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Casamento Homossexual


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Gays que defendem o PT, defendem, por tabela, o foro de são paulo que está perseguindo os gays assim como Chê fazia: Venezuela segue Cuba e promove perseguição a gays

Mas não existe uma foto do Maduro em um momento "delicado"? Com roupas e companhias um tanto estranhas... enrustido o menino?
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Constituição

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI – instituir impostos sobre:

B) templos de qualquer culto;

País laico

Vivemos num país laico. Não vejo por qual motivo nós deveríamos dar privilégios às igrejas sem que estas precisem prestar contas. Se somos um país laico, deveríamos tratar as igrejas com a mesma ética que tratamos as demais instituições.

Bom negócio

Outro dia reparei que no Brasil o negócio mais dinâmico que existe é a criação de empresas. Todo dia várias igrejas são criadas, assim como outras desaparecem. O dinamismo que elas têm se deve a fatores que se fossem aplicados as demais empresas, faria do Brasil uma potência econômica. Igrejas gozam de isenção de impostos e suas criações tem uma burocracia inferior a de qualquer outro negócio.

"O processo burocrático para abertura de uma igreja leva apenas 5 dias enquanto empresas demoram 119 dias"

http://www.guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/o-processo-burocratico-para-abertura-de-uma-igreja-leva-apenas-5-dias-enquanto-empresas-demoram-119-dias.html#.VHep9jHF-So

Caridade

Igrejas funcionam como empresas. Pastores e músicos muitas vezes recebem gordos salários para exercer seu “santo ofício”. Ao invés de viverem para deus, muitos são os que vivem de deus. A justificativa para a isenção de impostos para as igrejas seria o fato de que elas possuem um trabalho social que por si só contribuiria a sociedade.

Não irei discutir a importância social das igrejas, mas é muito estranho que essas igrejas não precisem prestar contas de seus gastos. Portanto, qualquer espertalhão pode abrir uma igreja e recolher as ofertas dos fiéis, sem praticar qualquer tipo de trabalho social. Esse sistema acaba sendo prejudicial até para as igrejas sérias, que veem malfeitores recorreream à religião para lucrar em cima dos privilégios têm.

Justiça

Se uma empresa tem uma arrecadação de 100 mil reais e é obrigada a pagar, digamos, 30% de impostos, uma igreja que tem uma arrecadação de 100 mil reais deveria ter que comprovar que gastou 30% de sua arrecadação no trabalho social (distribuindo cestas básicas, oferecendo serviços, doando roupas, doando remédios, etc).

Alguns motivos para ser contra a isenção tributária para as igrejas sem prestação de contas

1- Muitas não oferecem qualquer tipo de trabalho social, usando toda a sua arrecadação para comprar espaço nas tvs e nos rádios, onde mais uma vez também pedem recursos a seus fiéis. A tv e o radio, concessões públicas, acabam servindo aos interesses privados em virtude de dinheiro isento de tributação.

"Ajudar pobres é 'desvio' de recurso, diz site de R.R. Soares"

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2012/07/ajudar-pobre-e-desvio-diz-rr-soares.html#ixzz3KJPTw6Gf

Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem.

2- Pela pouca ou nenhuma prestação de contas, muitas instituições religiosas acabam servindo para a lavagem de dinheiro.

"Como a Universal lava o dinheiro doado pelos seus fiéis"

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/como-a-universal-lava-o-dinheiro-doado-pelos-seus-fieis

3- Nosso Estado é laico e não há motivo para oferecer privilégios indevidos às instituições religiosas. Se as igrejas recebem isençao por causa do trabalho social que fazem, então é obrigação delas declarar ao Estado quanto e como estão gastando o dinheiro delas.

"Conheça os privilégios financeiros de se ter uma igreja no Brasil"

http://vidaemorbita.blogspot.com.br/2011/02/conheca-os-privilegios-financeiros-de.html

4- Caridade é obrigação de qualquer religião descente. O Estado não pode premiar igrejas meramente por elas fazerem aquilo que já essencialmente obrigação delas. É como dar isenção fiscal a um prestador de serviço, apenas porque ele pratica determinado serviço benéfico a sociedade.

5- Esse ambiente acaba sendo ruim para as religiões sérias que acabam sofrendo preconceito e perdendo fiéis para religiões de aproveitadores. É injusto dar privilégios iguais para religiões sérias e religiões que só servem para roubar o povo. Todos estamos cansados de ver igrejas que não só não ajudam seus fiéis, mas acabam prejudicando suas vidas para sempre.

