes, e as decisões do Primeiro Congresso Camponês são, em última análise, perfeitamente iguais. Por que motivo o novo governo não adotou as diretrizes táticas desse congresso? Pela razão seguinte: o Conselho dos Comissários do Povo queria resolver a questão da terra antes da convocação da Assembléia Constituinte. O governo, naturalmente, compreendeu que era preciso fazer alguma coisa, na prática. Mas não refletiu quando aceitou as regras estabelecidas pelos comitês agrários. Em virtude disso é que surgiu a seguinte situação contraditória: enquanto o decreto do Conselho dos Comissários do Povo estabelece a abolição da propriedade privada, o regulamento criado pelos comitês agrários está baseado, justamente, na propriedade privada... De qualquer forma, nada se perdeu, porque os comitês agrários não dão a menor importância às decisões do governo soviético e só levam à prática o que resolvem por si mesmos. E o que os comitês resolvem é a expressão da vontade da imensa maioria dos camponeses! Os comitês agrários não procuram resolver as coisas dentro de determinadas normas legislativas. Essas normas serão estabelecidas pela Assembléia Constituinte. Poderá ela, porém, atender às reivindicações camponesas? O futuro dirá. Estamos convictos de que a decisão revolucionária obrigará a Assembléia Constituinte a resolver a questão da terra em harmonia com os desejos dos camponeses. A Assembléia Constituinte não terá coragem de passar por cima da vontade popular...

 

Lênin pediu a palavra, sendo ouvido, desta vez, com a maior atenção:

 

- Neste momento, está em jogo não só a questão da terra, mas o problema da revolução social. E esse problema não se limita à Rússia: é um problema de importância mundial. A questão da terra não pode ser separada das demais questões da revolução social. Para confiscarmos a terra, teremos de vencer não só a resistência dos proprietários russos, como a resistência do capital estrangeiro, porque os proprietários estão ligados a ele, através dos bancos. O regimes da propriedade territorial na Rússia, baseava-se na mais terrível exploração dos camponeses. Confiscando as terras dos grandes proprietários feudais, os camponeses realizaram o mais importante ato da nossa revolução. Para provarmos isto basta examinar as etapas percorridas pela revolução. Na primeira etapa, a autocracia, o poder da indústria capitalista e dos grandes proprietários, cujos interesses estão intimamente ligados, foi derrubada. Na segunda, os sovietes consolidam-se. É nesta etapa que se firma um compromisso político com a burguesia. Os socialistas revolucionários da esquerda erraram porque não se opuseram a esse acordo. E, para justificar sua atitude, disseram que, nesse momento, a consciência revolucionária das massas era ainda muito débil... Ora, se fôssemos esperar que todos os homens atingissem o mesmo grau de consciência para só depois disso lutar pelo socialismo, teríamos de esperar uns quinhentos anos para começar a luta!... O partido político do proletariado é a vanguarda da classe operária e, como vanguarda das massas, deve, ao contrário, lutar para arrastar essas massas atrás de si. Para tanto, os sovietes devem ser utilizados como instrumentos de iniciativa revolucionária. Mas, para dirigir os vacilantes, para arrastá-los, é preciso que os socialistas revolucionários da esquerda deixem de vacilar. De julho para cá, as massas populares começaram a romper com os "conciliadores". Apesar disso, a esquerda revolucionária ainda estende a mão a Avksentiev... Conservar os compromissos é matar a revolução. Firmar acordos com a burguesia é trair a revolução. Não precisamos de entendimentos ou de compromissos com a burguesia. Precisamos, sim, esmagar completamente o poder burguês! O Partido Bolchevique não repudiou seu programa quando aceitou os regulamentos elaborados pelos comitês agrários, porque esses regulamentos não implicam a conservação da propriedade privada. Queremos encarnar, na prática, a vontade popular. Queremos ser os executores da vontade do povo, porque, de outro modo, não poderemos fundir, num só bloco, todos os elementos da revolução social. Já convidamos os socialistas revolucionários a ingressar no novo governo. Novamente lhes fazemos o mesmo convite. Só estabelecemos uma condição. Exigimos que os socialistas revolucionários da esquerda rompam, definitivamente, com os elementos vacilantes do seu partido. Os socialistas revolucionários precisam romper com seu passado e olhar para a frente... O orados que me precedeu disse que as decisões da Assembléia Constituinte serão determinadas pela pressão revolucionária das massas. Concordamos. Mas achamos que é preciso apresentar a questão da seguinte maneira: "Camponeses! Confiem na pressão revolucionária, mas não esqueçamm nunca que em suas mãos há um fuzil!"

