Nico Postado Junho 12, 2013 às 01:23 Postado Junho 12, 2013 às 01:23 Lutadores do MMA usam protetores personalizados (Foto UFC) Médico, nutricionista, fisioterapeuta e preparador físico. Mais cedo ou mais tarde, todo lutador de MMA passará pelas mãos de um desses profissionais. E, por que não, de um cirurgião-dentista atuante na área esportiva? À primeira vista, o cuidado com os dentes parece não ter nenhuma relação com o rendimento do atleta. Ledo engano. O tratamento dentário é muito mais do que hálito refrescante e sorriso branco. Os resultados podem interferir diretamente dentro do octógono, do ringue ou do tatame. Esportes de alta colisão, como Jiu-Jitsu, Muay Thai, Boxe e o próprio MMA, expõem os praticantes a um grande risco de contusão ou fratura orofacial (cavidade bucal e rosto). Choques, cabeçadas, cotoveladas e outros golpes são capazes de originar traumatismos com muita facilidade. É o que explica a cirurgiã-dentista Juliana Malara, de 35 anos, que atua neste ramo e trabalha com lutadores, em São Paulo. “Dentre os traumas mais frequentes estão a perda dentária (imediata ou após o abalo), fraturas nasais e cranianas, reabsorção óssea e lesões de tecidos, causando grande dano anatômico, além de distúrbios de funções. Qualquer alteração bucal conduz à queda do desempenho do atleta de MMA. Alterações como má oclusão (encaixe entre os dentes superiores e inferiores), respiração bucal, perda dentária, desordens da articulação temporo-mandibular, problemas endodônticos (canal), doenças gengivais, cáries, raízes residuais e um canal infectado são focos de bactérias. Estas podem se proliferar pelo organismo, chegar à corrente sanguínea, dificultando cicatrizações, reparos musculares e queda do rendimento do atleta, tanto nos treinos quanto no momento da competição”. Antes de lutar, Vitor Belfort gravou o nome da irmã desaparecida no seu protetor bucal (Foto reprodução) Juliana explica ainda que muitos problemas odontológicos não apresentam sintomas, com isso o indivíduo sequer imagina que está sofrendo devido a um “inimigo invisível”. Como se não bastasse a dificuldade de enfrentar um adversário do lado oposto do octógono, o lutador ainda tem sua capacidade física prejudicada, o que pode lhe custar a vitória. Em função do risco constante de um acidente, os lutadores de MMA, profissionais ou amadores, por exemplo, são submetidos a um tratamento diferente do dedicado às outras pessoas. Essa é a teoria, que, muitas vezes, não é colocada em prática. “Para um atleta de MMA, restaurações metálicas são contra-indicadas. Estas precisam ser analisadas e substituídas por um material resinoso, da cor do dente, o que diminui os riscos de fratura devido ao impacto. O dentista deve fazer um exame detalhado para detectar qualquer foco de infecção dentária ou periodontal (na gengiva), identificar desordens musculares, diagnosticar qualquer lesão bucal, má oclusões, hábitos viciosos (ranger de dentes ou roer de unhas) e promover a melhoria da função e da estética. Com isso, o desempenho e a autoestima do atleta irão melhorar. O atendimento preventivo é o forte do odontologista do esporte a fim de evitar acidentes e complicações, tão comuns às modalidades de artes marciais”, conclui a doutora Fonte: www.tatame.com.br
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