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Postado
2 horas atrás, Ricardo Queiroz disse:

Dietas baixas/extremamente baixas em carbo não afetam marcadores de força (levando em conta que esteja consumindo adequadamente suas calorias). No caso a alta intensidade no caso discutido (endurance) está relacionado a uma % do coeficiente respiratório (vo2max), em um treino de musculação, a não ser que faça um circuito/wod cabuloso que exija bastante do seu sistema cardio-respiratório por um tempo considerável, não vai ter problema nenhum.

___________

 

Fiquei muito triste ao saber que o Norton me colocou na lista de ignorados, o meu sábado ficou até mais cinzento quando eu li. Engraçado é que a "discussão de alto nível" que ele espera é só aquela que ratifica o que ele posta, muito bom saber que prefere ignorar os comentários a tentar argumentar ou provar o contrário.

Melhor ainda é a "panelinha" que ele diz que tem, eu não concordo com tudo o que os outros usuários dizem (demos nomes aos bois: Lucas, Matheus, Martin, Wesley, Fabi, busa, Debew...) e tenho certeza que eles não concordam com metade do que escrevo, mas é a partir do desenrolar da conversa que surge a curiosidade para buscar mais sobre o assunto no qual fui contrariado (meu interesse por dietas baixas em carbo só começou depois de algumas discussões com o matheus). Boa parte dos estudos/sites/cientistas/atletas que sigo, pregam uma abordagem mais lowcarb (inclusive sigo alguns especialistas em obesidade que tem muita coisa boa sobre o assunto), mas mesmo esses reconhecem a limitação da situação.

 

Low carb/keto/jejum tem espaço em qualquer treino, é possível de fazer, em teoria, "qq coisa", mas se é a melhor opção já são outros 500, parece que isso que está difícil de ser compreendido. Eu faço a maior porcentagem dos meus treinos de corrida em jejum, o meu "longão" de domingo sequer tem um algo significativo de carbo (só ingiro as 20g do 1/2lt de água de coco - e para o restante do dia limito a 100g), o resto vem de prot/gord e mesmo assim mal chega em 400kcal p/ 2:30h+ de corrida (isso quando não os faço em jejum). Várias vezes já fiz 21k de jejum (com e sem hidratação), mas de longe foi a melhor situação.

 

Agora é foda quando tenta conversar com cria de Robert Lustig, independente do que fale o carbo vai ser o vilão, sempre!!! Mundinho fechado da porra. E sim, eu respondo os posts do Norton por implicância mesmo, até parar de querer colocar keto/lc como dieta superior a qq outra para qq ocasião (mas pelo visto isso não ocorrerá =P).

 

Aproveito a oportunidade para os que gostam de correlacionar assuntos sem pé nem cabeça. De acordo com Lustig nos EUA a obesidade cresceu junto com o consumo de açúcar (ou "bebidas açucaradas"), logo a culpa da obesidade é do maior consumo de açúcar. Então o que tem a dizer sobre o paradoxo australiano? O consumo de açúcar diminuiu, mas a obesidade lá aumentou!!! O motivo da obesidade é do maior consumo de açúcar ou de um monte de gente que não levanta o rabo da cadeira para nada começar a comer mais do que deve, comer refeições que não saciam (independente da disposição de macros), e que possuem uma quantidade minúscula de volume, contudo são regadas em calorias?

hmmm fica o questionamento...

 

Ironman é uma prova que os melhores fazem em 8h, pqp se isso não é ultra-endurance não sei mais o que é

 

E novamente...

#estouAquiSoPelaTreta

Esses dias estava lendo um livro onde o autor dizia q a galera condena o carbo pela obesidade mas q so 7-13% do carbo vira gordura diretamente, o problema sao o excesso de calorias e a saciedade (q estimula comer mais kcals ainda ) . Em relacao a obesidade, o carbo tambem nao eh o vilao, mas sim o excesso de calorias. Mas aqui entro com um questionamento : Se os obesos comessem apenas fat e prot sem o carbo, de maneira descontrolada, duvido q ganhariam muito peso, mas se comesse tudo isso e jogassem sei la 200g de carbo eles ganhariam mt mais peso. Carbo baixo e excesso de kcals de  fat e prot nao gera um ambiente favoravel pro ganho de peso, MAS (E UM GRANDE MAS) isso NAO EH MOTIVO PRA CONDENAR O CARBO. pq da mesma forma se eles comessem 500g de carbo e estivessem em deficit calorico eles PERDERIAM PESO. O que mostra que o carbo SOMENTE EH VILÃO  EM AMBIENTES DE SUPERAVIT CALORICO ALTISSIMO (leia se : nego comendo na famosa moda caralho, moda louca, off sujo, ou oq quiserem chamar). Entao qualquer abordarem de cut que garanta deficit calorico NAO sera prejudicada pela presenca de high carb por exemplo. Por outro lado, se o cara quer um bulk acho dificil ele ter bons resultados com low csrb high fat ( embora tem qm goste eu nao curto), entao precisa jogar um carbo suficiente pra repor pelo menos suas reservas de glicogenio e NAO deve usar um superavit calorico absurdo.

