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Postado
16 minutos atrás, Norton disse:

Exercício é bom ... mas não vai ajudá-lo a perder peso, dizem os médicos

https://www.theguardian.com/society/2015/apr/22/obesity-owes-more-to-bad-diet-than-lack-of-exercise-say-doctors

 

Mas os médicos também não dizem pra tirar a gordura da dieta e substituir por alimentos ricos em carboidratos?

Postado (editado)
10 minutos atrás, {..mAthEUs..} disse:

 

Mas os médicos também não dizem pra tirar a gordura da dieta e substituir por alimentos ricos em carboidratos?

Isso aí é igual aquela história que só HIIT traz perda de gordura,  e que cardio estilo LISS ainda faz você engordar. Isso cansa a beleza, viu?

Editado por mootley
Postado (editado)
5 horas atrás, {..mAthEUs..} disse:

 

Mas os médicos também não dizem pra tirar a gordura da dieta e substituir por alimentos ricos em carboidratos?

 

Nos dizem a uns 40 anos já.

 

AHA 1995: comam mais açúcar para comer menos gordura

 
Recentemente, conversando com colegas médicos, surgiu por parte dos mesmos a ideia de que as pessoas passaram a consumir muito açúcar e carboidratos refinados por força de uma má interpretação das diretrizes nutricionais. Ou seja, embora meus colegas também achassem que a ênfase em reduzir a gordura na dieta fora equivocada, afirmavam que "nunca se disse que as pessoas deveriam consumir açúcar e farinha refinada" no seu lugar. Será mesmo?
 
O problema é que a memória nos trai. Embora o passado molde muito das nossas atitudes presentes, nossas lembranças são editadas pelo cérebro à luz do que hoje sabemos, e determinadas coisas parecem jamais ter acontecido. Felizmente, em tempos de internet, as fontes primárias podem ser garimpadas. Esta pérola foi tuitada pela jornalista australiana Maryanne Demasi:
 
 
AHA%2B1995.jpg
 
AHA%2B1995b.jpg
O documento da Associação Americana de Cardiologia, de 1995, é intitulado "Um plano alimentar para americanos saudáveis".

Ali, se lê:

"Para controlar a quantidade e o tipo de gordura, gorduras saturadas e colesterol da dieta, você deve comer:"

 
  • Frutas e SUCOS DE FRUTA
  • Vegetais crus e MOLHOS LOW FAT (ou seja, high carb)
  • BISCOITOS LOW FAT (muito açúcar e farinha)
  • BISCOITOS SALGADOS LOW FAT (muita farinha)
  • PIPOCA SEM MANTEIGA E SEM SAL
  • PRETZELS SEM SAL
  • BALAS DURAS, BALAS DE GOMA
  • AÇÚCAR, XAROPE, MEL, GELEIA, GELATINA, DOCES DO TIPO GOIABADA / MARMELADA
E, para beber, a primeira escolha é:
  • SUCOS DE FRUTAS
  • Outra opções: REFRIGERANTES.
 
Sim, é chocante. E não faz tanto tempo assim. Eu já era formado há 2 anos quando essa cartilha circulou em 1995. Toda essa geração de médicos teve como ÚNICA formação nutricional este tipo de informação. Depois, foram estudar suas respectivas especialidades, e continuaram propagando permutações dessa cartilha, pois foi o que aprenderam. 
 
Foi justamente a esse propósito que o Dr. David Ludwig publicou, ano passado, editorial na revista científica JAMA, cuja íntegra pode ser vista aqui.

