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Bom chat sobre karate : P

 

Luva é uma grande farsa, quando uso luva em treinos contra outras artes marciais sempre saio prejudicado.

 

Porque o luvão aumenta a guarda enormemente, além de impedir que os golpes de antecipação entrem seco. Luva no máximo da MMA ou a de 8 onças. Com outra o karate fica impraticável.

 

Nada melhor que treinar contra pessoas de outras artes e ensiná-los o porque de existir uma distância. Geralmente entram naquela aloprada tentativa de entrar batendo aberto, hora perfeita para um oizuki só, e fim de papo.

Mas com luvas o golpe que quebraria dentes, nariz e queixo, o golpe perde toda a eficácia.

 

Muito melhor é lutar com capacetes estilo daidojuku e sem as luvas.

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Vou falar uma coisa, após observar muito, principalmente o Sensei Asai em videos claro, mas ler alguns livros como a série do Nakayama, e o Bubishi, não enxergo o Karate mais tão linear como o via. Eu comecei a observar o Bassai Dai e como falei, vi muito de Kekai nele, pra mim hj ele é todo Kekai. Apesar da definição dos golpes serem retílineas, a movimentação é fluida e solta. Bassai treina de maneira linear, mas o Bunkai é sempre mais livre e adaptável ao corpo de cada um. 

Sim sou adepto também aos capacetes, e mão crua. Primeiro pq assim você consegue desferir o golpe como é, segundo porque não existe a luva para ser um escudo, e terceiri porque a mão não fica dependente de bandagens e luva. Um Zuki é suficiente, mesmo fraco, para abrir a cara de alguém, se acertar no T entre olho e nariz não tem quem resista a dor, se pegar embaixo do Nariz abre em uma cachoeira de sangue que o cara fica inevitavelmente atordoado. 

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Eu pratiquei karate quando criança, gostava bastante!!!

Mas me identifiquei mesmo foi no muay thai e boxe. Sou um grande admirador da nobre arte!!!

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2 minutos atrás, Tadeu Jordan disse:

Tem hikite, mas o uramawashi é impossível ter hikite. Em geral os chutes do muay thai e taekwondo não tem hikite, apesar disso são muito bons, questão teórica apenas.


Tem questão prática também. Um Yoko Geri Kekomi para quebrar uma canela, deslocar um joelho, de forma rápida vai ter que ter hikite, se não tiver terá de empurrar a articulação contra a força do adversário, e contra a canela só o empurram não terá efeito. No Kung Fu pula-se e projeta o corpo em direção ao joelho, como se fosse um tobi geri kekomi (ai sim consegue o quebramento), o golpe low kick deles apenas segura/evita a perna do advesário. Porém nós ao utilizar a faca do pé com Hikite podemos quebrar a canela do adversário com velocidade, isso se houver o treino adequado. 

Motivo como falei, o Hikite evita que a energia volte para o golpeador e diminua então a letalidade, o poder de contusão, do golpe. 

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Eu pratico Musculação e Jiu-jitsu ... Quando entrei pro jj era pq apanhei feio na escola ai lembro que pedir meu paizão hueh pra me matricular na academia do bairro ai ninguem mas mexeu cmg haha  B) Já na Musculação eu já gostava desse esporte.:D

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8 minutos atrás, Felipe_Queiroz disse:

Eu pratico Musculação e Jiu-jitsu ... Quando entrei pro jj era pq apanhei feio na escola ai lembro que pedir meu paizão hueh pra me matricular na academia do bairro ai ninguem mas mexeu cmg haha  B) Já na Musculação eu já gostava desse esporte.:D

 

O engraçado que geralmente acontece, não sei se foi com você, mas depois que a gente entra, avança no conhecimento da arte marcial, bate e apanha dentro da academia, parece que essas ameaças do mundo externo somem. Eu costumo supor que geralmente é resultado de uma combinação de coisas, incluindo a mudança de conduta da própria pessoa...rs

 

E aí, já pegou a azul?

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Karate Japones versus Okinawa
O que ocorreu com o Karate quando saiu de Okinawa e foi para o Japão.

 

A primeira Guerra havia terminado, o Japão em crise econômica e de identidade buscava recursos e se estabelece com a ajuda de quem fosse. Um certo dia, e um evento especial, os Japoneses conheceram o Boxe inglês, e ficaram impressionados, dois homens conseguiam se atacar sem armas, sem recursos como do Ju-Jutsu, Aiki-jutsu e afins. As autoridades Japonesas notaram a euforia do povo, e viram ai uma forma de resgatar o espirito Japones, o yamato damashii.

Mas havia um porém, a resistência às culturas estrangeiras, principalmente do ocidente, era enorme na época, e ao mesmo tempo era inaceitável buscar algum apoio cultural/marcial na China. Então o que fazer? Aceitar o ocidente, ou se rebaixar aos chineses. Que dilema. 