 

Fat e prot sao macros importantes q qualquer burro sabe usar.

Carbo é o macro q vc precisa de inteligência pra usar, nao eh so se entupir igual muita gente faz com os outros dois. 

 

Conclusao: 

Carbo eh essencial pra  um cuting bem sucedido? NAO EH ESSENCIAL, mas nao significa q vc nao possa usa lo, se estivesser em deficit calorico O CARBO, A INSULINA,  NAO VAO ATRAPALHAR O RESULTADO.

 

O carbo eh essencial em bulk? PRA MIM SIM*, qual o minimo? UM MINIMO PRA REPOR SUAS RESERVAS DE GLICO (200G + -).

 

O carbo pode ser vilao? Quando? QUANDO ELE ESTA PRESENTE EM QUANTIDADES medias pra altas(maiores q as necessarias pra preencher as rezervas de glicogenio)num contexto de superávit calorico ALTO, independente se sao alimentos limpos ou nao.

 

Eh nisso q eu acredito.

 

 

 

 

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Postado

Eu já tentei fazer meu treino normal sem carbo e admito que não tenho paciência pra ver quando chega esse resultado de usar gordura como fonte de energia. Talvez fosse melhor fazê-lo, devido às inúmeras variáveis na vida de cada um...pois elas sim, vão poder dizer melhor se vai ser melhor cortar o carbo ou não.

 

A diferença é que procuro usar os tais carbos complexos (o Alan Aragon chama de outra coisa, não lembro agora...) e tenho me sentido bem. Uso bem menos os de alto IG hoje em dia. Lembrando que até as folhagens têm carbos, ainda que menos do que outras fontes.

 

Só fiquei confiante pra cortar carbo total ou quase em exercícios que eu já tenho facilidade 'natural' pra fazer, ou corrida (aí o que eu chamo de intensidade pode variar bastante). Eu gosto de botar o programa na esteira mais ou menos assim:

Num total de 20 minutos:

5 minutos a 11,3km/h

3 minutos a 8km/h

5 minutos a 11,3km/h

3 minutos a 13km/h

4 minutos finais a 8km/h

Isso é a minha corrida mais 'normal'. Intensidade maior, eu subo um pouco a inclinação da esteira, ou aumento 1km ou 2km na velocidade. Botei aqui só pra ilustrar mesmo.

 

Postado (editado)
7 minutos atrás, Dartagnan. disse:

 

 

Eu cortei totalmente os carboidratos, indo para o 4° ano em cetogênica basicamente só de fontes animais. Nunca atrapalhou meus treinos pelo contrário minhas cargas são ótimas para um natural, meu objetivo agora é mantê-las pelo maior tempo possível. Quem nunca treinou assim ou não deu chance, nem tempo para a adaptação a dieta não sabe o que diz quanto ao rendimento em cetose.

Editado por Norton
Postado
1 hora atrás, Norton disse:

 

Eu cortei totalmente os carboidratos, indo para o 4° ano em cetogênica basicamente só de fontes animais. Nunca atrapalhou meus treinos pelo contrário minhas cargas são ótimas para um natural, meu objetivo agora é mantê-las pelo maior tempo possível. Quem nunca treinou assim ou não deu chance, nem tempo para a adaptação a dieta não pode sabe o que diz quanto ao rendimento em cetose.

Um dia eu vou tentar isso. Mas o caso pra mim são as outras variáveis mesmo, entenda-se: rotina que dificulta botar isso em prática de bate ponto. Eu ainda como pão por exemplo, ainda que bem menos, por praticidade ou preguiça de fazer outra coisa na hora. Tem outras coisas até, mas não saberia resumir aqui.