 

Outra:

 

[...] A um jornalista estrangeiro, que solicitava uma declaração, Trótski disse:

 

- A única declaração possível, neste momento, é a que fazemos pela boca dos nossos canhões!"

 

Fonte: Os dez dias que abalaram o mundo - John Reed.

 

Entenderam agora como funcionou a manobra do MBL e VPR? Vou colar de novo a citação do Lênin aqui embaixo:

 

"- Não se pode esperar! Não se pode perder!... A história não perdoa as demoras de revolucionários que poderão vencer hoje (e que vencerão certamente hoje), mas que se arriscam a perder muito amanhã, a perder tudo. Tomando o poder hoje, nós não o tomamos contra os sovietes, mas para eles... Seria um desastre mostrar-se formal e esperar o escrutínio aleatório de 7 de novembro; o povo tem o direito e o dever de resolver tal questão, não pelas eleições, mas pela força; nos momentos críticos da revolução, o povo tem o direito e o dever de dirigir seus representantes..., não de esperá-los." (Lênin, Obras, volume XXVI)

 

Vocês acham mesmo que a turma da alta cúpula do PSDB e do PMDB não sabia disso? Apenas olhem para os áudios que vazaram hoje, até eles sabiam disso:

 

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" Antipetismo, mesmo quando genuíno, não é atestado de idoneidade."

 

" A Nova República sempre foi um simulacro de normalidade construído para camuflar a dominação hegemônica. Os que exaltam as "nossas instituições democráticas" são vendedores de entorpecentes políticos."

 

" Não tenho um pingo de má-vontade para com o presidente Temer, mas sei que, se ele cumprir sua promessa ao Lula, de que no seu governo não haverá caça às bruxas, as bruxas é que vão nos caçar."

 

" Os melhores líderes do movimento pró-impeachment sabiam disso desde o começo. O ingresso de Bicudos e Reales na área só serviu para fortalecer a hegemonia em troca da remoção da Dilma, uma migalha jogada aos cãezinhos. O episódio do Ministério da Cultura mostrou, acima de qualquer possibilidade de dúvida, QUEM MANDA NESTE PAÍS."

 

Sobre os áudios vazados:

 

" Eis aqui a prova de que o impeachment, amputado de todo combate anticomunista, foi criado para defender a classe política apenas. Não o Brasil. Kims Katakokinhos e Janaínas Paschoais jamais compreenderão a quem serviram. Mas o Reinaldo Azevedo compreende -- e gosta, (link)"

 

" Como convencer os fetichistas de que o problema não é a Dilma e sim a hegemonia"

 

" Separado do desmantelamento das organizações comunistas, o impeachment se reduz a um fetiche, a uma fantasia de punheteiro."

 

Citações de OdeC.

 

 

 

 

Editado por danilorf

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  • Supermoderador
Postado

Espertos foram Romero Jucá e José Sarney, que transferiram domicílio eleitoral pra onde pudessem se eleger senadores mais fácil (Roraima e Amapá).

Postado
1 hora atrás, danilorf disse:

 

O que eu disse? E o que o Olavo vem dizendo desde que começaram com a idéia da marcha pra Brasília?

