Cirurgia Bariatrica X Dieta, Aeróbicos.

[Ramoness246]

Bom, eu sempre reparo em casos que a pessoa fez uma cirurgia bariátrica, redução de estomago, e conseguiu perder peso, chegar em um corpo mais satisfatório para a pessoa. Mas também vejo casos de pessoas que saíram do sedentarismo e começaram mudar hábitos, fazer exercicios, procuraram nutricionistas, e tiveram resultados iguais e até mais satisfatórios que as pessoas que fizeram cirurgia. E vejo também que na maioria das vezes, a pessoas que fez a cirurgia, continua com os "habitos de gordo" ainda depois da cirurgia, porém em menos quantidade de "lixo" na dieta.

Eu, na minha opinião, a pessoa que quer emagrecer, deve procurar fazer exercicios e fazer uma dieta especifica para perda de peso, com o dinheiro da cirurgia e psicologo e remedios ela mantém uma excelente dieta, sem precisar de nada disso.

E qual é a opinião de vocês?

[leonardooosouza]

Concordo. Eu tinha 185kg e hoje tenho 95kg sem precisar de cirurgia, só com alimentação e caminhada.

Bariatrica tem muitos pontos negativos que a maioria das pessoas só descobrem depois que já fizeram a cirurgia.

[Hammann]

Fiz Bariátrica a 10 meses e eliminei 40 kg...não quero polemizar, mas para mim foi positivo, resgatei a autoestima, a vontade de emagrecer, a fazer exercícios...e o melhor, estou com qualidade de vida.

[Visitante usuario_excluido22s]

[1] Passou do IMC 40 kg/m2 tem que ir para a bariátrica.

[2] É a melhor opção para quem quiser viver mais.

[3] A maioria de quem foi obeso e conseguiu (por meio de dieta e exercícios) atingir um físico legal (e estar no peso) é porque substituiu os problemas psicológicos pela vigorexia.

[4] A vigorexia é um estado psicológico e pode acabar; logo a obesidade pode voltar.

[5] Todos os vídeos do youtube e notícias de histórias de sucesso são de curto prazo. Essas pessoas podem simplesmente se desmotivar e voltar à obesidade.

[6] Obesidade é um problema no cérebro. Logo, só a cirurgia resolve. Em alguns casos, nem a bariátrica resolve, é verdade, mas >95% dos pacientes se beneficiam de forma substancial.

[7] As minhas colocações [1], [2] e [6] acima refletem a leitura de mais de 16 ensaios clínicos na área e 12 revisões sistemáticas.

[Vecchio]

Creio que não haja um "algoritmo". Cada pessoa reage de uma forma distinta perante seus problemas.

A tendência a rótulos, estereotipagens é enorme. É o que eu sinto.

Mas o que mais causa tristeza é o pragmatismo da clínica médica. Dois clínicos gerais e um endocrinologistas me informaram que "só a cirurgia me salvaria", pois estava com 143 kg, hipertensão e diabetes tipo 2. Perguntei-lhes acerca da possibilidade de eu executar uma dieta acompanhada de atividade física. Dois deles riram-se e escreveram em seus prontuários "paciente recusa-se a seguir as recomendações... blá blá e blá". Em seis meses já foram 30 g, atualmente estou com 25,5% de BF ainda, continuo no processo, porém já ficaram pelo caminho a insulina e a vildagliptina. Último exame de sangue não detectou diabetes nem na hemoglobina glicosilada nem na curva glicêmica. É óbvio que ainda não voltarei em seus consultórios *** AINDA ***. Ódio é uma ferramenta boa, se bem gerenciada, pra ser usada em treinamentos e motivar-me.

Entretanto e, da mesma forma que não me sinto confortável em ser estereotipado, creio que a generalização de que qualquer pessoa obesa mórbida possa sair da obesidade por meio de dieta e atividade física não deva ser aplicada. Cada pessoa deve descobrir qual é a melhor solução para seus problemas. Se para uns a cirurgia deva ser a solução, ok, se para outros a solução deva ser uma reeducação acompanhada de inibidores de apetite, ok. Para mim, a única solução que eu estaria em paz comigo mesmo era e é alimentar-me de forma correta, manter minha atividade física, não usar suplementos, não usar TRT, não usar inibidores e ter meu diazinho do lixo quinzenal, pra me lembrar que sou gordo, sempre terei cabeça de gordo, gosto de comida que faça mal à saúde, não suporto dizer que gosto de comer batata doce com peito de frango sem sal e pronto.