Aliás, por que uma igreja teria isenção de impostos para usar o dinheiro de seus membros para comprar mansões e aviões para suas lideranças? Por que igrejas teriam isenção de impostos para que seus líderes comprem bens(ex: Fazendas, apartamentos, etc) e os coloquem no nome da igreja só para não pagar impostos?

"Silas Malafaia compra em dolar um avião mais caro que o de R. R. Soares e Samuel Câmara juntos"

http://noticias.gospelmais.com.br/silas-malafaia-compra-em-dolar-um-aviao-mais-caro-que-o-de-r-r-soares-e-samuel-camara-juntos.html

6- Todo o templo de qualquer culto cumprem uma função social? Claro que não. E essas seitas que sacrificam e estupram crianças? Elas merecem algum tipo de função social? Fica claro que algumas religiões têm um papel social mais forte do que outras. Logo, como diferenciar uma religião descente de uma indescente se a nossa Constituição não tipifica isso. Assim fica fácil qualquer maluco inventar qualquer religião maluca e assim receber o dinheiro de seus fiéis.

http://libertanimalteu04.blogspot.com.br/2011/12/criancas-mortas-em-rituais-religiosos.html

7- Igreja é uma entidade sem fins lucrativos? Se olharmos para os patrimônios dos líderes da principais igrejas do Brasil, veremos que eles lucram bastante mesmo sendo líderes de “entidades sem fim lucrativos”. “DAI DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBESTES.” (Mateus 10v8b)

"LISTA DE PASTORES MAIS RICOS DO BRASIL,SEGUNDO A REVISTA FORBES:

http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Vida/noticia/2013/01/forbes-lista-pastores-milionarios-no-brasil.html

8- Só porque algo está na Constituição não significa que devemos ser compulsoriamente favoráveis a isso. Todos sabemos que nossa Constituição é lúdica para a nossa realidade e impõe ao Estado obrigações que fazem com que o contribuinte pague impostos elevadíssimos. Nem tudo que está na nossas leis é moral. Ex: segundo nossa lei, o filho de um assassino que contribui para previdência recebe auxílio-reclusão, mas o filho do assassinado fica desamparado.

http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-31--16-20100906

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Mimimi.

Igrejas vão continuar não pagando impostos.

Gays vão continuar sendo zuados, infelizmente.

--

Aos interessados, tem um debate foda na extinta radiovlogs sobre o estado laico:

Editado por FrangoEctomorfo
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1º O Estado reconhece como família qualquer entidade estabelecida por indivíduos que vivam em convivência pública e ostensiva, com estabilidade, afetividade mútua e com intenção de formar família. A família matrimonial, que é a oriunda do casamento, é apenas uma dentre varias modalidades de família reconhecidas pelo Direito, como a família monoparental, família recomposta, etc, não é a única. Essa sua concepção reacionária da família e do casamento já ta superada desde 1988.

2º Você está correto com relação aos ônus e deveres derivados do casamento, e que o status de casado não deve ser concedido a qualquer um que o requeira, porém, como já foi exposto acima, homossexuais são totalmente capazes de cumprir com tais deveres, dentro e fora do casamento, não havendo qualquer fundamento jurídico para negar-lhes o direito ao vínculo matrimonial

3º A partilha dos bens ia levar em consideração o regime de bens adotado e a situação econômica dos ex-cônjuges após o divórcio, devendo o juiz determinar, no caso concreto, se deveria haver alguma compensação para não desamparar o economicamente mais fraco, aliás poderia ser o caso de prestação alimentícia, analogamente ao que ocorre com casais héteros.

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1º O Estado reconhece como família qualquer entidade estabelecida por indivíduos que vivam em convivência pública e ostensiva, com estabilidade, afetividade mútua e com intenção de formar família. A família matrimonial, que é a oriunda do casamento, é apenas uma dentre varias modalidades de família reconhecidas pelo Direito, como a família monoparental, família recomposta, etc, não é a única. Essa sua concepção reacionária da família e do casamento já ta superada desde 1988.

2º Você está correto com relação aos ônus e deveres derivados do casamento, e que o status de casado não deve ser concedido a qualquer um que o requeira, porém, como já foi exposto acima, homossexuais são totalmente capazes de cumprir com tais deveres, dentro e fora do casamento, não havendo qualquer fundamento jurídico para negar-lhes o direito ao vínculo matrimonial

3º A partilha dos bens ia levar em consideração o regime de bens adotado e a situação econômica dos ex-cônjuges após o divórcio, devendo o juiz determinar, no caso concreto, se deveria haver alguma compensação para não desamparar o economicamente mais fraco, aliás poderia ser o caso de prestação alimentícia, analogamente ao que ocorre com casais héteros.

