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(por Mestre forum Fisiculturismo.com.br)

Como esse mundo da Musculação eh cheio de mitos e lendas, vou aqui tentar validar um pensamento muito importante sobre a TPC envolvendo o uso do Tamoxifeno ou Clomifeno.

No inicio do uso de ciclos para crescimento muscular, a bastante tempo atras, era 100% usado apenas o Clomifeno na TPC.

Em meados de 2003, eu fui uma das primeiras pessoas em forums de Musculação no Brasil, que citou a possibilidade do Tamoxifeno e do Clomifeno serem substancias semelhantes na sua aplicação na TPC. Isso ocorreu neste forum mesmo, na antiga seção de Anabolizantes que tinhamos na época.

Quando eu disse isso naquela epoca, realmente causou um alvoroço e só faltaram me crucificar pelas minhas palavras.

Posteriormente eu escrevi sobre os MSRE ou SERM(Moduladores Seletivos do Receptor de Estrogenio), que era novidade aqui no Brasil dentro do mundo da musculação e forums de Internet em 2003, e dai graças a colaboração de outros colegas tbm, como o Kusanaggi, acabamos colocando a frente a ideia de que o Tamoxifeno tbm poderia ser usado em TPC para recuperação da produção do GnRH.

Mas mesmo sabendo hoje dessa capacidade de recuperação do GnRH que o Tamoxifeno tem, ainda prefiro o Clomifeno para esse tipo de tarefa, pois seu uso clinico ainda eh bem mais difundido dentro desse tipo de aplicação que o Tamoxifeno.

Mas não posso tbm deixar de falar, que eh possível sim a utilização do Tamoxifeno na TPC para recuperação do GnRH.

Relacionando as dosagens que podem ser efetivas na recuperação do GnRH na TPC, sabemos que podemos relacionar as doses efetivas de cerca de 40mg de Tamoxifeno com 100mg de Clomifeno aproximadamente. E nisso se criou um lenda na minha opinião, de que por essa razão o Tamoxifeno eh melhor que o Clomifeno para essa função de ligação aos sitios específicos do Hipotalamo na liberação do GnRH, ou seja tmb, ainda chegam a dizer que o Tamoxifeno eh "mais forte"; comparação essa estranha em se tratando de duas substancias diferentes.

MSRE ou SERM mais ativo("mais forte") que o Clomifeno na tarefa de Ligação ao Hopotalamo e liberação do GnRH na TPC, talvez pudesse ser o Zuclomifeno, e não o Tamoxifeno.

Mas esse tipo de comentario sempre achei estranho, e confio no Clomifeno e na sua aplicação clinica na Tarefa de recuperação do GnRH.

Para tal, busquei uma Materia de Setembro de 2011, porém então recente, feita por colegas renomados, onde podemos com essa materia analisar bem essa conclusão do Clomifeno cumprir melhor essa tarefa.

Como os MSRE são um classe que consta de muitos outras substancias que não só o Tamoxifeno e o Clomifeno, eu editei as partes que não eram interessantes para nós aqui no nosso caso.


Antes de iniciar na Materia, gostaria muito de agradecer o Material que achei para pesquisa, e às 5 pessoas que montaram o Material.
No final coloquei o link com o Material na Integra.


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Moduladores Seletivos do Receptor de Estrogenio(MSRE ou SERM)



Márcia Cristina França Ferreira
Professora Adjunto do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Belo Horizonte (MG) e do Departamento de Ciências Médicas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) – Ouro Preto (MG), Brasil.

Karla Zanolla Dias de Souza
Médica Ginecologista e Obstetra; Residente do quarto ano (Reprodução Humana) de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas da UFMG – Belo Horizonte (MG), Brasil.3

Joana Sara Fonseca Dummont
Médica Ginecologista e Obstetra; Especializanda em Ultrassom gineco-obstétrico do Hospital das Clínicas da UFMG – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Alexandre Almei da Barra
Professor Adjunto do Departamento de Ciências Médicas da UFOP – Ouro Preto (MG), Brasil.

