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Legalização Do Aborto No Brasil


y BlackStar z

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8 minutos atrás, HEAVY DUCCI disse:

Bebe nao rouba ninguem. Bebe não ameaça  ngm com uma arma dentro da barriga da mamãe. O bebe é inocente, o assaltante não.


Essa é a diferença do bebe e do assaltante. 

 

 

 

Cara, ele sabe disso.

 

Eu lembro de ter explicado isso pra ele no mínimo 4 vezes.

 

É melhor ignorar, ele só quer atenção. Enquanto alguém o responder, ele continuará fazendo a mesma coisa.

 

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Novo argumento a favor do aborto: "Tem que abortar pq o bebê estraga o corpo da mulher , amamentar ele deixa a teta caida e nenhum homem sente tesão por mulher assim , por isso se a mulher não tiver condições de fazer cirurgias plasticas para ficar gostosa depois da gravidez , é melhor abortar para não ser chifrada pelo marido no futuro ... "

 

Caralho, em três linhas todo mundo aqui foi refutado. 

 

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Nem li direito o que o Faaps escreveu, mas já sei que foi a mesma ladainha de querer dizer que animais são muito inteligentes. Me mostrem uma galinha que construiu catedrais góticas, uma galinha que pintou a Monalisa, uma galinha que viajou pra Lua etc.

 

É o que eu dizia em grupos de debate do zibzap:

 

Estou para o Faaps assim como um ser humano está para um porco-espinho.

 

O menino é burro, gente. Não o levem a sério.

 

Vou postar alguns trechinhos sobre a diferença entre homens e animais, porque faz tempo que eu não exibo meus dotes intelectuais no fórum:

 

Citar

[...] a diferença fundamental entre o vegetal e o mineral, é que o vegetal é capaz de assimilar matéria de outros vegetais ou de outros minerais e transformá-la em um componente de seu próprio ser (ele é capaz de digerir o alimento, tornando-o assim parte de si, logo, tornando-o vegetal); assim como ele também é capaz de transformar esses materiais em outros vegetais, por meio da reprodução. Basicamente, a grande diferença entre um mineral e um vegetal é a capacidade de pegar algo de outros seres e transformá-lo num componente de seu próprio ser. Ontologicamente, isso é superior à mera reação química ou física passiva entre os seres em torno. Se pegarmos uma pedra, ou uma pepita de ouro, ou uma porção de água, ela é capaz apenas de interagir, de maneira passiva, fisicamente ou quimicamente com os objetos em torno; ela não é capaz de assimilar, por si mesma, outros elementos. Por exemplo, se pegarmos uma porção de água, por maior que ela seja, ela não é capaz de transformar, ativamente, nada em água para aumentar o seu o seu próprio volume. E o mesmo vale para qualquer mineral. Num certo sentido, as capacidades mineiras são disposições receptivas, disposições passivas. Já a capacidade do vegetal é assimilar outro ser e, ativamente, transformá-lo em si mesmo.

 

No entanto, o vegetal só é capaz de assimilar a matéria dos outros seres e transformá-la em ser próprio, enquanto o animal é capaz de assimilar algo da forma dos seres e transformá-la em ser próprio. Por exemplo, possuímos a visão, e com ela captamos as cores dos objetos em torno. Essas cores pertencem aos objetos, mas no momento em que as captamos, elas passam a existir em nós como um fato psicológico, como uma parte de nosso ser. O fato psicológico se torna parte do nosso ser, pois só existe em nossa mente. Assimilamos algo das qualidades dos objetos em torno, assimilamos um elemento formal. Notem que não tiramos do objeto percebido a sua matéria; no caso das cores, não tiramos o pigmento que faz a cor, apenas assimilamos a qualidade, o elemento formal. Todos estão familiarizados com as idéias de forma e matéria de Aristóteles? É evidente que o animal está, então, em uma esfera ontológica superior à do vegetal, porque além de ser capaz de realizar as mesmas coisas que o vegetal realiza, também é capaz de captar os acidentes formais dos seres e assimilá-los no seu próprio ser. O ser humano ainda vai um estágio acima disso; dá um passo mais alto; está numa esfera ainda maior. Além de captar as formalidades acidentais dos outros seres, ele também é capaz de captar a qüididade deles, ele é capaz de entendê-los. Esse é um ponto muito importante.

