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Topico pra discussão livre sobre oratoria retorica, opniões,comentarios,historias,videos,exemplos de quem é bom,compartilhar livros e materiais e qualquer coisa mais

Acho que não tenho nen que falar as vantagens de ser um bom orador,te ajuda em tudo,na paquera,no trabalho, no bom relacionamento com a familia e amigos

Espero que o topico vingue...

procurei por ai e so achei cursos pagos pela intenert, mais como é internet sei que tem uns "piratas" por ai

apenas não achei ainda... ,se alguem souber de algun poderia me mandar?

As bases – Aristóteles dividiu em três grupos os elementos que devem ser observados em um discurso. O primeiro é chamado de ethos, e diz respeito à credibilidade que o orador deve transmitir à audiência. Essa credibilidade pode estar implícita, quando o interlocutor já conhece aquele que fala ou bota fé em suas credenciais – como nas palestras de peritos. Ou pode ser inserida no discurso, caso comum entre os políticos, que adoram lembrar ao eleitor dos cargos que já ocuparam – em ministérios, prefeituras etc. – para despertar sua confiança.

A segunda base de elementos discursivos definida por Aristóteles é chamada de pathos, e compreende o conteúdo emocional do texto – capaz de evocar simpatia, compaixão ou até medo, dependendo do objetivo do orador. Esse grupo de elementos tem sido fundamental nas lições de moral proferidas pelos ministros do STF no julgamento do mensalão. “O fato delituoso é tanto mais grave na medida em que, a cada desvio de dinheiro público, mais uma criança passa fome, mais uma localidade desse imenso Brasil fica sem saneamento, o povo sem segurança e sem educação e os hospitais sem leito”, disse o ministro Luiz Fux ao condenar o publicitário Marcos Valério e seus sócios por desvio de dinheiro público.

A terceira e última base é chamada de logos: é a lógica do discurso. Diz respeito aos argumentos que o orador deve escolher e encadear para que seu discurso faça sentido e a mensagem que deseja seja transmitida. Entram aí fatos, números, estatísticas e tudo o que possa corroborar a tese apresentada. Esta, segundo Aristóteles, é a parte mais importante do discurso, mas sozinha não tem efeito nenhum.

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As artimanhas do discurso

Muitas figuras de linguagem usadas na retórica são usadas pelos políticos. Assistir a debates é quase uma aula prática de oratória. “É por isso que eles surtem efeito”, diz Sam Leith, autor do livro You Talkin’ To Me? Rhetoric From Aristotle to Obama (Você está falando comigo? Retórica de Aristóteles a Obama), lançado no Reino Unido no ano passado e ainda não editado no Brasil.

Tríades, em que são usados três termos em uma frase só, como “Sangue, suor e lágrimas” ou “Vida, liberdade e a busca da felicidade”, aparecem em todos os discursos. Eles também usam anáforas, quando uma frase ou palavra é repetida sucessivamente no começo de várias sentenças, a fim de enfatizar o que está sendo dito, como em “Quando fui Ministro da Educação, criei escolas. Quando fui prefeito, não haviam enchentes. Quando fui governador, melhorei o transporte público”. E antítese, ou seja, comparar uma coisa com outra, como em “Faça amor, não faça guerra”, é outra favorita.

“As celebridades também usam dessas técnicas. É muito comum vê-las falando lugares comuns. Em entrevistas, você as verá falar sobre alguma experiência humilhante que as tornou mais fortes, ou mais humildes, vai ouvi-las falando sobre suas jornadas, e assim por diante”, diz Leith.

A retórica é tão poderosa que permite a alguém convencer até mesmo sem ter razão, como frisa o filósofo alemão Arthur Schopenhauer em Como Vencer um Debate sem Precisar Ter Razão, em que propõe 38 estratagemas para dobrar seu interlocutor, nem alguns um tanto obscuros e até desonestos.

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Começando aqui...

entrevista foda do marcola,manda bem de mais, tão falando que a entrevista é falsa... sendo falsa ou não o cara que escreveu é muito bom

Jornal: O GLOBO


Editoria: Segundo Caderno
Edição: 1, Página: 8

23/05/2006

Estamos todos no inferno. Não há solução, pois não conhecemos nem o problema

O GLOBO: Você é do PCC?

- Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível… vocês nunca me olharam durante décadas… E antigamente era mole resolver o problema da miséria… O diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias… A solução é que nunca vinha… Que fizeram? Nada. O governo federal alguma vez alocou uma verba para nós? Nós só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a “beleza dos morros ao amanhecer”, essas coisas… Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo… Nós somos o início tardio de vossa consciência social… Viu? Sou culto… Leio Dante na prisão…
O GLOBO: – Mas… a solução seria…

- Solução? Não há mais solução, cara… A própria idéia de “solução” já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma “tirania esclarecida”, que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (Ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear, vão roubar até o PCC…) e do Judiciário, que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do país, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais e federais (nós fazemos até conference calls entre presídios…). E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria numa mudança psicossocial profunda na estrutura política do país. Ou seja: é impossível. Não há solução.

O GLOBO: – Você não têm medo de morrer?

- Vocês é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar… mas eu posso mandar matar vocês lá fora…. Nós somos homens-bomba. Na favela tem cem mil homens-bomba… Estamos no centro do Insolúvel, mesmo… Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração… A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala… Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em “seja marginal, seja herói”? Pois é: chegamos, somos nós! Ha, ha… Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Eu sou inteligente. Eu leio, li 3.000 livros e leio Dante… mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país. Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade. Já surgiu uma nova linguagem.Vocês não ouvem as gravações feitas “com autorização da Justiça”? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de um grande erro sujo.

O GLOBO: – O que mudou nas periferias?

- Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$40 milhões como o Beira-Mar não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório… Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? Nós somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no “microondas”… ha, ha… Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos. Nós lutamos em terreno próprio. Vocês, em terra estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Nós somos bem armados. Vocês vão de três-oitão. Nós estamos no ataque. Vocês, na defesa. Vocês têm mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade. Vocês nos transformam em superstars do crime. Nós fazemos vocês de palhaços. Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora, somos globais. Nós não esquecemos de vocês, são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que passa o surto de violência.

O GLOBO: – Mas o que devemos fazer?

- Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas… O país está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, “Sobre a guerra”. Não há perspectiva de êxito… Nós somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas… A gente já tem até foguete anti-tanques… Se bobear, vão rolar uns Stingers aí… Pra acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas… Aliás, a gente acaba arranjando também “umazinha”, daquelas bombas sujas mesmo. Já pensou? Ipanema radioativa?

O GLOBO: – Mas… não haveria solução?

- Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a “normalidade”. Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma autocrítica da própria incompetência. Mas vou ser franco…na boa… na moral… Estamos todos no centro do Insolúvel. Só que nós vivemos dele e vocês… não têm saída. Só a merda. E nós já trabalhamos dentro dela. Olha aqui, mano, não há solução. Sabem por quê? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. Como escreveu o divino Dante: “Lasciate ogna speranza voi cheentrate!” Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno.

Editado por American Pitbull

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não encontrei, tem como postar um link?

Também me interesso no link.

Perdão, amigos. Eu citei o livro errado. "A Arte de Enganar" é sobre Engenharia Social, daquele hacker famoso. O nome certo é "A Arte de ter Razão".

Segue o link.

Se não quiser ler (é curto, mas a preguiça rola), tem um resumo dos estratagemas apresentados no livro:

Na obra, Schopenhauer distingue os seguintes estratagemas dialéticos: 1) "Ampliação indevida"[editar | editar código-fonte]

”Levar a afirmação do adversário para além de seus limites naturais, interpretá-la do modo mais geral possível, tomá-la no sentido mais amplo possível e exagerá-la. Restringir, em contrapartida, a própria afirmação ao sentido mais estrito e ao limite mais estreito possíveis. Pois quanto mais geral uma afirmação se torna, tanto mais ataques se podem dirigir a ela.” 3 Exemplo:

A diz que as drogas devem ser legalizadas. B, então diz que, como os traficantes usualmente cometem homicídios, seqüestros, extorsões, etc, se as drogas forem legalizadas, os bandidos serão anistiados de todos esses crimes. Comentário: o argumento a favor da legalização propõe a anistia de um único crime: o comércio de determinadas substâncias. Nada foi dito em relação aos demais crimes, pois supõe-se que estes devam permanecer proibidos. 2)"Homonímia sutil"[editar | editar código-fonte]

“Usar a homonímia para tornar a afirmação apresentada extensiva também àquilo que, fora a identidade de nome, pouco ou nada tem em comum com a coisa de que se trata; depois refutar com ênfase esta afirmação e dar a impressão de ter refutado a primeira.”4 Exemplo:

