Ir para conteúdo
  • Cadastre-se

Entrevista Com Greg Jackson - "quero Deixar Legado De Inteligência Na Luta."


Posts Recomendados

Postado

Treinador de Jon Jones e GSP quer deixar legado de "inteligência na luta" Considerado um dos melhores técnicos de MMA do mundo, Greg Jackson rebate críticas sobre seu estilo e diz que "Bones" ainda não está no auge

Por Adriano Albuquerque, Ana Hissa, Evelyn Rodrigues e Marcelo Russio Baltimore, EUA

Eleito o melhor técnico de MMA do mundo em 2009 e 2010, Greg Jackson é tão famoso entre os fãs mais fanáticos do esporte quanto os lutadores que treina. Pela sua modesta academia em Albuquerque, Novo México, já passaram nomes como Andrei Arlovski, Rashad Evans, Shane Carwin e Georges St-Pierre, todos campeões do UFC enquanto seus alunos. Atual campeão dos pesos-meio-pesados e primeiro do ranking peso por peso, Jon Jones deixou Nova York e se desloca a cada luta para a pequena cidade no sul dos EUA, uma das mais perigosas do país, apenas para treinar com Jackson, que conta ainda entre seus alunos lutadores como Carlos Condit, Cub Swanson, Ali Bagautinov, Donald Cerrone, John Dodson, Rustam Khabilov, Travis Browne e Diego Sanchez, todos ranqueados nos top 15 de suas categorias no Ultimate.

ufc_gregjackson_evelynrodrigues05.jpg
Greg Jackson posa para o Combate.com: treinador encara MMA de forma científica (Foto: Evelyn Rodrigues)

Apesar de um corpo de trabalho tão extenso, o treinador virou alvo de críticas nos últimos anos. As atuações táticas e estratégicas de alguns de seus principais lutadores, como St-Pierre, Condit e Clay Guida, atraíram a ira de torcedores que gostam mais de lutas abertas, com muita trocação de golpes. O próprio presidente do UFC, Dana White, o acusou de "arruinar lutadores", durante um período em que culpou Jackson por convencer Jones a recusar uma luta contra Chael Sonnen com uma semana de antecedência, o que causou o infame cancelamento do UFC 151, em setembro de 2012. Essa crítica é uma das poucas coisas que tiram o técnico do sério, e ele a rebateu com veemência em entrevista ao Combate.com.

- Se você vê uma luta buscando sempre "fogos de artifício", "bombas" e coisas assim, você não está olhando para uma luta pelas formas certas. Procurar a criatividade sutil, os movimentos sutis na luta, o que está acontecendo, como as pessoas estão anulando as outras ou não sendo anuladas, isso é muito bonito, e eu quero ser lembrado por uma cultura de inteligência sobre a luta. Vocês não têm que ficar parados de frente um para o outro e verem quem perde os dentes primeiro, lutar não é só isso, tem que ser mais do que isso. Senão, você vai ficar entediado - analisou Jackson.

O extenso bate-papo com o treinador aconteceu em Baltimore, na véspera da luta de Jon Jones contra Glover Teixeira, em que "Bones" defendeu seu cinturão pela sétima vez consecutiva. O americano está a três defesas bem sucedidas do recorde de Anderson Silva no UFC, e Greg Jackson acredita que seu pupilo não só tem condições de terminar como o melhor lutador de MMA de todos os tempos, como ainda não chegou ao auge de sua carreira. Confira a entrevista na íntegra abaixo:

COMBATE.COM: Desde que aquele card do UFC 151 foi cancelado, as pessoas têm desejado que o Jon Jones perca. Por que você acha que isso acontece?

Greg Jackson: Acho que há gente querendo ver Jon perder muito antes de aquele card ser cancelado. Quando ele estava passando por aquele negócio com o Rashad (Evans), teve muito disso também. Acho que sempre que alguém é muito bom em algo, você quer vê-los perder, é a natureza humana. Não sei se é inveja, ou se as pessoas querem saber que ele é humano também e pode se machucar. Após sua última luta, acho que isso mudou um pouco, porque a luta foi dura e ele mostrou muito coração e coragem. Espero que isso continue e as pessoas o respeitem.

georgesst-pierre_treino_twitter.jpg_95.j
Para Jackson, GSP ainda vai voltar ao MMA

(Foto: Reprodução / Twitter)

Ainda assim, é um pouco diferente de outro cara que você treina, Georges St-Pierre. As pessoas querem que ele perca, por causa de sua enorme série de vitórias, mas ele também é adorado pelos fãs por causa de seu comportamento e respeito. O quão diferentes e semelhantes são esses dois (GSP e Jones)?