Ana Luiza Lunardi Rocha
Médica Ginecologista e Obstetra; Doutoranda; Professora convidada do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da UFMG – Belo Horizonte (MG), Brasil.


Resumo:
Os moduladores seletivos do receptor de estrogênio são moléculas que se ligam ao receptor estrogênico com ações agonistas e antagonistas, em tecidos específicos. Eles apresentam efeitos estrogênicos e antiestrogênicos em vários órgãos, o que lhes permite diferentes atuações clínicas específicas. As diferenças nas estruturas moleculares conferem propriedades diferentes de ligação ao receptor-alvo, resultando em diferenças nos efeitos terapêuticos e adversos. Desde a descoberta dos primeiros compostos, há 50 anos, vários outros têm sido estudados e são usados frequentemente por ginecologistas, oncologistas e mastologistas. O raloxifeno é aprovado para a prevenção e o tratamento de osteoporose na pós-menopausa e para o câncer de mama receptor de estrogênio positivo; o tamoxifeno, para prevenção e tratamento do câncer de mama receptor de estrogênio positivo na pós-menopausa; e o clomifeno, primeiro modulador seletivo com receptor de estrogênio a ser estudado e empregado clinicamente, para infertilidade. Outras moléculas como bazedoxifeno, lasofoxifeno e arzoxifeno vêm sendo estudadas e vêm se mostrando como alternativas eficazes, algumas com menos efeitos colaterais.

Introdução:
O termo modulador seletivo do receptor de estrogênio (SERM – selective estrogen receptor modulator) designa moléculas que se ligam ao receptor estrogênico com ações agonistas e antagonistas, em tecidos específicos. Como resultante, estas moléculas apresentam efeitos estrogênicos e antiestrogênicos em vários órgãos.
Inicialmente, essas drogas foram pesquisadas e utilizadas por apresentarem efeitos antiestrogênicos, há cerca de 50 anos. Posteriormente, tiveram seus efeitos melhor elucidados e suas aplicações clínicas definidas, sendo o conceito de modulação seletiva introduzido há 15 anos. A combinação dos efeitos agonistas e antagonistas de estrogênio permite que cada um destes moduladores tenha uma utilidade clínica específica. Os efeitos agonistas no tecido ósseo são relevantes no tratamento da osteoporose após a menopausa. Já os efeitos antagonistas centrais ou no tecido mamário tornam estas moléculas úteis no tratamento da infertilidade por anovulação normogonádica e normogonadotrófica e do câncer de mama, respectivamente.
A presente revisão objetiva discutir os principais SERMs em uso e em estudos, suas principais aplicações clínicas e efeitos secundários de melhor consistência (metanálises ou ensaios clínicos randomizados); B – estudos experimentais ou observacionais de menor consistência (outros ensaios não randomizados, estudo observacional, caso-controle); C – relatos ou séries de casos (estudos não controlados); D– opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais.

Métodos:
A pesquisa bibliográfica foi feita tendo como estratégia principal a pesquisa de trabalhos nos últimos dez anos, os quais contemplassem o uso terapêutico dos SERMs em algumas con­dições, tais como: câncer de mama, infertilidade, osteoporose, miomatose uterina, entre outras. A pesquisa iniciou-se pelo acesso ao Pubmed e às bases de dados: Lilacs, SciELO, Medlinee Biblioteca Cochrane.
A estratégia de busca utilizou as palavras-chave “SERM”, “osteoporose”, “câncer de mama”, “infertilidade”, “miomatose”, entre outras, com diferentes combinações, e seus correspondentes em inglês, quando da consulta à Medlinee Biblioteca Cochrane. Os resumos dos estudos foram revisados pelos autores para excluir citações irrelevantes. Os revisores trabalharam de forma indepen­dente. Qualquer discordância entre os avaliadores foi resolvida por consenso ou pela determinação de um terceiro revisor.
Inicialmente, utilizou-se a classificação proposta pela Associação Médica Brasileira (AMB) para classificar os trabalhos, e foram sele­cionados os mais relevantes (ensaios clínicos e revisões sistemáticas) e mais recentes (últimos dez anos), quando existentes.
O grau de recomendação e a força de evidência científica são, assim, definidos: A – estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência (metanálises ou ensaios clínicos randomizados); B – estudos experimentais ou observacionais de menor consistência (outros ensaios não randomizados, estudo observacional, caso-controle); C – relatos ou séries de casos (estudos não controlados); D– opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais.


