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A prática da masturbação não é, nem nunca será, benéfica para quem a faz, afirma Perito psiquiatra.

 

 

Peço-lhe que leia este texto sem preconceitos morais nem religiosos.

Acho decepcionante que se dedique dinheiro público ou privado para promover a masturbação como um comportamento sexual saudável. Os pediatras, educadores e psicólogos infantis sabem que, em algumas etapas do desenvolvimento da pessoa e da sua personalidade, este hábito pode estar presente de forma esporádica. Mas eu me atrevo a afirmar que a prática da masturbação como um hábito não é benéfica para quem a sofre.

Digo “para quem a sofre” porque é sofrimento que vejo nas pessoas que chegam ao meu consultório por este motivo. Não são pessoas estranhas, de forma alguma. Mas elas têm um problema e querem resolvê-lo: a masturbação. Não é necessário que o médico lhes diga isso; são elas mesmas que consideram que isso é uma escravidão, uma perda da liberdade. E pedem ajuda.

A maioria quer resolver a questão porque se sente aprisionada, porque percebe que está fechada em si mesma, porque lhe resulta difícil relacionar-se com seu cônjuge e com outras pessoas, porque isso gera desordem interior e desassossego, ao ir perdendo autonomia e capacidade de decisão.

Alguns podem pensar: “Mas que médico louco é este que escreveu o texto? De onde ele saiu? Que besteiras está falando! Isso não acontece com ninguém!”. Infelizmente, atendo pessoas com este problema todas as semanas. Ainda bem que ainda existem pessoas que não têm vergonha de pedir ajuda na busca da própria felicidade. São pessoas incríveis, admiráveis, com problemas muito comuns, como no caso da masturbação.

Quando falo de problemas, não me refiro às bobagens que você pode ler por aí (que a masturbação provoca cegueira, epilepsia, paralisia, acne etc.). Isso são invenções. Mas não são invenções os maus bocados pelos quais passam aqueles que não conseguem exercer sua liberdade porque precisam se masturbar sim ou sim, por acúmulo de excessiva tensão emocional, por impulsividade, por dificuldades nas relações interpessoais, por traços de personalidade narcisista ou evasiva, porque receberam uma educação sexual errônea, porque desenvolveram uma aprendizagem comportamental simplista, baseada na satisfação do prazer, ou por imaturidade global da sua pessoa.

Vemos, portanto, que o interessante não é tanto observar os problemas de tal conduta, mas por que esta pessoa precisa da masturbação para equilibrar sua vida, ou por que não consegue desenvolver uma sexualidade harmônica com seu projeto vital. Outros utilizam o álcool e outras drogas, a comida etc.

É preciso realizar um trabalho preventivo que diminua a incidência destes problemas, e também que responda a eles quando já estão presentes, ao invés de promovê-los ou considerá-los em abstrato, sem atender cada pessoa integralmente, de acordo com suas necessidades e interesses.

Podemos considerar que já superamos a crise de 68, a revolução sexual. É hora de amadurecer, de buscar a excelência e ser líderes sexuais de nós mesmos, sem ficar presos a tabus, convenções sociais, morais e religiosas, nem considerar-nos o adolescente imaturo que tem direito a tudo porque é o rei da cocada branca.

Vivemos em uma sociedade hiperssexualizada, na qual são promovidos como normais (provavelmente por ignorância) comportamentos que não o são, ou que são expressão de problemas psicológicos ou psiquiátricos. Algumas vezes, os jornais são autênticos tratados de psicopatologia.

Concordo totalmente com um internauta que comentava: “Não há nada pior que viver com medo e reprimido”. De fato, não favorece a pessoa ter medo da sexualidade. Tampouco a beneficia reprimir-se (dizer-se “não” por resignação), seja quais forem os motivos, e com o significado de negação.

Nem tampouco sublimar e pronto, em dois sentidos. Em primeiro lugar, no sentido de ordenar a sexualidade sem vivê-la por um bem maior (moral, religioso, por saúde etc.). Em segundo lugar, no sentido de vivê-la sem ordená-la, também pelo que consideramos um bem maior (prazer, deleite, libertinagem). Em ambos os casos, a pessoa degrada, invalida e desvaloriza a sexualidade.