Minha atividade física é realizada três vezes na semana. Uso a fita métrica para monitorar a circunferência da minha cintura e quadril, pois são indicadores que preciso monitorar, juntamente com glicemia e pressão arterial. Penso entretanto que qualquer homem com uma cintura acima de 102 cm e idade superior a 40 anos como eu deva efetuar o mesmo monitoramento.

[ChrisMarques]

Em 20/09/2014 em 22:19, Vecchio disse:

Creio que não haja um "algoritmo". Cada pessoa reage de uma forma distinta perante seus problemas.

A tendência a rótulos, estereotipagens é enorme. É o que eu sinto.

 

Mas o que mais causa tristeza é o pragmatismo da clínica médica. Dois clínicos gerais e um endocrinologistas me informaram que "só a cirurgia me salvaria", pois estava com 143 kg, hipertensão e diabetes tipo 2. Perguntei-lhes acerca da possibilidade de eu executar uma dieta acompanhada de atividade física. Dois deles riram-se e escreveram em seus prontuários "paciente recusa-se a seguir as recomendações... blá blá e blá". Em seis meses já foram 30 g, atualmente estou com 25,5% de BF ainda, continuo no processo, porém já ficaram pelo caminho a insulina e a vildagliptina. Último exame de sangue não detectou diabetes nem na hemoglobina glicosilada nem na curva glicêmica. É óbvio que ainda não voltarei em seus consultórios *** AINDA ***. Ódio é uma ferramenta boa, se bem gerenciada, pra ser usada em treinamentos e motivar-me.

 

Entretanto e, da mesma forma que não me sinto confortável em ser estereotipado, creio que a generalização de que qualquer pessoa obesa mórbida possa sair da obesidade por meio de dieta e atividade física não deva ser aplicada. Cada pessoa deve descobrir qual é a melhor solução para seus problemas. Se para uns a cirurgia deva ser a solução, ok, se para outros a solução deva ser uma reeducação acompanhada de inibidores de apetite, ok. Para mim, a única solução que eu estaria em paz comigo mesmo era e é alimentar-me de forma correta, manter minha atividade física, não usar suplementos, não usar TRT, não usar inibidores e ter meu diazinho do lixo quinzenal, pra me lembrar que sou gordo, sempre terei cabeça de gordo, gosto de comida que faça mal à saúde, não suporto dizer que gosto de comer batata doce com peito de frango sem sal e pronto.

 

Minha atividade física é realizada três vezes na semana. Uso a fita métrica para monitorar a circunferência da minha cintura e quadril, pois são indicadores que preciso monitorar, juntamente com glicemia e pressão arterial. Penso entretanto que qualquer homem com uma cintura acima de 102 cm e idade superior a 40 anos como eu deva efetuar o mesmo monitoramento.

 

Boa noite Vecchio! Estou ressuscitando o post aqui pq achei sua resposta bem interessante, pois passo atualmente por uma situação parecida com o que você enfrentou. Tenho 36 anos, 1,80mt de altura e peso cerca de 140kg. Sou hipertenso diagnosticado a uns 10 anos e tomo medicação diária para controle da pressão. Das últimas vezes que fui ao cardiologista, ele sempre vem com a conversa de eu considerar uma cirurgia bariátrica, dizendo que é o melhor, que vai resolver a minha obesidade e etc. Sinceramente não quero fazer isso, queria muito conseguir fazer o que você fez, seguir uma reeducação e sair do sedentarismo. Nos últimos meses tenho sentido uma vontade enorme e uma grande necessidade de mudança, inclusive de voltar a malhar e etc, coisa que não faço a mais de uma década. A maioria dos médicos sempre falam que musculação não é pra hipertenso e etc, inclusive o cardio com o qual tenho me tratado, médico esse que dou o devido crédito pois ele sim acertou a medicação para controlar minha pressão, depois de passar por outros dois médicos sem sucesso. Enfim, a dúvida que tem me perturbado nos ultimos meses é, realmente como hipertenso será que tenho que ser privado da minha vontade de malhar e melhorar minha vida, será que devo realmente fazer algo tão radical e arriscado como a cirurgia?