Estrutura e mecanismo de ação dos SERMs:
Os SERMs são tipicamente variações da molécula de 17-b estradiol e podem ser classificados, de acordo com sua estrutura central, e subclassificados, de acordo com a cadeia lateral na região afetora hélice 12. Os mais conhecidos são os trifeniletilenos, como o tamoxifeno, mas sua aplicação tem sido limitada pela estimula­ção endometrial. Uma segunda classe é a dos benzotiofenos, que inclui o raloxifeno e o arzoxifeno. Há ainda os SERMs indole-based como o bazedoxifeno e outras duas classes, os benzopiranos e os naftalenos (por exemplo, o lasofoxifeno) 1 ( B ).
Essas moléculas se ligam aos receptores de estrogênio (ER) alfa ou beta a ou b e causam mudanças conformacionais, que resultam na dissociação das heat shock proteins (HSP) associadas ao receptor, liberando um receptor monomérico. Ocorrem, então, interações diversas com proteínas coativadoras ou correpceptoras e posterior translocação do ER monomérico do citosol para o núcleo. Segue-se a dimerização dos complexos ER-ligante. É este complexo que se liga a sequências promotoras regulatórias específicas de genes-alvos, levando à iniciação ou supressão da transcrição gênica 2 ( B ).
Diferentes SERMs formam complexos distintos com o ER 3 (D). O tamoxifeno e outros SERMs ligam-se ao ER numa conformação de antagonista e bloqueiam o acesso deste receptor aos cofatores nucleares.
Há também outros mecanismos modulatórios dos efeitos agonistas ou antagonistas do estrogênio, que não envolvem ligação ao ER. Os SERMs podem atuar, por exemplo, em recep­tores androgênicos e progestogênicos, quando combinados com metabólitos que não possuem atividade de ligante do ER 2 ( B ).
As diferenças moleculares, as mudanças conformacionais específicas induzidas pela ligação de cada SERM e as variadas interações resultantes, com proteínas celulares, entre outros fatores, são responsáveis pela atividade moduladora intrínseca de cada SERM e por suas ações específicas em cada tecido. En­tretanto, a mudança conformacional sozinha não explica todas as ações dos SERMs. Variações nos receptores e no repertório de proteínas celulares e cofatores próprios de cada tipo celular também podem promover ações diferentes e, além disto, SERMs podem promover efeitos não genômicos por meio da ligação a receptores de membrana 2 ( B ).
Dos vários SERMs desenvolvidos até o momento, o raloxifeno é aprovado para a prevenção e o tratamento de osteoporose na pós-menopausa e para o câncer de mama ER-positivo; o tamoxifeno, para a prevenção e o tratamento do câncer de mama ER-positivo na pós-menopausa; e o clomifeno, primeiro SERM a ser estudado e empregado clinicamente, para infertilidade.

Clomifeno:
O citrato de clomifeno (CC) é, por sua estrutura química, um cloroetileno. Foi sintetizado em 1956, por Frank Palopoli e colaboradores. Nos anos seguintes, seu espectro de ação estro­gênica, sua atuação na secreção gonadotrótica e seu efeito anti-infertilidade foram estudados em animais 4 (D). Subsequentemente, foi utilizado em estudos clínicos, para indução de ovulação e foi a terceira droga submetida ao Food and Drug Administration (FDA) para investigação. Foi aprovado em 1967, quando se tornou disponível para prescrição nos Estados Unidos.
Desde então, usado para tratamento da infertilidade feminina em mulheres normogonádicas e normogonadotróficas, o clomi­feno consiste numa mistura racêmica de isômeros cis- e trans-: enclomifeno e zuclomifeno 5 (D). O zuclomifeno, mais potente para a indução de ovulação, tem atividade antiestrogênica e levemente estrogênica, enquanto o enclomifeno é inteiramente antiestrogênico.
O metabolismo do clomifeno varia individualmente, em parte devido à variação no peso corporal. O CC age como antagonista competitivo do 17 b-estradiol, ao nível dos receptores citoplas­máticos e nucleares. O bloqueio dos receptores de estrogênio no núcleo arqueado do hipotálamo leva a um aumento da secreção do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH). Adicional­mente, o CC aumenta a sensibilidade hipofisária ao GnRH, numa maneira semelhante ao estradiol. Isto resulta num aumento da secreção das gonadotrofinas hipofisárias (FSH e LH) 6 (D).

