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Pra vocês, qual a principal diferença dos eslavos e dos ocidentais (oeste europeu + escandinávia). É visível a decadência no ocidente, enquanto o leste europeu tá lá, firme e forte, sem viadagem, sem imigrantes...

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5 horas atrás, Redneck disse:

Pra vocês, qual a principal diferença dos eslavos e dos ocidentais (oeste europeu + escandinávia). É visível a decadência no ocidente, enquanto o leste europeu tá lá, firme e forte, sem viadagem, sem imigrantes...

 

Cara, que eu saiba, na suécia tá a mesma merda, inclusive o vídeo que o colega acima postou, é de uma jornalista norueguesa.

 

Na russia acho que não rolaria jamais uma paiaçada dessas de estuprar as mulheres. Os russos acho q iam descer a porrada nos imigrantes. 

 

 

Postado

O que esta acontecendo na realidade com os islâmicos nada mais é o que aconteceu outrora com os russos, vietnamitas,cubanos, cria-se um inimigo mundial para se ter um herói. Galera é muito simples alguém vê intervenção contra o islamismo na áfrica? Creio que a resposta será não, pois na África não tem nada que interessa aos ocidentais (diga-se EUA), não tem petróleo , que é o grande causador destes problemas. Outro fato que esquecemos é EUA criou e treinou os "talibãns" para lutarem contra os Russos em sua guerra fria, Bim Laden foi treinado e um grande agente da CIA no combate aos Russos. O ISIS nada mais é que uma justificativa para que o Tio San invada o Oriente como Herói e com isso usurpe o petróleo de lá. Criarão um inimigo para justificar seus roubos, muito estranho o Isis Possuir misseis terra mar portáteis (mesmo equipamento fornecido para derrubar aviões pertencente ao governo Sírio). No começo do Isis eles possuiam armas simples e comuns na região (Fuzis automáticos AK 47) hoje vemos muitas armas americanas, carros , roupas e camuflagem usados pelo exercito do Tio San. Sem falar nas super produções de filme que são as "execuções" com musica de fundo, corte de imagens e etc.  O triste é saber que devido a ganância e o desejo exacerbado de poder muitas pessoas estão morrendo, muitas estão sofrendo preconceito por terem uma religião que agora é tida como a inimiga do mundo ocidental. 

 

Postado (editado)

^

 

Você já leu alguma coisa de Rene Guenón ou de Fritjoff Schuon? Pois então, meu filho, vá dar uma lidinha no que eles escreveram antes de repetir essa mesma estorinha de imperialismo. Os intelectuais islâmicos já discutiam a islamização do ocidente antes da revolução de 1912 da Rússia. A coisa é muito mais complicada e não se resume só ao Clube Bilderberg ou a KGB ajudando uma hora um, outra hora outro.

Editado por danilorf
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Olavo de Carvalho sobre os sujeitos da História:

 

"Começando do começo, se você não for nenhum ignorante em filosofia provavelmente já ouviu falar entre os quatro tipos de causa que Aristóteles chamava de causa formal, causa eficiente, causa material e causa final. Essas são só denominações filosóficas mas, ainda que você nunca tenha ouvido falar delas, consegue fazer essas diferenciações na sua vida prática razoavelmente bem, pois a percepção humana consegue distinguir uma coisa da outra sem maiores dificuldades. A causa formal é a simples definição de um objeto, que na maioria das vezes basta como explicação do que ele faz ou do que lhe acontece; causa eficiente é o impulso imediato que determina uma ação; causa material é o meio, o instrumento pelo qual a ação se realiza; e, por fim, a causa final é o objetivo último que se espera com a prática de determina ação. Só para exemplificar, você com certeza consegue distinguir entre a arma de um crime (causa material), o objetivo do criminoso (causa final), o impulso imediato que determinou a ação do criminoso (causa eficiente) e, por último, o tipo de crime (causa formal) – assalto, homicídio, etc.