 

Ah, sim, no meu caso também tem o fator paladar....:P, sempre adorei pão, e logo agora que comecei a experimentar uns tipos diferentes (e nada saudáveis), vi que é melhor cortar....pão suíço, mandioquinha, entre outras delícias....

PaoC16.jpg

Nesse caso aqui, eu tiro pelo menos esse açúcar todo....

 

 

Postado
1 minuto atrás, Dartagnan. disse:

Um dia eu vou tentar isso. Mas o caso pra mim são as outras variáveis mesmo, entenda-se: rotina que dificulta botar isso em prática de bate ponto. Eu ainda como pão por exemplo, ainda que bem menos, por praticidade ou preguiça de fazer outra coisa na hora. Tem outras coisas até, mas não saberia resumir aqui.

 

Ah, sim, no meu caso também tem o fator paladar....:P, sempre adorei pão, e logo agora que comecei a experimentar uns tipos diferentes (e nada saudáveis), vi que é melhor cortar....pão suíço, mandioquinha, entre outras delícias....

 

Nesse caso aqui, eu tiro pelo menos esse açúcar todo....

 

 

 

Nesse caso as exorfinas que são viciantes nesses alimentos. Com o tempo na dieta você perde a vontade, quando passo perto de uma padaria o cheiro que antes me abria o apetite me embrulha o estômago.

Postado

Não gostei e ser colocado nessa de panelinha. Mudei muito meus conceitos, ainda defendo o consumo moderado de carbos e a extinção, se possível, da gordura trans, hidrogenada, e xaropes de alta concentração de frutose, e algumas coisas. Mas no macro assunto tenho em mente que o que prevalece é calorias e densidade nutricional dos alimentos (ao que se refere a saúde).  Sempre fui de boa com as pessoas e soube me  render quando estava errado, e quando estou errado, não participo mais desse tópico pois desde que minha mulher engravidou eu nunca mais li bons artigos, nunca mais me aprofundei em nada e por isso não vou me prestar a ser arrogante, achando que sei de tudo, se parei de ler e me informar. Ultima coisa que vi de qualidade foram alguns artigos sobre biota intestinal e o documentario que o Norton postou (mas não sou cego de fazer eles verdade absoluta) fora isso não li mais.

Meu conceito, se eu tiver que resumir, é: Coma comida de verdade, comidas práticas e de alta densidade nutricional. Assim se manterá nutrido e com consistência na dieta. Consistência com alimentos de qualidade e estar dentro do saldo calórico é hj pra mim o mais importante, e claro o ambiente que vive, os estímulos que recebe, de treino ou de stresse, por ai vai.

Meu bebê hj com 7 meses na papinha dele vai batata, brocólis, carne, hora arroz integral, ou cenoura, se eu ainda fosse cego não faria isso. Da mesma forma ele também come gema, algumas frutas (mas sem exagero, ainda mantenho a ideia que tinha sobre as frutas hj serem mais doces e menos nutritivas, então prefiro os legumes e vegetais). E isso carrego para mim.

Ontem minha janta foi refogado de repolho na manteiga, alho e cebola, com molho de tomate caseiro, purê de batata doce com manteiga e leite integral, e pernil assado. 

Então por favor, não fale que sou de uma panela, pois se não quem não acompanha minha mudança de conceitos irá me julgar de hipócrita. Sempre tentei ajudar, e aprender, nunca foi meu intuito ser parte de uma religião (entre aspas) .

 




 

Postado (editado)
28 minutos atrás, Norton disse:

 

Nesse caso as exorfinas que são viciantes nesses alimentos. Com o tempo na dieta você perde a vontade, quando passo perto de uma padaria o cheiro que antes me abria o apetite me embrulha o estômago.

 

É verdade.

 

São vários tipos de adaptações às quais alguém que inicia a low-carb (rigorosa: <0,25 g/kg/dia) se submeterá: adaptação fisiológica, social, psicológica etc.

 

Fora tonturas, enjoos, hipoglicemia, hipotensão com o corte de carboidratos, você deve ter em mente que sua vida social será um pouco diferente. Vai para um aniversário? Comerá o que lá? Enfim, a disponibilidade e as opções de alimentação se restringirão bastante, principalmente se quer comer fora de casa.

 

Além disso, carboidrato é o macronutriente mais barato e fácil de ser consumido. Quando em Low-carb, o custo da dieta aumenta consideravelmente, principalmente se você  quer atingir sua cota de calorias estipulada com uma proporção maior de proteínas que de lipídios.

