Abandonar emprego concursado com estabilidade

[tupete11 4]

Sou do tipo que não gosta de correr riscos. Sou servidor estável do TJSP e tiro uns 4.300 líquidos (estou há 15 meses aqui). Por mais que o serviço seja uma merda e o volume de trabalho gigantesco, eu não trocaria por algo incerto. Não saio por nada, até passar em outro concurso. É bom demais saber que receberei integralmente meu salário, independentemente de crise no país.

Não acomodei, continuo estudando para outros concursos, mesmo tendo tempo limitadíssimo para isso (trabalho+academia+estudos = não sobra tempo pra mais nada durante a semana).

Portanto, se tiver algum jeito de fazer o curso sem sair do emprego, não saia. Se não tiver jeito de fazer os dois, será uma escolha bem difícil e arriscada.

Caso vc não arrisque, acho que vai todos os dias da sua vida se perguntar como teria sido se tivesse largado tudo e feito o curso, e isso não é bom.

Se arriscar e não der certo, vai se arrepender.

É foda...

[KawaNx 314]

Se fosse por um outro emprego que ganha-se mais ate poderia arriscar mas sair de um emprego que deve ser de boa para estudar é completamente diferente, você pode não gostar do que está estudando vai ter matérias chatas não é a toa que muita gente fala que o sonho era fazer X curso e acaba desistindo por causa de algumas matérias, termine seu curso de letras e depois pense nisso se der merda pelo menos vai ter o diploma de ensino superior  

[Mns 4]

Eu recebo 3200 líquido já descontado a pensão militar e o fundo de saúde. A graduação acima recebe líquido hoje uns 3800.

Não sei como está este vencimento se comparado à iniciativa privada e ao mercado de trabalho como um todo.

Entretanto desejaria fazer fonoaudiologia na unicamp o curso é integral.

Não sei como anda o mercado e áreas de salário.

De fato cansei das forças armadas mesmo tendo estabilidade assegurada e faltando 18 anos para aposentar.

Queria um diploma da Unicamp e não da FAC anhanguera... e vida civil.

O John comentou muito bem: só você mesmo para encontrar essa resposta.

Comento, entretanto, alguns aspectos adicionais, ok?

 

Desconfio que seja difícil aparecer alguém escrevendo que tenha saído de uma situação como a sua e atualmente esteja em apuros. Assumir que está pior é coisa dificil de se ver a pessoa fazendo. "Ah, eu era servidor público, tinha estabilidade, não pagava plano de saúde e resolvi sair. Hoje preciso afirmar pra mim mesmo que sou 'feliz' [tipo maluco ativista de alguma coisa].. tô na merda, tá todo mundo vendo, mas se eu disser que tá melhor, só vão descobrir na hora da separação da minha futura esposa, quando ela resolver contar os podres".

 

Pelo soldo que você recebe, parece-me que você é praça. Se isso procede, há os planos de carreira, os exames de seleção internos que permitem a você ir de marinheiro/soldado a cabo, a 3o, 2o e 1o sargento e, por fim, a suboficial/subtenente. E, obviamente, tais graduações acima permitirão a você um soldo maior. A desgraça é que você já foi mordido pelo tédio que bate na gente, geralmente nessa idade e quase sempre quando não temos experiência profissional em outro meio a não ser esse, alvo do desgosto atualmente. Por curiosidade, você já trabalhou na iniciativa privada antes? Se 'sim', já trabalhou mais que cinco anos?

 

Ainda, com relação ao plano de carreira, pela sua idade, é possivel você galgar aos quadros complementares de oficiais. Não sei na Aeronáutica e no Exército, mas na Marinha é possível o ingresso de praças à carreira de oficiais em um quadro chamado de Quadro Complementar de Oficiais. Mas, de novo, se você está com meio pé ou pé inteiro fora do que está fazendo, é coisa que não irá demovê-lo de sua intenção.

 

Se você cursa letras, poderia também, após se formar, estudar uma forma de poder fazer parte do Magistério Militar, nos diversos estabelecimentos de ensino das FFAA. Seriam necessários talvez alguns malabarismos para operar uma transferência desse tipo, se for possível (servidor militar para civil, com transferêcia de cômputo de tempo de carreira). Agora se o desgosto que você sente é pelo ambiente militar, a coisa também iria se tornar difícil por este viés.