Em artigo de 5/11/20105 , Reinaldo Azevedo comenta o filme “Tropa de Elite 2”. No filme, o protagonista, Coronel Nascimento, refere-se diversas vezes ao “sistema”, o qual se propõe combater. Azevedo conclui, a partir disso, que o personagem passou a usar o discurso de esquerda, a qual também se propõe combater o tal “sistema”. Comentário: A esquerda usa a palavra “sistema” para se referir ao “sistema capitalista”[carece de fontes], que consiste do livre mercado, propriedade privada, busca do lucro, etc. Já o Coronel Nascimento usa a mesma palavra para tratar da cultura da imoralidade e da impunidade, que permite que o crime se alastre, contando com o apoio de políticos e policiais corruptos. 3)"Mudança de modo"[editar | editar código-fonte]

“A afirmação que foi apresentada em modo relativo ... é tomada como se tivesse sido apresentada em modo absoluto, universalmente ..., ou pelo menos é compreendida em um sentido totalmente diferente, e assim refutada com base neste segundo contexto.” 6 Isto faz com que “o adversário, na realidade, fala de uma coisa distinta daquela que se havia colocado. Quando nos deixamos levar por este ‘’estratagema’’, cometemos, então, uma ‘’ignoratio elenchi’’ (ignorância do contra-argumento).” 7 Exemplo: A defende a descriminalização do aborto. B argumenta que ao descriminalizar o aborto o homicídio de qualquer natureza será descriminalizado.

4)"Pré-silogismos"[editar | editar código-fonte]

“Se queremos chegar a uma certa conclusão, devemos evitar que esta seja prevista, e atuar de modo que o adversário, sem percebê-lo, admita as premissas uma de cada vez e dispersas sem ordem na conversação”.8 Segundo Olavo de Carvalho, esta técnica é comumente usada em processos “de manipulação da opinião pública”.8

5)"Uso intencional de premissas falsas"[editar | editar código-fonte]

Pode-se, para comprovar as próprias “proposições, fazer antes uso de proposições falsas, se o adversário não quiser aceitar as verdadeiras, seja porque percebe que delas a tese será deduzida como conseqüência imediata. Então adotaremos proposições que são falsas em si mesmas mas verdadeiras ‘’ad hominem’’, e argumentaremos ‘’ex concessis’’, a partir do modo de pensar do adversário.” 9

6)"Petição de princípio oculta"[editar | editar código-fonte]

“Ocultamos uma ‘’petitio principii’’, ao postular o que desejamos provar: 1) usando um nome distinto ... ou ainda usando conceitos intercambiáveis ...; 2) fazendo com que se aceite de um modo geral aquilo que é controvertido num caso particular ...; 3) se, em contrapartida, duas coisas são consequência uma da outra, demonstraremos uma postulando a outra; 4) se precisamos demonstrar uma verdade geral e fazemos que se admitam todas as particulares (o contrário do número 2).” 10

7)"Perguntas em desordem"[editar | editar código-fonte]

“Quando a disputa é conduzida de modo rigoroso e formal e queremos fazer com que nos entendam com perfeita clareza, então aquele que apresentou a afirmação e deve prová-la procede contra o adversário fazendo perguntas para concluir a verdade a partir das próprias concessões do adversário.” E: “Fazer de uma só vez muitas perguntas pormenorizadas, e assim ocultar o que, na realidade, queremos que seja admitido”. 11

8)"Encolerizar o adversário"[editar | editar código-fonte]

“Provoca-se a cólera do adversário, para que, em sua fúria, ele não seja capaz de raciocinar corretamente e perceber sua própria vantagem.” 12

9)"Perguntas em ordem alterada"[editar | editar código-fonte]

“Fazer as perguntas numa ordem distinta da exigida pela conclusão que dela pretendemos, com mudanças de todo gênero; assim, o adversário não conseguirá saber aonde queremos chegar e não poderá prevenir-se.”13

10)"Pista falsa"[editar | editar código-fonte]

“Se percebemos que o adversário, intencionalmente, responde pela negativa às perguntas cuja resposta afirmativa poderia confirmar nossas proposições, então devemos perguntar o contrário da proposição que queremos usar, como se quiséssemos que fosse aprovada, ou então, pelo menos, por as duas à escolha, de modo que não se perceba qual delas queremos afirmar.”13

11)"Salto indutivo"[editar | editar código-fonte]

Se o adversário já aceitar casos particulares, não “perguntar-lhe se admite também a verdade geral” derivada dos casos particulares; introduzi-la “como se estivesse estabelecida e aceita”.14

12)"Manipulação semântica"[editar | editar código-fonte]

Associar a um termo um conjunto de significados diferentes do original. Com isso, o termo já conterá, em si, a conclusão a que se quer chegar.