 

A todos estes aspectos leva-se um tempo para se adaptar. Entretanto só se aprende, de fato, tentando, e, assim, adquirindo um conhecimento cada vez maior dos alimentos que podem ser usados, conforme seu objetivo, gosto pessoal e cacife (R$).

 

A diferença mais expressiva que senti num treino de pernas com carbos quase zero é a velocidade de ressíntese do ATP e um período mais prolongado sob ação do ácido lático.

 

Editado por ZOOM
Postado
1 hora atrás, ZOOM disse:

A diferença mais expressiva que senti num treino de pernas com carbos quase zero é a velocidade de ressíntese do ATP e um período mais prolongado sob ação do ácido lático.

 

 

Quantos meses você ficou em cetose? Quanto a eventos sociais sempre tem algo que você pode comer, a vida aliais não é só comida. Quando não se é dominado por ela o tempo que se ganha é bem maior. E com relação a gastos cada um tem seu próprio juízo, suas prioridades. Para mim é preferível prevenir que remediar, sai bem mais barato. Uma dieta natural baseada em poucos hidratos de carbono pode ser barata, ou cara depende do gosto pessoal e dos valores de cada um.

Postado

Dieta Humana Original

Spoiler

 

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CARNE: A DIETA HUMANA ORIGINAL

 

[Extraído do Primal Corpo, Primal Mente por Nora Gedgaudas]

 

A dieta dos caçadores-coletores pode ser descrita através de pelo menos duas perspectivas diferentes: idade do gelo paleolítico e idade pós-gelo, ou neo-paleolítico. A dieta dos povos neo-paleolíticos, incluindo caçadores-coletores atuais com alguma variação regional, consistiu essencialmente em proteína de origem animal de alta qualidade, tanto cozida como não cozida (incluindo carne de órgão de caça selvagem. Esta dieta incluiu alguns ovos, quando disponíveis, insetos (sinto dizer), e frutos do mar. Esta dieta foi tipicamente moderadamente alta em gordura, caloricamente, a uma taxa estimada em cerca de dez vezes a nossa ingestão moderna (e a gordura era altamente cobiçada). Isto incluiu variedades de gorduras saturadas, monoinsaturadas e ômega-3, e quantidades equilibradas de gorduras ômega-6, juntamente com abundantes nutrientes solúveis em gordura.

 

Neo-Paleolítico, dietas humanas primitivas, bem como dietas durante períodos mais temperados em meio à idade do gelo, geralmente incluíam uma variedade significativa de matéria vegetal, algumas nozes e sementes cruas frescas, e algumas quantidades muito limitadas de fruta selvagem, como foi Sazonalmente disponíveis. Havia muito mais material vegetal nas dietas de nossos ancestrais mais recentes do que nossos antepassados hominídeos mais antigos, devido a diferentes fatores. A atual era glacial (sim, "atual"), conhecida como glaciação Plioceno-Quaternário, começou há cerca de 2,58 milhões de anos, na época do aparecimento dos primeiros hominídeos, na época do Plioceno tardio, quando a propagação das manchas de gelo no Norte O Hemisfério começou. Desde então, o mundo tem visto ciclos de glaciação, com folhas de gelo avançando durante longos períodos de tempo chamado glaciais (avanço glacial) e recuando durante períodos de tempo chamados interglaciais (recuo glacial).

 

A terra está atualmente em um período interglacial, e o último período glacial terminou perto de 11.500 anos há. Em 1976, cientistas do Observatório da Terra de Lamont-Doherty encabeçaram um projeto chamado Clima: Mapeamento e Previsão de Investigações de Longo Alcance (CLIMAP) para mapear a história dos oceanos e dos climas. Eles estudaram exaustivamente as amostras nucleares e descobriram que grandes arrefecimentos e avanços glaciais começam ou terminam, quase como um relógio, a cada 11.500 anos. A cada cem mil anos ou mais, essa transição para um grande, especialmente brutal congelamento profundo ocorre de uma maneira surpreendentemente abrupta, às vezes ao longo de apenas algumas temporadas. Eles se referem a este ciclo variando regularmente de períodos de resfriamento como o ciclo de Milankovitch, também às vezes referido como "o pacemaker das idades glaciais".