 

Comento por último o que talvez você já saiba: magistério é a uma das atividades em que, dependendo do cargo público, pode ser acumulado, ou seja, você pode trabalhar numa "chatisse", chamemos assim e depois entregar-se a outra atividade onde você se sinta, vamos chamar, realizado. Dos 30 aos 48, tempo de sua aposentadoria no militarismo, não é uma eternidade. E depois disso, você poderia seguir lecionando, com sua aposentadoria e assistêcia médica asseguradas. 

 

Desejo-lhe felicidades e que faça uma boa escolha.

Sim meu amigo sou 3º Sgt e serei promovido daqui a quase dois anos ou menos. Não sei como anda o mercado de trabalho se comparado aos meus vencimentos líquidos de 3200 hoje. Confesso que pode ser difícil mas quero Unicamp e mesmo sem trabalhar, quero recomeçar de novo e fazer Unicamp como se tivesse 18, 19 anos ao invés dos 30...se estudar eu passo. Sempre estudei em escola pública e passei em concurso militar!

Entretanto sua resposta me fizera meditar um pouco com relação a outros concursos e aguardar o tempo. Embora não queira saber de cursos militares nem para ganhar mais.

 

 

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[CNTT 59]

Concordo que seja muito limitado,mas não acho que seja tão baixo assim.

 

Como iriamos avaliar via meritocracia ?

Não estamos em conflito.Sendo assim, como vamos avaliar por empenho em campo ?!

O único mérito que sobra é desempenho em curso e concurso.Que são os métodos empregados atualmente.

 

Interessante.Apesar de ser um mercado muito monopolizado..

Negativo, ffaas o que mais tem é problema precisando de projetos para ser resolvido. Está aí um coeficiente muito melhor que simples prova Bananada.

Fora isso, existe o incentivo ao desenvolvimento profissional e pessoal que uma vez retornando em benefícios para a unidade poderia caracterizar meritocracia também.

Mas nosso militarismo é o MILITARISMO DO ATRASO, sem dúvida alguma um dos piores modelos existentes. Um modelo infeliz sendo aplicado em coeficientes humanos com enorme potencial, engessados e limitados por esse pseudo militarismo tosco.

Enfim, um modelo militar que nivela por baixo, limita e provoca isso que estamos vendo nesses talentos: insatisfação, baixa estima, etc.

Só verificar a quantidade de engenheiros formados no IME que seguem carreira militar... Poucos...poucos mesmo.

As forças armadas brasileiras acabaram e não satisfeitas em se implodir, estão acabando com os potenciais que um dia acreditaram nelas.

Evasão de talentos é o que mais existe.

--- "Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de esquerda."

[RAFABRAVE 783]

mano, só me responde uma coisa ... o que te aflinge no trampo?

[Mns 4]

Quero ter orgulho de profissão. Quero fazer Unicamp!

[Mns 4]

Alguém sabe o mercado de trabalho do fonoaudiólogo?

 

Eu não quero mais a vida militar...não tenho prazer

Chega!

[Mns 4]

Pessoal, quero sair do quartel abro mão dos 3200.

Quero fazer fonoaudiologia integral na unicamp!

 

Não sei como anda o mercado de trabalho, mas meu salário atualmente....

Desejo atuar na área!

[busarello 3354]

Eu acredito que você consiga rendimentos próximos do seu soldo atual em uns 3 ou 4 anos após formado, dependendo da cidade onde for atuar. Talvez leve mais tempo.

Considere que um fonoaudiólogo formado, com registro em órgão de classe e especialização tem salario inicial de cerca de R$ 1900,00 na maioria dos concursos públicos atualmente abertos. Exemplo:

http://www.fafipa.org/concurso/Edital?ed=312

[Luizns 365]

Vale lembrar que esse salário é pra 20h semanais. Tu poderia trabalhar em outro local já que a carga horária é pequena.

Não pense que isso é trabalhar mais e tals... Certamente vai vir alguém aqui dizer coisas negativas, sempre rola.

Pense que isso é trabalhar com o aquilo que se gosta.

 

Geralmente os órgãos federais pagam muito mais.

 

Dá uma lida.

http://www.guiadacarreira.com.br/salarios/quanto-ganha-um-fonoaudiologo/