Como você passou por essa situação e pelo que vi resolveu a questão, poderia dizer se houve alguma restrição nos exercícios que vc fez, ou algo do tipo, algum profissional lhe acompanhou / acompanha nesse processo?

Te peço essa ajuda, pois eu realmente quero/preciso mudar minha condição e não tenho encontrado resposta para fazer isso de maneira mais natural e menos arriscada, pois morro de medo de cirurgia e seus riscos.

 

PS: Desculpe o texto longo.

 

[Vecchio]

41 minutos atrás, ChrisMarques disse:

 

Boa noite Vecchio! Estou ressuscitando o post aqui pq achei sua resposta bem interessante, pois passo atualmente por uma situação parecida com o que você enfrentou. Tenho 36 anos, 1,80mt de altura e peso cerca de 140kg. Sou hipertenso diagnosticado a uns 10 anos e tomo medicação diária para controle da pressão. Das últimas vezes que fui ao cardiologista, ele sempre vem com a conversa de eu considerar uma cirurgia bariátrica, dizendo que é o melhor, que vai resolver a minha obesidade e etc. Sinceramente não quero fazer isso, queria muito conseguir fazer o que você fez, seguir uma reeducação e sair do sedentarismo. Nos últimos meses tenho sentido uma vontade enorme e uma grande necessidade de mudança, inclusive de voltar a malhar e etc, coisa que não faço a mais de uma década. A maioria dos médicos sempre falam que musculação não é pra hipertenso e etc, inclusive o cardio com o qual tenho me tratado, médico esse que dou o devido crédito pois ele sim acertou a medicação para controlar minha pressão, depois de passar por outros dois médicos sem sucesso. Enfim, a dúvida que tem me perturbado nos ultimos meses é, realmente como hipertenso será que tenho que ser privado da minha vontade de malhar e melhorar minha vida, será que devo realmente fazer algo tão radical e arriscado como a cirurgia?

Como você passou por essa situação e pelo que vi resolveu a questão, poderia dizer se houve alguma restrição nos exercícios que vc fez, ou algo do tipo, algum profissional lhe acompanhou / acompanha nesse processo?

Te peço essa ajuda, pois eu realmente quero/preciso mudar minha condição e não tenho encontrado resposta para fazer isso de maneira mais natural e menos arriscada, pois morro de medo de cirurgia e seus riscos.

 

PS: Desculpe o texto longo.

 

 

Meu irmão, repare numa coisa: esse caminho que eu escolhi foi extremamente perigoso e o escolhi devido à memória muscular do passado, sempre ligada a atividades físicas envolvendo esportes de força ou lutas.

 

Ao insistir em lutar, já obeso e hipertenso, como um bom ignorante e admirador de filmes do schwarzenegger e do stalone das décadas de 80/90, eu não dei os três tapinhas quando me aplicaram um triângulo num treino de jiu-jitsu. Saí do triângulo todo machôchô da vida, que "apago mas não bato" (havia um rap antigamente inclusive sobre isso "nóis apaga mas num bate). Bom, isso aí me rendeu uma surdez do ouvido esquerdo. Logo, dizer que fazer força e desgastar-se intensamente e achar que isso não é perigoso pra quem seja hipertenso é um ato irresponsável, no meu modo de entender. Enfim, não sou um exemplo a ser seguido, pois ainda permaneço na margem de risco.

 

Pra você ter uma ideia, devido a um estresse enorme no qual me meti em 2016 e começo de 2017, eu voltei a ganhar muito peso e agora estou lutando pra readquirir esses marcadores aí relatados de 2014. Enfim, é uma luta sem fim. Tenho certeza absoluta que, caso emagreça mais, eu viverei sempre à sombra de ter sido um ex-gordo, "disfarçando-me" de magro.

 

Por isso, caso você opte por tal caminho, investigue seu passado se você praticou esportes e musculação na adolescência e na fase adulta, pois isso irá ajudá-lo bastante.