 

Dentro dessas distinções podemos citar ainda a da causa próxima e da causa remota. Se você pergunta para sua amiga o por que dela ter terminado com o namorado dela, você sabe que não é a mesma coisa se ela te responder que está havendo uma crise geral nos relacionamentos ou então que ela pegou o namorado dela beijando outra na balada. As causas remotas podem predispor genericamente a uma ação, mas não podem determiná-la diretamente. Isso é percebido instintivamente.

 

Mas mesmo todo mundo conseguindo fazer essas distinções nas suas vidas práticas, quando o pseudo-intelectual tenta transportá-las para as atividades como a ciência e a filosofia, ele comete erros extremamente grosseiros, que fariam qualquer Zé Mané rir caso ele compreendesse sobre o que o dito “pensador” está falando. E como na maioria das vezes o Zé Mané não entende a mínima palavra do que é dito pelo “erudito” - que provavelmente usa aquela linguagem pedante de um aluno de algum curso de humanas da USP – ele acaba tendo um certo temor reverencial por aquele, aceitando o que é dito sem perceber que é um erro.

 

Passando um pouco mais para frente na história chegamos a dois pensadores relevantes para essa discussão: Hyppolite Taine e Émile Durkheim

 

Taine era um historiador e foi autor do livro ‘Origens da França Contemporânea’. O método que ele usou para tentar compreender a revolução francesa foi a de entender as ações a partir de seus agentes individuais ou grupais, ou seja, como eles a viam, o que queriam, o que fizeram e o que obtiveram (mais tarde, Augustin Cochin aprofundou a investigação seguindo os passos de Taine). Quando surge a sociologia moderna, inventada por Durkheim, ele faz uma crítica a esse tipo de historiografia, dizendo que por de baixo das ações dos agentes existem fatores muito mais decisivos que pesam sobre a sociedade, o que ele chama de fatos sociais – forças que pesam sobre a sociedade sem que isso dependa da intenção de quem quer que seja. Se você conseguiu acompanhar a explicação até aqui percebeu que o Taine está falando das causas próximas e que o Durkheim está falando das causas remotas.

 

A causa remota JAMAIS pode abolir uma causa próxima. E a causa próxima, por sua vez, pode refletir a causa remota ou pode ir contra ela. Nenhuma causa remota pode forçar uma causa próxima a acontecer. As causas remotas e fatos sociais não existem si mesmos, são criados pela ação humana e só exercem alguma influência através de outras ações humanas, que ou as confirmam e as reforçam, ou as impugnam. A pobreza é um fato social – você não pode dizer que ninguém fez a pobreza, mas não há um agente específico que a criou. Ela é – como disse Max Weber – um conjunto de resultados impremeditados de ações humanas. Ela pesa sobre todos os seres humanos e evidentemente LIMITA as possibilidades de ação humana – se eu quiser comprar alguma coisa não vou conseguir, pois sou pobre e não tenho dinheiro.

 

Mas a pobreza determina algum tipo de ação humana? A relação entre pobreza e criminalidade mostra que alguns dos países mais pobres do mundo estão entre os mais violentos, mas outros países que também estão entre os mais pobres do mundo estão entre os mais pacíficos. Não há como dizer, então, que a pobreza causa a criminalidade. Ela pode ser uma causa remota se intervier nisso alguma causa próxima como espalhar a idéia de que os pobres têm o direito de roubar e assassinar por serem pobres. E mais, que seja ainda oferecido para eles os MEIOS pelos quais eles possam começar a delinqüir - alguém que saia distribuindo pistolas e fuzis, pois eles não vão muito longe se tentarem praticar um assalto à mão livre."

 

"Muitos filósofos colocam a história como sendo o domínio máximo da existência humana e de todos os conhecimentos. Mas isso é uma falsa solução, porque a história é a história de quem? Muitas vezes você vê que quando eles contam a história de alguma coisa eles contam a história de uma abstração. Se você disser, por exemplo, história do Brasil, você está supondo uma unidade jurídico-territorial chamada Brasil. Ela tem uma história? Não, ela não tem nenhuma história, ela é apenas o cenário onde acontece uma história. O Brasil é um personagem da história? Não. O Brasil, como entidade jurídica, nunca fez nada. Mas fizeram dentro do Brasil, fizeram fora do Brasil, fizeram contra o Brasil, fizeram a favor do Brasil...