Ambos são semelhantes na forma como treinam. Acho que Georges também passou por uma época em que as pessoas também foram contra ele, porque as pessoas estavam o acusando de lutar de forma chata e segura. Esta é a natureza do esporte, só nos filmes você terá um lutador completamente adorado. Até Muhammad Ali, quando disse que era um muçulmano negro, a maioria da América não gostava dele. Foi só mais tarde que eles começaram a perceber o quão grande ele era. Essa é a progressão das lutas e dos fãs de lutas. Você tem muitos fãs que são positivos e outros que são negativos, é parte do trabalho.

Você conversou com GSP desde que ele passou pela cirurgia?

Não falei com o Georges desde que operou pela segunda vez, mas quando Carlos Condit machucou seu joelho, Georges me ligou logo em seguida para recomendar os médicos (que trabalharam com ele). Foi muito doce, ele é um grande homem e foi muito gentil da parte dele ajudar o Carlos.

Você acha que ele vai voltar ao MMA?

Acho que Georges provavelmente vai voltar alguma hora. Ele ainda é muito jovem e seu corpo, fora seu joelho, está aguentando muito bem. Acho que ele vai voltar alguma hora. Quando, eu não sei, mas provavelmente vai.

Você trabalha com muitos atletas de estilos muito diferentes. Como você presta atenção a todos eles e trabalha com todos?

Na nossa escola, cada atleta tem seu estilo único e sua personalidade única, então o que fazemos é modelar o treino para eles. Em vez de tentar mudá-los de formas diferentes, dizemos, "Como podemos tornar essa pessoa melhor? Como podemos melhorar o que ele já faz?" Neste processo, você precisa analisar seu estilo, analisar seus pontos fortes e fracos, e tem que acrescentar o que você sente que pode ajudar, e tirar um pouco dessas fraquezas. É muito trabalhoso, muito duro, porque temos muitos lutadores bons e temos de fazer isso várias vezes. Mas, é por isso que acordo de manhã!

Como você vê o cenário do MMA no Brasil, nossos lutadores, treinadores? Você vê o país evoluindo?

Os brasileiros são muito fortes no MMA. Dá para ver que eles têm uma grande tradição. Nosso esporte basicamente começou no Brasil. Os lutadores são extremamente duros, muito técnicos, e os treinadores são muito bons também - acho que alguns dos técnicos mais subestimados do mundo são do Brasil, eles são muito, muito bons. O esporte está realmente crescendo lá e acho que isso é uma coisa boa. Quando eles vêm com técnica muito boa e muito fortes, isso força todos nós a termos melhores técnicas e sermos mais fortes. É uma força pela evolução e gostamos muito disso.

O que torna Greg Jackson este grande técnico? O que te levou ao MMA?

Eu comecei no MMA por acidente. Eu fui criado em Albuquerque, Novo México, e era o único garoto branco numa comunidade hispânica. Para conseguir meu respeito, tive de aprender a lutar, e daí que minhas artes marciais vieram. Venho de uma família de wrestlers, então o que eu estava fazendo era um pouco mais parecido com MMA. Quando o UFC apareceu, a família Gracie estava anos à frente de mim, obviamente; eles eram professores e eu estava no "jardim de infância". Os torneios de mãos limpas começaram pouco depois, meus alunos me convenceram a participar de alguns; eu não queria que eles fossem, mas não gosto de dizer não aos meus amigos, então fomos e começamos a ganhar tudo. Ganhamos mais, ganhamos mais, mais gente veio, e agora, 22 anos depois, estou aqui com vocês (risos).

gregjackson-diegobrandao-ufcrio3-amandak
Jackson também treina o brasileiro Diego Brandão,

campeão do TUF (Foto: Amanda Kestelman)

Ouvimos histórias que você se envolveu em brigas de rua quando estava crescendo e desenvolveu seu estilo assim, é verdade?

Quando eu era jovem, tinha uma cultura muito de "machismo" onde eu morava, e eu era um pouco diferente, porque eu era um garoto branco, e isso fez eu me destacar. Muitas das técnicas de treinamento que uso, especialmente a parte mental, de perseverar e outras coisas pelas quais sou conhecido, foram formadas quando eu era jovem, descobrindo as coisas enquanto eu estava lutando. Só não tinha nenhum dinheiro envolvido e não tinha ninguém assistindo, exceto por uns seis meninos (risos).