1° Usando essa visão progressista estatal aí, eu poderia definir como família, qlq grupo de pessoas como família! Uma empresa, um grupo de indivíduos que se reúnem pra fazer surubas, pessoas que amam seus animais de estimação e praticam zoofilia, enfim! Como dito antes por mim mesmo aqui nesse tópico, o matrimônio, foi concebido tendo em vista a proteção e "regulamentação" da família nuclear! Outra coisa, o que o estado reconhece como fato ou, conceito aplicável na conduta de sua sociedade, nem sempre quer dizer que esse fato venha a ser reconhecido e aceito por sua sociedade!

2° Não discordo que gays não tenham capacidades de cumprir com os deveres do matrimônio e, que não existe fundamento jurídico para impedi-los de adquirir o direito ao matrimônio, assim como não haveria fundamento jurídico para impedir que eu me case com um pote de whey, ou que alguém se case com seu animal de estimação e é aí que chegamos ao ponto básico da coisa! Casamento não foi feito pra isso! O problema, é que essa geração dos direitos, que acha que o mundo deve alguma coisa pra elas, achando que casamento é um direito qualquer, que como tal, pode ser dado a quem quer que queira!

3° Aqui, só um adendo! O divórcio, tinha como base regulamentar, parâmetros sexistas, onde o homem é que tinha que amparar financeiramente a mulher em caso de divórcio, visto que por questões óbvias, as mulheres não tinham como se manter financeiramente devido aos anos destinados a educação dos filhos e aos cuidados com a casa!! O Iceman pode me corrigir se eu estiver errado!

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1° Usando essa visão progressista estatal aí, eu poderia definir como família, qlq grupo de pessoas como família! Uma empresa, um grupo de indivíduos que se reúnem pra fazer surubas, pessoas que amam seus animais de estimação e praticam zoofilia, enfim! Como dito antes por mim mesmo aqui nesse tópico, o matrimônio, foi concebido tendo em vista a proteção e "regulamentação" da família nuclear! Outra coisa, o que o estado reconhece como fato ou, conceito aplicável na conduta de sua sociedade, nem sempre quer dizer que esse fato venha a ser reconhecido e aceito por sua sociedade!

2° Não discordo que gays não tenham capacidades de cumprir com os deveres do matrimônio e, que não existe fundamento jurídico para impedi-los de adquirir o direito ao matrimônio, assim como não haveria fundamento jurídico para impedir que eu me case com um pote de whey, ou que alguém se case com seu animal de estimação e é aí que chegamos ao ponto básico da coisa! Casamento não foi feito pra isso! O problema, é que essa geração dos direitos, que acha que o mundo deve alguma coisa pra elas, achando que casamento é um direito qualquer, que como tal, pode ser dado a quem quer que queira!

3° Aqui, só um adendo! O divórcio, tinha como base regulamentar, parâmetros sexistas, onde o homem é que tinha que amparar financeiramente a mulher em caso de divórcio, visto que por questões óbvias, as mulheres não tinham como se manter financeiramente devido aos anos destinados a educação dos filhos e aos cuidados com a casa!! O Iceman pode me corrigir se eu estiver errado!

1º Por essa sua definição, uma entidade composta por uma mãe solteira e filhos, por exemplo, não seria merecedora da tutela do Estado, posto que não seria família, mas apenas uma sociedade de fato. Uma empresa não é formada com finalidade de formar família, mas com a finalidade de obter lucro através da circulação de bens e/ou serviços, não tem nada haver com o caso. Pessoas que amam seus animais não formam vinculos familiares com seus bichinhos pq estes não são exatamente sujeitos de direito, sendo mais correto entende-los como coisas, seria muito mais uma relação de proprietário/propriedade. Bem diferente da relação que pode-se estabelecer entre um casal de lésbicas, ou entre um casal de gays e um filho adotado, ou entre um casal de gays e um filho legítimo, etc..

2º Casamento não é um direito qualquer, ainda é necessário atender a inúmeras exigências legais, e não pense você que é fácil ver seus direitos matrimonias reconhecidos, ademais, o fato de antigamente ter imperado exclusivamente a tutela à família nuclear, não significa que o ordenamento jurídico não possa mudar com os novos tempos e se adaptar às novas necessidades da sociedade. Existem inúmeros fundamentos jurídicos para te impedir de se casar com um pote de whey ou com um animal de estimação, eu expus um no item 1.