 

A história é a história de quem? A história só pode ser a história de personagens reais, de personagens que agem. Se não existe ação nada acontece e não tem história. A ação nem sempre é a ação de um indivíduo - existem vários indivíduos que agem de maneira articulada e que prolongam determinadas linhas de ação ao longo de muitos anos, décadas e séculos. Por exemplo, a história da catequização dos povos indígenas pela Igreja foi um esforço que prosseguiu durante séculos. Entrava ano, saía ano; entrava século, saía século; e eles estavam lá tentando fazer a mesma coisa. O Partido Comunista: há quanto tempo o Partido Comunista está tentando implantar o comunismo no mundo? Desde pelo menos 1848. Claro que já existia antes, mas vamos considerar a fundação oficial. Todos os primeiros comunistas já morreram e a coisa continua. Então existem certas ações que são contínuas e que transcendem a duração da vida humana. Mas é claro que só pode haver história daquilo que transcende a duração de uma geração. Se acontecer e na geração seguinte está apagada, então não deixou rastro histórico. Então aquilo não é propriamente uma ação histórica, é uma dimensão de tempo sub-histórica.


Então quem são os verdadeiros personagens da história? São essas entidades cuja ação permanece no tempo. É a ação delas que dá a forma geral da história. Essas são as personagens. Nesse sentido eu posso dizer que um estado é um personagem da história? Jamais. Nenhum estado tem a ação contínua ao longo no tempo. Quem tem ação contínua são os grupos que dominam o estado cuja ação, às vezes, antecede a formação do estado e se prolonga após a extinção dele. Por exemplo, o Partido Comunista: durante décadas houve aqui nos Estados Unidos uma corrente de estudiosos do comunismo que viam o comunismo apenas como um instrumento do estado soviético. Mas isto é uma inversão total. O movimento comunista existia antes de aparecer a União Soviética e continua existindo depois do fim da União Soviética. As pessoas confundem o sujeito da história com o cenário da história.

 

A União Soviética é um lugar onde aconteceu a história, ela não foi um agente histórico. Nem mesmo um governo é um agente histórico. Nenhum governo age por si. É preciso que um grupo político domine o governo e tome as decisões. O governo, por assim dizer, é uma entidade vazia que é ocupada pelos grupos que têm o poder político de ocupá-la. Então são estes os sujeitos da história. Isto quer dizer que toda a história nacional é sempre uma falsificação, é a história apenas do que aconteceu em um lugar. Nenhuma história nacional pode ter unidade, porque dentro de uma mesma nação estão em ação forças, algumas das quais são autárquicas, e outras que vieram de fora e sem as quais as primeiras não podem ser explicadas. Alguns sujeitos da história são: a Igreja Católica; a maçonaria; o partido comunista; as famílias dinásticas que se prolongam e treinam as novas gerações para uma ação coerente etc. Essa é toda uma visão nova, uma nova teoria da história, e creio ser certa e irrefutável." 

 

Olavo de Carvalho sobre a teoria do poder:

 

"O poder é o instrumento fundamental pelo qual se faz história. O que é o poder? O poder significa a capacidade que certas pessoas ou grupos têm de determinar a ação dos outros. O poder é fazer alguém fazer alguma coisa. Note que muitas vezes você não tem poder suficiente nem sobre você mesmo. Por exemplo, esses dias que eu peguei a tal da gripe... Gente, eu queria levantar da cama, mas não conseguia. Eu estava pesando duas toneladas. Aqui estou no supra-sumo da impotência, não mando nem em mim mesmo! Não adiantava eu mandar o corpo levantar que ele não levantava. E as vezes você tem a capacidade de determinar em um relance a ação de milhões de pessoas. Você imagine, por exemplo, Stálin determinando que o exército ocupasse uma província e matasse não sei quantas pessoas. Quanto tempo levava para ele dar esta ordem? Um minuto! Ele falava o negócio, assinava, e pronto.