13)"Alternativa forçada"[editar | editar código-fonte]

Apresentar ao adversário uma alternativa menos provável que sua própria.15

14)"Falsa proclamação de vitória"[editar | editar código-fonte]

Veja: Falácia da falsa proclamação de vitória

15)"Anulação do paradoxo"[editar | editar código-fonte]

Para triunfar, faz-se uma redução ad absurdum.

16)"Várias modalidades do argumentum ad hominem"[editar | editar código-fonte]

Usar argumentos anteriormente defendidos pelo adversário para tentar refutar a tese presente. Exemplo:

Em um debate sobre cotas raciais em uma TV do Rio de Janeiro, Rodrigo Constantino comenta que Thomas Sowell fez um estudo sobre as ações afirmativas ao redor do mundo e constatou que elas só trouxeram mais desigualdade e privilégios para negros ricos. A réplica do adversário foi dizer que Thomas Sowell era ligado a um grupo da Universidade Stanford que apoia oPartido Republicano. Comentário: Segundo o critério do debatedor, o fato de alguém apoiar um determinado partido político de que se discorda é o suficiente para invalidar suas conclusões científicas. 17)"Distinção de emergência"[editar | editar código-fonte]

Salvar-se “mediante alguma distinção sutil, na qual não havíamos pensado anteriormente, caso a questão admita algum tipo de dupla interpretação ou dois casos diferentes.”16

18)"Uso intencional da mutatio controversiae"[editar | editar código-fonte]

Estratagema que consiste em “interromper o debate a tempo” quando se está ameaçado de ser abatido, sair do debate “ou desviá-lo e levá-lo para outra questão”.17

19)"Fuga do específico para o universal"[editar | editar código-fonte]

Por exemplo, “se temos de dizer por que uma determinada hipótese física não é crível, falaremos da incerteza geral do saber humano, ilustrando-a com toda sorte de exemplos.”18

20)"Uso da premissa falsa previamente aceita pelo adversário"[editar | editar código-fonte]

Trata-se de “um uso da ‘’fallacia non causae ut causae’’”.19

21)"Preferir o argumento sofístico"[editar | editar código-fonte]

No debate com um adversário, a escolha de um (simples) argumento do tipo ad hominem pode ser mais eficaz do que tentar persuadir o adversário mediante longas explicações “sobre a verdadeira natureza das coisas”.20

22)"Falsa alegação de petitio principii"[editar | editar código-fonte]

Alegar que o adversário está fazendo uma petitio principii quando ele quer que admitamos algo que leve à formulação do problema.

23)"Impelir o adversário ao exagero"[editar | editar código-fonte]

No calor do debate, levar o adversário a exagerar suas posições. Como o exagero costuma levar a contradições, podemos refutar essas contradições como se estivéssemos refutando o argumento original.

24)"Falsa reductio ad absurdum"[editar | editar código-fonte]

Tirar falsas conclusões absurdas dos argumentos do adversário. Com isso, refutam-se essas conclusões, fazendo tudo parecer uma reductio ad absurdum.

25)"Falsa instância"[editar | editar código-fonte]

Usar um argumento que apenas parece contrário àquele que o adversário enunciou.

26)"Retorsio argumenti"[editar | editar código-fonte]

Usar o argumento do adversário contra ele próprio, quando isso for possível.

27)"Usar a raiva"[editar | editar código-fonte]

Quando o adversário fica irritado com algum argumento nosso, devemos insistir nesse ponto, porque provavelmente ali há uma inconsistência.

28)"Argumento ad auditores"[editar | editar código-fonte]

Apresentar uma objeção falsa, mas cuja falsidade somente poderia ser percebida por um auditório capacitado no assunto em questão. Exemplo:

Todos os argumentos de ONGs e ambientalistas, que dizem que é preciso reduzir a emissão de gás carbônico a fim de reduzir o efeito estufa (e, consequentemente o aquecimento global).Comentário: As causas do aquecimento global (e até a própria existência de tal fenômeno) ainda não foram completamente comprovadas e continuam sendo questionadas (cada vez menos) por um grupo de cientistas. Mas o argumento é sempre apresentado à plateia leiga como se fosse consensual. Ou afirmar que não há convergência científica sobre o assunto quando na verdade há. 29)"Desvio"[editar | editar código-fonte]

Mudar de assunto fingindo que ainda se está rebatendo a questão do adversário. Ou mesmo, de modo insolente, atacar o adversário pessoalmente.

30)"Argumentum ad verecundiam"[editar | editar código-fonte]

Citar autoridades no assunto para refutar uma tese. Este estratagema funciona tanto melhor quanto menores forem os conhecimentos do adversário a respeito do que disse a autoridade invocada e quanto maior for a veneração dele diante de tal autoridade.