3º Isso é verdade, pois o antigo paradigma de família entendia que cabia ao homem a função de provedor no núcleo famíliar. Era seu papel arcar com as despesas dos filhos e da mulher, provendo-lhes sustento e assistência financeira. Atualmente, isso já foi atenuado em virtude da inserção da mulher no mercado de trabalho, mas ainda é comum que o homem tenha que pagar prestações alimentícias após o divórcio, não só para que a ex-mulher sobreviva mas até mesmo para que ela permaneça em uma condição social próxima da da época de casada. Apesar de sexista, era necessário (e ainda é), pois deve-se levar em consideração o economicamente mais fraco no casamento e evitar que a divórcio acarrete a miséria deste, mesmo no caso de um divórcio de um casal gay isso seria ponderado pelo juíz.

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Saiu hoje:

Até 15% dos gays têm HIV, e O Globo culpa quem? O “preconceito”! A “onda conservadora e homofóbica”! É mais uma blindagem de responsabilidade! Mais uma transferência

Não sei se sou eu que andava lendo menos O Globo, ou se hoje a capa do jornal está acima da média em – como direi? – blindagem de responsabilidades. No post anterior, falei da manchete que blinda o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. Mas logo abaixo dela, há uma chamada igualmente “estarrecedora”, como diria a presidente Dilma Rousseff, certamente não neste caso dos gays. Veja:

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Você leu direito: “preconceito faz dos gays mais expostos”. Didi Mocó diria: “Cuma!?” O preconceito – por pior e mais repugnante que seja – transmite vírus da Aids agora? Será que ele vai para a cama com os gays? Será assim uma relação carnal forçada, um estupro anal sobre o qual boa parte das “vítimas” gays não tem responsabilidade alguma? Essas perguntas passam pela cabeça de seres letrados, héteros ou gays, que leem uma manchete de cunho ideológico como esta na capa de um jornal, passando-se por dado informativo. E parece piada macabra, mas a manchete lá dentro não faz por menos:

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Os “especialistas” ouvidos pelo Globo, claro, “são unânimes em afirmar: o preconceito e a discriminação são os maiores responsáveis por essa situação. A recente onda conservadora e homofóbica só faz agravar o problema”. Sem brincadeira. É o que está escrito lá no texto, que saiu também no site do Extra, com um título menos escrachado que “Discriminação incurável”: “Aids: 30 anos depois do início da epidemia, gays continuam sendo os mais vulneráveis“. A necessidade de associar o conservadorismo à homofobia é proporcional à de eximir-se de explicar os motivos. Mas nem precisa: a gente sabe que ser contra o “casamento gay”, como até uns tantos gays são, já constitui homofobia para a imprensa brasileira.

Uma das declarações que levaram às sínteses forçadas da capa e do título foi a da diretora do Programa de Aids das Nações Unidas (Unaids) no Brasil, Georgiana Braga-Orillard:

“O Brasil tem uma resposta muito boa no que diz respeito aos medicamentos disponíveis, mas a discriminação das populações mais vulneráveis continua sendo um desafio. Muitas pessoas morrem sem sequer saber que têm a doença. Elas têm medo de fazer o teste, de perder a família, os amigos, o emprego… E acabam chegando muito tarde ao tratamento. Em Curitiba, 20% dos diagnósticos são feitos depois do óbito, para você ter uma ideia.”

Alto lá! Daí a dizer, como a capa do Globo, que o “preconceito faz dos gays mais expostos” ou, como a matéria, “o preconceito e a discriminação são os maiores responsáveis por essa situação”, vai uma distância imensa. É duro ter de repetir o óbvio, mas vamos lá:

1) Muito antes do teste e do medo do “preconceito” na hora de fazê-lo, há a contaminação com o vírus. E de acordo com os Centros de Controle de Doenças, dos Estados Unidos, cujo relatório eu resumi aqui dois meses antes do Globo, “A maioria dos homens homossexuais e bissexuais adquirem o HIV através do sexo anal”. Preciso explicar que o preconceito não faz ninguém praticar sexo anal com ninguém? Espero que não! Transar, exceto em casos de estupro, é sempre uma escolha – que envolve riscos, especialmente neste caso.

2) Uma das verdadeiras razões para a maior incidência de infecção entre os gays é a promiscuidade, segundo os mesmos Centros de Controle de Doenças ignorados pelo Globo: “Ter mais parceiros sexuais em comparação com outros homens significa que homens homossexuais e bissexuais têm mais oportunidades de ter relações sexuais com alguém que possa transmitir o HIV ou outra doença sexualmente transmissível. Da mesma forma, entre os homens homossexuais, os que têm mais parceiros são mais propensos a adquirir o HIV.” Nos EUA, os homens gays são apenas 2% da população, mas 52% das pessoas com HIV. “Gays” no sentido genérico, que abrange homossexuais, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens (HSH). O mesmo sentido usado pelo Globo.