Daí me apareceu uma outra idéia: que dentro dessa teoria do poder é uma coisa absolutamente imoral que todos os estudiosos de história e ciência política jamais tenham entendido que a diferença de poder entre os seres humanos não tem paralelo no mundo animal e que ela é o fato diferencial do ser humano. Dentro desta escala você tem a diferença que vai desde a quase onipotência até a total impotência. Você imagina um sujeito que esteja preso em um campo de concentração sem comida: ele não pode nada, mas o sujeito que colocou ele lá pode quase tudo. A diferença de poder, às vezes, entre o cidadão comum e o governante é quase de um mortal para um deus. Não há fenômeno similar no mundo natural. Mas como é que ninguém percebeu isso? E todo mundo estranha a diferença de poder como se ela fosse uma anormalidade.

 

Mas ela não pode ser uma anormalidade pois ela é a base da história humana. Não existe ação histórica sem uma diferença imensa de poder. Se todos tivessem o mesmo poder não haveria história. História é a organização do poder e o exercício do poder. E os caras parecem que nunca pensaram nisso. É um absurdo! E o desconhecimento deste fato tem consequências na ordem política que são uma coisa terrível. Por exemplo, se nós não sabemos que a desigualdade de poder é inerente à constituição da sociedade humana, nós também não sabemos que quanto mais se aperfeiçoar esta sociedade, isto é, quanto mais se racionalizar, no sentido de Max Weber, maior será a diferença de poder. Maior e não menor.


Pensem em um homem de Neanderthal, um chefe de tribo. Quanto poder ele tinha? A diferença entre ele e os seus comandados era muito pequena porque o número dos seus comandados é pequeno e os meios de ação que ele tem sobre eles... bom, em última análise ele vai ter que ir lá e matá-los pessoalmente. Agora, veja os meios de ação a disposição de qualquer governante moderno ― e eu não estou falando de ditadores, estou falando de qualquer governante, mesmo de países democráticos - a diferença é imensurável. Hoje, por exemplo, o governante pode saber tudo a seu respeito: ele sabe a sua vida econômica, a sua vida social, profissional, o seu imposto de renda, a sua vida sexual, as amizades que você tem, tudo. Agora se você tentar investigar algo lá dentro, há um bloqueio.


Então a diferença de poder também é a diferença de informação. Não que a diferença de informação em si gere poder. Não, isto é bobagem. Há algumas pessoas que dizem para você: a base do poder hoje é a informação. Você está louco? Eu tenho informação que não acaba mais e não mando em nada. Compare eu e o Barack Obama. Eu sei mil vezes mais que o Barack Obama e no entanto ele manda milhões de vezes mais do que eu. Então não é informação em si, é informação articulada a um negócio que se chama meios de ação. E se você não tem meios de ação você não age, então você não faz nada. Por exemplo, se você quiser saber o que um determinado político ou governante vai fazer em uma certa época, a primeira coisa que você tem de investigar é quais são os meios de ação dele. Ou seja, o que ele pode fazer. Porque o que ele não pode fazer, ele não fará. Isto é muito simples. Está aí uma coisa que praticamente todos os analistas políticos do mundo ignoram: eles não sabem o que são meios de ação. Por exemplo, eles pensam que por um sujeito estar no governo ele tem o governo como meio de ação. Não, antes dele usar o governo como meio de ação ele precisa ter meios de ação para ele mexer no governo. Ele precisa ter fora do governo uma outra estrutura de poder mediante a qual ele aciona o governo.

 

Portanto governos e estados nunca são os personagens principais da história, eles são uma espécie de cortina de fumaça por trás da qual existem os verdadeiros esquemas de poder. Por exemplo, o CFR (Council on Foreign Relations) é um esquema de poder. O CFR pode mais que o governo americano porque é ele que move o governo americano. O que ele não quiser o governo americano não vai fazer. Agora, ele vai fazer o que o governo americano quiser? Não."