Caso isso não tenha ocorrido e você se sinta meio novato nesse mundo de maromba, musculação, dieta, etc, um caminho que eu sugiro é investir uma grana num bom personal trainer, que conheça dieta e que possa ajudá-lo nos primeiros passos. Em paralelo a isso, você poderia abrir um diário aqui, ler e reler as sessões de treinamento e de nutrição e começar a pegar gosto e principalmente segurança das coisas. E aí, depois de uns seis a oito meses, já mais seguro dos passos, poderia ir diminuindo as sessões com o personal até encerrá-las no fim do primeiro ano.

 

Um abraço e traga novidades!

[ChrisMarques]

20 horas atrás, Vecchio disse:

 

Meu irmão, repare numa coisa: esse caminho que eu escolhi foi extremamente perigoso e o escolhi devido à memória muscular do passado, sempre ligada a atividades físicas envolvendo esportes de força ou lutas.

 

Ao insistir em lutar, já obeso e hipertenso, como um bom ignorante e admirador de filmes do schwarzenegger e do stalone das décadas de 80/90, eu não dei os três tapinhas quando me aplicaram um triângulo num treino de jiu-jitsu. Saí do triângulo todo machôchô da vida, que "apago mas não bato" (havia um rap antigamente inclusive sobre isso "nóis apaga mas num bate). Bom, isso aí me rendeu uma surdez do ouvido esquerdo. Logo, dizer que fazer força e desgastar-se intensamente e achar que isso não é perigoso pra quem seja hipertenso é um ato irresponsável, no meu modo de entender. Enfim, não sou um exemplo a ser seguido, pois ainda permaneço na margem de risco.

 

Pra você ter uma ideia, devido a um estresse enorme no qual me meti em 2016 e começo de 2017, eu voltei a ganhar muito peso e agora estou lutando pra readquirir esses marcadores aí relatados de 2014. Enfim, é uma luta sem fim. Tenho certeza absoluta que, caso emagreça mais, eu viverei sempre à sombra de ter sido um ex-gordo, "disfarçando-me" de magro.

 

Por isso, caso você opte por tal caminho, investigue seu passado se você praticou esportes e musculação na adolescência e na fase adulta, pois isso irá ajudá-lo bastante.

Caso isso não tenha ocorrido e você se sinta meio novato nesse mundo de maromba, musculação, dieta, etc, um caminho que eu sugiro é investir uma grana num bom personal trainer, que conheça dieta e que possa ajudá-lo nos primeiros passos. Em paralelo a isso, você poderia abrir um diário aqui, ler e reler as sessões de treinamento e de nutrição e começar a pegar gosto e principalmente segurança das coisas. E aí, depois de uns seis a oito meses, já mais seguro dos passos, poderia ir diminuindo as sessões com o personal até encerrá-las no fim do primeiro ano.

 

Um abraço e traga novidades!

 

Entendi amigo, obrigado pelo feedback. Bem, até os meus 22 ou 23 anos fui fisicamente muito ativo, muito mesmo. Esportes diversos como volei, bicicleta, corrida, futebol, handebol e outros. A musculação veio depois disso um pouco, depois de + ou - 1 ano e meio sedentário e engordando é que entrei na academia, na ocasião acho que fiquei por uns 10 a 11 meses. Teve uma breve passagem pelas anilhas uns 6 a 7 anos antes disso, lá pelos 18 por aí, mas por bem pouco tempo, não chegou a 3 meses.

Mas contando tudo, já deve uns 12 anos que não faço praticamente nada fisicamente. Eu tenho lido muitos artigos e matérias, visto vídeos de profissionais de saúde esportiva e etc, dizendo que musculação traz um benefício enorme para hipertensos, mas com algumas ressalvas. Nada de carga alta, nada de séries muito intensas, nem pensar em manobra de valsalva e etc. A grande questão pra mim é que o meu cardio, tem sempre falado de bariátrica, mas não quero fazer isso assim, só talvez em último dos últimos recursos. E também não tenho intensão nenhuma de virar fisiculturista e ficar mega marombado, não é isso, quero perder peso e ganhar qualidade de vida e boa saúde, coisa que hoje não tenho e cada vez mais sinto o corpo implorando por mudanças. Queria muito tentar fazer isso, mas sem loucuras, com regra e acompanhamento profissional.

Aí quando encontrei sua resposta aqui e vc sendo hipertenso e malhando, achei interessante tua experiência, por isso perguntei.

 

Valew amigo.