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Fraude Eleitoral Ou Na Pesquisa De Boca De Urna?


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Texto de um professor da UFJF doutorado em psicologia falando sobre a completa impossibilidade da discrepância entre os valores das pesquisas de boca de urna e o resultado das eleições ser natural. Ele argumenta que existem duas possibilidades de fraude: na pesquisa ou nas eleições, mas que não faria sentido os institutos de pesquisa desgastarem sua imagem em uma pesquisa que só sai depois da votação e não muda nada, deixando bem explicito que crê em fraude eleitoral contra o PT.

Tentem argumentar imparcialmente por favor, tanto faz se você acha o PT um lixo ou não, se você é de esquerda ou de direita, gostaria de saber o que vocês pensam sobre a possibilidade de fraude nesse sentido apontado por ele: Fraude nas urnas, nas pesquisas, ou só um erro de metodologia dos institutos?

Segue o texto:

Aquele-cujo-nome-não-deve-ser-dito: Fraude eleitoral

por Gustavo Castañon, especial para o Viomundo

Podemos ter assistido dia 05 a mais ousada e maciça fraude da história das eleições majoritárias brasileiras. Não tema os cínicos. Fale em voz alta. Isso não é uma estória de Harry Potter como a mídia quer fazer parecer. O nome do vilão não é Voldemort. Não, não é Sarney, Maluf, Bolsonaro, nem mesmo Eduardo Cunha. O nome do vilão é urna eletrônica brasileira, a única do mundo que é totalmente invulnerável à fiscalização.

Em 2010, previ em artigo que o segundo turno traria, como tem sido tradicional desde 1998, um resultado negativo para a esquerda no limite da margem de erro da pesquisa de boca de urna do Ibope e positivo para a direita no mesmo limite, ou seja, dois por cento.

Foi o que aconteceu. Desta vez, no entanto, errei. Previ o mesmo limite no desvio do resultado, mas o que aconteceu agora foi selvagem. O resultado de Aécio foi muito além da margem de erro do Ibope, 3,5% além do previsto, e o de Dilma aquém, 2,5%.

Isso sem contar com o fato de que os levantamentos dos trackings e as próprias pesquisas Ibope e Datafolha de um dia anterior indicavam Aécio empatado com Marina No dia seguinte, 12 pontos de diferença O que uma noite não faz, não é mesmo? A questão é: faz o que, e aonde?

Mas vamos nos ater à boca de urna, porque a análise de seus números prova friamente que há fraude, em algum lugar. Quando falamos que uma pesquisa tem confiabilidade de 99% e margem de erro de 2% (o que foi o caso da boca de urna do Ibope), isso significa que o estado real das opiniões tem 99% de chances de estar no intervalo entre 2% a menos e 2% a mais que a previsão.

Em outras palavras, Aécio tinha 99% de chances de estar entre 28% e 32% dos votos. As chances dele ter mais que 32% eram de 0.5% (de ter menos idem). Ele teve 33,5%. 1,5% além da margem de erro. E pior do que isso: o outro erro foi justamente sobre os índices de Dilma. Ela teve 0,5% além da margem de erro. Pra menos. A chance de isso acontecer ao acaso? Grosseiramente, é bem menor do que 0,005 x 0,005: em outras palavras, menor do que 0.000025.

Isso é particularmente grave se considerarmos as características da pesquisa de boca de urna, e dessa em particular.

A boca de urna não sofre influência das abstenções, nem de mudanças de opinião posteriores, pois pergunta somente em quem a pessoa acabou de votar. E essa pesquisa entrevistou simplesmente 64.200 eleitores de todas as regiões do país.

Como a matéria do Estado de Minas (jornal que apóia Aécio) lembra muito bem, apesar de o Ibope ter prudentemente declarado uma margem de erro de 2%, uma amostra desse tamanho em relação ao eleitorado brasileiro tem, na verdade, margem de erro de somente 0,5%. O que aconteceu, é realmente incrível. E nem estamos aqui calculando a probabilidade desse desvio em relação à distância do resultado da margem de erro: quanto mais distante, mais exponencialmente irrelevante a possibilidade da ocorrência ao acaso.

Mais uma vez, saíram artigos na imprensa, como o artigo acima citado, falando da falência dos institutos de pesquisa, como acontece desde 82 com o caso Proconsult. O que convenhamos está além do patético. O PSDB, como faz desde 1998, declara que a verdadeira pesquisa é a das urnas, como se o Ibope e o Datafolha trabalhassem contra ele. Acreditar nisso, está além do ridículo. E a esquerda, como faz desde que perdeu Brizola, se cala. O que está além da covardia. Na verdade, imaginem: com a quantidade de processos que qualquer candidato sai de uma eleição, quem denunciará o TSE?

Vamos recapitular os últimos anos dessa curiosa impossibilidade estatística. Notem que a diferença na margem de erro sempre sai do PT para o adversário.

Se nós estamos falando de algo que tem 0,0025% de chances de acontecer ao acaso somente nessa eleição, imagine a probabilidade de isso ter acontecido ao acaso junto com os erros acima da margem de erro de 2010 (menos 4% pra Dilma) e de 2006 (mais 3,6 para o Alckmin). Acho que não é necessário mais fazer contas, não?

Mas se você acha tudo isso incrível, ainda não se apercebeu dos maiores absurdos dessas eleições.