31)"Incompetência irônica"[editar | editar código-fonte]

Fingir que não entendeu o que o adversário disse e declarar isso ironicamente. Nas circunstâncias certas, isso faz o adversário parecer um idiota que não sabe organizar o raciocício ou que está simplesmente declarando algo patentemente falso.

32)"Rótulo odioso"[editar | editar código-fonte]

Estratagema que visa reduzir uma afirmação do adversário “a uma categoria geralmente detestada”. Exemplo:

Nos debates dos candidatos à presidência da República Federativa do Brasil em 2010, a candidata Dilma Rousseff usou várias vezes um argumento ad hominem para desqualificar o adversário atribuindo-lhe o rótulo de “privatista”[carece de fontes]. Comentário: como a palavra “privatização” está arraigada na mente dos brasileiros como a parte mais visível do processo de alienação sem contrapartidas do patrimônio nacional, os argumentos de José Serra já eram “refutados” in limine. Este exemplo é uma combinação dos estratagemas 32 e 12. 33)"Negação da teoria na prática"[editar | editar código-fonte]

Aceitar os fundamentos de um argumento, mas negar que eles possam ser colocados em prática. Exemplo:

A diz que o Estado deve proibir as armas de brinquedo, pois estas estimulam a violência nas crianças. B contesta dizendo que, mesmo que isso seja verdade, é dever dos pais fazer essa vigilância. A rebate em tom irônico: “Ah, se na prática fosse assim...”. Comentário: o tom irônico é fundamental para dar força a este estratagema. O sarcasmo ajuda a esconder o sofisma: se na prática os pais não são capazes de cuidar de seus próprios filhos, tanto menos será o Estado, que tem provado consistentemente sua incompetência em toda as áreas, em particular na educação das crianças. 34)"Resposta ao meneio de esquiva"[editar | editar código-fonte]

Estratagema que prevê não dar informação direta, mas esquivar-se com contraperguntas ou respostas indiretas.

35)"Persuasão pela vontade"[editar | editar código-fonte]

Estratagema que funciona quando estão em jogo os interesses do adversário. Esse estratagema torna, nas poucas circunstâncias que funciona, todos os outros estratagemas supérfluos.21

36)"Discurso incompreensível"[editar | editar código-fonte]

“Desconcertar, aturdir o adversário com um caudal de palavras sem sentido. Isto baseia-se em que, ‘normalmente o homem, ao escutar apenas palavras, acredita que também deve haver nelas algo para pensar’ (Goethe, ‘’Fausto’’”22 (Veja, a esse respeito, por exemplo, as críticas de Alan Sokal contra o chamado Pós-modernismo.)

37)"Tomar a prova pela tese"[editar | editar código-fonte]

Quando o adversário usa uma prova ruim para defender uma ideia valida, podemos nos aproveitar disso e provar que a ideia é invalida, a julgar pela refutação da tese apresentada. Um exemplo que Schopenhauer cita é o do argumento ontológico, como prova da existência de Deus.

38)"Último estratagema: Ofensas pessoais"[editar | editar código-fonte]

Atacar o adversário pessoalmente, com grosseria e agressividade, quando o debate se mostra de todo perdido.

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Editado por FrangoEctomorfo
Postado

Isso ai é um guia pra ser um fdp ashuasuasuhhu

to assintindo uns videos de palestrante aqui... mais pra analisar o cara doque pelo oque ele fala, da pra aprender bastante

vi esse aqui, muito tempo atras e lembro até hoje da ancoragem que o cara faz

e to vendo esse aqui, é longo o cara de começo parece um charlatão, mais só a exepriencia dele é fodida, agrega valor pra quem assiste

http://www.youtube.com/watch?v=tBnXPB_YRpE

Postado

Perdão, amigos. Eu citei o livro errado. "A Arte de Enganar" é sobre Engenharia Social, daquele hacker famoso. O nome certo é "A Arte de ter Razão".

Segue o link.

