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Postado (editado)

Galera, alguém manja algum app pra baixar música do youtube,sem o vídeo?

Tou numa depre danada, culpa da BM kkk

Editado por Visitante
Postado
Em 10/11/2016 at 23:07, A_Almeida disse:

O APRENDIZADO

 

Ele estava a abraçá-la já há algum tempo. Deitados confortavelmente no sofá da sala ela se deixava abraçar e receber carinho. Parecia calma e satisfeita. Mas havia algo dentro dela que ansiava por mais.

No fundo, ela queria um homem que soubesse impor sua vontade sobre ela. Ela queria fúria, vigor, desejo. Mas ele só oferecia paz, serenidade e complacência. Um homem bom.

 

Ela ansiava por uma demonstração de masculinidade, testosterona e juventude, mesmo que isso significasse um tapa na cara e ser chamada de nomes baixos, qualquer coisa que os tirasse daquela anestesia moral em que se encontravam. Ela queria um pouco de malícia, mas ele apenas oferecia um respeito exagerado e inadequado.

Mulheres não gostam de ter que dar direções. Afinal, que tipo de homem era aquele? O que era necessário para acordá-lo para a vida? Seria mesmo sangue quente que corria em suas veias? O que era necessário que uma mulher fizesse para que ele tomasse alguma atitude? Lá estavam eles, sozinhos, à noite, num quarto. Ela em camisola de cetim. O que o impedia de agir e satisfazer seus instintos? Era impossível que ele não tivesse instintos.

 

Se ela realmente quisesse, poderia tirar toda a roupa. Ali mesmo como estavam deitados ela tiraria a camisola – pedindo ajuda dele - alegando calor. Então pediria que ele soltasse seu sutiã. O que ele faria então? Seria o suficiente para fazê-lo perceber o que estava acontecendo nas entrelinhas que ele até então não conseguira ler? E se mesmo assim ele continuasse apenas abraçando-a, ela poderia levantar-se enfurecidamente sem mais explicações, olhar bem em seus olhos, tirar a calcinha num movimento brusco e finalizar o espetáculo jogando-a violentamente no meio da sua cara, e gritar enrubescida e pausadamente: ‘’Se-ja ho-mem!’’.

 

Mas assim a coisa perderia todo o sentido, e ela, todo o desejo. Ela queria que toda ação acontecesse sem que ela precisasse tomar uma atitude eloqüente. Ela queria apenas se insinuar. E desejava que através desse flerte sutil ele a envolvesse em atos que não dependeriam mais da vontade dela. Ela queria dizer o “não” que quer dizer “sim”, e ter seus apelos ignorados por uma força maior que a dela.

Por que ele não tomava uma atitude? Será que o problema era ela? Não podia ser. Ela nunca fora o centro das atenções masculinas, mas sabia muito bem como se fazer desejável. Percebia como alguns homens a olhavam na rua, maliciosos, com luxúria e desejo nos olhos vermelhos e molhados. Tudo que esses homens queriam era estar ali agora com ela. Ah, certamente eles saberiam muito bem o que fazer. Logo agora que ela estava tão suscetível como uma presa que anseia por sentir os dentes quentes de seu predador ao redor de seu pescoço.

 

Mas ali estava aquele paspalho a olhá-la com olhos tímidos e inseguros. E através de todos esses pensamentos, tinha passado a desprezá-lo, a sentir quase raiva dele. Pois se ele não queria ir até o fim, por que chegara até ali? Por que alimentou um desejo que não era capaz de satisfazer?

Ela não queria mais seus versos tolos ou sua voz melosa falando de amor. Onde estava todo aquele amor do qual ele falava? Ela queria um amor que estivesse ao alcance de suas mãos. Ela queria um amor que ela pudesse sentir dentro dela. Um sentimento inegável e profundamente interior. De repente ela teve necessidade de matéria bruta que se transformasse em energia. Algo que fosse mais forte do que aquelas mãos suaves a acariciá-la lentamente.

 

Nesse instante teve vontade de sair à rua da forma mesmo como estava vestida, atrair um homem para dentro e transar como uma boa puta na frente daquele herói romântico. E quando tudo terminasse, ela ainda deitada no chão, despida, suja, suada e ofegante, olhar bem fundo para aqueles olhinhos frágeis atrás dos óculos e dizer, com voz cansada e um sorriso malicioso no canto dos lábios: “Aprendeu?’’

 

Almeida, 2012.

 

 

jura que escreveu isso em 2012 ??

23 horas atrás, A_Almeida disse:

 

Obrigado.

Teve um tempo que eu era fissuradão em literatura, lia muito, me interessava demais pelo estilo da escrita, via como arte mesmo. Cheguei a escrever alguns contos e até os registrei na biblioteca nacional pois os enviei pra participar de alguns concursos literários (nunca ganhei nada, provavelmente por que devem ter sido considerados de teor "machista"). Depois eu desanimei por que percebi que não adianta ficar horas e horas se dedicando à escrita se você não fizer parte da panelinha literária. Como em qualquer outra área da vida, apenas ter talento sem conhecer as pessoas certas não te leva muito longe.

Sem contar que atualmente é muito difícil conseguir se firmar no mercado apenas com a escrita em si. O cara precisa ter uma personalidade atraente e carismática para divulgar seu trabalho.

 

Acho que a maior frustração da minha vida foi não ter meus talentos reconhecidos, literatura, música (aquela música que toca no vídeo que eu gravei treinando fui eu mesmo que fiz, tá no meu diário se você não viu ainda), sexo, intelectualidade. Fracassei em tudo por que não tenho aquele brilho nos olhos que atrai as pessoas e faz gerar interesse no seu trabalho.

A vida é um grande tinder, as pessoas só se interessam por você se elas baterem o olho em você e gostarem do que virem. Você pode ter a melhor bio/perfil do mundo, mas se a pessoa não gostar da sua foto, ela vai te negativar e nunca vai nem saber o que tem no seu perfil.

Minha vida é um grande tinder em que eu sou constantemente ignorado e nada do que eu faço, por melhor que seja, importa.

vc deseja ser desprezado,  é a  energia que vc vibra, porque a mente  gosta do conhecido, o ego prefere  o sofrimento conhecido do que qualquer  descinhecido, mesmo que seja o sucesso

 

sei que vc dificilmente vai acreditar nisso haha, mas enfim

22 horas atrás, Zanfran disse:

Queres ser notado por ser um bom escritor? Vais ter que te aprimorar, e isso só vais conseguir escrevendo, escrevendo e escrevendo mais um pouco

10 mil horas

 

pra se  alcançcar expertise

 

 

oq o @A_Almeida acha que foi muito esforço,  foi nem 10% necessário pro sucesso

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