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A Velha Faixa De Gaza


Johnn

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1. Israel e Palestina estavam bem próximos de um acordo de paz meses atrás. Os dois lados concordavam em praticamente tudo. Basicamente, um Estado palestino seria criado na maior parte da Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Os principais blocos de assentamento ficariam com Israel em troca de outras terras. A Palestina seria desmilitarizada, com a segurança inicialmente nas mãos de Israel em uma transição para a OTAN (Costa Rica também é desmilitarizada). Jerusalém seria uma municipalidade unificada, mas capital dos dois Estados. Os refugiados palestinos poderiam retornar para o novo Estado, mas não para o que hoje é Israel. Vale lembrar que, em 2013, morreram apenas 36 pessoas no conflito, sendo 33 palestinos e 3 israelenses. É menos do que o total em 8 horas nos últimos dias.

2. O plano, que ainda pode dar certo, apenas não foi assinado por divergências no processo, incluindo mal-entendidos entre Israel e EUA. Os israelenses enxergavam o processo (não o acordo) como a libertação de prisioneiros palestinos durante quatro etapas em troca de a Palestina não ingressar em entidades internacionais até o acordo definitivo e de o governo poder autorizar novas unidades residenciais em assentamentos que em um acordo final ficariam no lado de Israel. A Autoridade Palestina e os EUA argumentavam que o acordo previa a libertação de palestinos e árabes-israelenses em troca apenas de os palestinos não ingressarem em entidades internacionais. O mal entendido teria ocorrido em conversas entre o secretário de Estado John Kerry e o premiê Benjamin Netanyahu nas quais os termos não ficaram claro. Além disso, o líder israelense cedeu a pressões de alas extremistas de seu governo, como Naftali Bennet, em vez de se aproximar mais de figuras moderadas como Yair Lapid e Tzipi Livni.

3. Depois de o plano fracassar, a Autoridade Palestina, com o aval dos EUA, fez um governo tecnocrático com o apoio do Fatah e do Hamas, mas sem a presença de membros dos dois partidos. Israel, em vez de enxergar o acordo como um concessão do Hamas, que pela primeira vez apoiava um governo reconhecendo o Estado israelense, viu como uma provocação do presidente palestino Mahmoud Abbas. Os dois lados romperam.

4. Semanas depois, três colonos adolescentes israelenses foram sequestrados na Cisjordânia em uma área sob controle civil e militar de Israel. O governo israelense imediatamente acusou o Hamas e disse ter provas. Os EUA dizem que havia indicações de que poderia ter havido envolvimento do Hamas, mas nunca cravou. Israel não tornou públicas as provas. Mas lançou uma mega operação em Hebron, na Cisjordânia, prendendo centenas de palestinos e matando ao menos três. O Hamas nega envolvimento, mas celebrou o sequestro, visto na Palestina como um crime comum. Dias depois, os corpos dos adolescentes israelenses foram encontrados. E extremistas judaicos sequestraram e queimaram vivo um adolescente palestino para se vingar. Os extremistas judaicos estão presos. Os suspeitos palestinos ainda não foram encontrados.

5. Tudo isso na Cisjordânia. Na Faixa de Gaza, Israel bombardeou um túnel do Hamas usado para contrabando e invasão do território israelense. Militantes do grupo morreram. A organização palestina intensificou o lançamento de foguetes contra o território israelense. Israel iniciou os bombardeios contra a Faixa de Gaza. Depois de alguns dias, o Egito propôs um cessar-fogo. O Hamas não aceitou, mas Israel, sim. Em seguida, o governo israelense iniciou uma mega ofensiva por terra. Mais de mil palestinos morreram, a maioria civil, incluindo dezenas de crianças. Trinta e cinco israelenses morreram, a maior parte militar. A diferença no total de vítimas se deve em parte à precariedade dos armamentos do Hamas e ao escudo anti-mísseis de Israel. Mas uma série de países, incluindo os EUA, dizem que Israel deveria fazer mais para evitar a morte de civis. Israel retruca dizendo que ninguém no mundo faz mais do que os israelenses para evitar baixas civis.