Resultados virtualmente impossíveis aconteceram em todo país. A avalanche absurda de 40,4% dos votos em Sartori no Rio Grande do Sul, por exemplo, quando o resultado previsto na boca de urna era de 29%. É isso mesmo. A boca de urna (de 99% de confiabilidade) dava Genro (PT) 35%, Sartori (PMDB) 29%, Amélia (PP) 26%. As urnas deram Sartori 40,4%, Genro 32,5% e Amélia 21,7%. Não existem espaços nessa linha para os zeros que teríamos que escrever para expressar a probabilidade disto ter ocorrido ao acaso.

Olívio Dutra, também no RS, perdeu absurdamente a vaga no senado, depois de a boca de urna ter indicado sua vitória por 6% de diferença.

No Rio, nada menos que 8% dos votos parecem ter sido transferidos de Garotinho para Pezão e Crivella, materializando uma impossível (para quem conhece a política do Rio de Janeiro) ausência de Garotinho no segundo turno. Garotinho saiu da boca de urna com 28% e das urnas eletrônicas com 19,75% (será que todo político que enfrenta a Globo no Rio é alvo de fraude como foi Brizola?). Pezão teve mais 6% e Crivella mais de 2%, todos acima da margem de erro. No caso de Pezão e Garotinho, impossivelmente além da margem de erro. Em Minas Gerais, a vantagem que o Ibope registrou na boca de urna para Pimentel (PT) sobre Pimenta da Veiga (PSDB) se transformou de 53 a 37 para 53 a 42. E assim, a nave foi por todo país.

Há muito, muito mais barbaridades localizadas nessas eleições, e eu só estou considerando aqui aquelas que a boca de urna revelou. Mas a avalanche de Aécio em SP em 24 horas, a perda do PT no ABC, a derrota acachapante de Marina para Aécio em 48 horas, tudo isso é parte do terreno da literatura fantástica. Curiosamente, de todas essas surpresas, só uma a favor do PT: a de Rui em Salvador. A exceção que confirma (mascara) a regra? E se isso ocorreu na majoritária, porque será que temos o congresso eleito mais fisiológico de todos os tempos?

Pra mim, e pra muitos brasileiros, há algo errado com as urnas eletrônicas, não com as pesquisas de boca de urna.

No mínimo, esse erro é o STF bloquear a impressão de voto, usada em todo lugar do mundo onde se usam essas urnas, já aprovada no congresso e sancionada pela presidente. Ou em o TSE se negar a levar as urnas brasileiras, que são as mais inseguras do mundo, duas gerações à frente, como as fantásticas urnas argentinas.

Como negar ao brasileiro o direito de recontar seus votos? Isso é um crime em si mesmo contra qualquer processo democrático, e, sozinho, deveria provocar a indignação de qualquer cidadão. O sistema eleitoral brasileiro é um ultraje, rejeitado o mundo inteiro, até pelo Paraguai.

O estado das coisas se torna mais chocante com a quantidade de denúncias de fraude abafadas pela imprensa e o fato de o TSE ter terceirizado a operação das urnas nesta eleição de 2014 para empresas privadas. No fim de 2012, um hacker, em audiência pública, com a presença de deputados e vereadores, simplesmente confessou, com riqueza de detalhes, como ajudou a fraudar as eleições de 2010 no Rio de Janeiro. Incrivelmente, sua denúncia não foi apurada, a imprensa não publicou nada, a polícia não o prendeu e o TSE não se manifestou.

Ninguém aqui nega a reação conservadora nem o crescimento do sentimento anti-PT na sociedade. Mas para além disso, a maioria dos que acompanham as eleições cuidadosamente, tem algum nível de dúvida sobre seu resultado. Você pode dar de ombros e dizer que essa é uma teoria da conspiração, choro eleitoral, fanatismo, que Aécio subiu em 72 horas 14,5% sem nenhum fato novo, ou 24% em São Paulo em 24 horas (1% por hora!) porque as pessoas acordaram diferente, que Sartori ganhou 14 pontos em 24 horas no RS pelo mesmo motivo e assim por diante.

Eu só advirto que só restam duas possibilidades na mesa: ou o Ibope fraudou as pesquisas de boca de urna sem qualquer objetivo eleitoral e arruinou voluntariamente sua reputação, ou o Brasil viveu sua maior e mais escandalosa fraude até hoje. Escolha que teoria da conspiração lhe parece mais racional, porque, é só o que tem pra hoje. O acaso e o erro, estatisticamente, não são alternativa. Na verdade, não há qualquer terceira alternativa.

Gustavo Castañon é Doutor em Psicologia e Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Fonte: http://www.viomundo.com.br/denuncias/gustavo.html

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Postado

Não acredito em fraude nas urnas.

Não é impossível mas seria extremamente difícil.

Um número muito grande de urnas teriam que ser alteradas para isso.

Os institutos simplesmente erraram, talvez por metodologia mesmo.

Agora devem ajustar isso.

Postado

Essas pesquisas dizem que tem 99% de confiança, mas como diabos uma pesquisa feita com 2 a 10 mil pessoas vai dizer com 99% de certeza o voto de 150 milhões de pessoas em todo o país? Nem fodendo que eu acredito nessa margem de confiança.

Postado

A urna é fraudada.

Fui votar,coloquei o número do Deputado. = Candidato inexistente

Fui repetir = Voto anulado

Candidato do meu Estado + número correto.

Fora um tanto de reclamação que li na net..

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