3) Nem todas as pessoas que morrem sem saber que tinham a doença são pessoas que tinham medo de fazer o teste por conta do “preconceito”. Parte delas morre precocemente porque não se preocupa mesmo em verificar se está doente, como a própria matéria sugere adiante: “as gerações mais novas entenderam, porém, é que a Aids ‘deixou de ser um problema’”. Outra parte dos que morrem não faz testes por conta de outros medos – como de hospital, de médico, de se saber doentes de qualquer coisa etc. - que nada têm a ver com “preconceito” nos meios sociais.

4) Se alguém deixa de fazer o teste por medo de um “preconceito”, sinto dizer, mas não é dos supostos preconceituosos nem do suposto preconceito a responsabilidade pela sua morte precoce, mas da pessoa que não os enfrenta e se deixa morrer doente. Salvo algum caso especialmente louco, e apesar de eventuais problemas de acesso aos postos de saúde, ninguém impede fisicamente os gays de fazer os testes. Transferir a responsabilidade dos gays pelo cuidado com a própria saúde para a sociedade inteira é fazê-los de vítimas inescapáveis de seus próprios medos, em ALGUNS casos inevitavelmente exagerados por uma histeria em sentido clínico. Histeria esta também insuflada pelas mentiras da imprensa sobre os números de assassinatos homofóbicos, como se todos os gays assassinados - poucas centenas em um país de quase 60 mil homicídios por ano – fossem vítimas de ‘crime de ódio’ e boa parte não fosse morta pelos próprios parceiros gays, como as estatísticas constatam.

Pois bem. A matéria do Globo é costurada pela história do estudante evangélico Max Goudar, de 24 anos, que acredita ter pego o vírus de um namorado. Max alega falta de informação na época da contaminação; os “especialistas” dizem que, “de fato, o conhecimento básico sobre a infecção e suas formas de prevenção não tem chegado às gerações mais jovens”; e aí vem um depoimento do ator Mateus Solano de que “a falta de informação leva ao preconceito”, o que nada tem a ver, na verdade, com a falta de informação de Max, mas com o preconceito dos outros. A confusão faz parecer, mais uma vez, que é tudo culpa do preconceito geral da sociedade.

Mas comento: nenhuma dose de informação sobre a Aids será jamais suficiente para suprir a dose de irresponsabilidade individual e sexual disseminada em uma cultura, inclusive por reportagens como esta, que se querem também informativas. Uganda — o país onde o número de soropositivos diminuiu graças à política de incentivo à castidade e à fidelidade conjugal — já mostrou que o buraco é muito mais em cima, mas o Brasil prefere distribuir camisinhas, pílulas e fazer propaganda gay nas escolas, banalizando o ato sexual. Adiante.

Max teria ouvido a frase “O preço do pecado é a morte” quando soube que era portador do HIV. Esta frase é a primeira da matéria. Sempre que se quer dar a conservadores, direitistas e/ou cristãos ares de radicalismo, a imprensa pinça uma frase radical qualquer, sem autor determinado, ou de autor suspeito. Foi assim nos protestos anti-PT com a “intervenção militar”. Foi assim no artigo de Helena Celestino após Israel SOFRER um ataque terrorista: “’Morte aos árabes’. Este era o grito de guerra dos ultradireitistas em Israel”, dizia ela na primeira frase. Foi assim agora na matéria sobre a Aids.

Max, no entanto, “teve grande apoio da mãe, em particular, e da família, em geral, o que nem sempre ocorre” e resolveu ao menos tratar a doença. Mas e se a “família em geral” não desse o apoio? Isto é desculpa para não fazer o teste? Isto legitima que se torne o preconceito da família o responsável pela maior exposição dos gays à doença, como quer o Globo? Claro que não!

Uma cultura forte é aquela que incentiva os indivíduos, minoritários ou não, a se tornar responsáveis por suas escolhas, vencer seus medos e enfrentar os preconceitos reais ou imaginários da sociedade em torno, em vez de culpar os outros por todos os seus problemas. A verdadeira “discriminação incurável” é a de quem, como a nossa imprensa, trata os membros da “minoria” como vítimas da sociedade, incapazes de encarar um mundo supostamente hostil.

Felipe Moura Brasilhttp://www.veja.com/felipemourabrasil

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Editado por FrangoEctomorfo
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