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"Essa é uma pequena homenagem para um dos maiores ídolos que tenho na vida. Obrigado, Bolaños!

El chavo del ocho

Hoje tombou um gigante
Não da indústria, não do ouro.
Hoje tombou um gigante
Não da soberba, tampouco das ações.

Foi um gigante do riso
Em lições diárias mostrou
A Filosofia da comédia
Sem apelos, sem piadas fesceninas.

Ele morava no oito
E gostava de sanduíche de presunto.
Tomava refresco:
Laranja, limão ou tamarindo.
Eu sempre quis provar aquele de tamarindo.

Como ele aprendi o que era música.
Ensinou Goethe para crianças.
Sabemos todas as falas.
Sabemos todas as canções:

- Que bonita sua roupa, que roupinha...
- Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda.
- Queria ter sido um pastor!

Ensinou como ver a vida.
Ensinou a compartilhar.
Ensinou a mim,
A meus pais
E aos netos deles.
São gerações saudosas.

Era faminto de comida,
Aguardava o desjejum,
Mas sobrava-lhe a humanidade
Algo hoje tão incomum.

Queria parar o tempo,
Impedir que os canais noticiassem.
Ele mesmo não gostaria de que soubessem o funesto.
Certamente preferiria que exibissem mais um episódio.
O de Acapulco, talvez.
Como eu queria ter passado dias naquele barril,
Ou tomado pílulas de nanicolina.

- Pepe, já tirei a vela!
- Não contavam com a minha astúcia.
- Isso, isso, isso.
- Ninguém tem paciência comigo.
- Zás!
- Que burro, dá zero pra ele!

Eu não devia dizer, mas...
Suspeitei desde o princípio que isso pudesse acontecer.
E agora, mesmo sabendo que se aproveitam de minha nobreza,
Fico lavando os olhos de dentro pra fora,
Com cara de chimpanzé reumático,
Dizendo apenas pipipipi..."

(Pablo Jamilk)

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