Como você acha que uma luta pode mudar uma vida?

Acho que uma luta pode mudar uma vida se você aprende alguma coisa com ela, ou se você ganha muito dinheiro nela e pode comprar uma casa, ou algo para sua família. Uma luta pode mudar tudo, pode te dar um legado, pode te fazer ser lembrado nos esportes. Todas as lutas são importantes, e as tratamos dessa forma, com certeza.

Você trabalha com muitos lutadores grandes que passaram por momentos difíceis, como o próprio GSP. Anderson Silva está passando por um momento de recuperação, após aquela lesão na luta contra Chris Weidman. Como treinador, se você pudesse dar algum conselho aos técnicos de Anderson Silva, ou ao próprio Anderson, para seu retorno, qual seria?

Eu não gostaria de dar conselho ao Anderson ou aos seus treinadores em aspectos técnicos, porque eles são incríveis, mas a única coisa que eu diria se eles me perguntassem é que garantissem que ele se divertisse novamente, porque o que importa nas artes marciais é se divertir quando treina e quando luta. Se você não se diverte, vai ser muito duro. Se você aproveita e ama isso, a vida é boa.

Isso é algo que você disse ao GSP também?

Com Georges, ele sabe, ele ama artes marciais. Ele é um artista marcial na vida, ele apenas luta porque é uma extensão das artes marciais. Mas ele é um cara que precisa se divertir também, e quando ele reencontrar a diversão, é quando ele vai fazer seu retorno.

Você disse que brigava nas ruas e assim se desenvolveu. Você desenvolveu uma arte marcial toda sua, não é? Como que isso surgiu?

Fui criado em Albuquerque e não tinha ninguém para me ensinar o jiu-jítsu Gracie, o jiu-jítsu brasileiro, então tive que descobrir tudo por conta própria. Não havia ninguém para me ensinar. Então o que fazíamos era descobrir cenários. Eu vi um livro de judô que tinha "sankaku", que é o triângulo... Eu ia juntando isso com a luta olímpica, e quando o Ultimate Fighting Championship surgiu, só de ver o nível em que a família Gracie estava, foi incrível. Para competir, tivemos de descobrir todos esses golpes, então foi um processo de eu usar geometria e física para saber como entrar e sair desses golpes diferentes. Algumas pessoas me ensinavam um golpe ou outro. Foi um longo processo, e ainda está acontecendo, ainda estou aprendendo novas posições.

Então é mais ou menos algo como uma constante metamorfose, sempre está mudando... Li que vocês têm estatísticas sobre que situações levam a quais golpes. Você se considera um matemático?

Há certamente elementos matemáticos no que faço, aliados a elementos psicológicos também. Há muita teoria de jogos que usamos, previsão de padrões e coisas dessa natureza. Procuramos ser o mais espertos quanto possível em cada área - trocação, jiu-jítsu, wrestling, ground and pound; tudo que fazemos, encaramos de forma matemática e, depois, encaramos de forma psicológica para garantir que consigamos nos apresentar bem e sejamos difíceis de se quebrar mentalmente.

Com todo esse cálculo e teoria de jogos, dá para ver que você é um cara muito analítico, e que seus lutadores lutam de forma inteligente. Você já foi criticado por isso, especialmente por Dana White, que disse que você "transforma os caras em lutadores chatos", os fãs dizem que você "arruinou Georges St-Pierre e Clay Guida". Como você faz para mantê-los fiéis à estratégia e ao mesmo tempo empolgantes, como Jon Jones, Carlos Condit e Cub Swanson?

Parte das críticas vêm de fãs que têm aquela mesma atitude, que se você é bom em algo, querem te ver cair, ou saber que você não é tão bom assim. Quando Dana me criticou, eu fiz uma lista mostrando como tínhamos tantas lutas, com tantas finalizações, acho que tínhamos o maior número de "Lutas da Noite", "Finalizações da Noite", "Nocautes da Noite" na época, e desmitificamos um pouco disso. Você faz lutas ruins de vez em quando e, se você não é conhecido por mais nada, e as pessoas veem uma luta ruim, aí (vão aumentar isso). Por exemplo, o Clay Guida teve uma luta ruim, mas tinha acabado de vir de uma "Luta da Noite", finalizou lutadores como (Takanori) Gomi e (Rafael) Dos Anjos enquanto estava conosco, então, obviamente a crítica não é fundamentada. Há muitas críticas que podemos fazer sobre os técnicos, há críticas legítimas, mas essa não é fundamentada. É bem fácil de ignorar, porque quem a faz não sabe do que está falando.

