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- O hormônio do crescimento (GH) é um hormônio anabólico no tecido muscular (aumenta a síntese de proteínas) e com poderoso efeito lipolítico (queima de gordura), por isso é um dos favoritos por atletas de todas as modalidades, principalmente bodybuilders. Os níveis de GH aumentam com a intensidade do exercício, voltando ao normal após ~1 hora do térm…ino do exercício. A maior liberação de GH ocorre durante o sono.

- O IGF-1 é um hormônio que media parte das ações do GH. O IGF-1 exerce atividade semelhante à insulina (anabólico, anti-catabólico, lipogênico, hipoglicemiante), mas de forma mais fraca. A maioria dos estudos indica que o IGF-1 atua na regeneração muscular por meio da estimulação das células satélites, e também na formação de colágeno, regeneração de cartilagens articulares. Estudos mostraram que os níveis de IGF-1 não sofrem modificações com o treinamento de força, mesmo os níveis de GH serem elevados em mais de 10 vezes após o treino. No entanto, um experimento mostrou que o treino de força aumentou os níveis “locais” (no músculo, isoforma parácrina/autócrina) de IGF-1 em cerca de 500%.

- A testosterona e os seus derivados (esteroides androgênicos) são os principais hormônios responsáveis pelo crescimento muscular. Além de aumentar a síntese de proteínas a testosterona e alguns esteroides androgênicos também possuem bom efeito para queima de gordura, embora alguns indivíduos tem que ter um cuidado redobrada com a aromatização (conversão de testosterona em estrogênio, hormônio que favorece o acúmulo de gordura). A testosterona também tem seus níveis aumentados durante o exercício de força.

- O estrogênio é um hormônio que favorece o acúmulo de gordura, mas tem uma grande importância na atividade sexual e reprodutiva, portanto seus níveis devem ser mantidos sob controle, principalmente em indivíduos que tem dificuldade na perda de gordura, e portanto deveriam evitar o uso de drogas que aumentem a aromatização, ou doses altas de esteroides androgênicos que aromatizem (testosterona, nandrolona, dianabol).

- A insulina é o hormônio anabólico por excelência, tanto para carboidratos, proteínas e gorduras (lipogênico). Isso significa um aumento na síntese proteica, de ácidos graxos e de glicogênio. Pessoa com facilidade de acumular gordura precisam ter mais controle sobre os níveis de insulina para evitar acúmulo de gordura, já pessoas com dificuldade ganho de massa muscular e com metabolismo acelerado podem aproveitar de seu alto poder anabólico. Um bom estímulo de insulina pós-treino favorece a síntese e reduz a degradação proteica.

- O glucagon é um hormônio catabólico e lipolítico, e responsável pela manutenção da glicemia durante o exercício físico, através aa glicogenólise (degradação do glicogênio em glicose no fígado e no músculo) e gliconeogênese (síntese de glicose a partir de aminoácidos), aumentando assim a quantidade de glicose disponível para uso como fonte de energia.

- O cortisol é o hormônio catabólico por excelência, o que não é de todo ruim, pois isso significa um maior aumento no catabolismo das gorduras (principalmente durante o jejum). E seu efeito sobre metabolismo proteico é mal compreendido pela maioria dos atletas e praticantes de atividade física. O cortisol é um hormônio necessário nas adaptações ao exercício de força, provavelmente atuando nos processos de reparação tecidual. Em condições normais, o cortisol não justifica a fama de hormônio cuja concentração, uma vez aumentada, provocaria um aumento do catabolismo da massa muscular. Finalmente, estudos demonstram que em condições de estresse prolongado (um determinado exercício) há diminuição da secreção de cortisol (após 30-45 minutos de exercício), tornando infundado o medo de catabolismo muscular durante o treino. O cortisol se torna um vilão para a massa muscular em situações patológicas, como doença, lesão, etc.

- As catecolaminas (adrenalina/noradrenalina) também são poderosos hormônios catabólicos, em potencial no tecido adiposo. São importantes para aumento da taxa metabólica e também para aumento da lipólise e da glicemia durante o exercício, por inibirem a liberação de insulina pelo pâncreas. Por isso o exercício físico é um poderoso aliado para quem deseja aumentar a queima de gordura, aumentando sua taxa metabólica.

- Os hormônios da tireoide (T3 e T4) também são poderosos hormônios catabólicos, embora baixas concentrações promovam a síntese de proteínas e glicogênio. São hormônios importantes na modulação da taxa metabólica. Quando a taxa metabólica é aumentada por T4 e T3 nos adultos a excreção de nitrogênio é aumentada, e se a ingestão de alimentos não for aumentada, a proteína endógena e os estoques de gordura são catabolizados e perde-se peso. Nos indivíduos em jejum, o T3 plasmático é reduzido em 10 a 20% em 24 h e cerca de 50% em 3 a 7 dias, reduzindo a taxa metabólica basal (TMB). Um estudo demonstrou que o exercício de força promoveu aumento significativo na concentração de T3 12 horas depois do exercício.

Dudu Haluch

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