 

O que existe são grupos articulados que estão tentando obter uma hegemonia política mundial. O islã é um bloco autônomo e já vem se organizando desde há muito tempo, assim como aqui no ocidente temos as famílias dinásticas e outras que fazem parte do clube de Bilderberg, e também o movimento comunista internacional.

Postado

Por um momento achei que era zuêra ali em cima, já estava esperando a reviravolta e o "eu estava lá, foi lindo".... Eu acho bem estranho em pleno 2016, informação para TUDO por aí e tem gente que ainda culpa os EUA por tudo, mas vida que segue, prefiro infinitamente que tenham e possam expressar opiniões seja ela qual for do que ser proibido se expressar...

Postado
17 horas atrás, Johnn disse:

Militarmente é inviável tomarem Portugal .

 

Por colonização, talvez .

 

Discordo. 

Analisando pelos modelos de guerras anteriores você está certo.

Entretanto os conceitos mudaram. Já estamos na quarta geração da guerra, a famosa Netwar.

Aqui o poderio militar da nação inimiga é irrelevante. Os ataques não são frontais, eles acontecem de dentro para fora.

A regra é usar organização em rede, independentes entre si. Envolve medidas não-tradicionais de guerra como terrorismo, conflitos isolados e crimes.

 

De uma lida:

Citar

Uma possível quarta geração motivada pelas idéias

A tecnologia foi o principal motivador da Guerra da segunda geração; as idéias foram o principal motivador da terceira. Uma quarta geração baseada nas idéias é também provável.

Pelo menos pelos últimos 500 anos, o Ocidente definiu o perfil da Guerra. Para que um exército pudesse ser bem sucedido, ele em geral deveria seguir os modelos ocidentais. Uma vez que a força do Ocidente está na tecnologia, isso pode tender para uma quarta geração em termos tecnológicos.

Entretanto, o Ocidente não domina mais o mundo. A quarta geração pode emergir de uma tradição cultural não ocidental, como as tradições islâmica e asiática. O fato de que algumas áreas não ocidentais estejam atrasadas em termos de tecnologia pode levar a uma quarta geração baseada em idéias ao invés de tecnologia.

O gênese da quarta geração baseada em idéias pode ser constatado no terrorismo. Isto não quer dizer que o terrorismo seja a guerra da quarta geração, mas que seus elementos podem ser sinais indicando a direção da quarta geração.

Alguns elementos do terrorismo parecem refletir as antigas “influências” percebidas na terceira geração. Os terroristas mais bem sucedidos parecem atuar em missões mais amplas mas que passam a impressão de terrorismo individual. O campo de batalha é bastante disperso e inclui a totalidade da sociedade inimiga. O terrorista vive quase que totalmente na pátria do inimigo. O terrorismo é basicamente uma questão de manobra: seu poder de fogo é pequeno, e onde e quando ele vai utilizá-lo é crucial.

Duas influências adicionais devem ser destacadas, uma vez que elas podem servir de guias úteis em direção à quarta geração. O primeiro é um componente que visa a eliminar o inimigo. É uma mudança de foco da frente para a retaguarda do inimigo. O terrorismo visa acabar com o inimigo de dentro para fora uma vez que ele conta com pouca possibilidade (pelo menos no presente) de infligir uma grande destruição. A Guerra da primeira geração focava taticamente e operacionalmente (quando praticada) no front do inimigo, suas forças de combate. A Guerra da segunda geração manteve seu foco tático no front mas, pelo menos na prática prussiana, seu foco operacional foi para a retaguarda, procurando cercar o inimigo, com ênfase na estratégia de envolvimento. A terceira geração mudou o foco tático bem como o operacional para a retaguarda do inimigo. O terrorismo nos leva a um novo estágio. Ele tenta ultrapassar inteiramente o exército adversário visando diretamente sua pátria e alvos civis. Como um ideal, o exército inimigo passa a ser irrelevante.