Você acha que quando um cara é campeão, ele luta mais seguro, cauteloso? Alguns lutadores brasileiros estão sendo criticados por isso, como o José Aldo.

Não acho que um campeão tem que lutar mais seguro, mas acho que você talvez fique mais esperto e inteligente no seu jogo, é capaz de anular os oponentes melhor. Jon Jones com certeza não tem lutado de forma segura, ele vai para a briga toda hora. Acho que depende de lutador para lutador, e acho que, como campeão, você fica muito bom no que faz, consegue anular os jogos dos adversários e isso pode ser frustrante. Se você vê uma luta buscando sempre "fogos de artifício", "bombas" e coisas assim, você não está olhando para uma luta pelas formas certas. Procurar a criatividade sutil, os movimentos sutis na luta, o que está acontecendo, como as pessoas estão anulando as outras ou não sendo anuladas, isso é muito bonito, e eu quero ser lembrado por uma cultura de inteligência sobre a luta. Vocês não têm que ficar parados de frente um para o outro e verem quem perde os dentes primeiro, lutar não é só isso, tem que ser mais do que isso. Senão, você vai ficar entediado. Nós temos lutas todas as semanas, e se cada uma não termina com alguém nocauteado e inconsciente, você não vai ser fã do esporte? Você não pode ver um jogo de futebol e, se o placar não for 10 a 0, você não vai mais assistir? Você tem que assistir ao que está acontecendo em campo e entender a beleza dessas coisas. Para mim, entender a beleza das artes marciais é muito importante e fugir da cultura de que todo mundo tem que só se bater... Há um tempo e um lugar para isso. Ei, se sua estratégia não está funcionando e a dele não está funcionando, ou os mundos colidem, então você tem que ficar na frente e sair na mão. Mas, acertar ângulos, entender como anular os jogos dos outros, entender o tempo e o ritmo para controlar seu oponente, esses são conceitos bonitos e, para mim, é importante que as pessoas entendam essa beleza.

Você mencionou que há críticas que podem ser feitas aos treinadores. Quais críticas você faz do que vocês fizeram até agora?

A maior parte da crítica é sobre mim mesmo, eu levo muito para o lado pessoal quando perdemos uma luta. De vez em quando, não faço a estratégia certa, às vezes não fazemos os ajustes na hora certa. Para mim, não é uma crítica de grupo. É mais algo como, "Nesta luta, eu devia ter feito isso melhor", "Eu devia ter feito aquilo". Sou mais duro comigo mesmo do que qualquer fã poderia ser. Essas são as críticas. Outra crítica é que o time é liderado por um treinador extremamente bonito (risos).

jon_jones.jpg
Jackson ajuda Jon Jones após vitória sobre

Gustafsson (Foto: Reprodução/ Instagram)

Como você critica a luta entre o Alexander Gustafsson e o Jon Jones? O que deu errado que permitiu a Gustafsson ter tanto sucesso naquela luta?

Acho que o crédito naquela luta deve ir para o Gustafsson. Acho que ele entrou e fez uma grande luta, pegou Jon de surpresa com o quão bom ele é. A crítica, acho que deveria ser mais do tipo, "Uau, não estávamos prontos para um cara tão bom", e Jon foi capaz de se ajustar depois de um tempo, mas acho que seria isso. O crédito deve ir para Gustafsson.

Muitas pessoas dizem que Jon Jones ainda tem muito a evoluir. Você concorda?

Acho que Jon ainda tem muito a aprender. Ele ainda está aprendendo, no processo de aprendizado, e isso que é assustador para mim, que Jon Jones agora não é tão bom quanto ele ainda vai ser. Ele ainda vai ser muito, muito melhor. A cada camp, ele fica um pouco melhor, aprende mais um pouco, o Jon Jones que vemos hoje ainda não chegou no ápice de seu jogo.

Você acha que ele vai evoluir ao nível do Anderson Silva, em nível de defesas de título e criatividade?

Acho que sim, acho que Jon Jones e Anderson têm muito em comum. Acho que ambos são muito criativos e campeões bem estabelecidos. Certamente, o nível de competição é duro. Jon Jones pode terminar como o melhor lutador de todos os tempos se ele continuar focado e continuar a crescer e a aprender, é possível.

Você fica decepcionado que a possibilidade de Jon enfrentar Anderson se perdeu depois que o Spider perdeu para Chris Weidman?