Naquele editorial, o Dr Ludwig diz:
  • Pesquisas recentes sugerem que o foco na redução da gordura dietética contribuiu diretamente para o fardo crescente de doenças crônicas.
  • De particular importância, os principais estudos de dieta com baixo teor de gordura, como os ensaios clínicos randomizados Women's Health Initiative e Look Ahead, não conseguiram reduzir o risco de doença cardíaca, apesar do uso de intervenções de baixa intensidade no grupo controle. Em contraste, o estudo PREDIMED foi encerrado precocemente quando a incidência de doença cardiovascular diminuiu mais rapidamente do que o esperado nos grupos de dieta com maior teor de gordura em comparação com o grupo controle com baixo teor de gordura (low fat).
  • Estudos preliminares sugerem que a redução da secreção de insulina em dietas com baixo índice de carboidratos e baixo índice glicêmico pode atenuar [a fome e a redução do metabolismo característicos das dietas de restrição calórica simples], facilitando a manutenção da perda de peso a longo prazo e reduzindo as doenças associadas à hiperinsulinemia (modelo carboidratos-insulina).
  • O foco na substituição da gordura dietética por carboidratos não atingiu os objetivos de saúde pública pretendidos e, sem dúvida, causou danos, mas esses resultados adversos não foram claramente e consistentemente reconhecidos [pela comunidade médica e acadêmica]. Consequentemente, muitas pessoas nos Estados Unidos ainda evitam ativamente comer gordura. De fato, a política nacional de nutrição continua promovendo a redução de gordura nas escolas (por exemplo, proibindo o leite integral e permitindo o leite achocolate desnatado adoçado com açúcar), nos programas governamentais de aquisição de alimentos e na linha de "gordura total" na tabela nutricional dos alimentos. De acordo com um relatório recente sobre a indústria do açúcar, os efeitos cardiovasculares adversos do açúcar adicionado permanecem amplamente sub-reconhecidos por causa de umprograma de pesquisa patrocinado pela indústria nos anos 1960 e 1970 "que lançou com êxito dúvidas sobre os perigos da sacarose, promovendo gordura como culpado dietético na cardiopatia coronariana".
  • Alguns especialistas sustentam que há muito tempo já existe consenso sobre os componentes de uma dieta saudável; que a recomendação de dieta de baixo teor de gordura sempre pretendeu aumentar o consumo de vegetais, frutas e grãos inteiros ao invés de carboidratos processados; e que a responsabilidade por quaisquer resultados adversos deve recair sobre a indústria alimentícia, por comercializar alimentos insalubres, com baixo teor de gordura, processados; e sobre o público por sucumbir a este marketing. Mas esses argumentos desconsideram as convocações no sentido de aumentar o consumo de todos os carboidratos, independentemente da qualidade (incluindo o açúcar), explicitamente por causa de sua menor densidade energética do que a gordura; a ênfase da pirâmide alimentar em pão, cereais e outros produtos transformados de grãos; a chamada do governo para que a industria desenvolvesse milhares de novos alimentos processados de gordura reduzida; e esquemas de marketing envolvendo a indústria, sociedades nutricionais e funcionários governamentais que promovem produtos alimentícios de baixo teor de gordura de qualidade extremamente baixa.
O trecho mais importante deste editorial é o seguinte: "Alguns especialistas sustentam (...) que a recomendação de dieta low fat sempre pretendeu aumentar o consumo de vegetais, frutas e grãos inteiros ao invés de carboidratos processados; e que a responsabilidade por quaisquer resultados aversos deve recair sobre a indústria alimentícia (...) e sobre o público, por sucumbir a este marketing.Mas esses argumentos desconsideram as convocações no sentido de aumentar o consumo de todos os carboidratos, independentemente da qualidade (incluindo o açúcar), (...) a ênfase da pirâmide em pão, cereais e outros produtos transformados de grãos; a chamada do governo para que a industria desenvolvesse milhares de novos alimentos processados de gordura reduzida; e esquemas de marketing envolvendo a indústria, sociedades nutricionais e funcionários governamentais que promovem produtos alimentícios de baixo teor de gordura de qualidade extremamente baixa."
 
Se alguém tinha dúvida de que isso realmente aconteceu, reveja o panfleto da AHA, no início dessa postagem.
 
A culpa não é das pessoas; elas apenas seguiram as diretrizes.
 
Leituras adicionais para essa postagem:

 

http://www.lowcarb-paleo.com.br/2017/02/aha-1995-comam-mais-acucar-para-comer.html

 

 

Como a indústria do açúcar mudou a culpa para a gordura

 

https://www.nytimes.com/2016/09/13/well/eat/how-the-sugar-industry-shifted-blame-to-fat.html?_r=0

 

Indústria do Açúcar e Investigação da Doença Cardíaca Coronária Uma Análise Histórica dos Documentos internos da Indústria

 

http://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/article-abstract/2548255

Editado por Norton
Postado

É o que tava falando em outro post gente....praticamente de tudo que a gente quer ou não quer, vai encontrar algum estudo....competir com links, acho meio inócuo.

 

Além da questão de esmiuçar um pouco mais a fundo esses estudos (a grande maioria não vai ter tempo ou base pra analisar, eu incluso), o que cada um tem que fazer é escolher que ideias se encaixam bem na sua realidade e no que você pode botar em prática.

 

É o que tenho feito com o Low Carb, a pouco mais de um mês. E basicamente, constatei que pude manter minha força original, que tinha a base de carbos pré treino e/ou pós, sem acréscimo de peso (era um problema pra MIM). E depois de manter essa força, venho conseguido aumentá-la no MESMO ritmo de antes. 

 

Ainda me considero em fase de transição. Talvez o que eu vá fazer é deixar os carbos pra momentos de lazer ou outros específicos. Se houver um estudo dizendo que essas minhas impressões são erradas, é óbvio que eu não vou levar em consideração. Porque nenhum estudo vai passar por cima do que eu presenciei na experiência própria, ponto.

 

Só reforçando, não quero ser garoto propaganda de coisa alguma...mesmo com pontos em comum, cada um deve escolher seu caminho.

Postado

Não tem pra onde fugir. O pior cego é aquele que não quer ver.
A dieta keto perde tanto nos estudos como na prática (atletas de elite) quando se trata de composição corporal/performance.
Os maiores campeões de qualquer tipo de esporte, principalmente no fisiculturismo - que não só ingere, como os manipulam também - usam gramas e gramas de carbo/dia.

Me lembrou a dieta do Phelps no auge da sua carreira com 10-12K Kcal/dia vindo de sorvetes, chocolates e pizza.

Se quiser falar de saúde, abre outro tópico.

Postado
10 minutos atrás, cotozin disse:

Não tem pra onde fugir. O pior cego é aquele que não quer ver.
A dieta keto perde tanto nos estudos como na prática (atletas de elite) quando se trata de composição corporal/performance.
Os maiores campeões de qualquer tipo de esporte, principalmente no fisiculturismo - que não só ingere, como os manipulam também - usam gramas e gramas de carbo/dia.

Me lembrou a dieta do Phelps no auge da sua carreira com 10-12K Kcal/dia vindo de sorvetes, chocolates e pizza.

Se quiser falar de saúde, abre outro tópico.

 

   http://www.metabolismjournal.com/article/S0026-0495(15)00334-0/fulltext

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