Se não quiser ler (é curto, mas a preguiça rola), tem um resumo dos estratagemas apresentados no livro:

Na obra, Schopenhauer distingue os seguintes estratagemas dialéticos: 1) "Ampliação indevida"[editar | editar código-fonte]

”Levar a afirmação do adversário para além de seus limites naturais, interpretá-la do modo mais geral possível, tomá-la no sentido mais amplo possível e exagerá-la. Restringir, em contrapartida, a própria afirmação ao sentido mais estrito e ao limite mais estreito possíveis. Pois quanto mais geral uma afirmação se torna, tanto mais ataques se podem dirigir a ela.” 3 Exemplo:

A diz que as drogas devem ser legalizadas. B, então diz que, como os traficantes usualmente cometem homicídios, seqüestros, extorsões, etc, se as drogas forem legalizadas, os bandidos serão anistiados de todos esses crimes. Comentário: o argumento a favor da legalização propõe a anistia de um único crime: o comércio de determinadas substâncias. Nada foi dito em relação aos demais crimes, pois supõe-se que estes devam permanecer proibidos. 2)"Homonímia sutil"[editar | editar código-fonte]

“Usar a homonímia para tornar a afirmação apresentada extensiva também àquilo que, fora a identidade de nome, pouco ou nada tem em comum com a coisa de que se trata; depois refutar com ênfase esta afirmação e dar a impressão de ter refutado a primeira.”4 Exemplo:

Em artigo de 5/11/20105 , Reinaldo Azevedo comenta o filme “Tropa de Elite 2”. No filme, o protagonista, Coronel Nascimento, refere-se diversas vezes ao “sistema”, o qual se propõe combater. Azevedo conclui, a partir disso, que o personagem passou a usar o discurso de esquerda, a qual também se propõe combater o tal “sistema”. Comentário: A esquerda usa a palavra “sistema” para se referir ao “sistema capitalista”[carece de fontes], que consiste do livre mercado, propriedade privada, busca do lucro, etc. Já o Coronel Nascimento usa a mesma palavra para tratar da cultura da imoralidade e da impunidade, que permite que o crime se alastre, contando com o apoio de políticos e policiais corruptos. 3)"Mudança de modo"[editar | editar código-fonte]

“A afirmação que foi apresentada em modo relativo ... é tomada como se tivesse sido apresentada em modo absoluto, universalmente ..., ou pelo menos é compreendida em um sentido totalmente diferente, e assim refutada com base neste segundo contexto.” 6 Isto faz com que “o adversário, na realidade, fala de uma coisa distinta daquela que se havia colocado. Quando nos deixamos levar por este ‘’estratagema’’, cometemos, então, uma ‘’ignoratio elenchi’’ (ignorância do contra-argumento).” 7 Exemplo: A defende a descriminalização do aborto. B argumenta que ao descriminalizar o aborto o homicídio de qualquer natureza será descriminalizado.

4)"Pré-silogismos"[editar | editar código-fonte]

“Se queremos chegar a uma certa conclusão, devemos evitar que esta seja prevista, e atuar de modo que o adversário, sem percebê-lo, admita as premissas uma de cada vez e dispersas sem ordem na conversação”.8 Segundo Olavo de Carvalho, esta técnica é comumente usada em processos “de manipulação da opinião pública”.8

5)"Uso intencional de premissas falsas"[editar | editar código-fonte]

Pode-se, para comprovar as próprias “proposições, fazer antes uso de proposições falsas, se o adversário não quiser aceitar as verdadeiras, seja porque percebe que delas a tese será deduzida como conseqüência imediata. Então adotaremos proposições que são falsas em si mesmas mas verdadeiras ‘’ad hominem’’, e argumentaremos ‘’ex concessis’’, a partir do modo de pensar do adversário.” 9

6)"Petição de princípio oculta"[editar | editar código-fonte]

“Ocultamos uma ‘’petitio principii’’, ao postular o que desejamos provar: 1) usando um nome distinto ... ou ainda usando conceitos intercambiáveis ...; 2) fazendo com que se aceite de um modo geral aquilo que é controvertido num caso particular ...; 3) se, em contrapartida, duas coisas são consequência uma da outra, demonstraremos uma postulando a outra; 4) se precisamos demonstrar uma verdade geral e fazemos que se admitam todas as particulares (o contrário do número 2).” 10

7)"Perguntas em desordem"[editar | editar código-fonte]

“Quando a disputa é conduzida de modo rigoroso e formal e queremos fazer com que nos entendam com perfeita clareza, então aquele que apresentou a afirmação e deve prová-la procede contra o adversário fazendo perguntas para concluir a verdade a partir das próprias concessões do adversário.” E: “Fazer de uma só vez muitas perguntas pormenorizadas, e assim ocultar o que, na realidade, queremos que seja admitido”. 11

8)"Encolerizar o adversário"[editar | editar código-fonte]

“Provoca-se a cólera do adversário, para que, em sua fúria, ele não seja capaz de raciocinar corretamente e perceber sua própria vantagem.” 12