Eu nunca fico empolgado ou não empolgado por uma luta, porque temos que lutar todas as semanas. Eu sou um fã enorme do Anderson Silva, todo mundo sabe, mas, se tivermos que enfrentá-lo ou não, não importa muito para mim, porque todas as semanas tem outra luta gigante, e outro oponente muito duro. Então, não penso nesses termos. Sou fã do esporte, mas não penso como fã, se isso faz sentido.

Você tem outros ídolos no esporte?

Meus ídolos no esporte são geralmente os boxeadores antigos, ou os antigos treinadores de boxe, e pessoas que fizeram isso na história, porque nosso esporte é tão novo e estou ao redor dele desde quase o início dele. Não tenho ninguém que admiro... A família Gracie, com certeza, por tudo o que fizeram, admiro aqueles caras, mas fora eles, olho mais para os treinadores de boxe, pelo que passaram na sua época e o que fizeram em seu esporte.

Jon Jones e Anderson Silva têm muito em comum. Acho que ambos são muito criativos e campeões bem estabelecidos. Jon Jones pode terminar como o melhor lutador de todos os tempos se ele continuar focado e continuar a crescer e a aprender"
sobre a comparação Jones/Anderson

Você parece um cara muito tranquilo, sempre sorri muito quando é entrevistado, mas já li que você já confrontou fãs sobre aquelas críticas de que você "arruinou Clay Guida", entre outras. O que faz Greg Jackson pirar e confrontar um fã?

(Risos) Quando eu confronto um fã, é só porque quero educá-los. Não vou entrar na internet e discutir com todo mundo, isso é ridículo, mas, se alguém está ao meu lado, ele precisa entender o que está dizendo, e por que está dizendo isso. Digamos, você é um fã do esporte e vai vir me criticar. Se for válido, vou dizer, "OK, vou tentar melhorar isso". Porém, essa crítica é ridícula, é infantil. Você precisa educar as pessoas, é isso que quero quando confronto um fã, mas isso é muito raro. Normalmente, todo mundo é muito educado e amigável. As coisas que me deixam maluco é que às vezes fico preso no trânsito, como todos nós (risos). E eu faço coisas erradas no trânsito também, então às vezes tenho que lembrar que "talvez esta pessoa esteja apenas tendo um dia ruim". Mas sou bem suave, treinei a mim mesmo para ser bem calmo

.

Alguma vez, você olha para um lutador e pensa, "Puxa, eu devia treinar esse cara"?

Nunca olhei para um lutador e pensei isso. Sou sortudo que todos esses lutadores querem treinar comigo, e sou muito grato pelo que tenho. Não sou do tipo que pensa, "Quero pegar esse cara, quero treinar aquele cara". Sou muito mais do tipo, "Uau, esses lutadores querem treinar comigo, isso é loucura".

Quais são seus treinadores favoritos no MMA atualmente?

Fora dos treinadores do meu time, que, é claro, são meus técnicos favoritos, gosto dos técnicos dos times mais antigos. André Pederneiras, no Brasil, Bob Cook e Javier (Mendez), da American Kickboxing Academy, todo mundo na American Top Team, a galera da Alliance... Há tantos times. Eu admiro todos esses treinadores, porque, se você tem muitos lutadores, e estão todos num alto nível, é muito difícil de controlar. Ninguém entende isso tanto quanto os treinadores de outros times, então, quando os vejo, é como se fossem os meus amigos, são os caras que me entendem, e eu entendo eles. Nós entendemos o que cada um passa, então somos muito unidos, e isso é importante. Somos muito amigáveis. Somos rivais e nossos atletas competem um contra o outro, mas pessoalmente, somos muito amigáveis e conversamos um com o outro. É divertido.

Se você tivesse o poder de votar em um técnico sem ser você e os seus, quem seria?

Oh meu Deus... (Risos) Se eu tivesse o poder de votar num técnico sem ser eu, fora do meu time, não sei se escolheria um! E não é só ser político, tem muitos! Eu penso, "Olha o que esse cara faz com seus lutadores... Mas olha o que esse fez com os dele..." Não posso votar num só. Por isso que não seria um bom juiz (risos).

Fonte: SporTV Combate

Publicidade

Crie uma conta ou entre para comentar

Você precisar ser um membro para fazer um comentário

Criar uma conta

Crie uma nova conta em nossa comunidade. É fácil!

Crie uma nova conta

Entrar

Já tem uma conta? Faça o login.

Entrar Agora
  • Quem Está Navegando   0 membros estão online

    • Nenhum usuário registrado visualizando esta página.
×
×
  • Criar Novo...