 

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Se liguem na diferença entre os tais "líderes" dos movimentos de 2015 e de 2016 com um verdadeiro líder revolucionário:

 

"[...] Em nome da ala esquerda do Partido Socialista Revolucionário, Koltchinski expôs, resumidamente, a história da questão agrária, através das várias fases da revolução:

 

- O Primeiro Congresso dos Sovietes Camponeses - disse ele - aprovou a imediata divisão das terras entre os camponeses, mediante a sua entrega aos comitês agrários. Mas os dirigentes da revolução e os burgueses no governo impediram que a questão fosse definitivamente resolvida antes da convocação da Assembléia Constituinte. No segundo período da revolução, no "período dos compromissos", o fato mais importante foi a entrada de Tchernov para o governo. Os camponeses, nesse momento, julgaram que a questão agrária ia ser, afinal, resolvida praticamente. Mas, não obstante o Primeiro Congresso declarar, categoricamente, que a terra deveria ser entregue aos comitês agrários, os elementos reacionários e "conciliadores" do Comitê Executivo impediram a realização prática dessa decisão. Em consequência da demora, os camponeses, cansados de esperar, vendo que suas aspirações não eram satisfeitas, começaram a manifestar impaciência por meio de uma série de atos violentos. Compreendendo o verdadeiro significado da revolução, resolveram transformar as promessas, as palavras, em realidade. Os acontecimento destes últimos tempo - continuou o orador - não são uma simples aventura bolchevique, um pequeno motim, mas um verdadeiro levante popular, que conta com o apoio e a simpatia de toda a Rússia... A posição dos bolcheviques em relação ao problema da terra é, em suas linhas gerais, justa. É mesmo a única posição possível. Mas os bolcheviques erraram profundamente quando disseram que os camponeses deviam tomar a terra por iniciativa própria. Os bolcheviques há muito tempo vêm dizendo que os camponeses devem tomar as terras por meio de uma ação revolucionária das massas. Ora, isto é preconizar a anarquia. A entrega da terra aos comitês agrários pode ser realizada pacífica e ordenadamente. Os bolcheviques preocupam-se, unicamente, em resolver as coisas o mais depressa possível. Não procuram averiguar qual a melhor maneira de resolver os problemas. O decreto sobre a terra, promulgado pelo Congresso dos Sovietes, e as decisões do Primeiro Congresso Camponês são, em última análise, perfeitamente iguais. Por que motivo o novo governo não adotou as diretrizes táticas desse congresso? Pela razão seguinte: o Conselho dos Comissários do Povo queria resolver a questão da terra antes da convocação da Assembléia Constituinte. O governo, naturalmente, compreendeu que era preciso fazer alguma coisa, na prática. Mas não refletiu quando aceitou as regras estabelecidas pelos comitês agrários. Em virtude disso é que surgiu a seguinte situação contraditória: enquanto o decreto do Conselho dos Comissários do Povo estabelece a abolição da propriedade privada, o regulamento criado pelos comitês agrários está baseado, justamente, na propriedade privada... De qualquer forma, nada se perdeu, porque os comitês agrários não dão a menor importância às decisões do governo soviético e só levam à prática o que resolvem por si mesmos. E o que os comitês resolvem é a expressão da vontade da imensa maioria dos camponeses! Os comitês agrários não procuram resolver as coisas dentro de determinadas normas legislativas. Essas normas serão estabelecidas pela Assembléia Constituinte. Poderá ela, porém, atender às reivindicações camponesas? O futuro dirá. Estamos convictos de que a decisão revolucionária obrigará a Assembléia Constituinte a resolver a questão da terra em harmonia com os desejos dos camponeses. A Assembléia Constituinte não terá coragem de passar por cima da vontade popular...