Tamoxifeno:
O tamoxifeno foi inicialmente sintetizado como contraceptivo nos anos 1960, mas foi evidenciado, em 1971, que ele induzia a ovulação em mulheres anovulatórias inférteis. Liberado para uso nos EUA em 1977, durante os anos 1980, o tamoxifeno se tornou a primeira terapia antiestrogênica direcionada ao ER para tratamento adjuvante do câncer de mama 7 (D).
É uma das drogas antineoplásicas mais comumente prescritas no mundo, atuando como antagonista do estrogênio na mama e agonista no endométrio. É amplamente utilizado no tratamento e na quimioprevenção em mulheres de alto risco para câncer de mama na pré- e pós-menopausa 8 ( B ).

SERMs e infertilidade:
O CC(Clomifeno) é um SERM indutor da ovulação, que tem sido usado em humanos há mais de 40 anos 13,14. Age bloqueando os ERs, particularmente no hipotálamo anterior, e assim inibindo a si­nalização de estrogênio circulante, induzindo uma mudança no padrão pulsátil de liberação do GnRH. Este padrão leva a uma descarga de FSH pela hipófise anterior que, na maioria das vezes, é suficiente para iniciar o ciclo de eventos para a ovulação.
O CC é a primeira escolha na indução da ovulação de paciente com oligo ou amenorreia, porém, com níveis de estrógeno e FSH normais, correspondendo ao grupo II da Organização Mundial de Saúde (OMS)13 (D). A terapia com este medicamento é simples, de baixo custo e possui poucos efeitos colaterais.
Embora possa ser utilizado no tratamento da infertilidade anovulatória como indutor da ovulação, o tamoxifeno, que possui estrutura molecular semelhante ao do CC, tem sua principal aplicação no tratamento adjuvante do câncer de mama 15,21 (A).

SERMs e câncer de mama:
O papel dos agentes hormonais no tratamento do câncer de mama tem evoluído ao longo dos últimos 30 anos. Não só o número de agentes disponíveis aumentou, como a compreensão dos seus mecanismos de ação e dos riscos e benefícios associados à sua utilização tem melhorado 36 ( B ).
O tamoxifeno é um SERM utilizado há quase três décadas no tratamento adjuvante do câncer de mama, sendo também eficaz na quimioprofilaxia desta doença. A recente introdução dos inibidores da aromatase – IA (anastrazol, letrozol e exemestano) e outros SERMs (incluindo raloxifeno, toremifeno, arzoxifeno, lasoxifeno e fulvestrano) possibilitou novas abordagens para o tratamento do câncer de mama, sendo importante avaliar a eficácia terapêutica e a toxicidade destes agentes.
A hormonioterapia até recentemente era baseada principal­mente no uso de tamoxifeno por cinco anos, ficando os demais tratamentos hormonais restritos aos casos de contraindicações ao uso desta medicação. Recentemente, os IA vêm sendo utili­zados no tratamento adjuvante das pacientes na pós-menopausa com tumores com receptores hormonais positivos. Os IA atuam inibindo a enzima (aromatase) responsável pela conversão de androstenediona e testosterona em estradiol e estrona. Os IA de terceira geração têm se mostrado superiores ao tamoxifeno na terapia adjuvante para o câncer de mama em estagio inicial 37 (A) e, devido à falta de efeito agonista estrogênico, apresentam menos efeitos adversos no útero, não aumentando o risco do carcinoma do endométrio 38 (A). Apresentam ainda menor risco de eventos tromboembólicos e isquêmicos cerebrais e menos episódios de sangramentos vaginais e fogachos, quando comparados ao tamo­xifeno. Entretanto, os IA estão relacionados à maior incidência de eventos musculoesqueléticos (dores, artralgias e fraturas), osteopenia e osteoporose 37 (A).