6. Hoje existe um esforço internacional, com apoio de quase todas as nações do mundo, para um cessar-fogo. Israel e Hamas não aceitam, a não ser por pequenas pausas humanitárias para resgatar corpos. Os dois levam em conta seus interesses. Os israelenses acham melhor seguir com a ação militar mais algum tempo para eliminar o máximo possível de túneis do Hamas. O grupo palestino, por sua vez, isolado depois de perder apoio do Irã, da Síria e do Egito, tenta se fortalecer vendendo o atual conflito como vitória. Para atingir este objetivo, precisa reduzir a intensidade do bloqueio em um cessar-fogo definitivo. A tendência é o conflito se encerrar em alguns dias ou semanas com cessar-fogo unilateral dos dois lados, como ocorreu em 2009.

Agora, sério, recomendo pararem de ler extremistas que apenas falam bobagens dos dois lados e ficam discutindo história seletiva de questões de séculos ou décadas atrás.

Bela contribuição. Traz os fatos de forma mais detalhada. Acho que o caminho é por ai, negociando com todos os agentes envolvidos na questão.

Enquanto ficarem só pinçando fatos históricos e trocando acusações não se chegará a lugar nenhum. Tomara que esse acordo seja levado adiante.

Editado por Fraldexxx
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Iam ficar putos e daí? O mundo vive em guerra, pessoas se matam o tempo todo e quem poderia intervir geralmente não dá a mínima, a menos q tenha um motivo pessoal para isso. Olha a África, Os Bálcãs...

Cara, os muçulmanos não tem poderio militar. Israel já chutou a bunda de coalisões de países árabes algumas vezes e continua lá, além de contar com apoio do ocidente. Países q poderiam ajudá-los, (Índia, Rússia, China) não estão nem aí, não entrariam em uma guerra para protegê-los e nem gostam deles em primeiro lugar. A verdade é q ninguém gosta muito dos muçulmanos, os caras criam problema em todo lugar... nem eles mesmos se toleram, se não houvessem outros povos pra eles ficarem enchendo o saco eles se matariam entre si, como sempre fizeram no decorrer da história. E antes q venham com o papo de q nem todos são assim, eu sei q nem todos são assim, o problema é q a maioria muçulmana q não é raivosa simplesmente não consegue controlar a parcela q é.

Exatamente, a maioria pacífica é sempre irrelevante

segue um vídeo interessante :

https://www.youtube.com/watch?v=K7lVJxoiTg4

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O vídeo acima é outra questão que todo mundo esquece.

Ficam nessa onda de aceitar, de liberdade religiosa e os caralho.

Mas liberdade religiosa deve ser permitida para quem também admite a liberdade religiosa.

Explicando melhor, tratando-se de seitas e religiões que podem até se atacar no campo das ideias, vide igreja católica, evangélica, umbanda, quimbanda, budismo, xintoísmo, taoísmo etc é uma coisa.

Mas vc vai apregoar liberdade religiosa para dar liberdade a uma religião que não admite a convivência pacífica com nenhuma outra religião e busca a conversão de todos os que consideram infieis, sob pena de morte?

Pois é exatamente o objetivo do islã.

O objetivo do islã é converter ou eliminar os infieis.

Aqui no Brasil admitimos a presença de muçulmanos, em Foz do Iguaçu está localizada a maior mesquita localizada fora de países árabes de religião islâmica.

Agora, vai lá construir uma igreja cristã para ver o que te acontece.

A verdade é que para eles todos nós somos infieis e merecemos a morte.

É o que o frango ectomorfo já mencionou diversas vezes e é o que o video acima também menciona.

Pela lógica, todos os ocidentais deveriam estar ao lado e apoiando Israel, porque, em verdade, Israel está defendendo o NOSSO estilo de vida.

Nós damos liberdade demais para os muçulmanos.

E podem falar o que quiserem, o máximo que vc escuta de alguma religião que não é a sua é: "vc vai para o inferno". Isso quando escuta alguma coisa, porque dependendo da religião, nem isso.

Já os muçulmanos são totalmente diferentes.

Para eles o ocidente, o estilo de vida ocidental é maligno, eles só ficarão satisfeitos quando nos exterminarem.

Radicais existem em todas as religiões, o islã não prega o ódio, tão pouco a violência não é isso que o corão ensina. O problema Israel x Palestina é geopolítico nada tem haver com religião. No Brasil muçulmanos e judeus convivem pacificamente bem como em todos os países afastados do Oriente médio.

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