Em 1921 Sasaki Gogai publica na revista de Tókio que os Japoneses não precisavam recorrer ao exterior, que em uma olha, a ilha do Rei, Ryu-Kyu, havia uma arte dos camponeses muito forte e vigorosa. E que era possível encontrar tais habilidade de luta por lá. 

No mesmo ano, 1921,  o principe Hiroshito foi visitar Okinawa (Ryu-Kyu) e foi honrado com uma apresentação de Dança, teatro, e de algo chamado Toudi. Toudi é uma palavra Okinawana de origem chinesa que designa toda a arte marcial da região. Não havia estilo, não havia "diferenças", as diferenças eram dadas pela individualidade de cada praticante, o que existia era a escola de certos mentores que carregavam seu nome ou o nome do dojo, mas não era tido como estilo, tanto que era comum, e assim foi com Funakoshi, treinar com dois senseis diferentes a arte do Toudi, em locais diferentes, sem ninguém criticar e achar estranho, afinal tudo era Toudi. 

Mas para o principe isso foi inacreditável. Como assim, uma arte logo aqui numa ilha pertencente ao arquipélago Japones, contendo a possibilidade de resgatar o yamato damashii, e que preincipalmente possui golpes semelhantes ao boxe e que pode ser colocada a prova como feito no boxe? O principe queria levar para o Japão, ou melhor para a ilha principal. 

E um homem estava no meio daquela apresentação. Seu nome: Gichin Funakoshi, ou SHOTO. Esse homem aos olhos do principe era o ideal, tinha boa aparência, bom porte físico e bom dominio corporal.

Em 1922 Gichin apresentou o Toudi aos olhos dos Japoneses, e foi uma tacada de mestre. Um homem então deu suporte ao Funakoshi, Jigoro Kano, ele mesmo, fundador do Judô, acolheu e orientou Shoto. Em relatos de Nakayama e Egami eles dizem que toda vez que Funakoshi passava por algo referente ao Jigoro, seja um dojo, ou algo de propriedade do próprio Kano, Funakoshi fazia referência em respeito e gratidão.

Porém TOUDI, significava mãos Chinesas, e os Japoneses jamais poderiam conviver com isso, e assim o nome foi alterado para KARATE (mãos vazias) e acrescentado o DO, que é o principio filosófico do Budo presente nas diversas artes Japonesas. Assim Karate Do, a arte que poderia resgatar o yamato damashii. Outras coisas também foram mudadas, o Pinan dos Katas, foi alterado para Heain, o Do-gi foi acrescentado, e também os sistemas de faixa.

Entretanto não bastava isso. O TOUDI, agora KARATE, precisava ser sistematizado, devia poder ser ensinado em escolas, no exército, para uma massa de pessoas, pois ele não era apenas uma arte marcial, era uma ferramenta politica. Assim alguns movimentos foram simplificados, a espiritualidade se sobrepôs a marcialidade, o Kendo influenciou drasticamente na forma. Criou-se um sistema que pudesse ser facilmente copiado pela massa, estilos começaram a ser criados e por fim uma federação regulamentadora. De inicio todo mestre era registrado na Dai Nippon Botukukai, onde se o Karate de uma parecesse diferente do Karate de outro, então não poderia ser o mesmo Karate (Japones gosta de tudo muito organizado rs). 

O Toudi já era conhecido no Japão, havia praticantes, mas era marginalizado, era "chines", não seguia o BUDO. Mas após isso ele foi com força total. Lembram do inicio? O Karate chegou ao Japão, com força, após o Boxe ser visto pela população? Pois é. Esse era um problema

O Toudi sempre foi uma arte completa. Socos, Chutes, Quebramento, Projeções, Pontos de Pressão, Armas. Mas não era o que os Japoneses precisavam, eles tinham o Judo, Aikido, Kendo, Iaido (todas que antes eram Jutsu, mudaram pra Do com a reforma em que empregou o BUDO como filosofia da nação). Então o Karate foi resumido para sanar as necessidades politicas e sociais da nação e autoridades japonesas. E asim também o Kakie foi abandonado bem como o Kobudo.

Surge então o conceito dos 3k: Kihon, Kata, Kumite. 

Funakoshi não estava sozinho nessa. Outros nomes como Itosu, Kenwa Mabumi, Myiagi, também estavam na empreitada. Mabumi inclusive escreve o seguinte: 

"O Karate introduzido em Tókio é na verdade uma parte de um todo. O fato é que aqueles que quiserem sentir e aprender o Karate e que ele não consiste apenas de socos e chutes terão de procurar em outras artes como Judo. Aqueles que pensam em ter um futuro no Karate devem manter a mente aberta e estudar a arte como um todo". Mabumi 1889 - 1952.