(abaixo tem o link na integra com todo o seu conteudo: http://www.febrasgo....9n9_433-441.pdf)

Leitura Complementar:

1. Silverman SL. New Selective Estrogen Receptor Modulators (SERMs) in development. Curr Osteoporos Rep. 2010;8(3):151-3.
2. Clarke BL, Khosla S. New selective estrogen and androgen receptor modulators. Curr Opin Rheumatol. 2009;21(4):374-9.
3. McDonnell DP, Clemm DL, Hermann T, Goldman ME, Pike JW. Analysis of estrogen receptor function in vitro reveals three distinct classes of antiestrogens. Mol Endocrinol. 1995;9(6):659-69.
4. Holtkamp DE, Greslin JG, Root CA, Lerner LJ. Gonadotropin inhibiting and anti-fecundity effects of chloramiphene. Proc Soc Exp Biol Med. 1960;105:197-201.
5. Holtkamp DE. Research and development of clomiphene citrate. In: Asch RH. Recent Advances in Human Reproduction. Stampato d’alla: Fondazione Per Gli Studi Sulla Riproduzione Umana; 1987.
6. Dickey RP, Holtkamp DE. Development, pharmacology and clinical experience with clomiphene citrate. Human Reprod Update. 1996;2(6):483-506.
7. Jordan VC. The Science of Selective Estrogen Receptor Modulators: Concept to Clinical Practice. Clin Cancer Res. 2006;12(17):5010-3.
8. Polin SA, Ascher SM. The effect of tamoxifen on the genital tract. Cancer Imaging. 2008;8:135-45.
9. Vogel VG. The NSABP study of tamoxifen and raloxifene (STAR) trial. Expert Rev Anticancer Ther. 2009;9(1):51-60.
10. Lewis JD, Chagpar AB, Shaughnessy EA, Nurko J, McMasters K, Edwards MJ. Excellent outcomes with adjuvant toremifene or tamoxifen in early stage breast cancer. Cancer. 2010;116(10):2307-15.
11. Christiansen C, Chesnut CH 3rd, Adachi JD, Brown JP, Fernandes CE, Kung AW, et al. Safety of bazedoxifene in a randomized, double-blind, placebo- and active-controlled Phase 3 study of postmenopausal women with osteoporosis. BMC Musculoskelet Disord. 2010;11:130-40.
12. Cummings SR, Ensrud K, Delmas PD, LaCroix AZ, Vukicevic S, Reid DM, Goldstein S, Sriram U, Lee A, Thompson J, Armstrong RA, Thompson DD, Powles T, Zanchetta J, Kendler D, Neven P, Eastell R; PEARL Study Investigators. Lasofoxifene in postmenopausal women with osteoporosis. N Engl J Med. 2010;362(icon_cool.gif:686-96.
13. Homburg R. Clomiphene citrate - end of an era? A mini-review. Human Reprod. 2005;20(icon_cool.gif:2043-51.
14. Farhi J, Orvieto R, Homburg R. Administration of clomiphene citrate in patients with polycystic ovary syndrome, without inducing withdrawal bleeding, achieves comparable treatment characteristics and outcome. Fertil Steril. 2010;93(6):2077-9.
15. The Practice Committee of the American Society for Reproductive Medicine. Use of clomiphene citrate in women. Fertil Steril. 2006;86(Suppl 4):182-93.
16. Cheng J, Lv J, Li CY, Xue Y, Huang Z, Zheng W. Clinical outcomes of ovulation induction with metformin, clomiphene citrate and human menopausal gonadotrophin in polycystic ovary syndrome. J Int Med Res. 2010;38(4):1250-8.
17. Jungheim ES, Odibo AO. Fertility treatment in women with polycystic ovary syndrome: a decision analysis of different oral ovulation induction agents. Fertil Steril. 2010;94(7):2659-64.