 

Não há dúvida de que nossa fisiologia é profundamente influenciada por essa história climatológica. Nós passamos períodos de tempo altamente significativos durante a nossa história ancestral presa na maior parte do gelo e da neve, com apenas os mais breves períodos de indulgência mais quente quando a vida vegetal comestível poderia ter crescido em uma parcela significativa do Hemisfério Norte. Mudanças periódicas nas condições climáticas, desde períodos relativamente curtos de condições razoavelmente temperadas até condições prolongadas, ásperas, da idade do gelo, são mais recentemente entendidas pelos climatologistas como sendo relativamente rápidas. No final da década de 1980, um grupo de cientistas conhecidos como o Projeto de Gelo da Groenlândia (GRIP) perfurou núcleos de quase duas milhas de profundidade no gelo, perfurando o suficiente para atingir o gelo formado há 250 mil anos. Analisando os dados fornecidos, percebeu-se que cada era glacial durante os últimos 250.000 anos realmente começou bastante abruptamente, tipicamente (ironicamente) após os picos de temperatura global.

 

Cada vez que essa mudança ocorreu, o clima desceu em plena gravidade glacial em menos de vinte anos, às vezes dentro de dez anos! Somente aquelas pessoas adaptadas em sua fisiologia e astúcia teriam sobrevivido a súbitos ataques de condições frígidas e implacáveis (Calvin 2002). Mesmo enquanto o Hemisfério Norte estava preso na neve e gelo durante esses períodos, a África estava sendo destruída por secas e incêndios florestais, com áreas catastróficas de enchentes em outros lugares. Durante toda a idade do gelo, o planeta inteiro resiste uma gama implacável de tais extremos. Estudos de antigos coprolitos humanos, ou fezes humanas fossilizadas, que datam de trezentos mil até cinquenta mil anos atrás, revelaram essencialmente uma completa falta de material vegetal nas dietas dos sujeitos estudados (Bryant e Williams-Dean 1975 ).

 

Em outras palavras, é provável que tenhamos subsistido por uma porção muito significativa da nossa evolução, em grande parte pela carne e gordura dos animais que caçamos. A gordura foi a principal commodity para o seu valor concentrado de nutrientes e energia. Isso até mesmo foi verdadeiro para os caçadores-coletores neololíticos e as sociedades tradicionais, como claramente demonstrado pelo trabalho científico exaustivo de Weston A. Price publicado pela primeira vez em 1939 (Price 1989). Como onívoros e oportunistas, sempre teríamos obtido certamente o que poderia ter sido disponível para nós para a alimentação. Permafrosts e secas, no entanto, deixaram a muitos de nós opções limitadas por longos períodos de tempo. A gordura, também, é o nosso combustível mais eficiente, denso e de queima prolongada. É essencial para uma importante multidão de processos corporais, e não menos importante para o funcionamento do cérebro humano.

 

Outra limitação importante decorre do fato de que nós, como uma espécie, temos apenas recentemente desenvolvido um uso de fogo controlado universalmente. Na maioria das vezes, isso não ocorreu antes de cinqüenta mil a cem mil anos atrás. Embora existam provas disfarçadas de fogo desde há trezentos mil a quatrocentos mil anos atrás, é improvável que o desenvolvimento sofisticado das práticas culinárias tenha ocorrido muito antes de o uso do fogo se tornar mais universal e comum - em algum momento depois do homem de Cro- Magnon Migrarem para a Europa. (A cerâmica mais antiga conhecida só data de 6800 aC, aliás.)

 

O que torna o uso de culinária especialmente importante é a toxicidade da maioria das espécies de plantas. Plantas silvestres contêm grande número de compostos tóxicos que teria feito seu uso como alimento em qualquer quantidade significativa perigosa. Cozinhar é o único meio pelo qual muitos destes "antinutrientes" podem ser neutralizados. Os produtos modernos foram geneticamente modificados para reduzir a presença de compostos nocivos em uma extensão significativa. A maioria das plantas silvestres, por outro lado, exigem uma seleção extremamente cuidadosa e preparação. A maioria das raízes, tubérculos e legumes amiláceos teria sido proibitivamente perigoso consumir sem cozinhar extensivamente.