9)"Perguntas em ordem alterada"[editar | editar código-fonte]

“Fazer as perguntas numa ordem distinta da exigida pela conclusão que dela pretendemos, com mudanças de todo gênero; assim, o adversário não conseguirá saber aonde queremos chegar e não poderá prevenir-se.”13

10)"Pista falsa"[editar | editar código-fonte]

“Se percebemos que o adversário, intencionalmente, responde pela negativa às perguntas cuja resposta afirmativa poderia confirmar nossas proposições, então devemos perguntar o contrário da proposição que queremos usar, como se quiséssemos que fosse aprovada, ou então, pelo menos, por as duas à escolha, de modo que não se perceba qual delas queremos afirmar.”13

11)"Salto indutivo"[editar | editar código-fonte]

Se o adversário já aceitar casos particulares, não “perguntar-lhe se admite também a verdade geral” derivada dos casos particulares; introduzi-la “como se estivesse estabelecida e aceita”.14

12)"Manipulação semântica"[editar | editar código-fonte]

Associar a um termo um conjunto de significados diferentes do original. Com isso, o termo já conterá, em si, a conclusão a que se quer chegar.

13)"Alternativa forçada"[editar | editar código-fonte]

Apresentar ao adversário uma alternativa menos provável que sua própria.15

14)"Falsa proclamação de vitória"[editar | editar código-fonte]

Veja: Falácia da falsa proclamação de vitória

15)"Anulação do paradoxo"[editar | editar código-fonte]

Para triunfar, faz-se uma redução ad absurdum.

16)"Várias modalidades do argumentum ad hominem"[editar | editar código-fonte]

Usar argumentos anteriormente defendidos pelo adversário para tentar refutar a tese presente. Exemplo:

Em um debate sobre cotas raciais em uma TV do Rio de Janeiro, Rodrigo Constantino comenta que Thomas Sowell fez um estudo sobre as ações afirmativas ao redor do mundo e constatou que elas só trouxeram mais desigualdade e privilégios para negros ricos. A réplica do adversário foi dizer que Thomas Sowell era ligado a um grupo da Universidade Stanford que apoia oPartido Republicano. Comentário: Segundo o critério do debatedor, o fato de alguém apoiar um determinado partido político de que se discorda é o suficiente para invalidar suas conclusões científicas. 17)"Distinção de emergência"[editar | editar código-fonte]

Salvar-se “mediante alguma distinção sutil, na qual não havíamos pensado anteriormente, caso a questão admita algum tipo de dupla interpretação ou dois casos diferentes.”16

18)"Uso intencional da mutatio controversiae"[editar | editar código-fonte]

Estratagema que consiste em “interromper o debate a tempo” quando se está ameaçado de ser abatido, sair do debate “ou desviá-lo e levá-lo para outra questão”.17

19)"Fuga do específico para o universal"[editar | editar código-fonte]

Por exemplo, “se temos de dizer por que uma determinada hipótese física não é crível, falaremos da incerteza geral do saber humano, ilustrando-a com toda sorte de exemplos.”18

20)"Uso da premissa falsa previamente aceita pelo adversário"[editar | editar código-fonte]

Trata-se de “um uso da ‘’fallacia non causae ut causae’’”.19

21)"Preferir o argumento sofístico"[editar | editar código-fonte]

No debate com um adversário, a escolha de um (simples) argumento do tipo ad hominem pode ser mais eficaz do que tentar persuadir o adversário mediante longas explicações “sobre a verdadeira natureza das coisas”.20

22)"Falsa alegação de petitio principii"[editar | editar código-fonte]

Alegar que o adversário está fazendo uma petitio principii quando ele quer que admitamos algo que leve à formulação do problema.

23)"Impelir o adversário ao exagero"[editar | editar código-fonte]

No calor do debate, levar o adversário a exagerar suas posições. Como o exagero costuma levar a contradições, podemos refutar essas contradições como se estivéssemos refutando o argumento original.

24)"Falsa reductio ad absurdum"[editar | editar código-fonte]

Tirar falsas conclusões absurdas dos argumentos do adversário. Com isso, refutam-se essas conclusões, fazendo tudo parecer uma reductio ad absurdum.

25)"Falsa instância"[editar | editar código-fonte]

Usar um argumento que apenas parece contrário àquele que o adversário enunciou.

26)"Retorsio argumenti"[editar | editar código-fonte]

Usar o argumento do adversário contra ele próprio, quando isso for possível.

27)"Usar a raiva"[editar | editar código-fonte]

Quando o adversário fica irritado com algum argumento nosso, devemos insistir nesse ponto, porque provavelmente ali há uma inconsistência.