18. Reefhuis J, Honein MA, Schieve LA, Rasmussen SA, The National Birth Defects Prevention Study. Use of clomiphene citrate and birth defects, National Birth Defects Prevention Study, 1997-2005. Human Reproduct. 2011;26(2):451-7.
19. Meijer WM, de Jong-Van den Berg LT, van den Berg MD, Verheij JB, de Walle HE. Clomiphene and hypospadias on a detailed level: signal or chance. Birth Defects Res A Clin Mol Teratol. 2006;76(4):249-52.
20. Wu YW, Croen LA, Henning L, Najjar DV, Schembri M, Croughan MS. Potential association between infertility and spinal neural tube defects in offspring. Birth Defects Res A Clin Mol Teratol. 2006;76(10):718-22.
21. Boostanfar R, Jain JK, Mishell Jr DR, Paulson RJ. A prospective randomized trial comparing clomiphene citrate with tamoxifen citrate for ovulation induction. Fertil Steril. 2011;75(5):1024-6.
22. Body JJ, Bergmann P, Boonen S, Boutsen Y, Devogelaer JP, Goemaere S, et al. Evidence-based guidelines for the pharmacological treatment of postmenopausal osteoporosis: a consensus document by the Belgian Bone Club. Osteoporos Int. 2010;21(10):1657-80.
23. National Osteoporosis Foundation. Physician’s Guide to Prevention and Treatment of Osteoporosis. Washington, DC: National Osteoporosis Foundation; 2008.
24. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de Orientação Osteoporose. Rio de Janeiro: FEBRASGO; 2010. p. 127.
25. Stygar D, Muravitskaya N, Eriksson B, Eriksson H, Sahlin L. Effects of SERM (selective estrogen receptor modulator) treatment on growth and proliferation in the rat uterus. Reprod Biol Endocrinol. 2003;1:40.
26. Johnston CC Jr, Bjarnason NH, Cohen FJ, Shah A, Lindsay R, Mitlak BH, et al. Long-term effects of raloxifene on bone mineral density, bone turnover, and serum lipid levels in early postmenopausal women: three year data from 2 double-blind, randomized, placebo-controlled trials. Arch Intern Med. 2000;160(22):3444-50.
27. Ettinger B, Black DM, Mitlak BH, Knickerbocker RK, Nickelsen T, Genant HK, et al. Reduction of vertebral fracture risk in postmenopausal women with osteoporosis treated with raloxifene: results from a 3-year randomized clinical trial. Multiple Outcomes of Raloxifene Evaluation (MORE) Investigators. JAMA. 1999;282(7):637-45.
28. Delmas PD, Ensrud KE, Adachi JD, Harper KD, Sarkar S, Gennari C, et al. Efficacy of raloxifene on vertebral fracture risk reduction in postmenopausal women with osteoporosis: four-year results from a randomized clinical trial. J Clin Endocrinol Metab. 2002;87(icon_cool.gif:3609-17.
29. Delmas PD, Genant HK, Crans GG, Stock JL, Wong M, Siris E, et al. Severity of prevalent vertebral fractures and the risk of subsequent vertebral and nonvertebral fractures: results from the MORE trial. Bone. 2003;33(4):522-32.
30. Siris ES, Harris ST, Eastell R, Zanchetta JR, Goemaere S, Diez-Perez A, et al. Skeletal effects of raloxifene after 8 years: results from the continuing outcomes relevant to Evista (CORE) study. J Bone Miner Res. 2005;20(9):1514-24.
31. Vogel VG, Costantino JP, Wickerham DL, Cronin WM, Cecchini RS, Atkins JN, et al. Effects of tamoxifen vs. raloxifene on the risk of developing invasive breast cancer and other disease outcomes: the NSABP Study of Tamoxifen and Raloxifene (STAR) P-2 trial. JAMA. 2006;295(23):2727-41.