 

Todos conseguem delinear bem a diferença entre perceber com os sentidos e perceber com a inteligência? Conseguem perceber a diferença entre entender e ver, ouvir, cheirar e assim por diante? Um exemplo clássico: uma cabra, quando olha uma montanha, percebe nela com imensa clareza o seu potencial de escalabilidade. A cabra sabe disso com uma precisão muito maior do que nós, apenas percebendo a montanha visualmente - ela sabe onde pode se apoiar, que lugares agüentam o peso dela e etc. Portanto, a cabra é espontaneamente mais capaz de escalar a montanha do que nós. Porém, ela não é capaz de separar na mente dela a escalabilidade que existe nesta montanha (que oferece as possibilidades “a”, “b” e “c” de escalabilidade e que ela está percebendo visualmente) do fato concreto percebido; ela não é capaz de separar todas as possibilidades que ela percebe visualmente naquela montanha do fato concreto percebido. A cabra não é capaz de reduzir a escalabilidade desta montanha a um esquema mental separado do fato concreto “esta montanha”. E é por isso que ela é incapaz de criar ou inventar instrumentos de escalada para tornar escalável aquilo que não é. A cabra possui uma capacidade de escalar naturalmente superior à nossa, mas nós possuímos uma capacidade técnica de escalar superior à dela, pois inventamos todos os equipamentos de alpinismo, a escada, o elevador, a corda, ou seja, tudo o que uma cabra não é capaz de inventar. Para poder inventar instrumentos de escalabilidade, o ser humano teve que separar, na mente dele, as condições gerais de escalabilidade do fato concreto da escalabilidade de um objeto da percepção visual em particular.

 

Outro exemplo: inúmeras espécies de animais são capazes de sinalizar estados de percepção presentes; o macaco é capaz de sinalizar para outro macaco, ou por gestos ou pela expressão corporal ou até mesmo pela voz, que há um leão ou uma cobra por perto; e mais, é capaz ainda de dar um sinal diferente para indicar o leão e outro sinal para indicar a cobra, de maneira que o outro macaco consiga saber qual é o perigo que está iminente. Porém, o macaco não é capaz de dar esse sinal quando não está vendo o leão ou a cobra; ele não é capaz de referenciar o leão ou a cobra sem indicar a presença concreta destes; ele não é capaz de conversar com outro macaco sobre os leões ou sobre as cobras enquanto não há um leão ou uma cobra presente. O conjunto de sinais que compõe uma linguagem animal não pode ser considerada idêntica à linguagem humana, porque esse conjunto só é capaz de referenciar estados concretos de percepção. O macaco pode até lembrar do leão ou da cobra na ausência deles, mas não pode indicar para outro macaco uma idéia de leão ou de cobra que só está na imaginação dele, que ele está pensando no momento mas que não se encontra fisicamente presente à sua percepção visual. As diversas espécies de animais possuem diferentes técnicas para lidarem com o meio em que vivem. Os macacos possuem uma técnica para escalar árvores e as cabras para escalar montanhas, os pássaros possuem uma técnica para construir ninhos, os predadores possuem uma técnica para caçar e as presas uma técnica para fugir, etc. O sucesso consistente na realização dessas atividades, pelos animais, indica que a técnica utilizada é algo permanente; ou seja, indica que o animal está analisando o meio e se valendo de certas regras para agir nele. No entanto, nenhuma espécie de animal é capaz de separar esta técnica da circunstância concreta em que ela tem de ser aplicada. Resumindo: o animal não é capaz de analisar esses atos de maneira abstrata – abstrato significa separado -, separado da circunstância concreta. Essa é uma capacidade distintiva do ser humano.

 

A grande diferença do ser humano e de todos os outros animais é simples: o homem é capaz de considerar as coisas fora das circunstâncias concretas que elas aparecem. Agora mesmo estou falando de macacos, leões, cabras e montanhas, e ninguém está pensando que estou indicando coisas presentes na sala de aula em que vocês estão ou na sala em que eu estou. Todos sabem que estou falando de maneira geral, e não de nenhum macaco em particular, de nenhum leão em particular ou de nenhuma montanha em particular. Isso é simplesmente impossível para qualquer espécie animal conhecida, a não ser o homem. Isso é muito importante, pois não é uma diferença de grau ou intensidade, é uma diferença de espécie. Por exemplo, entre as diversas espécies de animais dotadas de visão, podemos estabelecer uma escala que vai do animal que enxerga mais longe, melhor e com mais detalhes, até o animal que enxerga pior. Essa é uma escala gradativa e contínua, não há um salto real entre uma operação visual e a outra. Da operação visual do ser que possui a visão mais simples até a operação visual do ser que possui a visão mais sofisticada não há uma diferença qualitativa, ainda se trata da visão. Então, não é que homem é mais capaz do que os animais nas operações destes, pelo contrário, a experiência nos mostra que existem muitas espécies animais que nos superam na sua atividade própria. Existem animais que têm a visão melhor do que a nossa, animais que têm pernas melhores do que as nossas, animais que têm uma audição melhor do que a nossa, animais que têm a digestão melhor que a nossa e assim por diante. Porém, nenhum animal é capaz de referenciar suas habilidades fora do contexto da sua aplicação concreta. Essa é uma diferença muito importante, pois ela define o panorama vital ou existencial do ser humano. Como falamos antes, o que define a existência de qualquer ente é o máximo do que ele é capaz. O máximo que o vegetal é capaz é a reprodução, o máximo do animal é a satisfação ou prazer, e o máximo do ser humano é compreender toda a existência de um ente. Isso quer dizer que o animal, a partir do momento em que nasce e mesmo que nunca tenha pensado no assunto, está procurando classificar, nas suas experiências, o que é mais prazeroso e o que é menos prazeroso. A vida dele já está ordenada à satisfação antes de qualquer reflexão.