 

Além disso, a energia gasta na aquisição dos restantes tipos de alimentos vegetais facilmente excede o seu valor calórico potencial, para dizer pouco do seu magro, conteúdo de proteína inferior disponível, que é tão crítico para as nossas necessidades. A morte em massa da megafauna após a última era glacial há dez mil anos e a caça excessiva por parte dos seres humanos podem ter levado a uma maior dependência de alimentos vegetais e, em última instância, ao desenvolvimento da agricultura. Há algumas hipóteses de que um vício para as exorfinas (morphinelike compostos) em grãos que desencadeou este desenvolvimento generalizado.

No entanto, é amplamente aceito que foi, na verdade, a nossa dependência alargada da carne e gordura de animais (ricos em ácido eicosapentaenóico, EPA e ácido docosahexaenóico, ou DHA) através destes invernos congelados de duração inimaginável que permitiu a Rápido alargamento e desenvolvimento do cérebro humano. A carne e especialmente a gordura teriam sido as mais cobiçadas e importantes mercadorias de todos. Nós nunca teríamos sobrevivido como uma espécie sem eles. A nossa crescente dependência da caça também ajudou a facilitar e desenvolver as qualidades humanas que mais intrinsecamente valorizamos - a astúcia, a cooperação, o altruísmo, a partilha, a criatividade avançada, o poder de prever o futuro e de poder invocar o passado em termos de futuro, a capacidade de avaliar com complexidade e a capacidade de imaginar soluções - qualidades não encontradas particularmente em outros primatas (Ardrey 1976).

 

Além disso, curiosamente, a forma dominante de ácidos graxos no cérebro humano é omega-3; Em chimpanzés e outros primatas, é principalmente omega-6. Esta é uma distinção muito significativa e que é o resultado provável destas mudanças dietéticas evolutivas, induzidas pela idade do gelo. Muitos autores que popularizam a noção de dietas paleolíticas baseiam suas evidências conclusivas nas dietas de povos primitivos mais contemporâneos, esquecendo que, para a maior parte de nossa evolução, o mundo tem sido um lugar muito, muito diferente. De qualquer maneira, é evidente, mesmo na análise mais recente das dietas primitivas, que os alimentos de origem animal e os nutrientes solúveis em gordura desempenham invariavelmente um papel central e crítico na extraordinária saúde física e mental desses povos e na ausência de doenças, Povos e grupos mais tradicionais. É também bastante evidente que dietas que consistem em qualquer quantidade significativa de carboidratos são um fenômeno estritamente moderno, um que a nossa fisiologia humana idade do gelo evoluiu pouca adaptação ou defesa contra.

 

Hidratos de carbono, além da variedade em grande parte indigestos encontrados em vegetais fibrosos e verdes, têm geralmente desempenhado um papel mínimo, na melhor das hipóteses, através da maior parte da evolução humana. A fruta foi consumida apenas sazonalmente por nossos antepassados neo-paleolíticos na maioria dos lugares, e os frutos silvestres são extremamente fibrosos e de menor tamanho, com menor teor de açúcar total. Muitas batatas e tubérculos teriam requerido cozimento extensivo para neutralizar alcaloides extremamente tóxicos. As variedades selvagens que teriam estado à nossa disposição durante a maior parte de nossa história como espécie podem ser especialmente tóxicas. Em outras palavras, não é provável que estávamos comendo batatas assadas com nossos bifes de mamute lanoso - ou muito amido em tudo. De fato, de todos os macronutrientes (isto é, proteínas, gorduras e carboidratos), os únicos para os quais não há necessidades alimentares humanas reais são carboidratos.

 

Este é um ponto crítico e muito fundamental a lembrar: não temos nunca de comer qualquer açúcar ou amido de qualquer tipo, a fim de ser otimamente saudável. Nossos corpos podem fabricar glicose, conforme necessário, a partir de uma combinação de proteínas e gorduras na dieta. Por uma questão de fato, a glicose é realmente necessário apenas de forma contínua, principalmente para abastecer nossos glóbulos vermelhos. A maioria dos órgãos e tecidos do corpo, incluindo o cérebro, prefere, se os deixarmos, usar cetonas, os subprodutos geradores de energia do metabolismo das gorduras. Este fato é muito esquecido ou incompreendido pela maioria dos médicos e especialistas em nutrição. Existem abundantes evidências de que muitos processos de doenças modernas, incluindo aqueles que resultam em doenças cardiovasculares, níveis elevados de triglicerídeos, obesidade, hipertensão, diabetes, hipoglicemia e câncer, para citar alguns, não são o produto de excesso de gordura natural na dieta, De excesso de carboidratos.