  • 2 anos depois...
Postado

(por Mestre forum Fisiculturismo.com.br)

Não vou entrar no mérito da questão novamente sobre MSRE ou SERM(Moduladores Seletivos do Receptor de Estrogênio) e ficar aqui dizendo uma coisa bem batida atualmente que eh o fato de que Tamoxifeno e Clomifeno podem ser usados na TPC para recuperação do eixo HPT, e dizendo que MSRE eh uma classe de substancias que conta com vários outros MSRE´s e citando o nome dos demais. Pois isso eh uma coisa que já falo a mais de 10 anos e confesso que já estou um pouco cansado disso.

A intenção desse texto eh apenas tentar quantificar a intensidade de ação do Clomifeno e do Tamoxifeno no corpo do homem.

Cheguei a ver citações sobre uma possível diferença que existiria na ação do Clomifeno em Homens se comparado às Mulheres, e que a eficiência do Clomifeno na mulher para incremento de LH e FSH seria superior do que nos Homens, e por isso que Clomifeno eh indicado no tratamento terapêutico em mulheres, e que para o tratamento de Hipogonadismo em homens, o ideal seria mais voltado terapeuticamente ao uso do Tamoxifeno.

Mas não foi isso que um Estudo no tratamento de Hipogonadismo em homens conduzido com Clomifeno apontou, pois eh relatado uma resposta normal ao Clomifeno, e seu uso em baixas doses por longo prazo(~60 dias) leva à normalização androgênica e melhora visível no aumento da produção de Testosterona(1).

Outro fator que se discute sobre Tamoxifeno e Clomifeno, eh que a dosagem do Clomifeno eficaz no homem para recuperação do eixo HPT seria superior a do Tamoxifeno, e desta forma acabaria sendo mais vantajoso o uso do Tamoxifeno. E até podemos relacionar a dose eficaz na TPC de 40mg de Tamoxifeno com doses de 150mg de Clomifeno. E isso eh uma coisa que sempre concordei.

Mas lendo um estudo(2) conduzido em um paciente que apresentava testosterona total (TT) de 316ng/dl, onde após ter sido submetido a apenas 25mg de Clomifeno/dia por 60 dias, onde esse paciente após os 60 dias de tratamento teve um aumento significativo de Testosterona, me fez repensar um pouco essa ideia anterior de que eh necessário uma dose mais alta de Clomifeno para fazer o mesmo efeito que uma dose menor de Tamoxifeno faria.

Nesse mesmo estudo(2), um paciente com TT de 280ng/dl onde foi administrado nele Tamoxifeno 20mg/dia por 30 dias, e ao final dos 30 dias o paciente já apresentava também um aumento significativo de Testosterona.

Não estou aqui afirmando nada que Tamoxifeno eh melhor que o Clomifeno para essa função ou vice-versa, e estou apenas tentando ilustrar melhor essa história, apresentando para isso referências de pesquisas e estudos de veracidade.


EFEITOS COLATERAIS

Vou citar abaixo alguns colaterais, e vou pegar os colaterais dessas substâncias que eu mais observo sendo citado pelas pessoas. Mas claro que pegando a bula dessas medicações, veremos um infinidade de outros colaterais.



Sobre os efeitos colaterais do Clomifeno

Eh normal vermos comumente sendo citado pelas pessoas como efeitos colaterais do Clomifeno, Depressão e Alterações Visuais como Embaçamento Visual e Fotofobia.