 

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Vimos nas aulas passadas que o ser humano tem a capacidade de, ao pensar, por exemplo, em um leão, ele ser capaz de pensar abstratamente no leão, e não em um leão em particular ou em um leão que está prestes a lhe causar algum mal. Essa também é uma capacidade racional. Podemos nos referir mentalmente e verbalmente ao leão, independentemente da nossa circunstância concreta. Não precisamos ouvir um rugido para pensarmos em leão. Isso não é lógica, mas é uma operação racional. A lógica é um capítulo da racionalidade, e não o livro inteiro. E também é claro que há alguma diferença concreta entre as operações que realizamos com a nossa racionalidade enquanto humanos e as operações que um arcanjo realiza com a racionalidade dele enquanto arcanjo. Mas, como já dito, também há diferenças concretas entre as operações racionais que um ser humano realiza em comparação a outros seres humanos. Portanto, essas são diferenças de grau, são diferenças concretas, e não diferenças na própria racionalidade. Os resultados, uma vez certos, têm de ser os mesmos. Os resultados racionais, derivados da inteligência, têm de ser os mesmos nos seres humanos, nos arcanjos, e até em Deus. Se não fosse assim, não teria sentido o homem relacionar-se com os anjos ou com Deus. A relação entre o homem e Deus seria sempre igual à que existe entre o homem e os cachorros. No máximo, seria uma relação afetiva; haveria um elemento unilateral nela. Mas todas as grandes religiões afirmam que a relação com Deus é completamente bilateral. Isso não significa que o homem e Deus são iguais: nós morremos, e Deus não. Isso já é uma grande diferença.

 

Exemplos operações racionais que não sejam a lógica ou a abstração: As operações racionais pelas quais entendemos os princípios da lógica. A lógica é uma ciência específica. Para que exista a lógica, é preciso que ela tenha princípios que não são explicados pela própria lógica. Ora, esses princípios têm de ser entendidos, com a inteligência racional, antes da lógica. Por exemplo, o princípio de não-contradição: algo não pode ser e não-ser sob o mesmo aspecto e ao mesmo tempo. Não sabemos disso por meios lógicos. Pelo contrário, saber isso é que permite a existência de instrumentos lógicos.

 

A percepção intuitiva é uma forma de operação racional? E a percepção estimativa, é ela uma forma de intuição? Sim, a intuição intelectual é um meio anterior à lógica, e ela é uma operação perfeitamente racional e anterior à lógica. 

 

A intuição intelectual é um tipo específico de intuição? A percepção estimativa é também outro tipo específico de intuição? O resultado da avaliação estimativa não é intuição e nem algo intuitivo. A palavra “intuição” tem dois sentidos. O primeiro é o sentido etimológico estrito. Intuição significa ir dentro, alcançar o interior do outro, captar o que está dentro do outro. Intuir, no latim, é in tueor, que significa “ir para dentro”. Nesse sentido, a percepção estimativa não é intuitiva de maneira nenhuma, porque a percepção estimativa só é uma percepção de uma relação extrínseca. “Este bicho quer me atacar. O que é esse bicho? Não sei, mas ele quer me atacar!”. Na estimativa não vamos de encontro ao íntimo do ser desse animal que está prestes a nos atacar. Estamos olhando mais os dentes do bicho do que procurando entender o que ele é. Portanto, no sentido estrito, isso não é intuitivo. O outro sentido da palavra “intuitivo” é ser algo que é muito rápido, sem uma longa deliberação mental - algo que é percebido de uma maneira imediata, ou num intervalo de tempo muito curto. Nesse sentido, uma avaliação estimativa pode ser intuitiva.