O segundo guia em direção à quarta geração é o modo como o inimigo procura usar a força inimiga contra si mesma. Esse conceito de guerra como uma luta de judô começa a se manifestar na segunda geração, na campanha e nas batalhas de envolvimento. A fortaleza inimiga, com Metz e Sedan, tornaram-se armadilhas fatais. Esse conceito foi ampliado na terceira geração, onde, na defensiva, um dos lados tenta deixar que o outro penetre para que, no momento de sua penetração, este fique mais suscetível a um contra-ataque.

Os terroristas usam a liberdade e a abertura de uma sociedade livre como suas maiores forças, contra elas. Eles podem se mover livremente em nossa sociedade e ao mesmo tempo trabalhar para subvertê-la. Eles usam nosso direito democrático não somente para penetrar, mas também para se proteger. Se nós os tratarmos de acordo com nossas leis, eles ganham muitos adeptos; se simplesmente atirarmos para matá-los, a mídia pode facilmente fazer com que eles pareçam vítimas. Os terroristas podem efetivamente travar sua forma de guerra enquanto se encontram protegidos pela sociedade que procuram destruir. Se formos forçados a nos desligarmos de nosso sistema de proteção legal para lidar com os terroristas, eles estarão conquistando um outro tipo de vitória.

O terrorismo também parece representar uma solução para um problema que foi gerado pelas mudanças de geração no passado, mas não realmente resolvido por nenhuma delas. É a contradição entre o campo de batalha moderno e a cultura tradicional militar. Aquela cultura, soldados perfilados, saudações uniformes, treinamento, etc., é claramente produto da Guerra da primeira geração. É uma cultura da ordem. E naquele tempo era consistente com o campo de batalha, onde a ordem dominava. O exército ideal era uma perfeita e azeitada máquina e era isso que a cultura militar da ordem procurava produzir.

Entretanto, cada nova geração traz consigo uma mudança cada vez mais significativa em direção a um campo de batalha em constante mudança. A cultura militar, que permaneceu a cultura da ordem, tornou-se contraditória com o campo de batalha. Mesmo na Guerra da terceira geração, essa contradição já não era insolúvel; a Wehrmacht uniu perfeitamente a tradição cultural pela ordem, enquanto em combate demonstrou a adaptação e fluidez que demandam um campo de batalha em constante mudança. Mas outros exércitos militares, como o britânico, têm tido menos sucesso ao lidar com essa contradição. Eles vêm tentando freqüentemente levar a cultura da ordem para campo de batalha com resultados desastrosos. Em Biddulphsberg, na Guerra dos Boer, por exemplo, um punhado de Boers acabou com dois batalhões de guardas britânicos que lutavam com se estivessem em uma parada.

A contradição entre a cultura militar e a natureza da guerra moderna confronta a tradição do Serviço Militar com um dilema. Os terroristas resolvem esse dilema simplesmente eliminando a cultura da ordem. Terroristas não usam uniformes, fileiras, saudações ou, pelo menos a maioria, hierarquia. Potencialmente eles desenvolveram ou podem desenvolver uma cultura militar que é condizente com a natureza desordenada da guerra moderna. O fato de sua larga cultura ser não-Ocidental pode facilitar esse desenvolvimento.

Até mesmo em equipamentos, o terrorismo aponta para uma significativa mudança nas gerações. Como sempre, a geração anterior requer recursos muito maiores do que sua sucessora para atingir o mesmo objetivo. Hoje os Estados Unidos gastam $500 milhões de dólares para construir cada bombardeiro com tecnologia stealth (N. do T: com pequena assinatura de radar). Um bombardeiro stealth terrorista é um carro com uma bomba no porta-malas – um carro como qualquer outro.

http://www.midiasemmascara.org/arquivos/6184-a-face-mutavel-da-guerra-rumo-a-quarta-geracao.html

 

Postado (editado)
54 minutos atrás, Chez disse:

O Brasil nas olimpíadas, e aí, acham que teremos alguns ataques terroristas? Se sim, poucos ou muitos? E a gravidade?

Enviado de meu XT1069 usando Tapatalk

Sim, poucos, gravidade média(sendo otimista).

 

19 horas atrás, danilorf disse:

 

Por acaso você foi ou é aluno do professor Olavo de Carvalho?

Editado por NewbieTrack

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