28)"Argumento ad auditores"[editar | editar código-fonte]

Apresentar uma objeção falsa, mas cuja falsidade somente poderia ser percebida por um auditório capacitado no assunto em questão. Exemplo:

Todos os argumentos de ONGs e ambientalistas, que dizem que é preciso reduzir a emissão de gás carbônico a fim de reduzir o efeito estufa (e, consequentemente o aquecimento global).Comentário: As causas do aquecimento global (e até a própria existência de tal fenômeno) ainda não foram completamente comprovadas e continuam sendo questionadas (cada vez menos) por um grupo de cientistas. Mas o argumento é sempre apresentado à plateia leiga como se fosse consensual. Ou afirmar que não há convergência científica sobre o assunto quando na verdade há. 29)"Desvio"[editar | editar código-fonte]

Mudar de assunto fingindo que ainda se está rebatendo a questão do adversário. Ou mesmo, de modo insolente, atacar o adversário pessoalmente.

30)"Argumentum ad verecundiam"[editar | editar código-fonte]

Citar autoridades no assunto para refutar uma tese. Este estratagema funciona tanto melhor quanto menores forem os conhecimentos do adversário a respeito do que disse a autoridade invocada e quanto maior for a veneração dele diante de tal autoridade.

31)"Incompetência irônica"[editar | editar código-fonte]

Fingir que não entendeu o que o adversário disse e declarar isso ironicamente. Nas circunstâncias certas, isso faz o adversário parecer um idiota que não sabe organizar o raciocício ou que está simplesmente declarando algo patentemente falso.

32)"Rótulo odioso"[editar | editar código-fonte]

Estratagema que visa reduzir uma afirmação do adversário “a uma categoria geralmente detestada”. Exemplo:

Nos debates dos candidatos à presidência da República Federativa do Brasil em 2010, a candidata Dilma Rousseff usou várias vezes um argumento ad hominem para desqualificar o adversário atribuindo-lhe o rótulo de “privatista”[carece de fontes]. Comentário: como a palavra “privatização” está arraigada na mente dos brasileiros como a parte mais visível do processo de alienação sem contrapartidas do patrimônio nacional, os argumentos de José Serra já eram “refutados” in limine. Este exemplo é uma combinação dos estratagemas 32 e 12. 33)"Negação da teoria na prática"[editar | editar código-fonte]

Aceitar os fundamentos de um argumento, mas negar que eles possam ser colocados em prática. Exemplo:

A diz que o Estado deve proibir as armas de brinquedo, pois estas estimulam a violência nas crianças. B contesta dizendo que, mesmo que isso seja verdade, é dever dos pais fazer essa vigilância. A rebate em tom irônico: “Ah, se na prática fosse assim...”. Comentário: o tom irônico é fundamental para dar força a este estratagema. O sarcasmo ajuda a esconder o sofisma: se na prática os pais não são capazes de cuidar de seus próprios filhos, tanto menos será o Estado, que tem provado consistentemente sua incompetência em toda as áreas, em particular na educação das crianças. 34)"Resposta ao meneio de esquiva"[editar | editar código-fonte]

Estratagema que prevê não dar informação direta, mas esquivar-se com contraperguntas ou respostas indiretas.

35)"Persuasão pela vontade"[editar | editar código-fonte]

Estratagema que funciona quando estão em jogo os interesses do adversário. Esse estratagema torna, nas poucas circunstâncias que funciona, todos os outros estratagemas supérfluos.21

36)"Discurso incompreensível"[editar | editar código-fonte]

“Desconcertar, aturdir o adversário com um caudal de palavras sem sentido. Isto baseia-se em que, ‘normalmente o homem, ao escutar apenas palavras, acredita que também deve haver nelas algo para pensar’ (Goethe, ‘’Fausto’’”22 (Veja, a esse respeito, por exemplo, as críticas de Alan Sokal contra o chamado Pós-modernismo.)

37)"Tomar a prova pela tese"[editar | editar código-fonte]

Quando o adversário usa uma prova ruim para defender uma ideia valida, podemos nos aproveitar disso e provar que a ideia é invalida, a julgar pela refutação da tese apresentada. Um exemplo que Schopenhauer cita é o do argumento ontológico, como prova da existência de Deus.

38)"Último estratagema: Ofensas pessoais"[editar | editar código-fonte]

Atacar o adversário pessoalmente, com grosseria e agressividade, quando o debate se mostra de todo perdido.

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não quero vencer discussões, mas apenas chegar na verdade

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