 

Citar

No entanto, há um capítulo a mais aqui no livro sobre a liberdade humana. Os animais possuem um tipo de liberdade que não é do mesmo tipo que a nossa. E qual seria a diferença entre a liberdade de um cachorro e a nossa? No caso do cachorro, ele tem a escolha de urinar ou dentro de casa, ou fora. A partir daí, podemos educá-lo para urinar fora de casa, punindo-o quando ele urinar dentro da mesma. Mas qual é a diferença entre punir um cachorro que urina dentro de casa e punir um sujeito que comete um crime? Qual é a diferença entre essa liberdade de escolha do animal e a liberdade de escolha do ser humano?

 

Em primeiro lugar, os animais não têm o senso de moralidade e justiça que o ser humano possui. Mas de onde vem esse senso? O que torna possível a nós agir de maneira moral ou imoral? Não é possível para o animal agir de maneira moral ou imoral. Por exemplo, quando corrigimos o cachorro para que ele não urine dentro de casa, não há em nossa consciência um senso de reprovação do animal enquanto tal. A reprovação é somente em relação à ação. Entendemos que, para ele, fomos nós que inventamos que a casa não é o lugar apropriado para se urinar. Essa não é uma regra que surge da cabeça dele. Não o reprovamos, porque sabemos que ele não é capaz de conceber algo como “casa” e “fora de casa”. Mais uma vez, fomos nós que inventamos que a casa é o lugar onde não se pode urinar – à exceção do vaso sanitário do banheiro -, e o animal não entende nada disso.

 

Agora, e se uma pessoa viesse nos visitar algum dia e urinasse no meio da sala? Sentiríamos a mesma coisa que sentimos quando o cachorro faz a mesma coisa? Ficaremos com vontade de bater nesse sujeito. Só que também podemos ficar com vontade de bater no cachorro. Então, qual é a diferença entre a vontade de bater na pessoa que fizer isso e a vontade bater no cachorro? Como falamos antes, o cachorro não urina dentro da sala porque ele tem a intenção de nos contrariar. E quem inventou essa coisa de “sala” fomos nós, e não ele. Já o ser humano, pode até ser possível que ele esteja urinando dentro da sala sem a intenção por ter um cérebro meio canino, mas é mais provável que ele esteja fazendo isso de sacanagem mesmo. E isso, na teoria do delito, é o que se chama de dolo e culpa, isto é, o sujeito pode cometer um crime com ou sem a intenção de praticá-lo. O cachorro pode urinar dentro de casa, mas o fará sem a intenção de nos contrariar deliberadamente; já uma pessoa, é bem mais provável que o faça apenas de má vontade.

 

É por isso que as Artes Liberais ampliam a nossa percepção? Para que se amplie o nosso universo de escolhas e possamos ser mais livres?

Elas são chamadas de Artes Liberais justamente por causa disso.

 

Nós somos mais livres do que os animais, porque temos mais modos de percepção do que eles. Para um animal, a desculpa de que ele não sabia que não se podia urinar dentro de casa é válida. Para o homem, nem sempre. Pois podemos falar: “Você não sabia, mas devia saber!” O animal não tem nenhuma escolha além das escolhas concretas. Quando ele quer urinar, ele pensa: “Faço xixi aqui ou não? Já que eu não vou deitar aqui, mas vou deitar ali, então faço xixi aqui e pronto. Tenho esse espaço para fazer o xixi, e ali um espaço para deitar”. Suponhamos que alguém, na casa de outra pessoa, urina na sala desta: “Para mim é simples. Faço xixi ali no canto e me deito no sofá.” Mesmo que esse alguém não estivesse informado de nada mais, a pessoa, dona da casa, poderia dizer: “Se você não estava informado, deveria estar!” Com o animal, no máximo, podemos dizer: “Poxa, ele estava mal informado acerca da situação. Pior para ele, pobre coitado.” Mas não podemos dizer que ele devia estar mais informado. Está clara a diferença entre “podia estar mais informado” e “devia estar mais informado”? Está claro que o animal não tem deveres intrínsecos? Os deveres vêm sempre de fora, nunca de dentro. Então, se algum cachorro urina na sala, ninguém diz: “Esse cachorro devia saber não fazer xixi na sala.” Caso aconteça de algum cachorro urinar na sala, dirão: “Deviam treinar esse cachorro para que ele não faça mais xixi na sala.”