 

Lênin pediu a palavra, sendo ouvido, desta vez, com a maior atenção:

 

- Neste momento, está em jogo não só a questão da terra, mas o problema da revolução social. E esse problema não se limita à Rússia: é um problema de importância mundial. A questão da terra não pode ser separada das demais questões da revolução social. Para confiscarmos a terra, teremos de vencer não só a resistência dos proprietários russos, como a resistência do capital estrangeiro, porque os proprietários estão ligados a ele, através dos bancos. O regimes da propriedade territorial na Rússia, baseava-se na mais terrível exploração dos camponeses. Confiscando as terras dos grandes proprietários feudais, os camponeses realizaram o mais importante ato da nossa revolução. Para provarmos isto basta examinar as etapas percorridas pela revolução. Na primeira etapa, a autocracia, o poder da indústria capitalista e dos grandes proprietários, cujos interesses estão intimamente ligados, foi derrubada. Na segunda, os sovietes consolidam-se. É nesta etapa que se firma um compromisso político com a burguesia. Os socialistas revolucionários da esquerda erraram porque não se opuseram a esse acordo. E, para justificar sua atitude, disseram que, nesse momento, a consciência revolucionária das massas era ainda muito débil... Ora, se fôssemos esperar que todos os homens atingissem o mesmo grau de consciência para só depois disso lutar pelo socialismo, teríamos de esperar uns quinhentos anos para começar a luta!... O partido político do proletariado é a vanguarda da classe operária e, como vanguarda das massas, deve, ao contrário, lutar para arrastar essas massas atrás de si. Para tanto, os sovietes devem ser utilizados como instrumentos de iniciativa revolucionária. Mas, para dirigir os vacilantes, para arrastá-los, é preciso que os socialistas revolucionários da esquerda deixem de vacilar. De julho para cá, as massas populares começaram a romper com os "conciliadores". Apesar disso, a esquerda revolucionária ainda estende a mão a Avksentiev... Conservar os compromissos é matar a revolução. Firmar acordos com a burguesia é trair a revolução. Não precisamos de entendimentos ou de compromissos com a burguesia. Precisamos, sim, esmagar completamente o poder burguês! O Partido Bolchevique não repudiou seu programa quando aceitou os regulamentos elaborados pelos comitês agrários, porque esses regulamentos não implicam a conservação da propriedade privada. Queremos encarnar, na prática, a vontade popular. Queremos ser os executores da vontade do povo, porque, de outro modo, não poderemos fundir, num só bloco, todos os elementos da revolução social. Já convidamos os socialistas revolucionários a ingressar no novo governo. Novamente lhes fazemos o mesmo convite. Só estabelecemos uma condição. Exigimos que os socialistas revolucionários da esquerda rompam, definitivamente, com os elementos vacilantes do seu partido. Os socialistas revolucionários precisam romper com seu passado e olhar para a frente... O orados que me precedeu disse que as decisões da Assembléia Constituinte serão determinadas pela pressão revolucionária das massas. Concordamos. Mas achamos que é preciso apresentar a questão da seguinte maneira: "Camponeses! Confiem na pressão revolucionária, mas não esqueçamm nunca que em suas mãos há um fuzil!"

 

Outra:

 

[...] A um jornalista estrangeiro, que solicitava uma declaração, Trótski disse:

 

- A única declaração possível, neste momento, é a que fazemos pela boca dos nossos canhões!"

 

Fonte: Os dez dias que abalaram o mundo - John Reed.

 

Entenderam agora como funcionou a manobra do MBL e VPR? Vou colar de novo a citação do Lênin aqui embaixo:

 

"- Não se pode esperar! Não se pode perder!... A história não perdoa as demoras de revolucionários que poderão vencer hoje (e que vencerão certamente hoje), mas que se arriscam a perder muito amanhã, a perder tudo. Tomando o poder hoje, nós não o tomamos contra os sovietes, mas para eles... Seria um desastre mostrar-se formal e esperar o escrutínio aleatório de 7 de novembro; o povo tem o direito e o dever de resolver tal questão, não pelas eleições, mas pela força; nos momentos críticos da revolução, o povo tem o direito e o dever de dirigir seus representantes..., não de esperá-los." (Lênin, Obras, volume XXVI)

 

Vocês acham mesmo que a turma da alta cúpula do PSDB e do PMDB não sabia disso? Apenas olhem para os áudios que vazaram hoje, até eles sabiam disso:

 

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" Antipetismo, mesmo quando genuíno, não é atestado de idoneidade."