Mas o grande gênio de tudo foi Itosu. Em 1891 o exército Japones já expressava interesse no Toudi após perceberem que os recrutas da ilha de Okinawa eram extremamente bem condicionados. Porém o exército tinha uma critica, o Toudi não era organizado o suficiente, era pobre em padronização e sistema de hierarquia, e assim precisava alterar algo para ser usado pelo exército. Itosu então viu a oportunidade e resolver "modernizar" o Karate (o Toudi), e então Itosu a partir de alguns Katas avançados, extraiu algumas técnicas e criou os 5 pinan/heian. Pronto. 5 katas básicos que poderiam ser ensinados de maneira padrão para uma massa de espectadores/alunos e para ensinar iniciantes de maneira padronizada.

Karate sendo praticado no Castelo de Shuri em okinawa com o método de Itosu (creio que na foto seja o Heian Shodan, por ser o primeiro e ser uma foto simbólica, e se tratando de Japoneses tudo tem um propósito e é organizado e em hierarquia, então deve ser o Heian Shodan):

Karate_ShuriCastle-640x363.jpg


Contudo o povo de Okinawa ficou extremamente abismado. Como assim, crianças na pré escola estudando Toudi? Eles perguntavam. Mas Itosu tinha um plano. Os Heians possuem diversas técnicas marciais letais, porém também foi um cavalo de tróia, não pelo Heian, mas pela insistência dos Japoneses em preservar a forma, em ter algo estético, e com cara do Japão, os Heians viraram uma ferramenta de padronização dos movimentos (deles foram extraidos o Kihon básico hj praticado no mundo todo), essa padronização reprime a individualidade que por sua vez reprime o potencial marcial de um praticante. 

No Karate de Okinawa, o Toudi, o porque é mais importante do que o COMO. Sim, Bunkai, aplicação do Kata é mais valorizada do que o como fazer o Kata, no como deve ser o pé, e etc. No Karate de Okinawa o treino ocorre em base mais confortável ao praticante, não é exigido Zenkutso Dachi baixa caso o praticante não consiga, o importante é conseguir utilizar o potencial marcial onde lhe é confortável. No Karate de Okinawa se estuda armas, defesa e utilização, o Kobudo (também pode ser visto em alguns praticantes/mestres de Karate Japones que resolveram resgatar as técnicas), os porquês dos movimentos levam à compreensão da utilização em todas distâncias, o Kakie que é a luta em curta distância é constante no treino. A Individualidade sobrepõe ao ensino em Massa, nunca vai ver um Dojo em Okinawa ensinando 40 alunos. 


Mas nem tudo está perdido

Nos Katas contém tudo o que se precisa saber sobre Karate, ele é o registro histórico de mais de 600 anos de ensino do Toudi e de seu antecessor. Chinte por exemplo remete aos primórdios, é a herança chinesa explicita no Karate. Entenda o Kata e entenderá o TOUDI/KARATE.

E ai entra o Kakie. 

Kakie é o Karate em curta distância. E não, não é como esta no Kyokushin, ficar trocando golpes para ver quem aguenta mais.  Isso era impossível de fazer nos primódios, funciona no ringue, não funcionava quando o adversário (soldado Japones) podia sacar uma faca, ou portar uma lança e matar o pobre Okinawano. 

Kakie é quase tudo o que está presente no Bubishi. É torção, pontos vitais, pontos de pressão, sair do clinche, dar golpes em curta distância, derrubar o adversário. É todo o Judo, Aikido, Jiu Jitsu, dentro do Karate, SIM, dentro do Karate. Karate é o MMA mais antigo que existe rs. 

Um exemplo de Pratica do Kakie: 
 


 



E sim, ele esta lá, esta em todos Katas.
 


para ver o Bassai dai clique aqui

Como falei, essa é minha conclusão, mas ao estudar o Bassai Dai, percebi que apesar dele ser feito de forma retilínea, ele também pode exercer uma função onde o executor do Kata não sai do lugar.  No inicio não faria sentido ser defesas para frente e para trás, o atacante estaria em vantagem. Então a melhor forma seria se fosse uma defesa seguida de um quebramento de cotovelo, em uma situação de base comum e em curta distância, em posição de conforto e não em zenkutso muito baixa. 

Vejam os Gifs, e tentem entender o que estou dizendo, creio que com eles da para ter uma noção do que digo:

Chest-Pummeling-Drill.gif?resize=600%2C3

Naihanchi-Armbar.gif

ArtisticAshamedHarlequinbug.gif?resize=6


E assim por diante. Da para fazer um estudo de cada movimento do Bassai e de outros Katas. Entender que todos eles tem aplicação para curta, média e longa distancia. Não existe um Bunkai, existe o Bunkai mais adequado para a individualidade de cada praticante. Isso os Okinawanos sabiam, isso o Itosu trabalhou para tirar e padronizar o Karate. Contudo está tudo lá no Kata. Basta treinar, estudar, compreender os movimentos de pressão e ver as possibilidades. E lógico, repetição trás a perfeição. 

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