 

[Extraído do Primal Corpo, Primal Mente por Nora Gedgaudas]

 

Um estudo publicado recentemente dos restos do esqueleto de " A Dama Vermelha de El Mirón " suporta o consumo de uma dieta predominantemente de carne até mesmo por nossos ancestrais humanos Neolythic. Sua dieta era composta quase inteiramente de carne vermelha, com alguns peixes. Alimentos vegetais eram quase inexistentes. Conforme relatado no New Scientist:

 

A dieta paleo, real ...

Você quer se manter em tendência com a última dieta elegante? Então olhe para a Senhora Vermelha de El Mirón, que comeu a dieta Paleo quase 19.000 anos atrás.

Para ela, não era moda. Os isótopos em seu esmalte dental, padrões de desgaste microscópico em seus dentes e o material embutido entre eles revelam que a carne de animais ungulados constituiu cerca de 80 por cento de sua dieta. Isso significa que você pode querer adicionar red deer e ibex à sua lista de compras. Pegue uma abundância de salmão, também - peixe parece ter feito a maior parte do resto de sua dieta.

Se isso soa um pouco maçante. A análise dental meticulosa revela que ela também comeu algum material vegetal amiláceo, mais provável sementes, além de cogumelos, embora provavelmente em pequenas quantidades (Journal of Archaeological Science). Se os fungos foram comidos para a nutrição ou para alguma outra finalidade é desconhecido, diz Lawrence Guy Straus da universidade de New mexico.

 

https://zerocarbzen.com/original-human-diet/

Postado (editado)
Em ‎13‎/‎01‎/‎2017 at 15:22, Ricardo Queiroz disse:

Se acompanha o trabalho dele vai ver que ele fez vários testes sobre keto e performance, vai ver também muitos relatos - e diga-se de passagem, muito bem detalhados - sobre a sua experiência com isso, vai ver bastante coisa sobre o que melhorou (principalmente em baixas zonas de CR ~60%), mas vai ver que alguma coisa também piorou, advinha o que foi...

Que ele teve uma queda ao manter uma alta intensidade, quanto maior o Coeficiente respiratório, maior a demanda por carbo, e o que acontece quando tentamos sustentar uma atividade intensa por tempo o suficiente e não temos reservas de glicogênio? hmmmm desempenho cai.

 

Está aí o site dele muito bom, tem muita informação útil, acompanho a um bom tempo, pode aproveitar alguma coisa: http://eatingacademy.com/

 

 

Eu ainda me considero iniciante nesse assunto, portanto deixo claro que só trago indagações mesmo. Estou lendo o último livro do dr. William Davis - Saúde Total, e encontrei um trecho falando sobre treino e desempenho MELHOR do que antes com carbo. Porém, até onde estou lendo (eu apenas comecei a ler o livro, bem dizer), não sei se ele entra em detalhes do quão intenso é esse treino. Fala que em exercícios menos rigorosos os carbos são desnecessários, não mencionando outros treinos (até onde li). Vou transcrever a parte do livro, lembrando que a briga do dr. Davis é mais com o trigo e pão do que exatamente com os carbos:

 

Saúde Total, pág 196

 

Semana 5: A essa altura, o período inicial da síndrome da abstinência dos opiáceos já deve ter passado, e as pessoas que desenvolveram uma dependência metabólica de carboidratos durante o tempo em que ainda consumiam grãos devem começar a ganhar níveis mais elevados de energia. Privar o corpo de carboidratos, em especial as amilopectinas dos grãos, resulta numa queda de energia até que o corpo se adapte e passe a priorizar o processo de mobilização de gorduras. Uma vez que isso ocorra, a energia aumenta e o humor melhora.

 

.....Quando se chega à semana 5, porém, o desempenho da maioria dos atletas supera níveis atingidos antes da eliminação dos grãos. Não é mais preciso abastecer-se com carboidratos, e, durante esforços prolongados, reduz-se em muito a necessidade de suplementação com esses nutrientes. Exercícios menos rigorosos, como praticar jogging por 8 quilômetros, pedalar por 30 quilômetros ou fazer ginástica aeróbica por uma hora, não exigem abastecimento com carboidratos, bebidas ou barras energéticas nem outra suplementação, já que seu corpo está mais eficiente em extrair energia de suas reservas de gordura.

.....

 

 

Conforme for lendo mais do livro e vendo algo interessante, posto aqui.

 

 

 

Editado por Dartagnan.

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