 

" A Nova República sempre foi um simulacro de normalidade construído para camuflar a dominação hegemônica. Os que exaltam as "nossas instituições democráticas" são vendedores de entorpecentes políticos."

 

" Não tenho um pingo de má-vontade para com o presidente Temer, mas sei que, se ele cumprir sua promessa ao Lula, de que no seu governo não haverá caça às bruxas, as bruxas é que vão nos caçar."

 

" Os melhores líderes do movimento pró-impeachment sabiam disso desde o começo. O ingresso de Bicudos e Reales na área só serviu para fortalecer a hegemonia em troca da remoção da Dilma, uma migalha jogada aos cãezinhos. O episódio do Ministério da Cultura mostrou, acima de qualquer possibilidade de dúvida, QUEM MANDA NESTE PAÍS."

 

Sobre os áudios vazados:

 

" Eis aqui a prova de que o impeachment, amputado de todo combate anticomunista, foi criado para defender a classe política apenas. Não o Brasil. Kims Katakokinhos e Janaínas Paschoais jamais compreenderão a quem serviram. Mas o Reinaldo Azevedo compreende -- e gosta, (link)"

 

" Como convencer os fetichistas de que o problema não é a Dilma e sim a hegemonia"

 

" Separado do desmantelamento das organizações comunistas, o impeachment se reduz a um fetiche, a uma fantasia de punheteiro."

 

Citações de OdeC.

 

 

 

 

 

Caramba cara, quanto coisa hehehe.

.

Eu vejo que este governo foi alçado pela elite econômica para melhorar o ambiente econômico, e pela elite política para estabilizar o ambiente político. Ambos os interesses passam pelo abafa das operações policiais. Não dá para fazer negócios, fechar acordos etc. se a toda hora um interlocutor cair. Este clima de "país fechado para balanço" não é de interesse de nenhuma elite. Neste ponto de vista, se o governo Temer não se legitimar a tempo corre o risco de ficar tão inoportuno quanto era o Dilma.

Esse pensamento pragmático é o que move as elites. Sobre o papo de corrupção, isso é apenas papo pra populacho.

 

 

1 hora atrás, helb4o disse:

 

Agora sim, quero ver o tempo que o JN vai dedicar a esse vazamento na edição de hoje.

 

Vai ter que dar destaque, a coisa tomou uma proporção grande. E o pior que o Temer não tem como afastá-lo definitivamente, uma vez que foi Jucá quem costurou os acordos para obtenção dos votos para o impeachment na câmara. Sendo derrotado nesta frente e tendo a pressão do Cunha (que controla mais da metade da câmara), o governo começa com uma crise gigantesca.

  • Supermoderador
Postado
28 minutos atrás, Verdura disse:

 

 

Vai ter que dar destaque, a coisa tomou uma proporção grande. E o pior que o Temer não tem como afastá-lo definitivamente, uma vez que foi Jucá quem costurou os acordos para obtenção dos votos para o impeachment na câmara. Sendo derrotado nesta frente e tendo a pressão do Cunha (que controla mais da metade da câmara), o governo começa com uma crise gigantesca.

 

Na matéria bomba da Folha de hoje não fala quem vazou a conversa do Jucá (igual quando houve o Lula/Dilma, que todo mundo soube o caminho de onde ela veio até chegar ao JN), notaram?

 

Fica aí o questionamento.

Postado (editado)

Estão comentando que parece muito com "a escuta" do Mercadante que alias, ninguém fala nada sobre.

Espero que Henrique Meirelles e sua equipe consiga trabalhar.

Uma coisa que achei interessante é que o "poder judiciário" esta com mais força que o politico.

Editado por Born4Run
Postado

Agora, ainda tem gente que diz que o impedimento não foi golpe?
mesmo depois de ver esses vazamentos do Jucá?

Quando eu acho que a merda tá feita, me aparece mais isso, o buraco é sempre mais embaixo...

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