 

O Fulano disse que o ser humano também tem esse elemento de condicionamento na infância, pois não é razoável exigir de uma criança que ela saiba dessas coisas. Então, por isso, a criança deve ser educada do mesmo modo que um cachorro. Mas é bom notarmos que esse elemento, no ser humano, é uma etapa provisória, ao passo que, no animal, é um estado definitivo. Rapidamente o ser humano passa por essa fase; já o animal, é toda a vida dele. Sim, exatamente, mas existem duas diferenças nesse caso.

 

Primeiro, para nós, isso é um estagio temporário, provisório, apenas para aprender o básico. Segundo, o aprendizado desse básico é para a conveniência de quem está aprendendo, e não para a conveniência de quem está ensinando. É uma diferença fundamental: o cachorro não poder fazer xixi na sala é inconveniente para ele, mas é conveniente para o seu dono; já ensinar para criança, não fazer xixi na sala é conveniente para ela própria. É a criança que terá a vantagem de viver separada da própria urina. Ensinar a criança a não urinar na sala é educação, e não adestramento. É fornecer a ela novas possibilidades que melhorarão a vida dela. Tanto que ela, normalmente, irá chegar ao ponto de entender que urinar na sala não é uma coisa boa nem para ela e nem para os outros (e se ela não chegar a entender, devia chegar). Enquanto o cachorro vai entender, no máximo, que fazer xixi na sala desagrada o dono dele.

 

Aliás, é por isso que essa noção de ressocialização de presos, com base numa política de quase adestramento, chega a ser desumana. Tecnicamente falando, não é possível realmente adestrar uma pessoa; é possível reduzi-la a uma condição em que o adestramento funcione. E isso é evidentemente imoral. É completamente diferente do que educá-lo, nem que seja na base da paulada. É possível que se eduque na base dos castigos físicos, é claro. Se o sujeito sair ganhando, isso é ótimo. Adestramento é uma coisa, educação é outra. Só que, para os animais, também existe educação: quando um grupo de leões ensina seus filhotes a caçarem, eles estão os educando, pois são os filhotes que levarão vantagem quando aprenderem a caçar. Mas essa é uma educação muito mais limitada. Quando o filhote de leão não aprende, ele é só um coitado e não um culpado. Pode-se usar, aqui, a palavra “treinamento” também. No entanto, não isso não se trata de um adestramento, esse treinamento é de fato um processo educacional. Os leões que ensinam seus filhotes a caçarem, os elevam a estatura de leões adultos. O leão não ensina os seus filhotes apenas para que não tenha mais de caçar para eles. E isso é diferente do adestramento, que sempre visa beneficiar o adestrador, e não o adestrado. Só os seres humanos são capazes de adestrar alguma coisa, já os animais nunca fazem isso.  Nenhum cachorro treina outro para caçar para ele, mesmo porque, se o outro cachorro aprendeu a caçar, ele automaticamente tornou-se capaz de caçar para si mesmo.

 

A grande diferença entre a liberdade humana e a liberdade animal é que, quando animal não escolhe a melhor opção, ele não é culpável. Por que ele não é culpável? Porque ele não é capaz de conceber um propósito geral das ações; ele não tem esse tipo de percepção. Ele somente tem a percepção da ação no seu contexto concreto. Ou ele acerta e vive bem, ou erra e vive mal. O homem, não. Além de perceber o contexto concreto da ação, o ser humano também percebe a ação no contexto geral da sua existência - a relação entre a ação e a forma humana. A natureza humana é a mesma em todos os seres humanos, ao contrário da situação concreta, que nunca é a mesma entre dois entes diversos. O que é válido para um leão numa situação concreta, pode não ser válido para o leão logo ao lado dele. Para os animais, em geral, tudo é avaliado caso a caso. Por exemplo: se o leão sai para caçar a gazela e a gazela escapa, então ele se dá mal. Mas ele não pode ser processado pela leoa por não levar comida para os leõezinhos que ele gerou. Por que ela não pode tem o direito de processá-lo (fora o fato de que ela não é capaz de conceber essas coisas)? Ela não pode fazer isso porque o leão não é capaz de conceber essas coisas; não está na natureza dele. Quando se reprova um ser humano, mede-se a ação dele com a forma humana em geral, e não somente com a circunstância concreta.

 

Bjs de luz.

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1 hora atrás, Faabs disse:

O Danilorf que fica fazendo mapa astral das pessoas e eu que sou burro

KKKK. Mapa astral ? É serio isso ?

Esperar o que de gente que prefere livros a pererecas ?

Dê um refresco ao rapaz ! Ele não consegue nem brincar de perpetuar a especie e precisa esquecer essa frustração fazendo alguma coisa para o ego dele.

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