Algumas pessoas apontam a Depressão como colateral mais inconveniente do Clomifeno, já outras pessoas tendem a achar mais problemáticos os problemas relativos à visão, onde alguns afirmam que esses problemas de visão se acontecerem seriam irreversíveis, mas outras fontes apontam para o fato de que esses problemas visuais desaparecem rapidamente após a descontinuação do Clomifeno(3). Salvo a raríssimas exceções onde a continuidade do tratamento com Clomifeno após o aparecimento de problema visual foi continuada por muito tempo; nesse quadro aconteceram algumas raras ocorrências de dano irreparável.(3)

Mas segundo fontes, o raríssimo dano irreparável da visão eh plenamente possível de ser evitado, se a pessoa descontinuar o uso do Clomifeno ao primeiro sinal de problema visual.(3)

Sobre os efeitos colaterais do Tamoxifeno

Vou citar tbm os colaterais do Tamoxifeno que mais vejo comentado e um deles tbm traz assim como o Clomifeno problemas visuais e Tromboembolismo Venoso.

Na parte visual oque pode acarretar o uso do Tamoxifeno, que segundo pesquisas ocorre em 10% dos casos do uso eh a catarata onde a pessoa começa ter uma visão embaçada e turva. A Catarata ocorre quando a "lente" dos olhos que eh utilizada para dar foco na luz da retina fica embaçada, e esse efeito colateral eh bastante comum no uso do Tamoxifeno.(4)

Mas devemos tbm salientar que esse colateral ocorre em mulheres se tratando de câncer de mama, onde o uso de Tamoxifeno eh bem prolongado, e não sei se no uso mais breve que se faz dele na TPC isso ocorreria tbm numa incidência de 10%.
O Clomifeno tbm pode causar problemas relativos à Catarata, mas com uma incidência bem menor que o Tamoxifeno.

Com relação ao Tromboembolismo Venoso, os MSRE(SERMS) aumentam o risco de Tromboembolismo Venoso, uns mais e outros menos.

Vou comparar aqui os dois SERMS que mais pegam nessa parte de Tromboembolismo Venoso; que são o Tamoxifeno e o Raloxifeno(que tbm pode ser usado na TPC).

O Aumento na incidencia nos casos de Tromboembolismo Venoso no comparativo, é de aproximadamente 3 vezes relativo ao Raloxifeno, e de 7 vezes se considerarmos o Tamoxifeno(5,6)

Sendo que essa incidência maior de Tromboembolismo Venoso por parte do Tamoxifeno, pode estar associada aos já executados tratamentos oncológicos em pacientes com câncer de mama, que pode ter distorcido esses números e creditado ao Tamoxifeno um maior potencial de Tromboembolismo Venoso.(5,6)

Os SERMS tem sim o potencial de aumento de Tromboembolismo Venoso, inclusive o Clomifeno tbm pode causar tais efeitos, mas citado em algumas literaturas em menor escala que o Tamoxifeno e o Raloxifeno(5,6)

Considerações Finais:

Como eu já citei acima, a ideia desse texto nem eh ficar apontando para as pessoas qual eh melhor ou pior para determinada função, e sim apresentar dados com referências, para que as pessoas com posse desses dados possam ter algo para formar um própria consciência do assunto.

Colocando um resumo das pesquisas aqui apresentadas em humanos com Tamoxifeno e Clomifeno, podemos concluir tbm que ambos recuperaram a produção endógena de Testosterona dos pacientes, a diferença eh que o Clomifeno fez isso em 60 dias com 25mg, enquanto o Tamoxifeno fez isso em 30 dias com 20mg.

1-Guay AT, Bansal S, Heatley GJ. Effect of raising endogenous testosterone levels in impotent men with secondary hypogonadism: Double blind placebo-controlled trial with Clomiphene citrate J Clin Endocrinol Metab 1995

2- Arq Bras Endocrinol Metab 2000;44/5: 440-444

3- Medley Industria Farmacêutica Ltda, Fabricante do Clomid(Citrato de Clomifeno)

4- Alice Adler PhD e nbsp Senior- Scientist Emerito Schepens Eye Researc Institute Massachusets Eye and Ear- Harvard Medical School

5-MEIER CR, JICK H. Tamoxifen and risk of idiopathic venous thromboembolism. Br J Clin Pharmacol. 1998

6-PLU-BUREAU G, Hormonal contraception and risk of venous thromboembolism: When to ask for an asessment of hemostasis Which parameters Ginécologie Obstétrique & Fertelité 2008

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