A sexualidade saudável não é sublimada nem reprimida, mas integrada no projeto vital de cada um, de acordo com seus critérios pessoais. Para poder integrá-la, precisamos adquirir as habilidades necessárias, que, a meu ver, são as seguintes: conhecimento pessoa, ordem, proatividade, sentido de pertencimento a um grupo, confiança pessoal, determinação, iniciativa, saber descansar, amizade, racionalidade, afetividade rica e abundante.

Frequentemente, os problemas na vivência da sexualidade são acompanhados de outras circunstâncias que podem nos servir para identificar as habilidades que precisamos desenvolver para manter-nos no caminho da integração.

Resumo estas circunstâncias no seguinte quadro:

CIRCUNSTÂNCIAS QUE ACOMPANHAM HABILIDADES A SEREM ADQUIRIDAS
Desconcerto. Surpresa Conhecimento pessoal
Desordem. Falta de horário Ordem
Preguiça. Não fazer o que se deve fazer Proatividade. Diligência
Egocentrismo. Narcisismo. Individualismo Sentido de pertencimento a um grupo
Medo do ambiente Confiança pessoal
Indecisão Determinação, segurança
Tédio, perda de tempo Iniciativa
Esgotamento, abatimento Saber descansar
“Raciocínio” emocional Racionalidade
Sentimentalismos infantis Afetividade rica e abundante
Colegas e amigos oportunistas Amizades verdadeiras

Enfim, todos estes comentários surgiram com o propósito de explicar por que sou contra a ideia de promover a masturbação entre os jovens.

Dr. Carlos Chiclana, médico psiquiatra.

 

 

http://blog.comshalom.org/carmadelio/46973-a-pratica-da-masturbacao-nao-e-nem-nunca-sera-benefica-para-quem-a-faz-afirma-perito-psiquiatra

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Estou chegando agora neste tópico e longe de querer causar qualquer polêmica, mas sempre vejo várias pessoas relatando vários benefícios do nofap, mas isso não seria somente placebo? Cheguei a fazer a experiência de ficar 2 semanas sem e sinceramente não percebi nenhuma diferença além do fato de ficar mais tarado e disso acabei caindo propositalmente. Sou leigo sobre o assunto mas existe alguma relação entre nofap e questões hormonais?

 

Enfim vou fazer "tentar" fazer a experiência dos 30 dias.

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12 minutos atrás, Thomas Bayes disse:

Estou chegando agora neste tópico e longe de querer causar qualquer polêmica, mas sempre vejo várias pessoas relatando vários benefícios do nofap, mas isso não seria somente placebo? Cheguei a fazer a experiência de ficar 2 semanas sem e sinceramente não percebi nenhuma diferença além do fato de ficar mais tarado e disso acabei caindo propositalmente. Sou leigo sobre o assunto mas existe alguma relação entre nofap e questões hormonais?

 

Enfim vou fazer "tentar" fazer a experiência dos 30 dias.

Sim. Fap interfere na dopamina um hormonio muito bom, desregula o cortisol (pior coisa que existe) desregula prolactina no momento do ato. Beneficios só vai haver apos 2 meses de nofap

Editado por lucasf21
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31 minutos atrás, lucasf21 disse:

Sim. Fap interfere na dopamina um hormonio muito bom, desregula o cortisol (pior coisa que existe) desregula prolactina no momento do ato. Beneficios só vai haver apos 2 meses de nofap

 E uma coisa importante essa parada dos beneficios é individual e vai mt da situação do individuo, por exemplo eu n sei bem mas me masturbar msm é desde os 12, ver pornografia esporadicamente desde os 13, e so aos 14 por ai mais frequente, mas n era todo dia, mas eu n furava 1 dia, era 1 fap todo dia, sem porn mas era todo dia.

 Ou seja nessa brincadeira ai ja foram 7 anos da vida, então é meio que ilogico sentir algum beneficio durante 15 dias que foi o max que fiquei e n senti nada, quando na verdade eu precisaria de muito mais coisa de 90 dias, 6 meses ou 1 ano esse reboot é incerto.

 

 Pra mim ficar em nofap tem sido uma tarefa quase que impossivel, 19 anos no auge da testosterona sem sexo, realmente é dificil.

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